Mercado

26 cafeterias de Recife e região oferecem combos especiais durante 2ª edição do “Eu amo Café”

Os pernambucanos apaixonados por café contam com mais um festival, o “Eu amo café”, que confirma sua 2ª edição de 5 de novembro a 11 de dezembro. Com a participação de 26 cafeterias espalhadas pelo Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Taquaritinga do Norte, cada estabelecimento vai oferecer uma “Dupla dos Sonhos”: um café especial harmonizado com um doce, por R$ 24,90.

Nesta edição, a estrela são os cafés filtrados. Assim, o público poderá conferir uma variedade de grãos de diversas características sensoriais, extraídos a partir de diferentes métodos. A realização do festival é da Associação de Cafeterias de Especialidade de Pernambuco (ASCAPE), responsável também pelo Recife Coffee, circuito de cafés de especialidades que já faz parte do calendário gastronômico recifense. A segunda edição do “Eu amo café” conta com patrocínio da Koar e CoffeeBar, além do apoio da Prefeitura do Recife.

Confira as cafeterias participantes:

  • Aurora Café – Bairro do Recife
  • Artisano – Madalena
  • A vida é bela – Várzea
  • Café com dengo – Rosarinho
  • Café mais Prosa – Espinheiro
  • Christal Café – Pina
  • Coffee Cube – Jaqueira
  • Coffee Cube – Torre
  • Conexão Café – Cordeiro
  • Contém Café – Encruzilhada
  • Ernest CaféBistrô – Espinheiro
  • Fridda Café – Jaboatão dos Guararapes
  • GrãoCheff – Espinheiro
  • Kaffe – Espinheiro
  • Kaffe – Boa Viagem
  • La Fuent – Boa Viagem
  • Lalá Café – Graças
  • 81 Coffee Co. – Graças
  • O melhor cantinho da cidade – Várzea
  • Olinda Café
  • Palastisi – Ilha do Leite
  • Santa Clara – Graças
  • Santa Clara – Parnamirim
  • Takwary – Taquaritinga do Norte
  • Xêro Café e Arte – Olinda
  • Zoco Café – Olinda

Mais informações: www.instagram.com/euamocafefestival 

TEXTO Redação • FOTO Filipe Ramos

Cafezal

Cerrado Mineiro sedia, em Monte Carmelo, evento focado em café carbono neutro

A cidade de Monte Carmelo (MG) será palco de um evento inédito, com pauta internacional, que irá abordar as boas práticas na produção do café e a contribuição da cafeicultura brasileira para alcançar a neutralidade nas emissões de gases lançados na atmosfera.

 Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Espaço Vivendas, e terá como público produtores, cooperativas, exportadores, importadores, torrefadores, agentes financeiros, indústria de químicos e biológicos, pesquisadores, universidades, consultores e técnicos.

Esta primeira edição tem a iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e tem como finalidade a conscientização voltada à conservação e preservação do ecossistema, compartilhamento de ideias, evolução do conhecimento que envolve toda a cadeia do café e promover a integração entre os elos, capturando mais valor ao agro na Região do Cerrado Mineiro.

O evento tem a intercooperação e correalização das cooperativas que integram o setor cafeeiro da Região do Cerrado Mineiro, como Expocaccer, Carmoccer, Carpec e Coocacer e o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer).

A jornada é, ainda, um convite para que cada participante seja um agente de transformação que irá contribuir na construção de um legado para um mundo mais verde, mais equilibrado, mais responsável para as futuras gerações.

A pauta, durante os dois dias de evento, gira em torno de temáticas que vão desde a conservação do meio ambiente até a evolução das boas práticas adotadas na agricultura brasileira. Uma verdadeira jornada que contempla questões cada vez mais presentes, com destaque às agendas institucionais, corporativas e mercadológicas, nacionais e mundiais, como: a) a preservação da biodiversidade do Cerrado; b) o uso responsável dos recursos hídricos e do solo; c) a racionalização do uso de fertilizantes e defensivos químicos; d) a gestão com incentivo rumo ao carbono neutro – que consiste em identificar o quantitativo das emissões de gases que provocam o efeito estufa; e) adoção de técnicas para reduzir e balancear as emissões por meio de ações de compensação e práticas responsáveis.

