Cresce a produção e o consumo de robusta no mundo

A participação do café Robusta na produção mundial passou de 25% em 1980 para cerca de 35% em 2005, excedeu 42% em 2020 e está caminhando para 45% ou mais. O Brasil terá uma safra recorde de Conilon este ano, o Vietnã provavelmente terá um ano normal e Uganda é a nova estrela em ascensão na produção de Robusta. Além disso, produtores tradicionais de Arábica como México e Nicarágua estão aumentando sua produção de Robusta, sem contar que a Colômbia também o está plantando.

O recente crescimento do preço do café verde bem como a queda na renda em muitos países devido à pandemia continuarão exigindo o aumento da participação de Robusta nas ligas de café a fim de limitar o aumento dos preços do café aos consumidores. Essas tendências recentes somam-se a mudanças mais fundamentais e de longo prazo no mercado de café que favoreceram o aumento de longo prazo na produção e no consumo de Robusta.

Um importante desenvolvimento de mercado neste século foi a introdução do café em grandes mercados emergentes que são tradicionais consumidores de chá, como Indonésia, China, Índia e Vietnã. A bebida de café inicialmente escolhida nestes países é o café solúvel, produzido principalmente com Robustas, pois os consumidores preferem um produto de café de preparação semelhante à do chá. Do café solúvel em pó (“spray dried”) eles tendem a passar para o café solúvel liofilizado, de melhor qualidade. Dependendo da renda e percepção da qualidade do café, os consumidores podem mudar para café torrado e moído e café espresso e, eventualmente, cafés especiais. Os jovens, consumidores de refrigerantes, podem preferir bebidas de café prontas para beber ou “3 em 1”, que são pequenos envelopes de dose única com café solúvel, leite não lácteo e açúcar. O próximo passo pode ser bebidas de café à base de leite, como shakes ou cappuccinos, e eventualmente cafés especiais, novamente dependendo da renda e da educação sobre a qualidade do café.

Outro desenvolvimento relevante é a melhoria da qualidade dos Robustas, incluindo aquela proveniente do benefício úmido, que vem permitindo sua maior participação nas ligas de torrado e moído e cápsulas oferecidas por indústrias de todos os portes. Há uma nova visão sobre a qualidade dos Robustas, com concursos de qualidade e ligas de origem única e 100% Robusta. Os cafés Robusta, que estavam mais presentes na base da pirâmide de renda com produtos de menor preço para a população de menor renda, estão agora abrangendo toda a pirâmide e se aproximando do topo. O Coffee Quality Institute (CQI) tem agora classificadores Q Grader tanto para Arábica quanto para Robusta. Eles são profissionais credenciados para classificar e pontuar cafés Arábica e/ou Robusta utilizando padrões desenvolvidos pela Specialty Coffee Association (SCA). O CQI está em processo de implantação dos Cursos de Processamento Q Robusta, para certificar os estágios de competência no processamento do café Robusta, como já é feito para os cafés Arábica. 

O café solúvel, cuja base é o Robusta, não só abre novos mercados, como também cria espaço para maior consumo de Arábica, já que alguns consumidores buscam produtos diferentes, de melhor qualidade e mais caros. Por outro lado, a indústria de café solúvel está melhorando a qualidade de seus produtos para fidelizar os consumidores. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) está desenvolvendo uma metodologia para avaliar a qualidade do café solúvel e descrever suas características sensoriais. Isso ajudará a ampliar o mercado de café solúvel.

O retorno do consumo fora de casa – cafeterias e escritórios – no mundo pós-pandemia criará riscos e oportunidades para os cafés Robusta. A melhoria da qualidade do café Robusta verde é uma forma segura de manter os mercados conquistados durante a pandemia e abrir outros. Há muitas maneiras de melhorar a qualidade do café Robusta mas talvez a mais rápida seja por meio do processamento pós-colheita.

TEXTO Carlos Brando • FOTO Café Editora

Café & Preparos

Variáveis da extração: Dicas para melhorar o seu café em casa!

