Cafeteria & Afins

4 Beans – Curitiba (PR)

{Outra Esquina – Torra Fresca – Microtorrefações pelo Brasil}

Cafeteria 4 Beans_torra

Cada um a seu modo, os quatro sócios da 4 Beans (Otávio Linhares, Amanda Laffayette, Juca Esmanhoto e Hida Lambros) atuavam no ramo do café antes de se tornar parceiros na microtorrefação instalada no centro da cidade e que completa um ano em janeiro de 2016.

Cafeteria 4 Beans_torra

A empresa paranaense trabalha no momento com sete opções (guatambu, sombreado, ademar, baixadão, catuaí, catuaí vermelho e bourbon amarelo) provenientes das fazendas Vista Alegri (Bahia), Pilar (Paraná), Santa Terezinha, Sertão, Santa Inês e Jatobá, estas em Minas Gerais. A torra dos grãos tem a característica de destacar levemente a acidez. Também são servidos cafés na Aeropress, Hario V60, Clever e espresso.

Cafeteria 4 Beans_torra

Segundo Linhares, que desempenha as funções de administrador, comprador e provador de café, a 4 Beans atende ao mercado de Curitiba e Londrina, no Paraná, Brasília, Fortaleza, além de Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. “Nossa meta é fazer a marca aumentar o alcance dos mercados com a oferta de cafés exclusivos”, diz. Por enquanto, a microtorrefação não oferece cursos, mas está nos planos dos quatro sócios abrir a casa para esse fim em 2016.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Alameda Augusto Stellfeld, 795 loja 3
Bairro Centro
Cidade Curitiba
Estado Paraná
País Brasil
Website http://www.4beanscoffeeco.com.br
Telefone (41) 9911-8664
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 13h às 19h
TEXTO Janice Kiss • FOTO Divulgação

Receitas

Drinque sertão

drinque

Ingredientes
• 3 rodelas de limão-cravo
• 3 rodelas de limão-siciliano
• 3 rodelas de limão-taiti
• 3 rodelas de lima-da-pérsia
• 40 g de melaço de cana
• 15 ml de suco de maçã
• 70 ml de cachaça envelhecida
• 50 g de capim-santo picado
• Cubos de gelo

Preparo
Em uma coqueteleira, macere os limões e a lima-da-pérsia. Acrescente o melaço, a cachaça, o suco de maçã, o gelo e agite bem para misturar os ingredientes. Transfira a bebida para uma taça, decore com capim-santo, e tim-tim.

Rende 1 taça

(Receita originalmente publicada na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz/Café Editora • RECEITA Renata Vanzetto, chef do restaurante EMA

Cafeteria & Afins

Chapel Hill Coffee – São Francisco (EUA)

Cafeteria Chapel Hill Coffee

Escondido em um beco no coração de Chinatown – essa é a frase com a qual o café Chapel Hill Coffee, em São Francisco (EUA), se apresenta ao público. Inaugurada em maio de 2015 pelos irmãos Rafael Vizcaino e Jorge Vizcaino (no passado eles comandavam na região um food truck de burritos, tradicional tortilha mexicana recheada com carne), a pequena cafeteria foi pensada, segundo eles, para unir simplicidade e aconchego, uma espécie de contraponto à área extremamente comercial onde a casa está instalada.

Cafeteria Chapel Hill Coffee

A arquitetura do local, marcada por um janelão que abre para a rua, sugere que ali – ao contrário das janelas e vidros fechados dos prédios – o café interage com a vida local.

Cafeteria Chapel Hill Coffee
A simplicidade da Chapel Hill, tão prezada pelos donos, se reflete na proposta do menu enxuto: os grãos selecionados e torrados pela Four Barrel Coffee (importante cafeteria em São Francisco) são destinados ao espresso (extraído de uma La Marzocco) e à Chemex, o único método de café coado oferecido pela casa. O blend muda todos os meses, mas há uma constância na origem dos grãos, como os da Colômbia, Guatemala e Etiópia.

Pouco e bom

Cafeteria Chapel Hill Coffee

Há outras bebidas como macchiato, cortado, cappuccino, mocaccino, chocolate, chá e cold brew, opção gelada para os dias encalorados da cidade. Apenas croissants (tradicionais e doces) da Neighbor Bakehouse – considerados os melhores da cidade, segundo os sócios – são servidos para acompanhar todas as sugestões. “Eu prefiro me concentrar em um bom produto em vez de levar tudo para todos”, diz Rafael Vizcaino. Esse estilo de comércio, que valoriza bons ingredientes (de preferência os de origem local), reflete um pouco o modo de vida californiano, segundo ele.