Cerrado Mineiro

Por que iniciar essa jornada de atitude pelo Cerrado Mineiro? A cafeicultura na Região do Cerrado Mineiro é considerada jovem, completa 50 anos, e já pratica a cafeicultura de baixa emissão de carbono, condição favorável para que se alcance as metas estabelecidas e adequadas para as próximas décadas. O Cerrado Mineiro tem a maior área de fazendas com certificação de boas práticas do mundo.

Um bom exemplo vem da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro de Monte Carmelo (monteCCer), por meio do programa Socioambiental Viveiro de Atitude, que produz e comercializa mudas de espécies nativas do bioma Cerrado para mais de 150 fazendas cooperadas e para a população em geral. Por ano, o programa tem capacidade para produzir 60 mil mudas de mais de 120 espécies, contribuindo para a conservação, preservação e proteção dos recursos naturais, no florestamento e no social. Toda a verba arrecadada com a venda destas mudas é destinada a entidades que cuidam de crianças e idosos da cidade de Monte Carmelo.

A Região do Cerrado Mineiro conta com 55 municípios produtores de café e é reconhecida pela qualidade, quantidade e consistência no fornecimento do produto aos mercados nacional e internacional.

COP 27

O Brasil tem um compromisso firmado no ano passado na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26) de reduzir para 50% a emissão de gases até 2030, e de neutralidade de carbono até 2050. Uma tarefa que exige de todos os segmentos um compromisso permanente e propositivo para minimizar os danos causados ao planeta e avançar numa trajetória que garanta às próximas gerações segurança alimentar e climática.

O aquecimento das temperaturas alcançou índices alarmantes nas duas últimas décadas, o que têm despertado mudanças de comportamento tanto de órgãos governamentais como do setor privado. Entre 2010 e 2019 foi considerado a década mais quente da história, segundo dados da organização Copernicus, vinculada à União Europeia. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta os anos de 2016, 2019 e 2020 como os três mais quentes.

As alterações no clima em todo o planeta têm como principais vertentes as emissões relacionadas à energia e as mudanças no uso da terra. Essa última responde por aproximadamente um terço do carbono lançado na atmosfera. Daí a importância de se debater e incentivar ações agroecológicas e responsáveis envolvendo todos os atores da cadeia do agronegócio café.

É com esse foco que o Brasil chega para a edição da COP 27, que acontece entre 6 a 18 de novembro, no Egito. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a intenção é mostrar ao mundo a disposição para ser um centro de energia limpa e com garantia.

A 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”

O evento será realizado logo após a COP 27, com a missão de ser o primeiro da cafeicultura a tratar dos assuntos abordados na convenção. Ao trazer um panorama dessa agenda e aprofundar outros temas de interesse do produtor rural, a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono e seja um agente de transformação no trabalho permanente de dar mais valor à terra que nos alimenta.

O evento terá debates com profissionais renomados do setor do café e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação. O formato da Jornada será trazer para os participantes proposições importantes e relevantes para a tomada de decisão no dia a dia da lavoura, clínicas de aplicação das ideias e também momentos de relacionamento e troca entre os participantes.

Confira a programação do evento:

29 de novembro

8h – Abertura
8h15 – Palestra “Economia e Agronegócio:  O Despertar, o que vem por aí?”
9h30 – Painel 1 “Carbono neutro: Ciência, Educação, Estratégia e Comunicação”
11h – Painel 2 “Serviços Ecossistêmicos, CPR Verde, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Segurança Jurídica”
14h15 – Painel 3 “Mercado de Carbono: Quais são os incentivos pelas boas práticas?”
15h30 –  Painel 4 “Cerrado Mineiro: + Valores?“
17h30 – Painel 5 “Como Comunicar os Valores do Agro Brasileiro?”

