Mercado

Café solúvel conta com metodologia pioneira para avaliação da qualidade

A indústria brasileira de café solúvel mostrou ao público mais uma inovação que pode revolucionar o modo com que o mercado visualiza e utiliza o produto, permitindo uma melhor comunicação entre fabricantes, empresas e consumidores. Trata-se de uma metodologia pioneira de análise sensorial do café solúvel, que foi apresentada ao público na quarta-feira (16), na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG).

O desenvolvimento da metodologia, iniciado em 2019, é uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e, na divulgação mundial, com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Com esta avaliação, o consumidor poderá identificar melhor as características sensoriais do solúvel e saber quais produtos que, além de seu consumo puro, são mais indicados para misturas com leite, cappuccinos, drinques e outras bebidas, além do uso na gastronomia.

O evento de lançamento do Protocolo de Análise Sensorial de Café Solúvel na SIC contou com a presença de representantes da Abics, ApexBrasil e ITAL, do público em geral da SIC, além de jornalistas estrangeiros e representantes de importantes entidades internacionais de café, como a National Coffee Association (NCA), Specialty Coffee Association (SCA), All Japan Coffee Association (AJCA), European Coffee Federation (ECF) e o Coffee Quality Institute (CQI).

A metodologia de análise sensorial do café solúvel foi apresentada pelo diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, e pela consultora da entidade e coordenadora do protocolo, Eliana Relvas. Também foram apresentados dados do mercado mundial, destacando a liderança do Brasil na produção e exportação do produto, além de informações sobre o processo de fabricação do café solúvel.

O desenvolvimento da metodologia de avaliação sensorial do produto segue uma tendência mundial de valorização dos cafés solúveis. “O brasileiro está redescobrindo o café solúvel, é uma quebra de paradigmas”, diz Lima. O diretor da Abics acrescenta que o Brasil mantém a liderança neste mercado porque oferece uma grande variedade de produtos.

Fábio Sato, presidente da Associação, diz que a indústria brasileira de café solúvel continua otimista, com investimentos na ampliação da capacidade produtiva e novas tecnologias para continuar abastecendo o mercado global. Para ele, o grande desafio é mostrar que os cafés solúveis não são todos iguais, como muita gente imaginava até pouco tempo atrás. Outro desafio é transformar essa metodologia de análise sensorial do café solúvel em um protocolo global.

A gerente do Agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares, destacou os resultados de todo o processo de desenvolvimento da metodologia e a importância de se divulgar este protocolo de análise sensorial do solúvel em outros países.

Já Eliana recorda que o produto pode oferecer uma gama de qualidades e que o protocolo de análise sensorial permitirá que essas diferentes qualidades dos cafés solúveis sejam comunicadas pela indústria e empresas aos seus consumidores. Isso proporcionará níveis mais altos de diferenciação e agregação de valor, à medida que as empresas começarem a interagir com o sistema de avaliação e a desenvolver novos produtos em resposta ao sistema, conforme explica o White Paper do protocolo.

Após a apresentação do Protocolo de Análise Sensorial de Café Solúvel, foi entregue uma moção de agradecimento aos participantes do grupo técnico da metodologia, formado por quase 30 especialistas altamente qualificados, entre eles, representantes do ITAL, do Sindicafé, das 10 empresas associadas à Abics, além de rede de cafeterias e especialistas internacionais.

Depois de conhecer um pouco mais sobre a metodologia, o público presente ao evento teve a oportunidade de degustar os cafés que, de acordo com a análise sensorial, são classificados em três principais categorias: cafés solúveis de excelência, cafés solúveis diferenciados e cafés solúveis convencionais, que possuem as seguintes características:

Cafés solúveis de excelência: doçura e acidez marcantes, com complexidade aromática intensa, pouco amargor e adstringência, presenças de notas achocolatadas, frutadas e florais, com aroma e sabor suaves;

Cafés solúveis diferenciados: acidez equilibrada, com presenças de notas amadeiradas, amêndoas e especiarias, com leve sabor de extração excessiva, média potência no paladar, amargor e adstringência média;

Cafés solúveis convencionais: baixa doçura e acidez, amargor e adstringência presentes, forte potência no paladar, bom corpo, com presença de sabor de extração mais excessiva, finalização longa e duradoura.

