Café & Preparos

8 benefícios do café para a saúde

O sabor de sua bebida favorita pode ser motivo suficiente para convencê-lo a continuar consumindo. Porém, no caso do café, além de gostoso, também te propicia benefícios para a saúde! Dá uma olhada:

1) Longevidade

Estudos mostram que beber café pode prolongar a vida útil. Ao longo de 10 anos, pesquisadores analisaram a conexão entre o consumo da bebida e o risco de morte, considerando variáveis como estilo de vida, bem-estar e consumo de café dos participantes.

A pesquisa revelou que as pessoas que bebiam mais de quatro xícaras de café diariamente tiveram uma redução de risco de morte de 64% em comparação com os participantes que não bebiam café e aqueles que bebiam pouco. No período de acompanhamento, os consumidores com 45 anos ou mais se beneficiaram de uma redução de 30% no risco de morte.

2) Função cerebral

O café contém uma substância psicoativa que bloqueia o neurotransmissor adenosina no cérebro. Consequentemente, outros neurotransmissores como norepinefrina e dopamina aumentam junto com o disparo neural. O funcionamento cognitivo melhora quando você bebe café, juntamente com vigilância, memória, velocidade de reação, produtividade e motivação.

3) Funcionamento físico

A cafeína prepara seu corpo para esforços intensos, liberando células de gordura para atividade e aumentando a adrenalina, podendo melhorar o desempenho físico em 12%.

4) Acelera o metabolismo

A cafeína também ajuda na queima de gordura. Estudos mostram que ela pode aumentar a perda de gordura em 29% e facilitar o metabolismo em 11%, em pessoas magras, e 10% em indivíduos obesos.

5) Nutrientes

O café contém nutrientes vitais, incluindo riboflavina, niacina, magnésio, potássio, manganês e ácido pantotênico. As quantidades são pequenas, mas sua ingestão aumenta a cada xícara de café.

6) Proteção cerebral

Beber café pode ajudar a evitar o declínio cognitivo relacionado à idade. Não existe cura para envelhecer, mas você pode considerar o hábito do café útil para a manutenção do cérebro. Os pesquisadores concluíram que os consumidores têm 65% menos probabilidade de sofrer de demência senil e doença de Alzheimer do que os que não bebem café.

7) Saúde do fígado

Quatro canecas de café podem potencialmente reduzir o risco de cirrose hepática em 80%. A cirrose causa a formação de tecido cicatricial, substituindo parte do fígado, e está associada à hepatite e à doença hepática gordurosa.

8) Menor risco de câncer, doença de Parkinson e diabetes

A pesquisa mostra que os consumidores de café tem menos probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2. Cada copo reduz o risco em 7%. O consumo frequente de café com cafeína pode diminuir o risco de câncer de fígado e colorretal. Também reduz o risco de doença de Parkinson em até 60%.

TEXTO As informações são do SciTechDaily • FOTO Jéssica Teixeira

Barista

Dos poucos cafés no restaurante ao pódio do Campeonato Mundial de Barista

A Espresso bateu um papo por e-mail com Anthony Douglas, o australiano que levou o último World Barista Championship

Anthony Douglas, 31, trabalhava em um restaurante espanhol quando descobriu o quanto era legal tirar um espresso da máquina que tinha por lá. “Sempre que eu trabalhava na delicatessen do restaurante, tirava alguns cafés e foi assim que me apaixonei por todos os processos que levam o café para a xícara”, conta.

Hoje ele trabalha na cafeteria Axil Coffee Roasters em Melbourne, Austrália, e conta um pouco do seu passado, presente e futuro no café, agora marcado com o primeiro lugar no World Barista Championship (WBC), que ocorreu exatamente em Melbourne, entre 27 e 30 de novembro de 2022. Na competição, os 50 baristas precisam preparar 4 espressos, 4 bebidas com leite e 4 bebidas de assinatura em 15 minutos.

Você pode acompanhar o trabalho do Anthony pelo seu perfil no Instagram @anthony_jdouglas

Confira o bate-papo:

Você contou que se apaixonou por café enquanto trabalhava em um restaurante. O que exatamente despertou sua paixão?

Foram os processos de fazer café que me encantaram, todos os detalhes. Conforme eu ia progredindo, ficava mais interessado nos sabores e nas variáveis todas que envolvem a extração do espresso e de outros métodos de preparar café.  

