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Feira é vitrine para cafeicultores na SIC

Cafés premiados são destaque nos estandes de regiões produtoras, que promovem a diversidade da bebida com degustações e muita história para contar

Não faltarão regiões produtoras de café de qualidade para os apreciadores conhecerem durante a Semana Internacional do Café, que acontece de 20 a 22 de novembro no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Se o tema das origens produtoras, escolhido como mote do evento de 2023, reforçou a sustentabilidade e a qualidade dos cafés, nesta edição, vários estandes continuam a pavimentar esse caminho com mais experiências sensoriais e informativas em torno do grão e suas singularidades. Desde 2013 – quando se deu o primeiro evento em solo mineiro –, é a edição com mais regiões produtoras, distribuídas em espaços específicos ou representadas por meio de cooperativas. Estarão lá municípios e cafeicultores da Bahia, Espírito Santo, Ceará, Rondônia, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

Estreia

Novidade este ano, o estande dos robustas do Acre apresenta os 15 produtores melhor posicionados no concurso de qualidade II Qualicafé Estadual de Cafés Especiais. “A participação na SIC é a virada de chave para os produtores e o estado”, comemora Michelma Lima, coordenadora do núcleo da cafeicultura da Secretaria de Estado da Agricultura.

Produtora Eliane Lara, de Acrelândia, finalista do Florada Premiada e que estará no estande dos robustas do Acre

Num espaço de 47 m2, esses produtores e produtoras – estas, ainda, finalistas entre as vinte melhores do concurso Florada Premiada, promovido pela 3corações e cuja premiação acontece no terceiro dia do evento – estarão apresentando seus grãos aos visitantes, auxiliados por três baristas. Brasileia, Acrelândia e Epitaciolândia são alguns dos municípios representativos dos grãos da tríplice fronteira acreana. “O objetivo é promover a marca dos cafés do Acre, pois, apesar da pouca área produtiva e da pequena quantidade, temos qualidade”, assegura Michelma, referindo-se às mil famílias cafeicultoras e aos cerca de mil hectares plantados no estado. “Com a cafeicultura, estamos recuperando áreas antropizadas, degradadas”, conta ela – o Acre preserva mais de 80% de suas florestas.

O município do Alto Caparaó, que há anos participa do evento, também estará bem representado. Em uma área de 24 m2, cerca de 20 cafeicultores do município mineiro vão servir seus cafés – quase todos eles premiados, como os dez melhores do ano do 11º Concurso de Qualidade dos Cafés Especiais de Alto Caparaó e quatro vencedores do COY (Coffee of the Year), premiação criada pelos realizadores da SIC e que elege, desde 2012, os melhores arábicas e canéforas do país. 

Imagem de lavouras de café do Alto Caparaó

Mais premiados

Cidade cuja principal renda é a cafeicultura e o turismo, o Alto Caparaó venceu o COY pela primeira vez em 2014, e tem, entre os 150 finalistas de cafés arábica da atual edição, oito representantes. “O COY foi o primeiro concurso do qual participamos. Desde então, nossos cafés especiais têm ganhado notoriedade”, comemora Ramiro Horst de Aguiar, secretário de turismo e cultura do Alto Caparaó. “Para o município, a SIC é uma grande vitrine para os nossos cafés”, acredita Aguiar.

“Queremos levar a identidade territorial e cultural da cidade”, emenda Andyara Machado, Secretária de Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Caparaó. Caparaó, que assim como a cidade de Ramiro, está inserida em duas indicações geográficas (denominação de origem Caparaó e indicação de procedência Matas de Minas), participa pelo segundo ano do evento com 12 produtores, degustações e comercialização dos cafés, também conhecidos nacionalmente. “Sabemos que nossos cafés são mais que meros pontos de encontro, são momentos de partilha”, acredita Andyara, que vê na SIC, ainda, um fator determinante na comercialização dos grãos mineiros.

Estande do Caparaó na Semana internacional do Café 2023

Com mais de 300 produtores, o estande da Região do Cerrado Mineiro, primeira denominação de origem de cafés no Brasil, participa pela sétima vez da SIC. “É importante estar no evento pois encontramos o público torrefador e o público consumidor, inclusive internacional”, destaca Juliano Tarabal, diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. “Além disso, há a exposição da nossa denominação de origem, da nossa marca, da nossa estratégia”, completa Tarabal, citando a integração da promoção da federação pela presença de seis cooperativas e sete associações no espaço, de 80 m2. Degustações dos nove melhores cafés da safra e dos dois campeões do COE (Cup of Excellence) dividirão as atenções com outras atividades, como o game Cerrado The Wall, instalado numa das paredes do estande, com direito a camisetas e pulseiras para os vencedores do jogo.