Como se chegou a esta classificação do café solúvel?

A metodologia inovadora avalia a qualidade pela intensidade dos atributos e não por pontuações. A classificação da qualidade obtida através da intensidade dos atributos percebidos auxilia a comunicação entre profissionais das indústrias e também pode ser transmitida aos consumidores de maneira mais clara e objetiva, de maneira a facilitar a escolha dos cafés solúveis existentes no mercado.

Os componentes do grupo técnico participaram de inúmeras provas (cuppings) com diferentes amostras de solúvel produzidas no Brasil e no exterior.  Os especialistas agruparam as amostras por similaridade de sabor e, em seguida, descreveram o gosto característico de cada grupo. Com base nos principais atributos diferenciadores detectados nas avaliações do grupo técnico, desenvolveu-se um léxico sensorial para café solúvel, incluindo referências sensoriais para uma escala de intensidade de 0 a 5, em que 0 representa a ausência deste atributo e 5 diz que é muito acentuado.

Os 15 atributos são: doçura, acidez, amadeirado, floral, herbáceo, amêndoas/castanhas, especiarias, frutado, achocolatado, mel, sabor residual/potência, adstringência, sabor de café extraído em excesso, amargor e corpo. Por meio de um algoritmo, é calculado este peso da intensidade dos atributos, que vai indicar a categoria do produto.

Após a construção do léxico sensorial de atributos descritivos-chave, foi explorada a relação entre atributos-chave e qualidade para se chegar aos três graus de qualidade: excelência, diferenciados e convencionais.

Mercado de café solúvel

O consumo de café solúvel no mundo cresce mais de 2% ao ano, em linha com a diversificação de qualidade, com novos blends e embalagens disponíveis aos consumidores nas gôndolas dos supermercados.

No Brasil, o segmento acompanha essa tendência. A indústria nacional incorporou novas tecnologias e ampliou sua capacidade de produção para enfrentar a concorrência global. Os processos de fabricação são auditados por mais de 25 tipos diferentes de certificações internacionais, incluindo boas práticas de produção, ambientais e sociais sustentáveis, bioterrorismo, específicos como Kosher, Halal, orgânicos, entre outros.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café verde, também lidera a produção e a exportação globais do solúvel. O segmento gera receitas anuais superiores a R$ 1 bilhão no mercado doméstico e traz divisas de aproximadamente US$ 600 milhões ao ano, com embarques que vão para mais de 100 países.

Abics na Semana Internacional do Café

Além do lançamento do protocolo de análise sensorial do café solúvel, a Abics levou à SIC o “Empório do Café”, um estande que lembrou um empório especializado na comercialização de produtos de alta qualidade. O estande da entidade ofereceu drinques, frapês, sorvetes e outras bebidas feitas com café solúvel ao público da SIC.  Também foi possível degustar uma pipoca diferente, feita com açúcar e café com sal, disponível em um carrinho dentro do espaço da feira, ao lado da “Cafeteria Modelo”.

TEXTO Redação

Mercado

Café coado é uma boa aposta para as cafeterias? Especialista responde na Semana Internacional do Café

É comum ouvir nas cafeterias modernas pedidos por cafés coados, e o motivo não tem a ver com nostalgia ou moda retrô. À medida que os cafés especiais ganham força no Brasil, também cresce o público interessado na experiência da bebida, e não só no consumo puro e simples. Mas, afinal, o café coado é uma boa aposta para o empreendedor que tem ou planeja abrir um coffee shop? Daniel Munari, barista com mais de uma década de mercado, tirou essa dúvida durante a Semana Internacional do Café.

O evento, que aconteceu de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG), contou com uma programação com vários temas que dialogam com o momento atual do café no Brasil e no mundo. Indo direto ao ponto, Munari afirmou que “investiria até em uma cafeteria só com cafés coados, pois há público para isso”. E realmente há. De acordo com dados da ABIC, os brasileiros bebem cerca de 2 bilhões de doses de café por dia. Mais de 98% dos lares tem café de alguma forma e 84% é coado. Já o mercado de cafés especiais teve crescimento de 15% entre 2021 e 2022, segundo o especialista.