O que torna o café uma das bebidas mais consumidas no mundo é justamente a sua versatilidade. A relação entre a receita usada, o tempo de extração e o método escolhido pode fazer com que você tenha, na xícara, diferentes versões de um mesmo grão. Faça testes e encontre o seu próprio resultado! 

1- Diferentes moagens

Cada método necessita de uma moagem específica e isso varia de acordo com o tipo de filtro (papel, aço, metal) e o tamanho e a quantidade de orifícios do acessório. Apesar da indicação, dá para testar diferentes granulometrias e tempos de extração, que vão resultar em bebidas com características distintas na xícara. Você pode utilizar uma moagem mais fina para ter uma extração mais lenta, ou mais grossa para que a água passe mais rapidamente pelo pó. A cada teste, novas notas sensoriais podem ganhar destaque. Ache a fórmula que mais agradar!

2- Extração uniforme

Depois que o pó foi colocado no filtro, é interessante nivelar o café para que, quando jogada, a água preencha toda a superfície de maneira uniforme. Nessa etapa você também pode testar outras técnicas que visam a uma distribuição mais homogênea do líquido, como a Divot e a Kubomi. A técnica Divot consiste em fazer um furo no centro da superfície do pó com a ajuda de um palito (fino e comprido – estilo hashi). Já a Kubomi requer movimentos circulares em toda a camada do café: coloque o palito dentro do filtro, jogue todo o pó de café e faça movimentos circulares com o palito de fora para dentro, como uma espiral, até chegar ao centro. Ambas as técnicas ajudam na hidratação e na saturação do café na fase da pré-infusão.

3- Fluxo da água

O formato do bico da chaleira bico de ganso (ou goosenack) proporciona maior controle do direcionamento do fluxo da água e da quantidade despejada sobre o pó. Muitas receitas, principalmente as usadas em competições, exigem que sejam derramadas quantidades precisas de água, fazendo com que o fluxo seja controlado com base na combinação de tempo e peso. Além disso, um maior controle da turbulência da água (que são os movimentos feitos com a chaleira para que a água penetre igualmente em todo o pó) resulta em uma extração mais homogênea do café. Que tal elaborar a sua própria receita?

4- Pré-infusão

A pré-infusão consiste em jogar uma quantidade pequena de água por toda a superfície do café e esperar por alguns segundos para continuar o processo. É nessa etapa que é possível observar o blooming, aquelas bolhinhas que se formam quando a água toca pela primeira vez o pó. Essas bolhas são resultado da liberação do CO2 presente nos grãos. É o café respirando! Diversifique a quantidade de água e de tempo, ou simplesmente pule direto para a extração, e veja qual resultado você curte mais!

5- Os “ataques” 

Quando checamos uma receita passada por algum barista, é comum vermos alguns “ataques” indicados durante a extração. O ataque consiste na ação de despejar a água no pó de café. Nessa etapa, podem variar o número de vezes que se põe água, a quantidade que é despejada por vez, o tempo entre um ataque e outro e o local em que a água deve ser despejada. Essas variáveis podem determinar algumas características na xícara, como a intensidade da acidez e da doçura. A quantidade de ataques e a forma como a água é despejada fazem com que sejam extraídos diferentes sabores de um mesmo café.

6- Mexer ou não mexer?

Para acelerar o processo de extração ou para aumentar o contato do café com a água, alguns baristas costumam mexer o líquido depois que a água foi despejada sobre o pó. Isso pode ser feito utilizando uma colher, girando o porta-filtro ou fazendo movimentos circulares com a própria chaleira enquanto despeja a água. Os resultados podem ser variados, de positivos a negativos, uma vez que os fines (partículas muito finas resultantes da moagem) podem ser direcionados para as paredes do filtro, bloqueando o fluxo da drenagem do café. Mexer o café ainda divide opiniões e cada barista tem suas preferências, mas tudo é teste! Vá ajustando a sua receita até encontrar a combinação que mais agrada ao seu paladar.

Receita da barista Simoni Yamaguty

A receita sugerida é a proporção de 1 g para 15 g, ou seja, 20 g de café para 300 g de água. Durante a extração, serão realizados cinco ataques de 60 g cada um. Após o primeiro ataque, espere entre 30 e 45 segundos para que o blooming aconteça. Depois, faça os quatro últimos ataques, um de cada vez, com aproximadamente o mesmo intervalo de tempo, finalizando a extração total entre 2 minutos e meio e 3 minutos. 