Muitos e melhores

“Sentimos uma grande necessidade de explorar nossa marca no evento, que é um dos maiores do mundo”, elogia Klayrton Alves de Souza, secretário de comunicação da prefeitura de Manhuaçu, município no leste mineiro cuja maior riqueza também é o café – 83% oriundo de agricultura familiar. Com o estande e uma segunda participação consecutiva na SIC, o município espera fomentar a marca cafés de Manhuaçu. O estande vai ser temático, com foco no 11º Concurso Municipal de Qualidade de Café. Os produtores premiados vão estar ali, e os cafés campeões serão servidos por baristas. Ilustrações que remetem às lavouras de café locais e ao Castelo do Café, importante atração turística, decoram o espaço de Manhuaçu, que na última safra produziu 565 mil sacas de café, em uma área de 24 mil hectares.

A SIC também faz parte da história de evolução da cafeicultura em Rondônia, que marca presença novamente com um estande dedicado aos robustas amazônicos. “Iniciamos nossa participação como expositores em 2016 e, no início, causamos estranheza”, relembra o pesquisador da Embrapa Rondônia Enrique Alves, que está entre os organizadores da caravana de 60 expositores até a capital mineira, a maioria deles, cafeicultores da denominação de origem Matas de Rondônia. 

Foto: Gustavo Baxter/Semana Internacional do Café

“Este ano somos muitos e melhores. Nossos cafés nunca beberam tão bem, os preços nunca estiveram tão altos”, comemora Alves. A celebração aos cafés, inclusive, se estende no espaço da feira com o animado nome “Its gonna be SIC!”, um happy hour em que os inscritos terão oportunidade de degustar “robustas reserva” – cafés que aprimoraram sensorialmente ao longo dos anos –, acompanhados de meis oriundos de abelhas das lavouras cafeeiras, cookies feitos com farinha de casca de café e drinques à base da bebida. “A SIC é nosso lugar de pertencimento”, alegra-se Alves. “Os jornais, tvs e sites já ficam em expectativa para saber qual cafeicultor de Rondônia será destaque no COY”, relata. 

Histórias e aprendizado

A SIC permite que os profissionais e entusiastas conheçam não apenas os sabores do café, mas as histórias e os desafios de quem está por trás de cada grão. Num estande com três balcões, nove produtores de Espera Feliz (MG) se revezam no serviço de seus cafés, coados e no método espresso. Os cafés de mais de uma dezena de produtores também serão vendidos ali. A expectativa é grande. “Participar do evento é dar visibilidade às histórias, aos produtores e suas propriedades. É o momento de celebrar e destacar aqueles que fazem toda esta história acontecer”, reforça Mariana Aparecida Correia, secretária de agricultura do município, que, assim como Alto Caparaó e Caparaó, situa-se na área delimitada pela DO Caparaó e pela IP Matas de Minas. Este ano, Espera Feliz pretende colher 228 mil sacas dos 9,5 mil pés em produção. “Nossa economia gira em torno do café”, arremata Mariana. 

Piatã – que acaba de entrar para o rol das IGs como um dos sete municípios da indicação de procedência Chapada Diamantina, na Bahia –, também estará no evento. Seu representante oficial é o produtor Euvaldo José da Costa Jonis, da Fazenda Riacho da Tapera. Jonis estará na SIC em nome dos 55 associados da Coopiatã, a cooperativa local, que inclui produtores também dos municípios de Abaíra e Rio de Contas. No espaço destinado à cooperativa, serão servidos blends próprios das linhas gourmet e especial. “Encontramos na SIC todas as pessoas do universo do café. É uma oportunidade para visitar outras regiões e aprender um pouco”, conclui Jonis.

TEXTO Cristiana Couto

Mercado

Café ganha transporte em navio movido à vela e a energia solar

Uma remessa de café brasileiro especial começa a ser embarcada nesta segunda-feira (11) no Porto de São Sebastião, com destino a Le Havre, na França. Serão 588 toneladas de grãos, cultivados com práticas sustentáveis em várias regiões do Brasil. A novidade? O transporte será feito pelo cargueiro à vela Artemis, uma embarcação de tecnologia sustentável recém-construída na França.

A operação, conduzida pela Seaforte em parceria com a FAFCoffees, a Belco e a TOWT, marca a primeira exportação de café especial para a Europa utilizando um navio sem motor, movido apenas por velas e energia solar, sem emissão de carbono. Ao todo, serão 700 pallets com 14 sacas de café em cada, totalizando 9.800 sacas.

Além do café verde – que será torrado e moído na Europa para atender à crescente demanda por produtos de alta qualidade e rastreabilidade ambiental –, também serão embarcados pallets com sementes de cacau brasileiro, destinados à indústria de chocolates.

Transporte sustentável e impacto ambiental

O transporte à vela integra uma cadeia sustentável, onde o próprio modal marítimo contribui para a redução de emissões de poluentes. O café brasileiro, cultivado sob rígidos padrões de sustentabilidade, encontra agora um transporte igualmente responsável, reforçando o compromisso ambiental em todas as etapas.