30 de novembro – Clinicas Tecnológicas

8h – Clínica 1 “Valores – Biodiversidade”
9h – Clínica 2 “Valores – Uso Racional de Defensivos e Fertilizantes”
10h – Clínica 3 “Valores – Uso Racional da Água e do Solo”
11h – Clínica 4 “Valores – Social e Gestão das Propriedades”

Serviço
1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Espaço Vivendas – Monte Carmelo, MG
Mais informações: comunicacao01@monteccer.com.br ou (34) 99904-8409

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Vietnã, Indonésia e Índia: Maravilhas econômicas, café robusta e o papel do solúvel

O artigo recente do Financial Times, “As Sete Maravilhas Econômicas de um Mundo Preocupado”, de Ruchir Sharma, chamou minha atenção porque três destas maravilhas econômicas e aquelas abordadas primeiro são produtoras relevantes de café robusta. O Vietnã é o maior produtor de robusta do mundo, a Indonésia vem em terceiro lugar e a Índia é um conhecido produtor de robusta lavado.

Juntos estes três países asiáticos respondem por quase dois-terços da produção de robusta e um-quarto de todo o café produzido do mundo. Eles também estão estrategicamente localizados para abastecer o que pode vir a ser o maior mercado de café do mundo, a própria Ásia, que hoje consome principalmente café solúvel, cuja matéria-prima básica são os grãos de robusta e conilon.

O Vietnã, um fornecedor enorme mas relativamente novo de café, passou de produção insignificante a líder mundial em menos de meio século: hoje é o maior produtor e exportador de robusta! O consumo local também está aumentando, impulsionado pela crescente cultura de café e pelo café solúvel. As indústrias de café solúvel estrangeiras e locais estão se expandindo não apenas para abastecer o mercado vietnamita, mas também e especialmente para exportar.

A Indonésia é única porque o consumo local de café está crescendo mais rápido do que a produção e, como resultado, as exportações estão estáveis ou em queda. O país é um grande exemplo de crescimento do consumo de café sem um programa institucional para promovê-lo. O café “três-em-um” – envelopes de dose única com café solúvel, leite não lácteo e açúcar –, as próprias marcas de café e as cafeterias estão fazendo isso. Apesar de ter um forte parque industrial de café solúvel, o país o importa também.

A Índia está aumentando sua produção de robusta em detrimento do Arábica. Isso não deve surpreender, considerando o enorme potencial do mercado indiano de café solúvel, que ainda é muito pequeno em relação ao tamanho da população do país. A Índia pode de fato se tornar um importador de produtos solúveis se o café ficar na moda, como aconteceu na China e na Indonésia. A Índia também é pioneira na produção e exportação de café robusta lavado.

Podem estes três países asiáticos produtores de robusta, que desafiam o pessimismo econômico predominante no mundo, como argumenta o artigo, se beneficiarem dessas condições e aumentarem sua produção de café, inclinando ainda mais a balança em favor do robusta e se tornarem uma ameaça para outras nações produtoras de café?

Um forte argumento a favor do aumento desta produção é a proximidade com a China, cuja taxa de crescimento do consumo de café provavelmente retornará aos altos níveis pré-pandemia mais cedo ou mais tarde. O Vietnã e a Índia compartilham fronteiras com a China e a Indonésia está mais próxima dela que a maioria dos outros países produtores de café. Esses três países podem eventualmente se tornar fontes importantes de abastecimento de café verde e solúvel para a China, devido às suas vantagens logísticas.

Este mesmo argumento pode se aplicar em resposta ao crescimento do consumo doméstico nestes países. Os casos de aumento de consumo na Indonésia e no Vietnã já foram mencionados acima e suas populações são grandes. País muçulmano mais populoso do mundo, a Indonésia tem 275 milhões de habitantes enquanto o Vietnã está prestes a alcançar 100 milhões. O consumo pode agora aumentar mais rapidamente na Índia, cuja população é enorme e sua economia é uma das que mais cresce no mundo.

A verdadeira questão é se esses três países podem expandir competitivamente suas produções de robusta, se têm culturas que competem pela mesma terra e oferecem retornos iguais ou melhores, e se há vontade política para fazê-lo. As estatísticas referentes às suas produções recentes não justificam o argumento de aumento da produção, mas os altos preços atuais podem mudar isso.