*Para obter consistência no preparo, o uso da balança medidora é essencial! Já para facilitar a dosagem e a precisão exata dos ataques, os baristas equiparam a quantidade de água ao peso do pó (mililitros a gramas).

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Mercado

Consumidores preparam cada vez mais cafés especiais em casa

O café costuma ser uma parte essencial da rotina das pessoas, e muitos compram a bebida a caminho do trabalho. Mas, como trabalhar em casa se tornou essencial durante a pandemia e cada vez mais empregadores mantêm uma política de trabalho remoto ou híbrido, muitos consumidores estão optando por fazer seu próprio café especial.

“Estamos vendo os consumidores passando muito mais tempo preparando café em casa do que antes da pandemia”, disse Maurice Contreras, fundador e presidente da Volcanica Coffee, torrefadora de cafés especiais que importa grãos de regiões vulcânicas. “Eles estão interessados em aprender mais sobre os diferentes métodos de fabricação do café e as nuances regionais de sabor”, destacou.

De acordo com Michele Waits, vice-presidente de marketing e suporte comercial da illycaffè North America, as novas técnicas e produtos vão se manter porque esses consumidores continuam buscando por preparar cafés especiais em casa. “É uma das razões pelas quais o consumo em casa continuará após a pandemia e, apoiando esse aumento, há um crescimento nos acessórios de café e no conteúdo da cultura do grão para permitir que os amantes da bebida criem e imitem experiências do local em casa”, disse.

Recriando o café premium

Embora a experiência do café ainda seja desejável para muitos, as pessoas estão descobrindo que podem replicar essas bebidas em casa com algum conhecimento e esforço extras. “Além disso, custa muito menos tomar café em casa”, disse Contreras. “Uma xícara de café premium em casa custa menos de US$ 0,50 em comparação com US$ 3 a US$ 5 em uma cafeteria local. Com a inflação subindo, esperamos que isso aumente ainda mais a tendência de consumo no lar”, completou o presidente da Volcanica Coffee.

A illycaffè se orgulha de poder atender aos desejos dos consumidores em mercados específicos, especialmente com as variedades de café frio e pronto para beber crescendo. A marca testou seu próprio produto de café gelado enlatado antes de sua estreia oficial e, segundo Waits, observou uma vantagem significativa no sabor com a intenção de compra superior acima da média do setor.

Entrando em um nicho de mercado

A Volcanica Coffee também monitora de perto o feedback do consumidor para rastrear tendências e desenvolver produtos de café que correspondam às preferências do cliente. “Por exemplo, notamos que outra nova área são os cafés naturais, que têm um sabor mais frutado, e ampliamos nossas ofertas nessa área. O feedback do cliente é um presente que continua dando”, disse Contreras.

Uma preocupação específica que chamou a atenção da Volcanica foi a ânsia por uma oferta de café com baixa acidez. A marca produziu uma mistura que ainda é cultivada naturalmente com um nível de pH mais alto, permitindo que a Volcanica entre na categoria de nicho. “O feedback tem sido tremendo, pois recebemos regularmente críticas e comentários de que resolvemos o refluxo ácido dos clientes e doenças relacionadas, e que agora eles podem voltar a desfrutar de um café”, relatou.

À medida que empresas como a Volcanica e a illycaffè continuam atendendo aos interesses dos consumidores por meio do desenvolvimento de produtos com base em feedback, o boom do consumo de café em casa provavelmente perdurará. “Os consumidores estão se tornando educados e desenvolvendo um nível de conhecimento de café semelhante ao de vinho, cerveja artesanal e outros produtos alimentícios premium”, disse Waits.

TEXTO As informações são do SmartBrief / Tradução Juliana Santin • FOTO Jamie Long

Mercado

Cafeteria paulistana apresenta microlotes rotativos cultivados por mulheres

Está na cidade de São Paulo e quer experimentar microlotes produzidos por mulheres? O Botanikafé anunciou a entrada de novas opções na carta de cafés de todas as suas unidades. A proposta é de, a cada dois meses, oferecer novos microlotes aos clientes da casa. 