Sobre o navio Artemis

Com 81 metros de comprimento e 12 de largura, o Artemis tem uma viagem estimada em 20 dias até a França e contará com uma tripulação de pelo menos oito pessoas. A embarcação chega ao Porto de São Sebastião nesta segunda-feira (11), com a partida rumo à Europa programada para quinta-feira (14), às 12h.

TEXTO Redação / Fonte: Radar Litoral

Trump, a COP 16 e a virtude da ignorância

Comecei a escrever este artigo em Cali, na Colômbia, onde, durante as últimas semanas, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade – a COP 16. A sede foi escolhida depois da desistência da Turquia em sediar o evento, em julho de 2023. 

O tema é relevante para o produtor de café, pois a Colômbia é o terceiro colocado mundial em biodiversidade e na produção de café. Nos dois casos, um dos únicos países a estar à frente dos colombianos é o Brasil. 

Neste ranking geral de biodiversidade, elaborado pela organização norte-americana Conservation International, dezessete países no mundo podem ser considerados megadiversos. Destes, nada menos do que oito são produtores relevantes de café, e outros cinco foram produtores relevantes no passado e ainda produzem café em menor quantidade.

Os cafeicultores já sabem que produzem um dos cultivos mais amigáveis ao clima, mesmo quando se avalia o impacto ambiental total da cadeia. Esse cultivo (o café) é ainda mais amigável quando feito em baixa intensidade, em sistemas agroflorestais e com uso mínimo de produtos químicos. Por mais que esta não seja (e nem há meios de ser) a realidade do produtor brasileiro, é a realidade da imensa maioria de produtores de café no restante do mundo. 

Portanto, a valorização da sustentabilidade ambiental nas cadeias agrícolas tende a penalizar cultivos agressivos e a premiar cultivos amigáveis, como o café. Principalmente o café brasileiro, que, apesar de tudo e de todos, ainda é mais amigável do que a maioria das outras cadeias agrícolas no mundo, como por exemplo, o cultivo de cereais nos Estados Unidos.

Nestas últimas semanas, seria de se esperar que o produtor brasileiro estivesse atento ao desfecho da conferência internacional na Colômbia e às eleições norte-americanas. Seria natural que houvesse uma grande torcida por medidas ambientais arrojadas, no desfecho da COP16, que favorecessem o produtor de café, e que, igualmente, houvesse uma vitória do campo político norte-americano que favorecesse as exportações para o maior comprador de café do mundo.

Pouco ou nada disso aconteceu. O café ainda não foi considerado o protagonista que é na preservação da biodiversidade. Nos Estados Unidos, venceu o campo político que tende a implementar péssimas medidas para o produtor agrícola. E, no final das contas, tampouco houve o engajamento merecido por parte do setor produtivo.

Por mais que ainda seja cedo para avaliar os impactos de um segundo mandato de Donald Trump para os EUA com relação ao comércio do café ou de qualquer outro produto agrícola, alguns alertas são, evidentemente, negativos. E eles contrastam com o otimismo e a euforia dos produtores, políticos e organizações aqui do interior de Minas, de onde eu continuo a  escrever este artigo.

Em 2024, Trump fez várias promessas muito parecidas com as de 2016, porém mais radicais. Algumas delas foram totalmente esquecidas durante o primeiro mandato, seja por inviabilidade política, seja porque se tratava de mero discurso de campanha. 

Vale nos concentrarmos, agora, naquelas que foram de certo modo cumpridas ou que podem impactar o produtor de café brasileiro: medidas protecionistas, redução de impostos, deportação em massa, suspensão de incentivos à economia verde e controle ideológico dos departamentos de saúde e de agricultura.

As medidas protecionistas devem afetar o Brasil em campos onde somos concorrentes dos produtos de lá, como aviões, peças e produtos agrícolas, como soja, milho, algodão, etanol e suco de laranja. Porém, medidas protetivas geram pressão inflacionária, pois originam menor disponibilidade de produtos em um setor produtivo que já tem um preço, muitas vezes, pouco competitivo. 

Mas o cenário pode ser ainda pior, pois o país vive um desemprego historicamente baixo. Se medidas protetivas forem adotadas conjuntamente às que restringem a mão de obra (como, por exemplo, dificultar a entrega de vistos de trabalho e deportar em massa), os EUA passariam a viver em um território desconhecido. 

Outra bandeira de campanha – a reforma tributária com redução expressiva de impostos a empresas e indivíduos de alta renda – adicionaria ingredientes extras a uma mistura que já é explosiva.

Por fim, temos ainda duas medidas que foram citadas frequentemente no discurso de Trump, mas que não são tão centrais como as que acabei de me referir: a retirada de incentivos a setores da economia verde e o controle ideológico dos dados emitidos pelo governo norte-americano. 

