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Pesquisadores de Cingapura criam bebidas com micro-organismos vivos à base de café e chá
Pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) criaram novas bebidas probióticas de café e chá que são embaladas com micro-organismos vivos. Supervisionados pelo Professor Associado Liu Shao Quan, da NUS Food Science and Technology, os dois estudantes de doutorado que trabalharam nessas novas bebidas afirmam que os produtos têm um ótimo gosto e podem ser armazenados refrigerados ou em temperatura ambiente por mais de 14 semanas, sem comprometer sua viabilidade probiótica.
Os tradicionais portadores de probióticos, como iogurtes e leites cultivados, são produtos à base de laticínios. Pesquisadores da NSU dizem que o aumento do veganismo, juntamente com problemas de saúde comuns como intolerância à lactose, colesterol alto e alergias a proteínas lácteas, tem estimulado a tendência em alimentos e bebidas probióticas não lácteas.
“Café e chá são duas das bebidas mais populares em todo o mundo e são infusões à base de plantas. Como tal, eles atuam como um veículo perfeito para transportar e entregar probióticos aos consumidores”, explica o professor.
“A maioria das bebidas probióticas e chás disponíveis comercialmente não são fermentados. Nossa equipe criou uma nova gama dessas bebidas usando o processo de fermentação, pois produz compostos saudáveis que melhoram a digestibilidade de nutrientes, mantendo os benefícios para a saúde associados ao café e ao chá”, completou Liu.
A doutoranda Alcine Chan criou uma bebida probiótica adicionando nutrientes especialmente selecionados ao café, seguido por probióticos cuidadosamente escolhidos. A mistura de café é deixada para fermentar por um dia e é colocada na geladeira após fermentação. Após esse processo, o café probiótico resfriado está pronto para beber. Açúcar e leite podem ser adicionados antes do consumo, se desejar.
“A formulação é complicada, especialmente relacionada ao tipo e quantidade de nutrientes adicionados, e à combinação probiótica. Nem todo tipo de probióticos pode crescer em cafés. Adicionar poucos nutrientes não permitirá o crescimento probiótico, ao mesmo tempo em que adicionar muitos nutrientes dará um sabor desagradável”, diz Alcine. O sabor pode variar entre cada um, mas todos mantêm a característica do café.
Para criar o chá probiótico, Wang Rui, outro estudante de doutorado da NUS Food Science and Technology, adicionou nutrientes em uma infusão de chá, seguido por uma cuidadosa seleção de probióticos específicos. A mistura de chá é deixada para fermentar por dois dias, depois da qual está pronta para beber. Qualquer tipo de chá preparado pode ser usado nesse processo, e durante todo a etapa de fermentação, o sabor original do chá é em grande parte retido, com notas frutadas e florais introduzidas.
“O chá probiótico tem gosto de chá de frutas com um pouco de acidez e uma sensação bucal semelhante ao chá original. Os consumidores podem adicionar adoçantes, leite ou creme, com base em suas preferências”, diz Wang.
Ambos os alunos de doutorado estão refinando suas receitas para melhorar o sabor das duas bebidas. A equipe da NUS também registrou uma patente para a receita de café probiótico e espera colaborar com parceiros do setor para comercializar a bebida.
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