Então, dá para se jogar sem medo no modelo? Sim e não. Pelos números e comportamento de consumo, Munari defende que o café coado é um bom mercado, mas ressalta a necessidade de cuidados para o sucesso da operação. O primeiro deles é a separação do que é vontade do empreendedor e o que o público quer. “Adequação é fundamental. Deve-se avaliar o perfil de quem comprará o café efetivamente naquela área escolhida, seus hábitos culturais e financeiros. É preciso entender quem quer apenas tomar um café e quem entende do produto e busca por experiências”, diz.

Outra dica importante é simplificar a escolha do consumidor. “De que adianta ter 15 métodos de preparo se o público não sabe diferenciar? O caos começa logo no momento do pedido, quando ele terá de escolher entre vários tipos de café, se vai ser coado na prensa francesa, na aeropress, etc. Nós, baristas, precisamos ter este termômetro para saber direcionar ou ampliar a jornada de compra, quando necessário”, finalizou.

TEXTO Redação • FOTO Pradeep Javedar

Mercado

Dolce Gusto lança sistema de café com cápsulas compostáveis

O novo produto de cafés da Nestlé será inicialmente exclusivo para o Brasil e foca em consumidor jovem, tecnológico e atento ao impacto ambiental do que consome

O grande lançamento da Nestlé em novembro é o Dolce Gusto Neo, um novo sistema de preparo doméstico de cafés que utiliza cápsulas compostáveis e, pelo menos por enquanto, será exclusivo para o mercado brasileiro. O anúncio e apresentação de todo o conceito do produto foi feito na semana anterior à Semana Internacional do Café (SIC) e a Espresso foi um dos veículos convidados pela empresa para conhecer o projeto por completo na sede da Nestlé que fica na região de Vevey, na Suíça.

As pesquisas para desenvolver um produto que fosse mais sustentável começaram na Nestlé há mais de 5 anos e o desafio esteve em encontrar o equilíbrio entre um material para as cápsulas que se decompusesse facilmente, ao mesmo tempo que preservasse o café e criar e adaptar uma máquina para isso. O resultado são cápsulas de papel com uma fina membrana interna de celulose para extrair cafés do tipo espresso, americano e uma opção mais diluída, batizada de caseiro.

O sistema pode funcionar offline ou em um sistema data driven, conectado a um aplicativo que registra as preferências do(s) dono(s) da máquina e acumula pontos a cada café extraído: todas as características que atingem em cheio um consumidor jovem e preocupado com o impacto de suas ações no contexto ambiental.

O próprio maquinário para produzir as cápsulas na fábrica da Dolce Gusto, que fica em Montes Claros (MG) foi todo desenvolvido especificamente para o sistema NEO. São dez opções de café, todos feitos com grãos brasileiros, à exceção dos dois blends Starbucks (os produtos da marca vendidos fora das cafeterias são comercializados pela Nestlé). Você pode conferir os detalhes do lançamento e da visita à Suíça na próxima edição da Espresso

TEXTO Cíntia Marcucci, especial para a Espresso da Suíça

Mercado

Associação Brasileira da Indústria de Café realiza 28º ENCAFÉ no Rio de Janeiro

Entre os dias 23 e 27 de novembro, grandes nomes do segmento cafeeiro irão se reunir no Rio de Janeiro (RJ) para o 28º Encontro Nacional do Café (ENCAFÉ), evento organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), com patrocínio do Sebrae. Durante quatro dias, o Centro de Convenções do Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, será palco de discussões sobre o futuro do segmento, análises de mercado e, também, de muito networking.

O ENCAFÉ é um encontro tradicional que reúne membros de todas as áreas da cadeia produtiva cafeeira e dos mais variados portes, sendo uma oportunidade única de estreitar relacionamentos e fazer negócios. Os participantes terão acesso a conteúdos exclusivos sobre o cenário político e econômico, perspectivas do mercado de café, varejo, consumo, qualidade e sustentabilidade. Somado a isso, os presentes poderão visitar a Arena do Conhecimento, onde são oferecidos cursos, workshops, degustações orientadas e atividades para enriquecer o conhecimento.