Robert F. Kennedy foi um dos concorrentes à Casa Branca este ano, até que se retirou da disputa e anunciou apoio a Donald Trump. Na última semana de outubro, Kennedy afirmou que recebeu a promessa de controlar instituições, como os departamentos de saúde e de agricultura, em um eventual governo Trump. Kennedy seria do núcleo ideológico do governo – entre outras coisas, negou a pandemia de Covid e a eficácia de vacinas. Caso controle o departamento de agricultura, controlará, também, as estatísticas elaboradas pelo USDA. Entre elas estão os dados sobre consumo e importação de café nos EUA, que acabam sendo os fundamentos mais importantes na avaliação da produção e no preço pago ao produtor na bolsa de Nova Iorque. 

Fazendo parte de um governo ultraconservador e nacionalista, as chances de que as estatíscas futuras sejam favoráreis aos países produtores de café são risíveis.  

Portanto, estamos diante de um governo que promete repetir ações que já foram implementadas no passado, resultando em um aumento relevante da inflação e na queda no poder de compra do cidadão médio dos EUA. Menos poder de compra implica menor consumo de bens e serviços – como o café propriamente dito ou o café fora de casa. Suspensão de incentivos a produtos de baixa emissão de carbono implica uma ainda menor possibilidade de renda extra aos cafeicultores, que deveriam vir a ser pagas pelos serviços ambientais prestados. Controles ideológicos e pouco técnicos dos números de produção e consumo de café envolvem uma oportunidade, para a indústria e compradores americanos, em manipular e especular o preço e a produção de café. 

Absolutamente nenhuma destas medidas traz ganhos ao produtor rural brasileiro, especialmente o de café, nem deve ser motivo de comemoração para eles. Todas elas são prejudiciais ao consumidor final de lá e benéficas apenas aos grandes importadores e comerciantes de café. Mesmo assim, existe um alinhamento ideológico automático e, porque não dizer, uma paixão pela figura de Donald Trump nos campos brasileiros e nas zonas rurais norte-americanas. 

Em um dos atos dedicados à campanha de Kamala Harris, o ex-presidente Barack Obama ressaltou algumas falas, nas quais Trump dizia se orgulhar da própria ignorância. Obama argumentou que a ignorância não deveria ser nunca um motivo de orgulho de ninguém. Nem para quem não consegue entender os fatos, nem para quem se recusa a vê-los como são. 

Exemplificando em bom português, temos o velho ditado de que o pior cego é o que não quer ver. Se existe alguém que não é cego e nem ignorante nesta história é Donald Trump. Melhor para ele, e pior para quem não quer ver.

Gustavo Magalhães Paiva é formado em relações internacionais pela Universidade de Genebra e é mestre em economia agroalimentar. Atualmente, é consultor das Nações Unidas para o café.

TEXTO Gustavo Paiva • FOTO Agência Ophelia

Cafezal

Universidade Cornell e World Coffee Research anunciam parceria de cinco anos

Programa irá concentrar-se no desenvolvimento de variedades de café resilientes e de alta qualidade para impulsionar a produtividade e os meios de subsistência entre cafeicultores 

A Universidade Cornell, em Nova York, e o World Coffee Research (WCR) acabam de lançar uma nova iniciativa para melhorar a resiliência climática e a produtividade entre pequenos produtores de café ao redor do mundo.

O Coffee Improvement Program tem duração de cinco anos e conta com o apoio de mais de US$ 5 milhões da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). O programa é liderado pelo Innovation Lab for Crop Improvement (Laboratório de Inovação para Melhoria de Culturas) da Cornell.

Em um comunicado à imprensa, as instituições afirmaram que o programa vai desenvolver ferramentas para aumentar a precisão e a velocidade do melhoramento genético do café. O objetivo principal é identificar marcadores genéticos para a ferrugem (Hemileia vastatrix) e a antracnose, ambas grandes ameaças para a produtividade do café.

De acordo com o WCR, mais de 12 milhões de pequenos cafeicultores no mundo produzem, atualmente, 60% do café consumido globalmente. No entanto, esses produtores enfrentam riscos crescentes devido às mudanças climáticas e lidam com desafios adicionais para a rentabilidade e o crescimento da produtividade devido à limitação de acesso à inovação agrícola.

“O café é parte integrante da economia global. Garantir a resiliência dos pequenos produtores de café é essencial tanto para as economias locais quanto para as cadeias de suprimento globais. Esta colaboração com a Cornell irá acelerar o desenvolvimento da próxima geração de variedades de café, beneficiando tanto os pequenos produtores quanto a indústria cafeeira”, disse Vern Long, CEO do WCR.

O ILCI da Cornell foi estabelecido em 2019 com uma doação inicial de US$ 25 milhões da USAID. Em outubro de 2024, o departamento de pesquisa recebeu uma segunda doação de cinco anos no valor de US$ 25 milhões da USAID para apoiar programas de melhoria de culturas voltados para a demanda em regiões-chave do mundo.

