Café & Preparos

Aeropress x French Press

Muitas são as invenções ao redor do mundo para melhorar esse momento considerado sagrado para muitos: o preparo do café. Chemex, sifão, aeropress, hario v60, italiana, clever, french press ou até o próprio coador de pano. Cada método resulta em aroma, sabor e corpo diferentes para a mesma bebida.

Aqui destacaremos pontos positivos e negativos de dois métodos de preparo muito queridos: a aeropress e a french press , também chamada de prensa francesa. Ouvimos dois baristas que entendem bem desses procedimentos para esclarecer nossas dúvidas: Leonardo Gonçalves, do Café ao Leu, e o barista do Café Gourmet Santa Mônica, Ewerton Almeida.

Aeropress
Criada em 2005, nos Estados Unidos, a aeropress é uma invenção do fabricante de brinquedor Alan Adler. Isso mesmo, brinquedos. Com 29 cm de altura e pesando cerca de 500 gramas, esse método é composto de sete peças: base, porta-filtro, êmbolo, funil, armazenador de filtro extra, dosador e mexedor.

French Press
Mais antiga, a french press foi criada em 1929 e, acredite, apesar do nome, a invenção é de um designer italiano. Muito popular na Europa e nos Estados Unidos, esse método é bem charmoso e tem funcionamento simples. Composta de um copo cilíndrico, geralmente feito de vidro ou acrílico transparente, ela tem também um êmbolo de metal (ou pistão) e um filtro em sua base.

Preparo

Aeropress
Para um café na aeropress, é preciso ter três coisas: o pó, o filtro próprio e a água quente. Esse método é bem versátil quando se refere à moagem, que pode ir da fina à grossa. O filtro costuma ser o descartável de papel, circular e plano. Existe, porém, uma versão de metal, o able.

French Press
Para fazer um café na french press, são necessários somente água quente e pó de café. Porém, diferentemente da aeropress, esse método não é tão versátil em relação à moagem dos grãos. Indica-se o uso da moagem grossa, cujos grãos podem ser comparados aos do Ovomaltine.

Infusão e extração

Aeropress
É possível fazer a extração de dois modos: invertido e tradicional. O modo invertido impede que o café comece a passar antes da extração, pois a infusão acontece na parte de cima, quando são misturados o pó e a água. Encaixe as duas partes deixando o êmbolo embaixo. Em cima, coloque o pó, a água e misture. Fixe o filtro e vire a aeropress de cabeça para baixo, apoiando-a sobre o recipiente desejado. Agora é a hora da extração! Ao abaixar o êmbolo, a pressão faz o ar empurrar o café contra o filtro, e a bebida sai pronta para o consumo.

No modo tradicional, encaixe o filtro e posicione-o em cima de um recipiente. Coloque o pó de café, a água e mexa. Encaixe o êmbolo e faça pressão para que ocorra a extração. Pronto!

French Press
Para que o café fique quente por mais tempo, escalde o copo cilíndrico. Descarte essa água e comece a infusão adicionando o café e a água do preparo. O barista Ewerton Almeida indica que se mexa a mistura e a deixe descansar por cerca de quatro minutos. Para extrair a bebida, pressione o êmbolo e, com isso, o café pronto para o consumo ficará na parte de cima do filtro. Na parte de baixo, separados, ficam os resíduos.

Tempo de extração

Aeropress
Segundo Leonardo Gonçalves, uma extração mais lenta proporciona uma bebida mais equilibrada. O tempo máximo indicado para a aeropress é de quatro minutos.

French Press
Depois de misturar o café e a água, coloca-se o êmbolo. Com isso, é criada uma pressão que faz com que o processo de extração seja lento naturalmente.

O café

Aeropress
As características impressas na bebida final variam muito de acordo com o café utilizado. A aeropress extrai os óleos essenciais por causa da pressão, apesar de ser necessário o uso de filtro. Sabor, corpo e doçura também são características que podem ser ressaltadas neste método.

French Press
Por causa do filtro de metal, esse método permite que os óleos do café sejam mantidos na bebida, assim como alguns resíduos. Deste modo, ela fica mais turva e encorpada, o que pode agradar ou não a alguns paladares. Além do corpo, a doçura é uma característica ressaltada no café feito na french press.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Café Editora

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