Atualmente, é possível degustar duas produções paulistas, uma da região do Campo das Vertentes e a outra de Igaraí. O primeiro, cultivado por Neide Peixoto, é um café da variedade catuaí vermelho que, depois de extraído, apresenta notas de frutas vermelhas, whiney (vinhoso) e acidez frutada. Já a opção de Igaraí, produzido por Sílvia Barreto, é da variedade arara, com notas de pêssego em calda, torta de pêra, floral e maple syrup, alta doçura e acidez de maçã. 

Os microlotes são escolhidos pela equipe do Botanikafé em conjunto com a torrefação parceira, o Café por Elas. De acordo com a cafeteria, os grãos selecionados têm sempre em comum a origem em cultivos realizados em sítios sustentáveis e de produtores familiares.

Os cafés de Neide e Sílvia podem ser degustados presencialmente nas unidades de Pinheiros, Jardins ou Butantã por R$ 14 a xícara. Para os fãs do preparo em casa, há a alternativa de comprar o pacote de 250 g, por R$ 38.

Mais informações: www.instagram.com/botanikafe/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Museu do Café promove 4ª edição da feira temática Mercado Coffee

O Museu do Café, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, promoverá a 4ª edição do Mercado Coffee em 28 de maio (sábado), das 11h às 19h, no boulevard da Rua XV de Novembro, no Centro Histórico de Santos. Em referência ao Dia Nacional do Café, celebrado em 24 de maio, a feira de produtos temáticos reunirá diversas marcas e contará com atividades especiais.

O público terá a oportunidade de conhecer opções de grãos, métodos de preparo, padaria artesanal, utensílios de café em madeira, papelaria, cerveja artesanal, sorvetes, doces e itens presenteáveis. O evento contará com a presença das marcas 100% Café, Academia do Barista, Bella Vista Premium Coffee, Bendito Café, BRA Café, Café Serra Morena, Café Supreme, Cafeteria do Museu, Casa Baldoni – Fazenda de Café, Cesta Básica Artesanal, Delícias do Café, Descubra Café Solúvel (ABICS), ESTIVA Cervejaria, Kōa Cafés, Loja do Museu, Madalena Brigadeiros, Nude., Porto Gelato Gelateria, Rei do Café, Sítio São Sebastião, Soniarte Criações, Souvenirs de Santos, Sweet Macaron, Tereziano Café, Tia Ada Café e Wood n’Coffee.

Na programação, os visitantes poderão acompanhar apresentações de música ao vivo com Patrícia Diegues e Maurício Martins, às 14h, e Gibi e Jr. Rivera, às 17h30. Para a criançada, haverá o espetáculo de circo-teatro “A herança do Tio Cano”, a partir das 16h.

As oficinas gastronômicas serão outros destaques da agenda, garantindo o contato com as delícias envolvendo o café. Primeiro, haverá a oficina “Crie & Curta – Café Solúvel Brasil: dicas e receitas”, às 14h, com Eliana Relvas, da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), sendo transmitida ao vivo no Instagram do MC. Já às 15h30 será a vez da oficina gastronômica “Delícias do café”, com Marina de Castro Barbosa, da Fazenda Beira Rio. Para finalizar, a aula “A diferença entre café tradicional e café especial”, com Carolina Vono, da Moreira & Alckmin Coffees, está marcada para às 17h. As vagas para essas ações são limitadas e as senhas serão distribuídas na bilheteria do Museu 30 minutos antes de cada uma.

O Mercado Coffee é promovido com apoio da ABICS e da Prefeitura Municipal de Santos. A visitação aos espaços expositivos do MC será gratuita na ocasião, das 9h às 18h, e a bilheteria encerrará às 17h.

Serviço
Mercado Coffee
Quando: 28 de maio (sábado)
Horário: das 11h às 19h
Onde: Boulevard da Rua XV de Novembro, no Centro Histórico de Santos
Mais informações: www.museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Thiago Gomes

Barista

55 Independent Coffee Brewers realiza 2ª etapa regional em Curitiba (PR)

A 55 Independent Coffee Brewers organizou sua 2ª etapa regional no último domingo (22), no Zeca Coffee Bar, em Curitiba (PR). A disputa contou com 14 participantes que, com o método de livre escolha em mãos, tiveram que entregar a melhor xícara aos juízes.