TEXTO Redação / Fonte: Allegra World Coffee Portal

Cafeteria & Afins

Aizomê Café mescla influências japonesas e brasileiras em cardápio na Japan House São Paulo

O Japão é um importante país consumidor de café. Além de ser berço de grandes referências de extração, como a hario v60 e a kalita, também está entre os dez maiores importadores de café do mundo. Quando o assunto é a produção brasileira, o país asiático é o quinto principal destino dos nossos grãos, responsável pela compra de 1,633 milhão de sacas entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Em São Paulo (SP), a chef Telma Shiraishi conecta as duas culturas no cardápio do Aizomê Café, na Japan House, e num ambiente que oferece uma imersão no cotidiano nipônico, com detalhes de literatura e moda, por exemplo. A Espresso foi convidada para conhecer a cafeteria e provar este interessante mix no cardápio. 

Importante elemento no menu – e o nosso principal interesse –, o café escolhido para ser servido na casa é do produtor Tomio Fukuda, que cultiva o fruto desde 1984 na Fazenda Baú, em Patos de Minas (MG). Com torra feita pela própria Baú, as opções no Aizomê são as variedades catuaí vermelho, bourbon vermelho e santa rosa, preparadas no espresso ou na v60. 

Em nossa visita, guiada pelos baristas Joel Sanka e Willian Matsuguma, escolhemos o catuaí vermelho no espresso (R$ 10), que entregou uma bebida de corpo médio, acidez alta, doçura equilibrada e com notas frutadas. Além dele, pedimos o santa rosa no filtrado na v60 (R$ 22), que estava bem extraído, suave e equilibrado, e foi servido em uma xícara que, apesar de não ter alça, estava em uma temperatura confortável para segurar.

Nosso pedido: bolo floresta verde, karepan, porção de moochese, café filtrado, espresso e drinque Midori Fizz

Para acompanhar os cafés, pedimos uma mescla perfeita entre a cultura brasileira e a japonesa: o “mocheese” (R$ 15), uma porção de minipães de queijo feitos com mochi (arroz glutinoso) e queijo canastra. O único defeito é não vir em um balde para comer de monte. Escolhemos também o karepan (R$ 18), um pãozinho frito recheado com carne e legumes ao curry. Apesar de frito, não é nada pesado e tem sabor delicado. Uma boa escolha para comer à tarde.

Ainda provando a combinação de influências, escolhemos o bolo floresta verde (R$ 29). Com inspiração no clássico floresta negra (um ícone dos anos 1980 nas confeitarias paulistanas), leva matchá na massa, ganache de chocolate branco, cereja amarena e cranberries marinadas no umeshu (licor de ameixa japonesa). Doce na medida certa, carrega um equilíbrio perfeito entre os ingredientes, e harmoniza muito bem com os cafés que pedimos.

Um dos pontos altos da casa no dia de nossa visita é o drinque autoral Midori Fizz (R$ 29). Feito com limão siciliano, xarope de açúcar, água tônica, matchá e folha de shisô (que lembra hortelã), a bebida gelada é refrescante e equilibrada – dá vontade de tomar litros e litros. 

Para finalizar nossa visita, o barista Willian Matsuguma preparou um matcha latte (R$ 20). O desenho de cavalo marinho, que ele disse estar treinando atualmente, rende uma bela foto no Instagram. Além disso, a combinação delicada entre o matcha e o leite torna o matcha latte uma bebida confortável, principalmente nos dias frios. Há, também, opção de leite de aveia.

Desenho de cavalo marinho desenhado no matcha latte, feito pelo barista Willian Matsuguma

Para quem passa pela avenida Paulista e busca uma boa experiência gastronômica, vale a pena a parada na Japan House e no Aizomê Café. É uma imersão, literalmente, deliciosa na cultura japonesa. 

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Paulista, 52 Térreo
Bairro Bela Vista
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/aizomerestaurante
Telefone (11) 2222-1176
Horário de Atendimento De terça a sexta, das 10h às 18h; Sábado, domingo e feriados, das 10h às 19h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

Cafezal

Cafés do Cerrado Mineiro e da Mantiqueira de Minas destacam-se no Cup of Excellence 2024

No último sábado (2), o Cup of Excellence realizou a cerimônia de premiação da edição de 2024. Minas Gerais foi o grande destaque e levou os primeiros lugares das três categorias (via úmida, via seca e experimental). Clique aqui para conferir a lista dos vencedores.

O produtor Vitor Marcelo Queiroz Barbosa, da Fazenda Sobro e Bonito de Cima, de Coromandel, no Cerrado Mineiro, foi o vencedor da categoria via úmida, com 91.93 pontos. Ele foi seguido por Flávio Marcio Ferreira da Silva, da Fazenda Olhos D’Água, de Campos Altos, também no Cerrado Mineiro, com 90.89 pontos.