Para enriquecer a edição, com debates de alto nível sobre questões pertinentes ao mercado, a ABIC convidou palestrantes de renome para o evento. São eles:

Ricardo Amorim
Economista com pós-graduação em administração e finanças internacionais, colunista, comentarista e estrategista na área de investimentos. Foi eleito pela revista Forbes uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil e escolhido pelo LinkedIn como o influenciador do país.

Leandro Karnal
Historiador, Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Membro da Academia Paulista de Letras e professor da Unicamp por mais de 20 anos. É reconhecido em todo o país como importante palestrante, intelectual e formador de opinião.

Roberto Rodrigues
É agricultor e Engenheiro Agrônomo. Foi Ministro da Agricultura, Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Presid7ente da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas.

David Fiss
Diretor de Contas e Novos Negócios da Kantar, divisão Worldpanel. Formado em Administração de empresas, possui mais de 15 anos de experiência na área de pesquisa. Trabalha na Kantar desde 2009, onde é responsável pela liderança de vários segmentos da indústria no Brasil.

Walter Longo
Especialista em Inovação e Transformação Digital. Publicitário e Administrador de Empresas, com pós-graduação na Universidade da Califórnia. Longo é empreendedor digital, palestrante internacional e sócio-diretor da Unimark Comunicação.

Serviço
28º Encontro Nacional do Café (ENCAFÉ)
Quando: 23 a 27 de novembro
Onde: Centro de Convenções do Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro – Barra da Tijuca
Mais informações: www.abic.com.br/28encafe

TEXTO Redação • FOTO Yohan Marion

Barista

Conheça os campeões brasileiros de Brewers e Cup Tasters de 2022!

Entre workshops, palestras, sessões de cupping, degustações, exposição de novidades e muito café, a Semana Internacional do Café, que aconteceu de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG), foi palco dos Campeonatos Brasileiros de Brewers e Cup Tasters! 

As eliminatórias foram realizadas nos dois primeiros dias de evento e, neste último, os visitantes da SIC puderam assistir de perto as semifinais e finais das competições. Com muita emoção, os resultados vieram no fim da tarde. Confira o pódio de cada disputa:

Campeonato Brasileiro de Brewers

Garam Um – São Paulo (SP)
Gabriel Agrelli – Campinas (SP)
Rubens Vuolo – Cuiabá (MT)
Edson Maisonetti – São José dos Campos (SP)
Hugo Silva – São Paulo (SP)
Mari Mesquita – Brasília (DF)

Campeonato Brasileiro de Cup Tasters

José Naves – Varginha (MG)
Caio Henrique Reis – Natércia (MG)
Dionathan Antunes – Três Pontas (MG)

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Alexandre Rezende / NITRO

Cafezal

Produtores do Caparaó e de Matas de Rondônia vencem o Coffee of The Year 2022

Com mais de 500 amostras vindas de 32 regiões diferentes, o Coffee of The Year 2022 premiou os melhores produtores nas categorias arábica e canéfora na tarde desta sexta-feira (18), durante a programação da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG). 

Além da nota técnica composta por provadores Q-Graders e R-Graders durante o processo de avaliação, o público presente na feira também contribuiu para o resultado final, degustando, às cegas, as amostras e votando em suas amostras favoritas.

Na categoria arábica, o troféu de melhor café foi para a produtora Larissa Sodré de Paula, do Sítio Café da Sophia, do Caparaó. O segundo lugar foi para João Vithor Medeiros Lacerda, do Sítio Forquilha do Rio, também do Caparaó, enquanto que a terceira posição ficou com Vagner Uliana, da Pousada Villa Uliana, das Montanhas do Espírito Santo.

Já na categoria canéfora, o pódio foi dominado pelas Matas de Rondônia. O grande vencedor foi o cafeicultor Licleison Sebastião da Silva, da Chácara Paraná. Na sequência ficaram João Alves da Luz, do Sítio Coração de Mãe, em segundo, e Edvaldo Sigoli, do Sítio Comcafe, em terceiro.