Parabéns pelo campeonato! Essa foi a primeira vez que você competiu? 

Não, a minha primeira competição foi em 2015, então lá se vão sete anos de campeonatos. Eu decidi fazer isso para aprimorar minhas habilidades.

Conte como você se preparou para essa competição e como se sentiu ao ouvir seu nome anunciado?

Foi definitivamente o ano em que eu mais treinei até hoje. Não deixei pedra sobre pedra, nada sem testar, eram quase 60 horas por semana de treinamento e preparação. E você pode imaginar que me senti muito recompensado quando ouvi meu nome ser anunciado como campeão, afinal, são sete anos de trabalho reconhecido e que valeram a pena. 

Quais foram suas escolhas para a apresentação, qual café usou, como era seu drinque de assinatura e o que você acha que fez a diferença para você ganhar?

Um grande foco da minha apresentação foi ser capaz de entregar o que eu descrevia na xícara. Por isso escolhi o café El Diviso que tinha sabores muito claros e definidos. Este café é um sidra natural anaeróbico da fazenda El Diviso, na região de Huila, na Colômbia, produzido por Nestor Lasso. Minha bebida de assinatura era uma combinação de xarope de maracujá fermentado, xarope de tâmara, chá de hibisco feito a frio e mel colombiano. Usei um agitador magnético e uma pistola de espuma para preparar a bebida. Acho que o que me tornou um vencedor foi o fato de não deixar passar nenhum detalhe em nossa preparação. Isso me deu total confiança ao subir no palco e, além disso, trabalhei muito para desenvolver um estado mental forte.

Quais são suas impressões sobre este evento? Você tem planos de continuar participando de competições? 

Sempre pensei que as competições de café fornecem uma infinidade de benefícios para os concorrentes. Eles são uma plataforma para melhorar suas habilidades de preparar o café, aprendi habilidades importantes para a vida e conheci alguns profissionais realmente incríveis de todo o mundo. Neste momento, não tenho mais planos de competir, gostaria de dar um passo diferente e treinar outras pessoas para competições.

E, por último, mas não menos importante: você pode falar sobre seus sonhos no universo do café?

Ao longo da minha carreira tive altos e baixos, e sei como pode ser difícil algumas vezes, especialmente quando estamos em competições. Também recebi apoio de muitas pessoas, inclusive da empresa em que trabalho. Gostaria de ajudar, apoiar outros baristas e concorrentes a alcançar seus objetivos no futuro.

TEXTO Cintia Marcucci • FOTO Divulgação

Cafezal

Da lavoura à xícara: IHARA lança websérie sobre processos do café

Na nova websérie “Raízes do café. Cada grão, uma história”, a IHARA busca retratar o cultivo do grão desde as suas origens até a chegada na mesa de milhões de pessoas.

Nos episódios, é possível conhecer produtores que se dedicam ao cultivo e à produção de grãos especiais, de alta qualidade, unindo esforços e conhecimentos de toda a família, além da passagem de bastão na sucessão familiar e os processos do cultivo.

No vídeo de estreia, a IHARA visitou fazendas centenárias, onde famílias se dedicam com grande paixão à cafeicultura há várias gerações, como é o caso de Gizela Junqueira e Luti Dezena, em Águas da Prata (SP), na Região Vulcânica, e, no Sul de Minas, de Osvaldo Bachião, em Nova Resende, e de Aguinaldo Reghin, em Varginha.

A série é uma parceria da IHARA com o SBT, com a apresentação de Paula Varejão. Todos os episódios estarão disponíveis no YouTube da IHARA

TEXTO Redação

Cafeteria & Afins

Studios Coffee – São Paulo (SP)

Muitas coisas unem os irmãos André, Anderson e Adilson Ng, e uma delas é o café. Sempre que fazia viagens ao exterior, o trio buscava conhecer diferentes cantinhos que serviam a bebida e que fossem fora das áreas turísticas. Com uma bagagem cheia de referências, eles resolveram levar uma nova experiência à loja de tênis que já tinham na Praça Benedito Calixto. Assim, misturando moda, discos e café, nasceu o Studios Coffee, em 2018. 