A grande final da competição foi composta apenas por mulheres: Caroline Vieira, que utilizou a hario v60, e Jéssica Lada, que preferiu usar o método pernambucano Koar. O café escolhido pelos juízes foi o preparado por Caroline! “Foi minha primeira competição e, mesmo sendo bem rápida e um pouco mais descontraída, é sim um grande passo para mim. Me incentiva muito mais a continuar esse caminho no mundo dos cafés especiais”, comemora a campeã.

O café que todos os participantes usaram na disputa foi produzido pelo cafeicultor Alessandro Hervaz, do Sítio Esperança, de São Gonçalo do Sapucaí (MG). A torra ficou por conta das torrefações Royalty Quality Coffee, Moka Clube, Supernova Coffee Roasters, Lucca Cafés Especiais, The Good Coffee Roasters e Manana Cafés.

A receita utilizada por Caroline foi elaborada em conjunto com a equipe da Argenta Cafés. Confira:

Método escolhido: Hario v60 cerâmica
Proporção: 1:15 (13,3 g de café para 200 ml de água)
Moagem: média/fina
Temperatura da água: inicial 97ºC
Tempo de extração: 3 minutos e 30 segundos

Pré-infusão de 27 g de água + 4 ataques de água de 43 g com intervalos de 30 segundos. “Escaldar bem o filtro. Fluxo de água contínuo e leve para cada ataque e sempre envolvendo todo o café, resultando em uma cama nivelada no final”, explica Caroline.

Ela, junto com Erica Pereira Borges, campeã da etapa regional de Goiânia (GO), irá disputar a final da competição, marcada para acontecer em novembro, em Belo Horizonte (MG). A 55 Independent Coffee Brewers é organizada pela 55 Coffee Hub, Daniel Carvalho e Aline Codo.

Mais informações: www.instagram.com/55_independent_coffee_brewers 

TEXTO Redação • FOTO Munir Bucair

Receitas

Pudim de café

Ingredientes

Pudim
– 330 g de leite condensado
– 165 g de leite integral
– 120 g de gema (cerca de 6 gemas)
– 2 ovos inteiros
– 165 ml de café espresso

Calda
– 200 g açúcar
– 100 g de água fervente

Preparo

Para o pudim, misture todos os ingredientes com a ajuda de uma espátula e reserve. Para a calda, coloque o açúcar em uma panela no fogo médio até caramelizar (caramelo médio, 140 graus). Quando chegar nesta temperatura, com muito cuidado para não se queimar, despeje a água fervente, mexendo sem parar para não cristalizar.

Montagem

Numa forma para pudim, coloque a calda e depois a massa. Leve para assar em banho-maria na temperatura mínima do forno doméstico por três horas. Espere esfriar e desinforme.

FOTO Le Blé Casa de Pães • RECEITA Fábio Pasquale, da Le Blé Casa de Pães

CafezalMercado

Exclusiva: Nescafé destaca ações realizadas para auxiliar cafeicultor em produção mais sustentável

Agricultura regenerativa e futuro da cafeicultura brasileira são alguns temas que vêm sendo debatidos ao longo dos últimos meses. A Nescafé tem apostado nisso e, para saber mais, o CaféPoint em contato com a gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé, Taissara Martins, para entender sobre o projeto.

Taissara Martins, gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé

Ela explica que a agricultura regenerativa é um braço da prática agrícola que defende a possibilidade de devolver à terra mais do que se retira dela, ou seja, produzir enquanto se recupera, preservando o meio ambiente, restaurando áreas degradadas, protegendo a biodiversidade e aumentando a produtividade, enquanto se diminui o balanço de emissões de gases de efeito estufa.

“A agricultura regenerativa se baseia em seis principais pilares: a conservação e proteção do solo, o uso racional da água, a promoção da biodiversidade, o plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, o uso de variedades resistentes, a diminuição de adubos e fertilizantes químicos e a garantia de uma renda digna aos produtores e trabalhadores rurais”, comenta.