Confira o pódio completo:

Arábica

Larissa Sodré de Paula – Sítio Café da Sophia – Caparaó – Garrafa RDG
João Vithor Medeiros Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa MCL
Vagner Uliana – Pousada Villa Uliana – Montanhas do Espírito Santo – Garrafa FNA
Homero Aguiar Paiva – Fazenda Guariroba – Campo das Vertentes – Garrafa GBL
Altilina Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa JFS
Wilson Osorio dos Santos – Sítio Osorio – Caparaó – Garrafa BNC
José Alexandre Abreu de Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Caparaó – Garrafa GVO
Fabio Protásio de Abreu – Sítio Família Protásio – Caparaó – Garrafa MLD
Samuel Mangia – Tequila Café – Mantiqueira de Minas – Garrafa SLM
10º Valzilene Dutra Vieira – Sítio Cordilheiras do Caparaó – Caparaó – Garrafa FLP

Canéfora

Licleison Sebastião da Silva – Chácara Paraná – Matas de Rondônia – Garrafa CHJ
João Alves da Luz – Sítio Coração de Mãe – Matas de Rondônia – Garrafa LCN
Edvaldo Sigoli – Sítio Comcafe – Matas de Rondônia – Garrafa ALN
Ronieli Hel – Sítio Nova Esperança – Matas de Rondônia – Garrafa JSE
Altivo Eduardo Berdes – Chácara Santo Antonio – Matas de Rondônia – Garrafa FRC

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO NITRO

Cafezal

Coffee of The Year divulga os 70 produtores finalistas de 2022

Em sua 10ª edição, a Semana Internacional do Café está acontecendo nos dias 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG). Neste segundo dia de evento, foram divulgados os produtores finalistas do Prêmio Coffee of The Year 2022. Clique aqui para conferir a lista!

Durante o primeiro e o segundo dia de SIC, garrafas com as 10 amostras mais bem pontuadas de arábica e as 5 de canéfora estiveram disponíveis para que o público visitante pudesse degustar e votar, às cegas, em sua garrafa favorita de cada categoria. O anúncio das posições dos finalistas e os grandes campeões acontece na sexta-feira (18), às 14h, no Grande Auditório.

Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br/

TEXTO Redação • FOTO Gustavo Baxter / NITRO

Cafezal

Confira o resultado da 5ª edição do Concurso Florada Premiada

Na última quarta-feira (16), a 3corações celebrou, durante a Semana Internacional do Café, a 5ª edição do Concurso Florada Premiada 100% Arábica e a 1ª edição do Concurso Florada 100% Canéforas. Este momento contou com a participação do Presidente do Grupo 3corações, Pedro Lima; do embaixador do Projeto Florada, Pe. Fábio de Melo; do Head Judge do Concurso, Silvio Leite; e com um auditório lotado com mais de mil apaixonados por café que viajaram de diferentes partes do País para Belo Horizonte (MG).

“O Projeto Florada é uma grande obra que estará sempre em construção, pois se trata de um projeto de longo prazo em que criamos laços duradouros com as produtoras do Brasil e com toda a cadeia do café. Hoje celebramos as vencedoras do Concurso Florada Premiada, uma importante iniciativa para reconhecer e valorizar o trabalho das cafeicultoras e também proporcionar aos consumidores uma nova experiência com raros cafés que carregam histórias únicas por trás de cada xícara”, comentou Pedro Lima.

Nesta edição, os prêmios somam R$ 150 mil em dinheiro e muito mais: uma viagem por sete dias em missão técnica para as grandes campeãs com destino a Colômbia com direito a acompanhante; compra dos lotes por até o dobro da cotação; oportunidades de venda para dezenas de produtoras, uma vez que que a 3corações abre portas para comercializar mais de 150 microlotes diretamente com as cafeicultoras e todos eles com valorização acima da cotação de mercado; embalagens totalmente personalizadas com a história de cada produtora através de fotos, vídeos e até assinatura de cada uma delas e, por fim, as grandes campeãs também terão em breve seus microlotes a venda em um e-commerce exclusivo para cada uma via www.mercafe.com.br

Confira abaixo as vencedoras: 

Categoria Arábica Via Úmida

Sueli Schwanz de Souza – 91,45 pontos – Sítio Alto Pontões – Afonso Cláudio (ES) – Montanhas do Espírito Santo
Teresinha Rigno P. de Oliveira 91,33 pontos – Chácara São Judas Tadeu – Piatã (BA) – Chapada Diamantina
Luciene Batista Tomazini – 91,28 pontos – Sítio Tomazini – Castelo (ES) – Montanhas do Espírito Santo