A inauguração do novo espaço contou até com o lançamento do tênis 574 BARISTA, fruto de parceria entre a cafeteria e a marca New Balance. Com ambiente descolado e descontraído, a casa é uma boa opção de parada para quem está passando e deseja fazer uma pausa para um café. Há cadeiras, bancos e banquetas dispostos para todos os tipos de cliente, inclusive na calçada, para aqueles mais apressados.

“Geralmente trabalhamos com três grãos diferentes: um exclusivo para o espresso, um para o coado da batch brew e um mais singular, para os métodos”, contam os irmãos. As regiões produtoras dos grãos disponíveis na casa são Chapada de Minas, Matas de Minas e Chapada Diamantina. A torra dos cafés fica por conta da paulistana Sabino Torrefação. Além do batch brew e do espresso, tirado de uma La Marzocco FB80, os baristas preparam a bebida na hario v60 e na aeropress. “Mas, conversando com os baristas, conseguimos fazer outros métodos, como kalita e chemex”, completam. Para os fãs de cold brew, a opção da casa é de produção própria.

Os sanduíches são feitos na cozinha do Studios. As empanadas, famosas entre os clientes, trazem recheios de queijo com cebola, pernil e frango, e são preparadas pelos parceiros da Casa Quena. Já as salteñas, também requisitadas, são produzidas pelas mãos de Erick Fernandes, da La Cholita. Bolos, cookies, brownie, pain au chocolat e o cinnamon roll são algumas das opções doces. “Para acompanhar o espresso, sempre indicamos algo com sabor mais potente, como um cookie de chocolate ou um pão de queijo.”

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Praça Benedito Calixto, 100
Bairro Pinheiros
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://instagram.com/studioscoffee
Horário de Atendimento Segunda a sábado, das 9h30 às 18h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO João Marcelo Stark

Cafezal

Fazenda localizada em Pardinho (SP) recebe seminário sobre cafés especiais

No dia 9 de dezembro, das 8h30 às 17h30, o Sítio Daniella, localizado em Pardinho, no interior de São Paulo, recebe o Seminário Cafés Especiais: Do solo à xícara. O evento busca oferecer aos cafeicultores um bate-papo sobre ciência do solo, pós-colheita de cafés especiais, mercado e outros temas importantes. Para isso, contará com a presença de palestrantes que são referência nos assuntos abordados.

Durante o seminário, organizado com apoio da FAESP, SENAR-SP, Sindicato Rural de Pardinho (SP) e Sebrae, o engenheiro agrônomo Dr. Aldir Alves Teixeira abordará os 10 mandamentos da qualidade no café e o surgimento do café especial, marcado pela implantação de técnicas agronômicas e a valorização da qualidade do café com as iniciativas da renomada empresa italiana illycaffè.

Segundo o especialista, a partir da década de 1990, a illycaffè chegou ao país em busca de um produto diferenciado, com cafés de qualidade superior. Um marco para a trajetória do café brasileiro, que começou a ser valorizado deixando de ser tratado apenas como commodity. Era o início de uma nova era, com o surgimento de marcas nacionais investindo em cafés especiais. Hoje, 50% do diferenciado e exclusivo blend da illycaffè é composto pelos cafés de origem brasileira.

Palestras, exposição, venda de produtos e sorteios também farão parte do evento, além de uma confraternização que será marcada pela entrega das premiações do 4° Concurso de Cafés Especiais da Cuesta Paulista. Confira abaixo a programação:

Cronograma
8h – Café da manhã
9h – Palestra com Dr. Aldir Alves Teixeira
9h45 – Palestra com Celso Luis R. Vegro
10h30 – Palestra com Raquel Nakazato Pinotti
11h15 – Palestra com Diego Siqueira
12h às 14h – Almoço, transmissão do jogo do Brasil e apresentação dos patrocinadores
14h às 15h – Rodada de perguntas e respostas
15h às 17h30 – Cerimônia de premiação do 4º Concurso de Cafés Especiais da Cuesta Paulista

Para participar, é necessário se inscrever neste link: https://bit.ly/3W6QVGZ

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

10 anos de governança da Plataforma Brasil comemorados na SIC

A governança em dois níveis da Plataforma Global do Café Brasil foi estabelecida há 10 anos. O Conselho Consultivo Nacional (CCN) é composto pelos diretores executivos das principais associações de café do país – CNC e CNA (produtores), Cecafé (exportadores), ABIC (torrefadores) e ABICS (indústrias de solúvel) e diretores da exportadora ofi e torrefadores JDE Peets e Nestlé. O Grupo de Trabalho Brasil (GTB) reúne representantes técnicos de cooperativas, dos serviços de extensão federal e estaduais, sistemas de certificação, times de sustentabilidade de traders/exportadores e da indústria, entre outros. 