De qualquer forma, uma maior produção de robusta no Vietnã, Indonésia e Índia, que incentive o aumento do consumo de café na Ásia, pode ser benéfica para a produção de café em todo o mundo. A maior parte da produção exigida por esse consumo adicional poderá ter de ser originária da África e da América Latina e incluir o café Arábica. Há mais disponibilidade de terra para cultivar café e a evolução da preferência dos consumidores pode favorecer um maior uso de Arábica. Em resumo, o que pode acontecer com e ao café nas três maravilhas econômicas deste mundo pós-pandemia – Vietnã, Indonésia e Índia – pode ser benéfico para todo o mundo produtor de café e para sua cadeia de abastecimento.

Em paralelo a toda esta discussão sobre café robusta, que abordou também o café solúvel, é oportuno lembrar que há hoje em curso um reposicionamento destes dois produtos. Esta nova visão poderá aumentar seu consumo e demanda e quebrar paradigmas hoje estabelecidos sobre sua qualidade.

O reposicionamento do robusta está mais adiantado e é mais conhecido. O CQI criou o Q Robusta Grader faz alguns anos e está hoje empenhado em melhorar a qualidade do robusta e do conilon por meio do processamento pós-colheita. O CQI fez também uma sessão de degustação de cafés robustas e conilons especiais no evento World of Coffee em Milão que teve ampla repercussão devido à alta qualidade dos cafés.

Já no caso do café solúvel, está em vias de ser lançada pela ABICS  uma metodologia de análise sensorial que permitirá mostrar aos consumidores as diversas qualidades deste produto e como elas podem ser usadas para valorizar tanto o café solúvel em si como produtos nele baseados. O lançamento da nova metodologia, a ocorrer na Semana Internacional do Café, foi um dos temas do painel sobre inovação “Fora deste mundo!”, que ocorreu no concorrido evento anual da Associação Suíça de Comércio de Café (SCTA), também conhecido como Coffee Dinner Suíço, que aconteceu em Genebra na quinta e sexta-feiras da semana passada.

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando • FOTO Café Editora

Café, cafeína e saúde

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, abrangendo praticamente todas as idades, principalmente a partir da adolescência. Por isso, tem sido amplamente estudado há anos por seus possíveis benefícios à saúde.

De vilão a protetor da saúde, não faz muito tempo, os médicos orientavam as pessoas a tomar menos café e até proibiam seu consumo por indivíduos que já tivessem doenças cardíacas, por considerarem maléficos os efeitos estimulantes da cafeína.

Quando se pensa em café, a maioria das pessoas o relaciona à cafeína, esquecendo-se das inúmeras outras substâncias presentes na bebida. É uma bebida rica em antioxidantes naturais (ácidos clorogênicos e polifenóis), contém magnésio, potássio e vitamina B3 (niacina). O principal componente psicoativo do café é, sem dúvida, a cafeína (1,3,7- trimetilxantina), que promove efeitos comportamentais notáveis como a melhora na performance cognitiva e psicomotora do indivíduo (melhoria do estado de alerta, da energia, da capacidade de concentração, do desempenho em tarefas simples, da vigilância auditiva, do tempo de retenção visual e diminuição da sonolência e do cansaço). Observa-se também os efeitos positivos da cafeína no processamento de informações, memória e raciocínio lógico.

As evidências científicas recentes também têm mostrado que o consumo moderado de café (3 xícaras de aproximadamente 50 ml por dia) poderia auxiliar a memória e evitar o declínio cognitivo. Tais efeitos se devem a cafeína que aumenta a serotonina e a acetilcolina, estimulando o cérebro e ajudando a estabilizar a barreira hematoencefálica. Ademais, os antioxidantes do café, como os polifenóis, também previnem as ações dos radicais livres nos tecidos, bem como o bloqueio dos vasos sanguíneos cerebrais. Igualmente, a atividade antioxidante mostra a redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como neoplasias malignas, modulação da glicose e metabolismo de gorduras.

Entretanto, sabe-se que doses elevadas de cafeína podem induzir efeitos negativos, tais como taquicardia, palpitações, tremores, dores de cabeça, náuseas e insônia. Há indivíduos que consomem café durante a noite e estimulam a vigília, o que não é recomendado, pois o sono desempenha um papel importante no aprendizado e na consolidação da memória. Assim como qualquer substância em excesso pode fazer mal, a cafeína também tem suas contraindicações.