Sueli Schwanz de Souza, vencedora da categoria Arábica Via Úmida

Categoria Arábica Via Seca

Mara Kaciely Covre Romão 90,93 pontos – Fazenda Esmeril – Patrocínio (MG) – Cerrado Mineiro
Tainã Bittencourt Peixoto 90,45 pontos – Chácara Vista Alegre – Piatã (BA) – Chapada Diamantina
Zora Yonara Macedo Pina Oliveira 90,40 pontos – Chácara Tijuco – Piatã (BA) – Chapada Diamantina

Mara Kaciely Covre Romão, primeiro lugar na categoria Arábica Via Seca

Categoria Canéfora

Norma Marcilio da Silva Santos – 90,64 pontos – Chácara Santa Luzia – Alta Flores D’Oeste (RO) – Matas de Rondônia
Inglescivania Pereira de Souza dos Santos – 90,00 pontos – Chácara Caiçuma – Alta Flores D’Oeste (RO) – Matas de Rondônia
Mapirlacobar Solange Suruí – 89,86 pontos – Terra Indígena Sete de Setembro – Cacoal (RO) – Matas de Rondônia

Mapirlacobar Solange Suruí, terceira colocada na categoria Canéfora

A lista completa está disponível no site.

TEXTO Redação • FOTO Alexandre Rezende / NITRO

Cafezal

Regiões Produtoras de café do Brasil com Origem Controlada promovem Cupping na SIC 2022

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, produzindo anualmente cerca de 60 milhões de sacas em quase dois milhões de hectares, por aproximadamente 300 mil cafeicultores. Em meio a todos estes grandes números, como diferenciar e gerar valor para o café brasileiro buscando um espaço para além das commodities?

Na busca desta resposta é onde trabalham as lideranças que estão à frente das Regiões Produtoras de Café do Brasil com Origem Controlada, que são territórios que produzem café e possuem Indicação Geográfica ou Marca Coletiva, instrumentos e ferramentas de proteção, controle e promoção da Origem através da demarcação e caracterização do território, um título que no Brasil é registrado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a exemplo do que possuem as mais famosas regiões de vinho e queijo na Europa como Champagne, Bordeaux, Brunello Di Montalcino, entre outras.

A resposta para a diferenciação do café brasileiro está na diversidade de cada uma destas regiões. E esta diversidade não está apenas na qualidade do café! Estamos falando de uma variante de pessoas, terroir, natureza, cultura, tecnologia, e uma série de outras que somadas produzem um leque muito amplo de possibilidades, enriquecem e diferenciam a cafeicultura brasileira.

Pensando nisso, um grupo formado por 14 regiões produtoras de café do Brasil, que possuem origem controlada, irá apresentar seus cafés em um cupping inédito na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG), na sala de cupping oficial, em um evento exclusivo para convidados.

O executivo de uma das Regiões Produtoras participantes, Juliano Tarabal, Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, destaca alguns detalhes do evento. “Teremos uma iniciativa inédita no país. Uma ação integrada de 14 Regiões de Café do Brasil que possuem Indicação Geográfica ou Marca coletiva ou estão em processo de obtenção, trabalhando juntas por um posicionamento estratégico que visa a valorização e geração de percepção destes territórios. Durante o cupping, cada região irá apresentar dois cafés: um que represente as principais características do terroir e outro que demonstre o potencial máximo de qualidade de cada terroir, permitindo uma experiência única aos participantes”, pontua.

De acordo com o Projeto Minas Coffee Origin, do Sebrae Minas, para uma região ser considerada uma origem controlada deve seguir alguns critérios como: área demarcada, governança atuante, proteção, produção controlada, alta qualidade, rastreabilidade e impacto coletivo.

Farão parte da ação as seguintes regiões com origem controlada: Alta Mogiana, Campo das Vertentes, Caparaó, Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Chapada Diamantina, Conillon Capixaba, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Matas de Rondônia, Montanhas do Espírito Santo, Norte Pioneiro do Paraná, Região Vulcânica e Sudoeste de Minas.