Na linha “viver de bem com a vida”, os irmãos Vizcaino incentivam que seus clientes coloquem menos laptops sobre as mesas da cafeteria e façam ali mais encontros entre amigos em torno de xícaras de café.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Commercial Street, 670, 94.111
Cidade São Francisco
Estado Califórnia
País Estados Unidos
Website http://www.chapelhillcoffee.com
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 8h às 15h30
TEXTO Janice Kiss • FOTO Practice for Architecture e divulgação

Mercado

Encontro discute história do chá e resgata consumo da bebida em São Paulo

Chás

O Museu da Arte Sacra de São Paulo realiza na próxima quarta-feira (27/4) o encontro “Chá, Histórias e Sabores”. O evento, que acontece mensalmente, terá como tema para abril “Os Modernistas: Literatura e Chá” e contará com a presença de Maria Candelária Moraes, historiadora, especialista em Patrimônio Cultural Cidade e Memória, e Daniela Reis, tea sommelier, certificada Internacionalmente pelo El Club del Té.

Museu Arte Sacra

O encontro pretende analisar o papel do chá em diversos lugares, resgatar a tradição de seu consumo e trabalhar a percepção de aromas e sabores. As especialistas esclarecerão os principais atores e agentes do movimento modernista, pontos de encontro da geração modernista e a presença do chá na literatura, acompanhada de uma degustação com salgados e doces.

Criado por Daniela Reis, o projeto começou em maio de 2015 e acontece normalmente nas últimas quartas-feiras de cada mês, salvo os meses de férias, janeiro, fevereiro e julho. A ideia é valorizar a presença do chá na história da cidade de São Paulo e resgatar a tradição de consumo do chá proporcionando uma experiência sensorial.

Serviço
Chá, Histórias e Sabores
Data: 27 de abril
Horário: das 16h às 18h
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Museu de Arte Sacra de São Paulo – Av. Tiradentes, 676 – Luz – São Paulo (SP)
Vagas: 30
Valor: R$60 – incluso degustação de dois tipos de chás, com acompanhamento de salgados e doces
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Mais informações: (11) 5627- 5393

TEXTO Da redação • FOTO Guilherme Gomes/Café Editora; Divulgação

Receitas

Refresco paraguaio

drinque Thiago Nego

Ingredientes
• Erva-mate para o preparo de tereré  (o suficiente para encher uma cuia de chifre)
• 15 g de menta desidratada (é possível encontrar em barracas e casas de ervas, e em mercados municipais)
• ¼ de fava de baunilha
• 20 g de capim-cidreira
• 5 cubos de gelo de café, feito a partir de um cold brew (pode ser comprado pronto ou extraído em casa)
• Café moído em granulometria grossa quanto baste

Preparo
Em uma jarra, coloque os cubos de gelo de café, feitos previamente, o café moído e água gelada, e reserve. Na cuia, junte as ervas e a baunilha cortada ao meio no comprimento (casca e sementes raspadas). Acrescente, na medida em que desejar, a mistura de água gelada, gelo de café e grão moído.

Rende 1 porção

(Receita originalmente publicada na edição impressa da Revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016).

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz/Café Editora • RECEITA Thiago Nego, barista e responsável pela cachaça Samba Nego

Cafeteria & Afins

Âncora Coffee House – Poços de Caldas (MG)

Cafeteria Âncora Coffee House

No centro de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, a Âncora Coffee House se apoia em três típicas ofertas mineiras – café, pão de queijo e hospitalidade – para receber os clientes.

café vaporização_ancora coffee house

Os cafés da casa são das variedades bourbon amarelo, da Fazenda Recreio, de São Sebastião da Grama (SP), para o espresso (extraído de uma Nuova Simonelli), e acaiá, da Fazenda Curitiba, também de Poços de Caldas, para os coados (Hario V60, Aeropress, prensa francesa, Kalita e Chemex). A torrefação é feita na cidade, no ponto elaborado para a cafeteria.

Cafeteria âncora coffee house

Nos finais de semana, a casa sempre tem uma opção “gringa” de café, como do Panamá, do Quênia, da Etiópia ou da Colômbia. Na Âncora, os clientes também encontram lattes nas versões quente e gelada, além de dois preparos especiais: o Suit (água tônica, espresso e gelo) e o Mad Men (espresso, mel, cardamomo, laranja, água com gás e gelo).