Vale ressaltar que o café puro possui um baixíssimo valor energético e quando consumido de forma moderada, não engorda. Porém, deve-se ficar atento a quantidade de açúcar que se utiliza para adoçar a bebida. Outros acompanhamentos como mel, chantilly, chocolate, leite, óleo de coco e leite condensado também adicionam muitas calorias ao café e em excesso podem contribuir para o ganho de peso.

TEXTO Marcia Nacif, docente do curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) • FOTO Esteban Benites

Mercado

Dolce Gusto lança primeiro café orgânico da marca com grãos do Sul de Minas

A Nescafé Dolce Gusto lançou seu primeiro café orgânico: Origens do Mundo Brasil Orgânico, produzido com grãos 100% arábica cultivados no Sul de Minas. Feito para atender o público que busca um café atrelado à sustentabilidade, a linha possui as características das montanhas mineiras, com sabor adocicado e aroma frutado. 

A novidade chega para inaugurar a categoria de cafés orgânicos da marca e incrementar o portfólio de produtos que possuem o certificado de produção responsável. O produto é produzido na fábrica de Nescafé Dolce Gusto, localizada em Montes Claros, uma das pioneiras em adotar a política de Impacto Ambiental Neutro, o que significa que a produção não capta água da natureza, não envia resíduos para aterros e que 100% das emissões dos gases do efeito estufa remanescentes da operação são neutralizados.  

“Além de oferecer sabores característicos de suas regiões produtoras e alta qualidade, a linha Origens Orgânico preza pela responsabilidade ambiental e social durante todo o processo de produção. Trazemos a inovação e a essência brasileira para que a experiência do consumidor seja completa”, ressalta Marina Adan Teixeira, Gerente de Marketing da Dolce Gusto. Com esse lançamento, a marca chega a 15 tipos de café no portfólio e mais de 40 sabores entre cafés, lattes, chás e chocolates.

Cada cápsula de Origens do Mundo Brasil Orgânico produz uma xícara de 40 ml e a linha já está disponível no e-commerce da marca por R$ 26,99. A caixa contém 12 cápsulas. 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Nova metodologia para avaliação de café solúvel será destaque na SIC

No primeiro dia da Semana Internacional do Café (SIC), 16 de novembro, será apresentado um documento técnico sobre a metodologia (White Paper), uma compilação de todo o trabalho feito com o café solúvel para se estabelecer a classificação do produto. 

“Uma metodologia para avaliar a qualidade do café solúvel torna-se ainda mais relevante num momento em que as indústrias lançam produtos de maior valor agregado, com diferentes características e para diferentes usos, o que inclui desde o preparo de cappuccinos, drinks e outros tipos de bebidas, cápsulas e até o uso culinário. Tudo isso somado à praticidade de se consumir o solúvel. Todo este processo vai possibilitar a criação de uma linguagem comum para avaliar estes cafés, criando referências para o setor, e marca um reposicionamento do solúvel no mercado”, afirma o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima.

A metodologia é descritiva e avalia a intensidade de características presentes no café solúvel, diz Aline Garcia, Pesquisadora Científica do ITAL. A equipe do Instituto participou ativamente do desenvolvimento da metodologia de avaliação do café solúvel, juntamente com demais integrantes da indústria e especialistas. Aline sugeriu aplicar testes descritivos como o Sorting e CATA para refinar a metodologia e coordenou a interpretação destes resultados em algumas reuniões da equipe envolvida na criação da metodologia.

“O principal questionamento foi desenvolver uma metodologia que se comunique com o consumidor, ou seja, informar as características da bebida para que o consumidor possa fazer a sua escolha”, destaca a pesquisadora.

Eliana Relvas, especialista em avaliação sensorial e consultora da Abics, que coordena este projeto, destaca que essa é uma forma para entender melhor o produto e, principalmente, a aplicação dele, em que os descritores podem ser extremamente positivos para auxiliar a indústria na comunicação com seus clientes. “A comunicação entre as indústrias (grandes exportadoras e fornecedoras das grandes marcas mundiais), consequentemente, serve de base para as empresas que têm contato com o consumidor, para que ele possa tomar sua decisão de compra”, completa. 

Como funciona a metodologia?