Na categoria via seca, o ganhador de 2024 foi Ronaldo da Silva, do Sítio Santa Luzia, de Cristina, Mantiqueira de Minas, com 92.32 pontos. O segundo lugar ficou com o grupo da Fazenda Sertãozinho com a Fazenda Rainha, de São Sebastião da Grama, na Região Vulcânica, com 91.89 pontos.

Já o Grupo Bioma Café levou a melhor na categoria experimental, com um café de 93.14 pontos da M&F Coffee, de Campos Altos, no Cerrado Mineiro. Na sequência ficou a produtora Carmen Lydia Junqueira Puliti Meirelles, da Fazenda Santa Rita do Xicao, de São Gonçalo do Sapucaí, Mantiqueira de Minas, com 91 pontos.

A competição também teve cafés eleitos “vencedores nacionais”, que consistem em lotes selecionados para a fase internacional, mas que ficaram abaixo dos 30 primeiros colocados.

TEXTO Redação

Cafezal

Coffee of the Year 2024 divulga lista das 180 amostras finalistas

Foi divulgada a lista dos finalistas do Coffee of the Year 2024 e as rodadas de cupping. Nesta fase do concurso são selecionados os 180 produtores mais bem pontuados pelos Q-Graders e R-Graders da comissão avaliadora: 150 da categoria arábica e 30 de canéfora. Clique aqui e confira os nomes.

Oportunidade para produtores e compradores se conectarem, estas 180 melhores amostras classificadas participam de rodadas de cuppings durante os três dias de Semana Internacional do Café, que este ano acontece de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG). É importante que o produtor esteja presente na rodada de sua amostra, pois é neste momento que compradores de diversas partes do Brasil e do mundo provam os cafés classificados e surgem oportunidades de negócio.

Além dos cuppings, os 10 primeiros cafés de arábica e os 5 primeiros de canéfora ficarão disponíveis para voto popular em garrafas térmicas codificadas, ou seja, os visitantes da SIC poderão prová-los e votar no favorito de cada categoria.

Os campeões do COY 2024 e a ordem final entre os finalistas serão conhecidos em cerimônia de premiação no último dia de SIC, às 15h, no Grande Auditório.

Serviço
Semana Internacional do Café 2024
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte (MG)
Quando: 20 a 22 de novembro, das 10h às 19h
Quanto: R$ 70 (pessoa física, para os três dias). Grátis para pessoas jurídicas, produtores e visitantes internacionais
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafezal

1º leilão do Prêmio Chapada de Minas tem lance de R$ 5.500 em café campeão

A Região da Chapada de Minas premiou seus melhores cafés na noite de ontem (24), com a realização do Prêmio Chapada de Minas. A convite do Sebrae-MG, a Espresso acompanhou de perto a cerimônia em Capelinha (MG). A edição reuniu 73 amostras, divididas nas categorias natural, natural microlote e cereja descascado, e contou com a 1ª edição do leilão dos cafés campeões, que trouxe compradores de diferentes lugares do país.

Na categoria natural, o primeiro lugar foi para Rodrigo Crimaldo Mendes, da Fazenda Sequóia, com grãos de amarelão – variedade descoberta na própria Chapada de Minas – que alcançaram 89,06 pontos. A sequência foi composta por Ronaldo Morais Pena Filho, da Fazenda Primavera, em segundo, e por Sérgio Meirelles Filho, da Fazenda Alvorada, em terceiro. O café de Rodrigo foi arrematado pela 3corações, por R$ 5.200. Já o café de Sérgio foi vendido por R$ 4.600 para a Sabino Torrefação (SP).

Vencedores da categoria natural

Novidade este ano, a categoria microlote abrange cafés naturais de até 20 hectares. O vencedor foi o catuaí de 87,31 pontos do produtor Tarcísio Costa Barbosa, da Fazenda Mamoeiro. Ele foi seguido por José Cunha Fernandes, da Fazenda Brejo da Cunha, em segundo, e por Gilson Pereira da Silva, da Fazenda ODA, em terceiro. O café campeão foi arrematado pela torrefação paraense Alquimista – Bebidas Especiais, por R$ 4.600. A 3corações foi quem levou o segundo melhor café da categoria, por R$ 3.700, enquanto que o terceiro colocado foi comercializado por R$ 3.100 para a carioca Café Ao Leu.

Vencedores da categoria microlotes naturais

A Fazenda Primavera e a Fazenda Sequóia levaram mais um pódio na noite, consagrando-se, respectivamente, campeã e vice-campeã na categoria cereja descascado. O terceiro lugar foi para Matheus Lettieri Junqueira, da Fazenda Riviera. O café vencedor da Fazenda Primavera, da variedade gesha, de 89,38 pontos, foi o que recebeu o maior lance da noite: R$ 5.500, dado pela torrefação Torra Fresca, de Mococa (SP). O segundo lugar foi vendido por R$ 3.800 para a 3corações, e o terceiro foi comercializado por R$ 3.400.