O CCN, que opera no nível político e de liderança nacional, tem funções estratégicas e valida (ou não) as recomendações do GTB. Este último, que atua com base em sua experiência de campo, e sob a ótica dos produtores de café, projeta e propõe atividades para superar os desafios de sustentabilidade, cria pertencimento para as ações da Plataforma no país.

Essa estrutura inovadora de dois níveis do CCN-GTB desempenhou um papel importante para tornar a Plataforma Brasil e suas iniciativas uma das operações mais bem-sucedidas da Plataforma Global do Café no mundo. A governança é reconhecida por criar espaço para que as partes interessadas do agronegócio café discutam desafios comuns, compartilhem responsabilidades e criem soluções coletivas para questões complexas de sustentabilidade. 

As Iniciativas de Ação Coletiva (CAIs) da Plataforma – Uso Responsável de Agroquímicos e Bem-Estar Social –, financiadas por empresas de café, indústrias de agroquímicos, traders/exportadores e varejistas, têm serviços de extensão, cooperativas e exportadores como parceiros implementadores, que garantem que as práticas e resultados das Iniciativas, sejam incorporados às atividades cotidianas dos produtores para garantir impacto perene.

A iniciativa Uso Responsável de Agroquímicos aborda o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o armazenamento adequado de defensivos, treinamentos em tecnologia de pulverização e o descarte adequado de embalagens vazias de agroquímicos. Os principais objetivos da iniciativa de Bem-Estar Social são melhorar as condições de vida e de trabalho dos cafeicultores e trabalhadores, conscientizar e promover educação sobre trabalho decente. Inclui também um estudo de renda de bem-estar (“living income”) nas regiões cafeeiras do Brasil, apresentado durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, em novembro de 2022, e cujo relatório será divulgado em breve. Essas duas CAIs, que já captaram quase US$ 3 milhões e incluem 28 parceiros financiadores e implementadores, cobrem juntas as principais regiões produtoras de café do Brasil.

A Plataforma também tem atuado na implementação do Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC), que desenvolveu em um processo coletivo “de baixo” para cima que envolveu atores relevantes de toda a cadeia produtiva do café. O CSC e seu aplicativo são usados para identificar lacunas de sustentabilidade, como as abordadas pelas iniciativas mencionadas acima. O CSC está agora ganhando importância adicional com o lançamento do Código de Referência de Sustentabilidade do Café (CSRC) e seu Mecanismo de Equivalência 2.0. A equivalência do Currículo com o Código (CSRC) abrirá oportunidades interessantes para a certificação de cafés sustentáveis por cooperativas e traders brasileiros.

Declarações e depoimentos de membros do Conselho Consultivo Nacional da Plataforma mencionam o alto nível de alinhamento desenvolvido pela governança ao longo dos anos e como ela tem apoiado as conquistas da Plataforma no Brasil. Uma reunião conjunta do CCN e do GTB foi realizada para comemorar o 10º aniversário da governança durante a SIC em BH. A Plataforma conseguiu desenvolver confiança e parcerias para destravar investimentos, criar sinergias entre os diferentes níveis da cadeia cafeeira e conectar empresas para atuar no cenário pré-competitivo. É notável ver como a maturidade da governança tem crescido continuamente durante os últimos 10 anos.

As conquistas deste 10º aniversário também demonstram que a Plataforma Global do Café Brasil pode ser considerada em vários aspectos como uma fonte de aprendizado para outras plataformas. Por exemplo, ela mostra a importância de um bom ambiente facilitador além da porteira (da fazenda), que a rentabilidade dos produtores é o primeiro passo para alcançar a sustentabilidade, que desafios sociais e ambientais permanecem devido a aspectos culturais, e que treinamentos periódicos e capacitações são necessários para melhorar a produção e a conscientização sobre temas importantes, de maneira contínua. 

TEXTO Pedro Ronca

CafezalMercado

Expocaccer ganha destaque no 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro com amostras vencedoras

Na noite da última quarta-feira (30), a cidade de Uberlândia foi palco do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento contou com uma grande festa no Palácio de Cristal, com direito a apresentação teatral contando os detalhes da região, comidas típicas, drinques com café, música e muita emoção! 