Segundo Cecilia Nakao, presidente da APEC, entidade Gestora da Denominação de Origem Caparaó, as regiões produtoras de café contam com a chancela do INPI para se apresentarem ao mundo em forma de IG, Indicação Geográfica, destacando a história e a cultura dos cafeicultores e as características de seus grãos. 

“Já existem várias regiões reconhecidas e também em vias de reconhecimento pelo Instituto, para que os consumidores possam experienciar os grãos com proteção de origem, garantia de qualidade e rastreabilidade na produção. As origens produtoras de café chegam juntas e unidas neste evento para encantar e apresentar o Brasil de todos os sabores”, ressalta Cecília.

A iniciativa irá acontecer na sala oficial de Cupping da Semana Internacional do Café, no Expominas, em Belo Horizonte, no dia 18 de novembro, às 11h. Trata-se de um evento fechado para convidados, que serão representantes da indústria, micro-torrefações, barismo e imprensa.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Porto de Antuérpia-Bruges reforça papel estratégico para cafeicultores brasileiros durante a SIC 2022

Para os produtores de cafés brasileiros que pretendem exportar os produtos para o mercado internacional, a fusão dos portos de Antuérpia e Zeebrugge, realizada no primeiro semestre deste ano, reforçou ainda mais o papel estratégico da entrada do produto na Europa. O Antuérpia-Bruges, na Bélgica, é o maior porto importador do continente, com volume de 550 mil toneladas de café por ano e 800 mil metros quadrados de armazém.

“Vale destacar que os armazéns de cafés são todos alfandegários, então os produtores podem agendar o estoque de café, o que significa que eles não têm obrigatoriedade de iniciar o processo de importação. Isso funciona como uma zona franca virtual, ou seja, o produtor não paga imposto, até nacionalizar. Então, pode comprar um container e ir nacionalizando aos poucos conforme as vendas vão acontecendo”, Matheus Dolecki. representante da América Latina e Relações Internacionais do Porto da Antuérpia.

Entre as vantagens que a fusão possibilita, é a fácil disseminação dos produtos para o mercado europeu, o maior consumidor de cafés do mundo, responsável por 1/3 do consumo mundial, tendo como principais destinos Alemanha, Itália e Bélgica. O Antuérpia-Bruges possui conectividade marítima com mais de mil portos, além de estar localizado estrategicamente no entroncamento das principais rodovias para difusão do produto pelos países europeus, da proximidade com aeroporto e malha ferroviária. Trata-se também de um porto de containers, por isso, a tradição na exportação de café.

“Nosso objetivo é colocar os produtores de café em contato com as empresas de logística que operam no nosso porto. É importante que eles façam chegar seus produtos no mercado internacional, através de uma cadeia logística eficiente”, acrescenta Dolecki.

Segundo Henrique Rabelo, consultor do porto Antuérpia-Bruges, a fusão de dois portos foi motivada pelas infraestruturas complementares que podem facilitar também a transição energética na Bélgica. O país tem a intenção de se tornar um hub de energia verde.

“Representamos a empresa que faz a gestão do porto e desenvolve a atividade reguladora e disciplinar, opera o porto, além de ser a proprietária do espaço permitindo a instalação de armazéns, permitindo não apenas que os negócios aconteçam, mas que a comunidade prospere”, ressalta Rabelo. Vale destacar que o porto funciona por meio de concessões privadas. As licenças são administradas pela autoridade portuária.

A importância estratégica do porto para as exportações brasileiras de café foi tema da palestra “Porto de Antuérpia-Bruges: porto de entrada e distribuição dos cafés brasileiros na Europa”, a primeira apresentação da 10ª edição da Semana Internacional do Café, nesta quarta-feira (16), às 11h. A palestra ainda destacou que o Brasil exportou apenas em 2020, 933 mil toneladas de café para a União Europeia, o equivalente a 32% do total do produto consumido no continente.

Considerado o principal evento da cafeicultura nacional e um dos mais importantes do mundo, a SIC acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Para mais informações sobre a programação e o credenciamento, acesse o site.

TEXTO Redação • FOTO Paul Teysen
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