Vencedores da categoria cereja descascado

A 3ª edição do Prêmio Chapada de Minas é uma realização da Região Chapada de Minas e do Sebrae, com patrocínio do Sicoob Credijequitinhonha e apoio do Sistema Faemg/Senar.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Sebrae/Marlon Fernandes

O que nos une é maior do que o que nos separa – o dilema dos jovens cafeicultores de Antióquia

Em um artigo passado, comentei sobre a semelhança de Medellín, capital do departamento de Antióquia, na Colômbia, com Belo Horizonte, capital mineira. Se as semelhanças entre as duas cidades não é difícil de notar para quem as conhece, a mesma lógica se mantém ao compararmos Antióquia e Minas Gerais.

Antióquia é o segundo departamento (equivalente aos nossos estados) mais povoado da Colômbia. Também é o segundo mais rico e um dos motores da independência colombiana. Foi ali que nasceu José Maria Córdova, uma das figuras mais atuantes para a independência da Gran-Colômbia, o que torna a comparação com Tiradentes óbvia.

O título desta coluna reflete uma frase comumente dita quando rivais se unem em prol de um bem maior. Desde a aliança das ex-colônias espanholas para a libertação até a ação de jogadores de times rivais que se unem para defender Los Cafeteros, como é chamada a seleção nacional colombiana.

Não seria difícil ouvir de algum cafeicultor brasileiro que o maior, ou segundo maior, rival brasileiro neste campo seria justamente o cafeteiro, de ofício, colombiano. Mas será que dentro do universo do café podemos dizer aos colombianos que o que nos une é maior do que o que nos separa?

Durante a Colombia Coffee Expo, realizada em Bogotá entre 2 e 5 de outubro, vários temas relevantes ao cafeicultor colombiano foram levantados, de tratos culturais, passando por mudanças climáticas e preços no mercado externo até o problema dos jovens colombianos em continuar na zona rural e manter o ofício dos pais.

A Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia (FNC) promoveu uma ampla pesquisa com os produtores de café com menos de 30 anos para entender os problemas, na visão deles próprios, que o campo colombiano enfrenta e quais as razões principais para ficar ou deixar a produção. A pesquisa foi coordenada pelo diretor de desenvolvimento social, Guillermo Arcila, e contou com entrevistas em campo com centenas de cafeicultores abaixo dos 35 anos. Os resultados foram apresentados, no evento, por Valeria Ríos e Juan Vélez.

O que se constatou foram quatro problemas principais: falta de estrutura, falta de renda adequada, dificuldade de inovar e de fazer parte de decisões importantes.

Com relação à falta de estrutura, as queixas baseiam-se na falta de estrutura privada e, também, pública. A iniciativa privada colombiana não investe ou não quer investir em estruturas básicas, como internet, e itens relacionados à qualidade de vida, educação e lazer. Os jovens entendem que, para exportar café e agregar valor, precisam ter bom inglês – mas geralmente não existem escolas de inglês em um raio de até uma hora de suas casas. 

Até mesmo o futebol foi apontado como um fator de desinteresse para a cultura do café, já que aqueles que pretendem estabelecer-se no campo não poderão dar aos filhos a oportunidade de jogar em uma escolinha, e nem eles próprios terão como manter o tradicional futebol do fim de semana – os que vivem ali são poucos e já se sentem velhos para jogar. Não tem mais time. Junte-se a isso o preço alto do maquinário, a falta de peças de reposição, a escassa assistência técnica para repor os itens defeituosos e a falta de um melhor treinamento quanto ao funcionamento das máquinas. 

Mas é claro que as queixas também recaem sobre o poder público, que não oferece rodovias adequadas e que, muitas vezes, oferece serviços de luz e água precários.

Quanto à renda, a queixa é muito similar à brasileira. Preços baixos, dificuldade de manter o café armazenado para esperar o melhor preço, excesso de intermediários e grande volatilidade do mercado são apenas alguns dos exemplos que fazem o jovem cafeicultor desistir ou, muitas vezes, nem sequer tentar a vida no campo.

Por último, as dificuldades na inovação e na tomada de decisões. É inerente ao jovem de praticamente qualquer lugar do mundo ter maior abertura ao e desejo do novo. No café não é diferente. Mas como inovar com todos os desafios citados? A resposta vem por meio da qualidade do grão e do seu valor agregado. Mas passa, também, por outras iniciativas, como o turismo e a oferta de experiências no campo para pessoas urbanas. 

Em termos de qualidade, a saída foi melhorar os processos de produção e promover a marca própria como expressão do próprio estilo. O nome, o rótulo e a marca podem parecer etapas protocolares no lançamento de um produto. Mas são, talvez, a única forma de o cafeicultor mandar sua mensagem ao mundo expondo o seu estilo. Nos tempos de influenciadores e brigas por likes, esquece-se que muitos ainda sonham com uma internet adequada.

