Ingredientes
– 400 g de farinha de trigo
– 100 g de farinha de trigo integral
– 330 ml de água
– 150 g do nosso fermento natural (levain) refrescado
– 10 g de sal
– 100 g de nozes
Preparo
Em uma tigela, junte o fermento natural, a água e as farinhas (guarde um pouco da farinha branca, de 50 g a 100 g). Mexa rusticamente, com espátula ou colher. Deixe a mistura descansar, por 20 a 30 minutos, para que ocorra a autólise, ou seja, o início da formação da massa e do glúten. (Se estiver quente, use água gelada).
Misture bem, depois da autólise. Junte o sal gradualmente, em pitadas. Vá adicionando a farinha que restou, aos poucos, e já comece a sovar: aperte, dobre e estique a massa. Essa massa pode ficar um tanto pegajosa, incômoda, mas evite usar farinha extra. Quanto mais hidratado, mais leve ficará o pão. Trabalhe a massa por 10 minutos, pelo menos. Depois de sová-la bem, modele-a em forma de bola. Cubra sua superfície com uma camada de farinha, proteja-a com um pano e deixe-a num local tranquilo, onde ela possa levedar. As nozes ficam para depois, vão entrar no momento da modelagem.
Primeira fermentação
Vamos aguardar de 3 a 4 horas para que a massa cresça (nos dias frios, um pouco mais). Porém, depois da primeira hora de descanso, vamos fazer ‘uma dobra’, na massa, com as mãos ou com a espátula (quatro ‘viradas’ na massa, para reforçar o glúten).
Antes de começar a trabalhar a massa, separe as nozes. Mantenha alguns pedaços mais graúdos, quebre outros em fragmentos menores. Vamos espalhá-las de forma mais ou menos equânime. Você vai trabalhar a massa numa superfície limpa e lisa, apenas polvilhada com farinha para não grudar. Molde apertando e espalhando-a sobre a superfície. Enquanto você abre a massa, vai adicionando as nozes.
Para modelar o pão, depois de abrir um retângulo com as mãos, comece a fazer pequenas dobras em suas laterais, um pouco de cada vez, até que elas se encontrem no centro. Feche bem a emenda e vire o pão para deixar a dobra na parte de baixo. Se achar interessante colocar alguns pedaços de nozes para que fiquem rusticamente encaixados no exterior do pão, espete-os para que não fiquem soltos. Deixe a massa num formato mais próximo do oval, porém mais longo.
Prepare uma assadeira grande, de preferência antiaderente, polvilhando-a com uma boa camada de farinha, para que o pão não grude na hora de assar. Cubra-o com um pano (ou deixe-o descansar num cesto – banneton – ou em outro recipiente improvisado).
Segunda fermentação
Deixe o pão num lugar seguro para que ele cresça entre 1 e 2 horas (se estiver calor demais, deixe-o na geladeira por metade desse tempo). Ligue o forno na temperatura alta, a 220 0C. Preaqueça por meia hora. Com o forno bem quente, é hora de dar o acabamento. Com uma faca afiada ou uma navalha, faça um corte ágil, de ponta a ponta, de mais ou menos 0,5 cm de profundidade, ou um pouco mais. Antes de levá-lo para assar, borrife água, para deixar a casca mais crocante. Leve-o ao forno para assar por 45 minutos, até que ele fique bem dourado — como convém a um bom pão.
É um desperdício, principalmente no caso desta receita, tirá-lo ainda clarinho, sem as notas tostadas, que são tão agradáveis. Retire o pão do forno e deixe-o sobre uma grade (ou grelha) para que esfrie bem. (Outra dica importante: assar numa panela de ferro, preaquecida; metade do tempo com a tampa, metade sem ela).
FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Luiz Américo Camargo