Diferentemente da avaliação do café torrado e moído, baseada em pontuações por notas, a metodologia do solúvel apresenta uma avaliação de intensidade de atributos, em uma escala de classificação das características sensoriais, que vai de zero a cinco, e uma classificação principal em três categorias: convencional, diferenciado ou de excelência. “Assim, a metodologia categoriza o solúvel e realça os seus atributos, o que é mais perceptível pelo consumidor em comparação com o sistema de notas”, afirma Aguinaldo Lima.

Foram feitas várias provas de amostras de café solúvel do Brasil e do exterior, durante o processo de desenvolvimento da metodologia. Foi identificada a intensidade dos principais atributos percebidos nas provas, como, por exemplo, notas de especiarias, nozes, chocolate, frutas, entre outras. Elencou-se 15 atributos e, de acordo com sua intensidade, cada um tem seu peso dentro da avaliação. Os dados são inseridos dentro de um sistema e este peso é calculado por meio de um algoritmo, que vai indicar qual a categoria do produto.

“As amostras analisadas mostraram diferentes produtos, mas, ao mesmo tempo, interessantes e complexos. Os cafés solúveis de excelência normalmente são mais doces e ácidos, com poucos amargos ou sem amargos, e que podem ser degustados puros”, explica Eliana Relvas. 

Também conforme ela, os diferenciados são mais complexos para descrição, pois podem conter diferentes notas, como de chocolate e especiarias, e podem ser consumidos com leite, em diferentes misturas, como drinks, ou outras bebidas geladas ou puros.

Já os convencionais são mais “potentes” no paladar, com um sabor mais forte e recomendados para o consumo com leite. Cada categoria tem a sua aplicabilidade.

Os próximos passos envolvem um curso sobre a avaliação do produto também deverá ser administrado a todas as indústrias e cadeias que trabalham com o café solúvel no Brasil. A ideia é formar profissionais para “nivelar” tanto o conhecimento dos clientes nacionais quanto dos internacionais.

Este processo de avaliação, também deverá incluir, futuramente, um selo voluntário indicando a qualidade do produto. “O projeto deve ter continuidade e a estimativa é que, a cada seis meses, seja feita uma calibração da análise das amostras, com a constante prova feita pela equipe, seja presencial ou on-line”, ressalta Eliana Relvas.

Projeto Imagem – Abics e ApexBrasil

Para prestigiar a divulgação e o lançamento da metodologia, a Abics, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), realiza um trabalho de divulgação internacional, denominado “Projeto Imagem”. O projeto deve trazer jornalistas e formadores de opinião de importantes veículos de comunicação do exterior para participar do evento.

Ele engloba, também, a visita de líderes setoriais de organismos mundiais de café, como a National Coffee Association (NCA) e a Specialty Coffee Association (SCA), dos EUA, a All Japan Coffee Association (AJCA), a European Coffee Federation (ECF) e, ainda, o Coffee Quality Institute (CQI), entidade sem fins lucrativos que trabalha internacionalmente em projetos que visam melhorar a qualidade do café e a vida das pessoas envolvidas na sua produção.

A programação completa da Semana Internacional do Café está disponível aqui

Mais informações: abics.com.br

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Cafezal

Prêmio Coffee of The Year 2022 bate recorde de amostras inscritas

Neste ano, o Prêmio Coffee of The Year registrou 500 amostras inscritas, de 32 regiões produtoras, o que reflete a crescente diversidade, qualidade e tecnologia dos cafés brasileiros. Como ocorre tradicionalmente, a premiação anunciará os vencedores da edição durante a Semana Internacional do Café, evento do setor que acontece entre 16 e 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

A primeira fase do concurso, que inclui as inscrições e envio dos materiais por produtores de todas as regiões, foi encerrada no início de outubro. Agora, as amostras estão sendo torradas, provadas e selecionadas por profissionais Q-Graders e R-Graders licenciados pelo CQI (Coffee Quality Institute).

Na segunda etapa, já na Semana Internacional do Café, as amostras selecionadas serão provadas por compradores. As 15 melhores, sendo dez do tipo arábica e cinco de canéfora, ficarão disponíveis em garrafas térmicas durante a feira para que o público deguste e vote em sua amostra favorita de cada categoria.