Em relação às iniciativas da Nescafé sobre a sustentabilidade, Taissara destaca que existe uma série de iniciativas que visa o cuidado ambiental e ações para toda a cadeia: “Há 10 anos temos o Programa ‘Cultivado com Respeito’, com o objetivo de ter uma produção de café que respeita o meio ambiente e quem produz e toma o café. Hoje, por exemplo, existe o ‘Nescafé Origens do Brasil’, uma marca idealizada para liderar todas as mudanças necessárias em termos de sustentabilidade. A meta é ser a primeira marca carbono neutro do Brasil de café solúvel e para o coado. Para alcançar o objetivo, realizamos ações focadas na agricultura regenerativa, como o Projeto Regenerar, cujo foco é transformar as fazendas parceiras da marca em fazendas-modelo 100% carbono neutro”.

Taissara destaca que outra iniciativa que merece ser compartilhada é uma ação de reflorestamento da Mata Atlântica já feita por uma única empresa em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica. A iniciativa traz o comprometimento de plantar uma árvore nativa a cada embalagem de Nescafé Origens do Brasil vendida, ajudando a recuperar mais de 1.200 hectares de floresta.

“Existe muita tecnologia quando falamos de café sustentável e regenerativo. Pode existir uma falsa impressão que o regenerativo é para o produtor pequeno, de colheita manual, de baixa produtividade. E está longe disso. Hoje, nossas fazendas regenerativas produzem mais do que o dobro da média brasileira, e emitem cinco vezes menos gases de efeito estufa. Temos fazendas que usam energia solar para funcionar, possuem fábricas biológicas que substituem com sucesso defensivos químicos, usam drones para identificar doenças, plantam variedades mais resistentes que exigem menos insumos. São tecnologias reais e que já estão disponíveis para a cafeicultura brasileira”, afirma.

A Nestlé conta com o Programa Cultivado com Respeito no qual apoia o produtor de café em uma jornada de evolução para grãos de excelente qualidade e verdadeiramente sustentável. “Hoje, mais de 1.100 produtores fazem parte deste programa. Temos muito orgulho de estarmos há mais de uma década apoiando o produtor de café brasileiro”, comemora.

No mês de abril, a marca lançou o Nescafé Origens do Brasil Colmeia. Taissara explica que o produto surgiu do desejo diário de oferecer às pessoas um café de excelente qualidade e ainda contribuir com a agricultura regenerativa, unindo natureza e traduzindo, de uma forma simples, o poder de um café absolutamente sustentável.

Nescafé Origens do Brasil Colmeia

“Nos unimos à startup AgroBee e às 35 famílias de agricultores que já trabalham com a Nestlé para criar um novo coletivo de produção de café que tem as abelhas como protagonistas e traz nas prateleiras dois produtos incríveis: mel e café. Como esse mel só é produzido na florada do café, não conseguimos oferecê-lo o ano todo. Além disso, esse mel vem das mesmas fazendas em que o café foi produzido. Então coordenamos tempos e movimentos de tal forma que esse processo natural, que já estava programado para acontecer, ocorresse resultando nesse produto final”, conta. 

A gerente de marketing e sustentabilidade explica que as práticas regenerativas irão continuar, o que significa que ainda haverá fazendas com caixas de abelhas instaladas. “Mas, como regenerar também é respeitar o tempo da natureza, só saberemos se teremos uma nova edição, quando tivermos a florada do café”, finaliza. 

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Mercado

Dom Viçoso (MG) recebe festival de cafés especiais no final de maio

om o objetivo de reunir em um só lugar o queijo, o café especial, o azeite e a cachaça artesanal de 25 municípios pertencentes à região da Mantiqueira de Minas, a cidade mineira de Dom Viçoso recebe, entre 27 e 29 de maio, o Festival do Café Especial, em comemoração ao Dia Nacional do Café, celebrado em 24 de maio.

Serão aproximadamente 700 metros quadrados, com cerca de 20 estandes, shows musicais, palestras, degustações, quiosques, exposição de artesanatos e praça de alimentação. A organização espera receber em torno de 5 mil pessoas, entre turistas, empresários, estudantes, importadores e exportadores.