Além do pão de queijo, os bolos do dia (alguns na versão integral), feitos pelo trio de funcionárias Daia, Bia e Fábia, são um sucesso. Entre os preferidos estão os de cenoura com especiarias e cream cheese, laranja, maçã com canela e fubá.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2016. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Rio Grande do Sul, 1.102
Bairro Centro
Cidade Poços de Caldas
Estado Minas Gerais
País Brasil
Website http://www.facebook.com/ancoracoffeehouse
Telefone (35) 3715-9951
Horário de Atendimento De segunda a sábado, das 9h às 20h; fecha nos domingos e abre nos feriados
TEXTO Janice Kiss • FOTO Divulgação

O empoderamento do produtor

ilustração coluna barística
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau, diz a expressão popular. O provérbio é muito usado pelo Brasil, não na mesma quantidade em que bebemos café diariamente. Mas ele serve perfeitamente de exemplo para o fato que contarei agora. Em andanças pelo Brasil e nas visitas a fazendas e sítios, uma coisa é fato: muito cafeicultor não conhece o próprio café. A hospitalidade do povo da roça é algo maravilhoso, mas, normalmente, o bolo é melhor que o café, o queijo é melhor do que o café, o suco, a rosca doce, e por aí vai. Depois de comer de tudo um pouco (motivo dos quilos a mais), a gente até esquece o café que amargou a boca. “Esse café é aqui da fazenda?” – vem a pergunta. “Não, esse aqui eu comprei no mercado.” Momento de reflexão e análise. Mas por que será que eles compram o café? Sempre pensei. Eles são produtores do fruto, trabalham debaixo do sol, colhem, secam, beneficiam e não tomam? Pois é, muitos não tomam o próprio café que produzem.

Esse é o primeiro sinal da complexidade dessa bebida. Se todo brasileiro pudesse conhecer uma fazenda de café, com certeza ele mudaria completamente a forma de valorizar o que toma. Se todo produtor tomasse o próprio café, ele transformaria o que cultiva. Pode ser utopia, mas acredito que contribuiria em muita coisa.

A primeira dificuldade para o produtor tomar o próprio café consiste numa etapa crucial pela qual passa o grão: a torra correta. Se o sítio tem um torrador, normalmente é um manual, com poucos recursos, que acaba queimando o café. Além, claro, do trabalho que dá para ele depois moer o grão para preparar a bebida. Por isso a realidade da maioria dos produtores é nunca ter provado seu café na sua melhor performance.

Porém, tenho percebido mudanças nos cafeicultores que passam a focar a produção de cafés especiais quando têm acesso ao conhecimento. Há um interesse enorme – um misto até de curiosidade – em identificar os aromas e os sabores de seus grãos. Um momento de redescoberta do seu produto. Muitas iniciativas de capacitação dos cafeicultores pipocam pelo Brasil afora em provas profissionais, eventos, palestras, concursos, etc. Isso os ajuda a entender o que eles têm nas mãos. O que os leva, muitas vezes, a investir em equipamentos mais apropriados e até a pensar em empreender um pequeno negócio de venda do seu produto na região, de forma mais intimista, muitas vezes.

Oportunidades que antes se restringiam à colheita e ao manejo do produto cru passam a agregar valor. Isso ajuda os produtores a negociar melhor a venda para os torrefadores nacionais e internacionais, agrega aprendizado de outra etapa da cadeia do café e ainda os faz ter orgulho daquilo que produzem. O empoderamento do produtor e da produtora de café vem tornando esse profissional mais exigente e capaz de, já na colheita, entender por que ele deve priorizar os frutos maduros, mexer o café no terreiro várias vezes ao dia, evitar a umidade, e tantas outras etapas importantes.

O sentimento de orgulho de algo, de mostrar e fazer brilhar os olhos é o que nos move diariamente. Como os pais e mães vão convencer os filhos a permanecer no campo se eles não puderem mostrar, por meio do exemplo, que há oportunidade de crescer e alcançar objetivos claros com um produto cultivado no campo? Só havendo essa conexão, acredito, poderemos dizer que vale a pena tanto esforço. A rapadura é doce, mas não é mole.