“O COY é um grande incentivador do desenvolvimento e aprimoramento da produção nacional, divulgação de novas origens do café e dos pequenos produtores. Se transformou em uma referência para o mercado nacional e apesar de todo esse tempo de realização, as expectativas sempre se renovam a cada edição, quando somos surpreendidos por cafés incríveis e que carregam sempre uma grande história”, explica Caio Alonso Fontes, cofundador da Café Editora, uma das realizadoras da SIC.

Novidades 2022

Tradicionalmente, o anúncio dos vencedores era feito no encerramento da SIC. Nesta edição de 10 anos, será implementado um novo formato, com a revelação dos resultados ainda no último dia de evento, mas na parte da tarde, às 14h, para que os vencedores possam se conectar com compradores e o público ainda durante o evento. Na sequência, haverá um bate-papo com os grandes campeões, e, às 17h, acontece um cupping com os cafés que levaram o título (necessária inscrição prévia).

Outro ponto importante no COY 2022 é o “SIC IN THE BOX”, projeto em que compradores de cafeterias, torrefações, traders, provadores e outros interessados podem receber caixas com os cafés premiados. Uma oportunidade para ampliar o envio dos grãos premiados presentes na SIC. Como os pacotes são montados de acordo com o perfil do solicitante, é preciso preencher um questionário que ajuda a identificar e atender interesses específicos. Em breve o formulário estará disponível.

A programação completa da SIC 2022, incluindo informações sobre o COY, está disponível no site!

Serviço
Semana Internacional do Café 2022
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6200 – Gameleira – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

Mercado

Orfeu Cafés Especiais lança microlote Reserva RO-01

Na última segunda-feira (11), a Orfeu Cafés Especiais lançou a linha Reserva, composta eventualmente por microlotes cultivados nas fazendas da marca. O evento aconteceu na cafeteria paulistana Studios Coffee e contou com a apresentação da barista e jornalista Gisele Coutinho, do Pura Caffeina.

O primeiro café da linha é o Reserva RO-01: Uva, que já está disponível na Studios Coffee, no Caffè Latte e no e-commerce da Orfeu. Os grãos da cultivar Uva (uma variedade desenvolvida a partir do sachimor) foram cultivados na Fazenda Rainha, na Mogiana Paulista, a 1.100 metros de altitude. O resultado desta primeira colheita proporcionou apenas quatro sacas, que renderam pouco mais de 700 pacotinhos de 250 g (R$ 60). Na xícara, é possível sentir um aroma floral de jasmim, com toque de frutas amarelas. 

“Uva é uma variedade nova, ainda rara. Surgiu em 2012 e vem sendo pouquíssimo cultivada em função das incertezas de um cultivar experimental. Foi colhida com 100% de maturação, o que significa que o café tem as melhores características que a planta pode apresentar. Além disso, passou por secagem ao sol durante 8 dias e pelo processo cereja natural. Esses fatores levaram o Reserva RO-01 a ser um café muito intenso em sabores”, explica Alexandre Magno, agrônomo responsável pelo microlote Reserva nº 1.

Mais informações: loja.cafeorfeu.com.br 

TEXTO Redação • FOTO Gabriela Kaneto

CafezalMercado

Mantiqueira de Minas recebe evento de cafés especiais nos dias 20 e 21 de outubro

A cidade mineira de São Gonçalo do Sapucaí recebe, nos dias 20 e 21 de outubro, o 1º Festival de Cafés Especiais da Região da Mantiqueira de Minas. O objetivo do evento é divulgar os cafés da Mantiqueira de Minas, valorizando o trabalho e a dedicação do produtor, e reunindo a cadeia produtiva e consumidora.

Organizada pela Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira (Aprocam), a edição traz diversas atividades em sua programação, como oficinas, palestras, painéis, campeonatos, concursos e cuppings. Além disso, no dia 19, às 17h, ocorre a inauguração da Cafeteria Coopervass. A Revista Espresso e o CaféPoint são as mídias oficiais do evento.