E mesmo que o tenham, a mensagem enviada através de um rótulo e de um trabalho por trás de um pacote de café torrado tende a ser infinitamente mais profunda do que um story de quinze segundos. Portanto, quando o assunto é o cafeicultor, o que nos une é muito maior do que o que nos separa. A questão é a percepção da unidade na diferença, e a cooperação apesar da distância.

Gustavo Magalhães Paiva é formado em relações internacionais pela Universidade de Genebra e é mestre em economia agroalimentar. Atualmente, é consultor das Nações Unidas para o café.

TEXTO Gustavo Paiva

Mercado

SIC 2024 discute clima, ciência e novos consumidores

 

Reunindo questões candentes no cenário cafeeiro atual, este ano da Semana Internacional do Café – SIC privilegia o clima, a ciência e os novos consumidores como pauta de discussões durante os dias 20 e 22 de novembro no Expominas, em Belo Horizonte.

Em sua 12ª edição, a SIC, um dos maiores e mais importantes eventos do mercado cafeeiro do Brasil e do mundo, espera receber 20 mil pessoas, de 40 países, para assistir a painéis, palestras e workshops em torno do tema “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”, além de movimentar cerca de 60 milhões de reais em negócios.

Para discutir os atuais desafios do setor estarão presentes Márcio Ferreira, CEO da Tristão e Valéria Pardal, diretora-executiva de cafés da Nestlé Brasil, no primeiro dia do evento, no DNA Café, espaço dedicado à paineis e palestras sobre tendências, desafios e ações para o futuro do café (com tradução simultânea para o inglês).

Soluções verdes para mitigar os impactos climáticos é tema de outro painel, no mesmo espaço, conduzido pelo engenheiro agrônomo José Donizeti Alves, professor titular da Ufla (Universidade Federal de Lavras), e pelo especialista em transição verde Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas – RJ.

O segundo dia da SIC tem como um dos destaques os trabalhos desenvolvidos no Fórum da Cafeicultura Sustentável, criado em 2014 para discutir práticas, inovações e desafios relacionados à sustentabilidade na cafeicultura. Este ano, o fórum abre com um painel sobre os desafios e oportunidades da EUDR (Regulamento de Desflorestação da União Europeia), integrado por Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Expositores de Café do Brasil), Adriana Mejía Cuartas, presidente do Conselho da Plataforma Global do Café (GCP) e Sueme Mori, diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Revolução Verde e discussões sobre agricultura regenerativa também encontram lugar no segundo dia do fórum, que discute, ainda, os avanços científicos na cafeicultura no painel “A força da ciência nas questões de clima, solo, variedades e consumo” (confira mais detalhes da programação no site da SIC)

Na cafeteria modelo, um ponto de encontro já tradicional entre baristas e outros profissionais do setor com o público, a programação segue intensa. Palestras sobre os novos protocolos ABIC para cafés torrados e CVA (Avaliação de Valor do Café, em português) da SCA, programado para entrar em vigor em 2025, dividem as atenções com temas como a influência da água no perfil de cafés e cafés infusionados, além do painel sobre “Diversidade, equidade, inclusão e pertencimento (DEIP) como impacto de ESG na xícara”.

Com objetivo de conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro no acesso a mercados e negócios, a programação da SIC abriga, também, campeonatos, degustações e premiações importantes, além de uma feira com mais de 170 expositores.

O já conhecido Concurso Florada Premiada, iniciativa do Grupo 3corações em parceria com a BSCA, acontece, como de praxe, no último dia SIC. O concurso, que busca dar visibilidade ao trabalho de cafeicultoras mulheres e oferecer acesso às melhores práticas na produção de cafés especiais, é coordenado pelo especialista em qualidade de cafés Silvio Leite, e já impactou mais de 4 mil famílias de mulheres cafeicultoras.

Também fechando o evento acontece a final do Campeonato Brasileiro de Barista 2024, cujo campeão entre os seis semifinalistas irá representar o Brasil no campeonato mundial em 2025 em Milão, na Itália.

“A SIC estabeleceu-se como a principal plataforma para a promoção, acesso a mercados, e negócios do café brasileiro”, diz Caio Alonso, diretor da Espresso&CO, um dos realizadores do evento. “A SIC é um importante evento para aproximar os produtores rurais, grandes responsáveis por essa liderança, e os demais elos do setor”, reforça Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, uma das entidades realizadoras do evento.

O evento é gratuito para produtores rurais, empresas da área (visitantes com CNPJ) e visitantes internacionais. O ingresso para outros visitantes custa R$ 70 para os três dias, e pode ser adquirido no site.

12ª Semana Internacional do Café – SIC
Quando: 20, 21 e 22 de novembro de 2024, das 10h às 19h
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200, Gameleira, Belo Horizonte, MG
Quanto: R$ 70 (para os três dias). Visitante com CNPJ, produtor rural e visitante internacional tem entrada gratuita.

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café
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