MARIANA PROENÇA é jornalista. Em 2006 assumiu a direção de conteúdo da Espresso e, meses depois, o café já tinha virado uma paixão, que dura até hoje. Nesta coluna ela aborda diversos temas e experiências sobre a profissão barista. Fale com a colunista: mariana.proenca@cafeeditora.com.br

ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Mercado

Campeã do 25º Prêmio Ernesto Illy é do Cerrado Mineiro

prêmio illy_2016
Entre os mais de 40 produtores nas finais das categorias Nacional e Regionais do 25º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso, duas cafeicultoras foram destaque. O evento aconteceu nesta quarta-feira (6/4) no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP) e elegeu os campeões entre os fornecedores brasileiros da empresa italiana illycaffè.

A primeira mulher a se destacar, vindo do Sul de Minas, foi a veterana Leda Castelani Pereira Lima, de Monte Santo de Minas (MG), que levou o 1º lugar da região, além de receber o título na nova categoria “Minha História com o Café”, criada neste ano para homenagear os produtores que contaram sobre seu vínculo com o grão. A produtora arrematou a noite conquistando, ainda, a 3ª posição na categoria Nacional e receberá R$ 25 mil.

Já estreante no concurso, Juliana Tytko Armelin, de Ibiá (MG), conquistou o 1º lugar da região do Cerrado Mineiro e, minutos depois, sagrou-se campeã Nacional do 25º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso. A produtora receberá o montante de R$ 70 mil pela conquista. O vice-campeão Nacional, Laerte Pelosini Filho, do município de Pardinho levou o nome do estado de São Paulo e R$ 45 mil pela premiação.

A cerimônia teve, ainda, a presença do CEO da companhia, Andrea Illy, que celebrou os anos de história e anunciou novidades. “Queremos levar a premiação mais longe. Por isso, ano que vem teremos outros prêmios em países produtores e um Prêmio Internacional, em Nova Iorque, nos Estados Unidos”, revelou Andrea.

Comemorando as bodas de prata do evento, a illycafè homenageou, ainda, os cafeicultores José Carlos Grossi, Francisco Sérgio de Assis e Jorge Naimeg, que fornecem para a empresa há mais de 20 anos. Já o prêmio de Classificador do Ano foi para Luiz Evandro Ribeiro, da Cooxupé, e de Fornecedor do Ano para o produtor Décio Bruxel. Por fim, no novo prêmio “Minha História com o Café”, ao lado de Leda, o produtor Norival Favaro também foi homenageado.

Confira os produtores campeões de cada categoria nesta edição do Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso:

Categoria Nacional:
Campeã: Juliana Tytko Armelin – Ibiá – Cerrado Mineiro
2º Laerte Pelosini Filho – Pardinho – São Paulo
3º Leda Castelani Pereira Lima – Monte Santo de Minas – Sul de Minas

Categorias Regionais:
Matas de Minas
Raimundo Dimas Santana Filho – Araponga (MG) – Fazenda Santo Antonio
Sul de Minas
Leda Castelani Pereira Lima – Monte Santo de Minas (MG) – Fazenda Nova Esperança
Chapada de Minas
Eduardo Yamaguchi – Diamantina (MG) – Fazenda Forquilha
Cerrado Mineiro
Juliana Tytko Armelin – de Ibiá (MG) – Fazenda Terra Alta de Ibiá
São Paulo
Laerte Pelosini Filho – Pardinho (SP) – Sítio Daniella I
Rio de Janeiro
Francisco Nioac de Salles – Bom Jardim (RJ)
Região Sul
Orlando von der Osten – Cornélio Procópio (PR) – Fazenda Pilar
Centro-Oeste
Gelci Zancanaro – Cristalina (GO) – Fazenda Nossa Senhora de Fátima
Norte/Nordeste
Glauber de Castro – Barreiras (BA) – Fazenda Café do Rio Branco

Expansão no Brasil
Em coletiva que ocorreu na parte da manhã, Andrea Illy comentou que quando surgiu a ideia do Prêmio Ernesto Illy, o café brasileiro era de pouca qualidade e hoje é considerado um líder não só de quantidade mas também na qualidade. A empresa continua a investir no Brasil e acredita que o contexto de crise é passageiro: “O país tem enormes oportunidades de crescer cada vez mais, com riquezas naturais, conhecimento e pesquisa”, afirmou Andrea, que contou também que a Illy está expandindo seus números de clientes pelo Brasil em lugares como: Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Recife, Manaus, Porto Alegre e Belo Horizonte.