Confira a programação completa:

20 de outubro (quinta-feira)

8h –  Início das Oficinas do Senar
9h – Visitas nas fazendas e produtores da região
11h30 – Abertura do Festival
12h às 13h30 – Visitação aos estandes
13h30 – Palestra “Projeto Educampo Café – 25 anos”, com Lázaro Dornelas, consultor especialista Educampo Café
14h30 –  Palestra “Mantiqueira de Minas, uma Denominação de Origem com 25 anos de História”, com Alessandro Hervaz, presidente da Aprocam
15h30 – Palestra “Relacionamento com o cliente e a construção de uma marca no mercado de cafés especiais”, com Luiz Melo, do Supernova Coffee Roasters, e Vitor Ferreira, do Manana Cafés
16h30 – Painel sobre a importância e o papel do barista, com Tiago Rocha, do Naveia, e Vitor Ferreira, do Manana Cafés
17h30 – 1º TNT da Mantiqueira
19h – Happy Hour – atração musical

21 de outubro (sexta-feira)

8h – Início das Oficinas do Senar
9h30 – Cupping das Cooperativas (Coopervass, Coocarive e Cooperrita)
11h – Abertura dos estandes
11h30 – Palestra “Agregando valor a origem com a força do coletivo: Denominação de Origem Mantiqueira de Minas”, com Marcos Fabrício Welge Gonçalves, da Welge Direito Intelectual
13h30 – Palestra “Cafés especiais, pessoas especiais”, com Sergio Braz Regina, coordenador estadual da Emater-MG
14h30 – Palestra “Tendências do mercado interno e externo”, com Leandro Gomes, gerente dpto. de café Coopervass, e Wellington Carlos Pereira, trader da Cocarive
15h30 – Painel das Mulheres, com moderação da jornalista Mariana Proença e participação das mulheres da Região da Mantiqueira
16h30 – Premiação do Top Five da Mantiqueira
17h30 – 55 Independent Coffee Brewers Mantiqueira de Minas
19h – Encerramento

O Festival recebe a parceria do Sebrae, Emater-MG, Cocarive, Cooperrita, Coopervass e Sistema Faemg, e patrocínio do Sicoob, Wiser, Guarany, Carmomaq, Videplast, Solo Fértil, Syngenta, Fortgreen, Palinialves, Ideia Soluções Tecnológicas, Bayer, Solusolo, Ihara, Mauá Bank, Koar, Astoria, Manga Coffee Corporation, Nucoffee, Confrades Craft Beer, São Paulo Coffee Hub, Grupo Via Mondo, MVG Secadores Estáticos, Minas Verde John Deere e BUNN.

Serviço
1º Festival de Cafés Especiais da Região da Mantiqueira de Minas
Quando: 20 e 21 de outubro
Onde: Coopervass – Avenida Tiradentes, 300 – Inconfidentes – São Gonçalo do Sapucaí (MG)
Mais informações: www.instagram.com/mantiqueirademinas 

TEXTO Redação • FOTO Jakub Kapusnak

Mercado

Semana Internacional do Café divulga workshops e palestras sobre torra

Neste ano, a Semana Internacional do Café, um dos maiores eventos brasileiros do setor, acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Com uma programação do campo à xícara, um dos assuntos debatidos presencialmente será a torra do grão!

Confira abaixo os temas e os palestrantes já confirmados:

16 de novembro
13h às 16h – “Modulação de carga x Fluxo de ar na construção do perfil de torra”, com Jonathan Piazarolo, mestre de torras na Trentino Cafés Especiais (curso pago)
17h às 20h – “Tendências de inovação para torra do café”, com Leandro Paiva, diretor do Polo Inovação Agroindústria do Café no IFSULDEMINAS (curso pago)

17 de novembro
11h30 às 14h30 – “Arte e ciência da torra dos canéforas”, com João Vitor, Q-Grader, R-Grader e mestre de torras
15h às 17h – “Novo padrão oficial de classificação do café torrado – ABIC”, com Felipe Lélis Moreira, advogado ABIC
16h às 19h – “Metodologia para construção de perfil de torra: Como as variáveis temperatura, tempo, fluxo de ar influenciam a produção de sabor” (curso pago)

18 de novembro
11h30 às 14h30 – “Como construir um perfil de torra”

Para participar da Semana Internacional do Café, é necessário realizar o credenciamento no site!

Serviço
Semana Internacional do Café
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação
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