O evento também possui parceria com o IF-Sul de Minas, Emater-MG, IMA, Epamig, Senar-MG, Sebrae e Seapa para atender com mais efetividade as necessidades dos produtores, que juntos com associações comunitárias, estudantes e profissionais das ciências agrárias, terão a oportunidade de interagir com diferentes grupos e trocar experiências.

O Festival do Café Especial é idealizado por William Eventos e realizado pela Prefeitura Municipal de Dom Viçoso.

Serviço
Festival do Café Especial
Quando: 27 a 29 de maio
Onde: Dom Viçoso (MG) – Próximo à Igreja Matriz e à Prefeitura, na Rua Waldemar de Oliveira
Mais informações: www.instagram.com/festivalcafecomarte (35) 98856-7700 ou (35) 99126-5029
Entrada gratuita

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Cafezal

Vamos colher café? 15ª edição do Sabor da Colheita acontece na capital paulista no dia 21 de maio

Você sabia que o dia 24 de maio marca o início da colheita de café no Brasil? A Secretaria de Agricultura de São Paulo e o Instituto Biológico, em parceria com a Nescafé, celebram esse marco com o evento Sabor da Colheita, que será realizado neste sábado (21), a partir das 9h.

O local escolhido é o Instituto Biológico (IB-APTA), que desde o início de 2021 recebe o apoio da Nescafé, e abriga o maior cafezal urbano do mundo, bem no coração de São Paulo. O ambiente oferece à comunidade aprendizados sobre café, agricultura regenerativa e de baixo carbono, e uma série de experiências imersivas, que vão de bate-papos sobre métodos de preparo e degustação, à colheita dos grãos.

Como parte das comemorações do Dia Nacional do Café, comemorado em 24 de maio, a 15ª edição do evento oferecerá aos convidados um verdadeiro tour pelo cafezal, que reúne cerca de 500 pés de café, para mostrar, na prática, o trabalho de milhares de cafeicultores pelo Brasil. Esse passeio será acompanhado por especialistas que auxiliarão na colheita seletiva dos grãos maduros. Os frutos colhidos serão beneficiados, torrados e encaminhados ao Fundo Social de São Paulo (FUSSP).

O Sabor da Colheita dará aos convidados a oportunidade de conhecer mais sobre a cafeicultura do futuro, pautada na agricultura regenerativa, que tem como premissa produzir ao mesmo tempo em que se cuida do planeta, do solo e respeita o tempo da natureza.

O evento também será uma celebração às abelhas, já que em 20 de maio é comemorado o Dia Mundial das Abelhas, e um pilar importante da agricultura regenerativa é a biodiversidade. Para isso, haverá uma oficina especial para conhecer mais sobre a polinização na natureza e nos cafezais, além de uma degustação de Nescafé Origens do Brasil Colmeia, um café especial com grãos polinizados por abelhas.

Os participantes também aprenderão sobre métodos de preparo com baristas, conhecerão diferentes tipos de cafés e poderão fazer uma pausa nos balcões de cafeicultores que mostrarão cafés brasileiros, à disposição para serem saboreados. 

Programação
9h às 10h – Café da manhã oferecido ao público
10h – Conversa com o Secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a diretora geral do IB, o coordenador da APTA, o vice-presidente de Assuntos Públicos da Nestlé e a gerente de Sustentabilidade de Cafés da Nestlé
11h – Oficinas: colheita de cafés, degustação
12h – Encerramento

A entrada é gratuita e não é necessária inscrição prévia. As máscaras estão liberadas conforme legislação estadual, mas será exigido o comprovante de vacinação. Neste dia, em função do grande número de participantes, não será possível usar o estacionamento do IB. A estação Ana Rosa do Metrô fica próxima e existem linhas de ônibus que passam em frente. 

Serviço
Sabor da Colheita do Café
Quando: 21 de maio
Horário: 9h às 12h
Onde: Instituto Biológico – Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 – Vila Mariana

TEXTO Redação • FOTO Gabriela Kaneto
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