TEXTO Natália Camoleze, em parceria com Thais Fernandes do CaféPoint • FOTO Divulgação

Mercado

Exposição “Perfume de Sonho – uma viagem ao mundo do café”, do fotógrafo Sebastião Salgado, chega a São Paulo

exposição sebastião salgado

De 7 de abril a 8 de maio, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, recebe a exposição Perfume de Sonho – uma viagem ao mundo do café, de Sebastião Salgado, com curadoria de Lélia Wanick Salgado, também esposa do fotógrafo.

exposição sebastião salgado

O trabalho, desenvolvido em parceria com a illycaffè, é composto por 80 obras realizadas de 2002 a 2014 em plantações cafeeiras de 10 países percorridos pelo fotógrafo: Brasil, Índia, Indonésia, Etiópia, Guatemala, Colômbia, China, Costa Rica, El Salvador e Tanzânia. Uma viagem fotográfica que buscou captar as raízes da cultura do café, os gestos tradicionais do cultivo, da colheita, da secagem e da seleção do café.

exposição sebastião salgado

Segundo Sebastião Salgado, o que mais o surpreendeu neste trabalho foram as semelhanças nas vidas dos produtores de café nos diferentes continentes. De acordo com ele, em algumas propriedades as máquinas ocuparam o espaço dedicado a certas etapas do processo agrícola, mas a grande maioria da produção continua sendo feita por pequenos proprietários que colhem os grãos à mão, e cujas esposas e filhos ajudam a secá-los e, em alguns lugares, muitas vezes, são as mulas que carregam o café até os compradores. “O café é o ganha-pão de aproximadamente 25 milhões de pessoas em 42 países. E foi para essas pessoas, donos de pequenas propriedades e trabalhadores de grandes plantações, que dediquei minha atenção fotografando-os na América Latina, na África e na Ásia. Para estes trabalhadores café e vida são coisas inseparáveis”, afirma. A mostra já passou por Veneza, na Itália. Em São Paulo, a exposição tem entrada gratuita.

Serviço
Exposição Perfume de Sonho – Uma viagem ao mundo do café
Data: de 7 de abril a 8 de maio
Horário: terça a domingo, das 11h às 20h
Local: Instituto Tomie Ohtake – Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo (SP)
Valor: Entrada gratuita
Mais informações: www.institutotomieohtake.org.br

TEXTO Da redação • FOTO Divulgação

Barista

Aprenda as receitas do Campeonato Brasileiro de Aeropress 2016

Campeão Hugo (ao centro), Kyo (2º lugar, à esquerda) e Rafael (3º lugar)

Campeão Hugo (ao centro), Kyo (2º lugar, à esquerda) e Rafael (3º lugar)

Hugo Rocco, do Moka Clube, de Curitiba, foi o vencedor da segunda edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress. Realizado no último dia 26/3 (sábado), o evento anual e itinerante escolheu a capital paranaense para realizar o concurso. Mais de 200 pessoas acompanharam o campeonato no Nex Coworking, organizado pela Terceira Onda Consultoria em Café e pela 4Beans Coffee Co.

Foram 27 competidores, de sete Estados diferentes do Brasil (conheça mais em @revistaespresso), que disputaram a melhor receita para o café do produtor José Renato Alves, um grão cereja descascado da variedade catuaí, colhido e beneficiado em 2015, na Fazenda Vista Alegri, em Piatã (BA). O café foi torrado na 4 Beans Coffee Co por Amanda Laffayette e o produtor fez questão de comparecer ao evento.

A primeira rodada do Campeonato Brasileiro de Aeropress foi bem emocionante e estava repleta de carinhas novas e de competidores estreantes. Baristas e apreciadores de café entraram na disputa em pé de igualdade e tinham oito minutos para preparar a bebida aos juízes. Amanda Laffayette (4Beans), Georgia Franco de Souza (Lucca Cafés Especiais) e Eystein Veflingstad (Terceira Onda Consultoria em Café) foram os julgadores principais. A barista Helga Andrade, da Ufla, julgou também algumas baterias.

juízes campeonato aeropress 2016

Juízes Georgia Franco (à esquerda), Eystein Veflingstad e Amanda Laffayette.

A maioria dos competidores ficou para trás na primeira rodada, pois dos 27, só nove passam para a semifinal. Esses foram:

Fernando Lopes da Silva – 1268 Café (São Paulo – SP)
José Maria de Almeida Junior – Universidade Estadual de Londrina (Londrina – PR)
Rafael Bosco – Propiciar (São Paulo – SP)
(chave 1)

Daniel Pires Reinhardt – Lucca Cafés Especiais (Curitiba – PR)
Aiko Nataly Kono – Marbô Bakery (Curitiba – PR)
Hugo Sousa Rocco – Moka Clube (Curitiba – PR)
(chave 2)

Kyo Silva – William & Sons (Porto Alegre – RS)
Fabiola Jungles dos Santos Lima –Caramelodrama Confeitaria (Curitiba – PR)
Juliano André Lamur -Arábica Simples (Curitiba –PR)
(chave 3)

A grande final foi realizada por Rafael Bosco, de São Paulo, Kyo Silva, de Porto Alegre, e Hugo Rocco, de Curitiba. Com três receitas bem diferentes, os três baristas apresentaram seus cafés para a última rodada, que valia uma viagem e a participação no Campeonato Mundial de Aeropress, em Dublin, na Irlanda.

O grande campeão, por escolha unânime dos juízes, foi o curitibano Hugo Rocco (Moka Clube). Curitiba vai invadir a Irlanda e vamos continuar acompanhando. O mundial será no dia 23 de junho, em local a definir, e com a participação de mais de 30 países.

Hugo Rocco

Hugo Rocco

Conheça as receitas completas dos três primeiros colocados

Campeão
Hugo Rocco

Método Invertido
• 20 gramas de café
• moagem média
• 180 ml de água
• temperatura da água: 82 ºC

Preparo
Coloque 150 ml de água e mexa com uma colher por 10 segundos. Deixe em infusão por 1min30s. Vire a aeropress e pressione por 35 segundos. Complete o café com 30g de água para equilibrar a acidez e deixar a xícara mais suave.
Tempo total de preparo: 2 min 15s
OBS: Para obter os 20g de café da receita, o barista moeu 25g em moagem média e peneirou 5g com uma peneira de confeiteiro de malha superfina, que uniformizou a extração em todas as partículas.

kyo silva campeonato aeropress 2016

Kyo Silva

2º lugar
Kyo Felipe Alves da Silva

• 17,5 gramas de café
• moagem média/fina
• 200 ml de água
• temperatura da água: 76ºC

Preparo
Primeiro faça uma pré-infusão com 30 ml de água, por 15 segundos. Após isso, agite por 20 segundos e coloque o restante da água até a marca de um minuto. Deixe em infusão por 90 segundos e pressione a aeropress.

rafael bosco campeonato aeropress 2016

Rafael Bosco

3º lugar
Rafael Bosco

Método Invertido
• 15 gramas de café
• moagem média/grossa
• 170 ml de água (foi usada a norueguesa Voss)
• Temperatura da água: 90ºC

Preparo
Aqueça a água a 90 graus, monte a aeropress de forma invertida. Escalde o filtro com um pouco de água (pode-se então aquecer mais de 170 gramas de água) para retirar o sabor de papel e de resíduos químicos. Despeje a água sobre o pó através de um fluxo lento, como se fosse um fio de óleo sendo despejado em uma panela. Quando a água começar a cair, gire a aeropress com movimentos contínuos para certificar-se que todo o pó será molhado. Após adicionar toda a água, aguardar 1 minuto e 30 segundos e então extrair o café.

hugo rocco campeonato aeropress 2016

Organizadores e 2017

Organizado pela 4 Beans Coffee Co. e pela Terceira Onda Consultoria em Café, o evento ainda contou com o apoio e patrocínio das empresas Mahlkönig, Torrador Atilla, MateSpresso, Nex Coworking e Revista Espresso. Os quitutes foram do Rause Café + Vinho e a discotecagem em vinil da Laffayettaria, com show ao final do bluesman Lucian Araújo.

A próxima edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress será realizada em Minas Gerais, no Sítio Santa Rita, em Espera Feliz, na região da Serra do Caparaó, nas Matas de Minas. Os anfitriões serão Fred e Miriam Ayres. Não vamos perder!

campeonato aeropress 2016

campeonato aeropress 2016

Campeonato Aeropress 2016

Campeonato Aeropress 2016

TEXTO Mariana Proença, de Curitiba (PR) • FOTO Olívia D'Agnoluzzo/Divulgação