Com o intuito de reconhecer o trabalho dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro, além de promover a Denominação de Origem, a primeira conquistada para café no Brasil, a edição registrou um novo recorde de amostras inscritas: 370! As categorias disputadas foram Cereja Descascado, Fermentação Induzida e Natural.

Na categoria Cereja Descascado, o campeão do ano foi José Aparecido Naimeg, da Fazenda Pântano I, associado da cooperativa Expoccacer. Seu café bateu 90,05 pontos e apresentou notas florais, mel, caldo de cana e rapadura, com corpo amanteigado e acidez málica. Na sequência ficaram os produtores Eduardo Henrique S. Pereira, da Fazenda Abaete dos Mendes, Pouso Alegre e Tombado, em segundo lugar, e Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em terceiro.

Comemoração de José Aparecido Naimeg, primeiro lugar na categoria Cereja Descascado

Quanto à Fermentação Induzida, o vencedor foi para Agilmar Ferreira Pinto, da Fazenda Boqueirão, parceiro da Expocaccer, que pontuou 88,75. De acordo com a avaliação, o sensorial da bebida contou com notas florais, frutas vermelhas (com destaque para morango, cereja e framboesa), melaço e rapadura. O pódio foi composto por Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Fazenda Congonhas, em segundo, e Ismael José de Andrade, da Fazenda Paiolinho, na terceira posição.

Comemoração de Agilmar Ferreira Pinto, primeiro lugar na categoria Fermentação Induzida

Já na categoria Natural, o prêmio foi para o produtor Jorge Fernando Naimeg, da Fazenda Londrina, também cooperado da Expocaccer. Batendo 90,94 pontos, o café apresentou notas florais, de rapadura, açúcar mascavo, frutas vermelhas e mel. O vice-campeão foi Guilherme Sebastião F. Romão, da Fazenda Esmeril, e, em terceiro, o cafeicultor Enivaldo Marinho Pereira, da Fazenda Cachoeira/Cruzeiro. 

Comemoração de Jorge Fernando Naimeg, primeiro lugar na categoria Natural

O evento também foi marcado pela celebração dos 50 anos da cafeicultura no Cerrado Mineiro e pela participação das mulheres, com o Troféu Atitude. A Trader de Cafés Especiais da Expocaccer, Sandra Moraes, juntamente com a Superintendente da Coocacer Araguari, Eliane Cristina, homenagearam as cooperadas da Expocaccer Paula Urtado e Maria Aparecida Ruiz, por terem suas amostras classificadas como as três melhores do concurso.

Durante a cerimônia, a Expocaccer foi reconhecida também como o canal exportador que mais lacrou cafés com selos da Região do Cerrado Mineiro. Em outro momento de destaque, a cooperativa teve a classificadora Rosângela Soares homenageada pela classificação das amostras campeãs.

Categoria Cereja Descascado

José Aparecido Naimeg, da Expocaccer, com 90,05 pontos
Eduardo Henrique S. Pereira, da Carmoccer, com 89,13 pontos
Maria Aparecida F. Pires Ruiz, da Expocaccer, com 88,28 pontos

Categoria Fermentação Induzida

Agilmar Ferreira Pinto, da Expocaccer, com 88,75 pontos
]2º Lázaro Ribeiro de Oliveira, da Expocaccer, com 87,79 pontos
Ismael José de Andrade, da Carpec, com 87,70 pontos 

Categoria Natural

Jorge Fernando Naimeg, da Expocaccer, com 90,94 pontos
Guilherme Sebastião Fernandes Romão, da Expocaccer, com 89,53 pontos
Enivaldo Marinho Pereira, da Carmoccer, com 89,03 pontos

Ao final do evento, foi realizado o leilão com os cafés campeões do 10º Prêmio. O consórcio formado pela Expocaccer, Nucoffee, Café Cajubá e Sebrae arrematou a saca de 60 kg de Jorge Fernando Naimeg, por R$ 62.017.000, novo recorde de valor da premiação.

O evento foi promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas, o evento contou com realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando, ainda, seis associações como apoiadoras: Acarpa, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Cafezal

Campeões do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro serão divulgados em 30 de novembro

A Federação dos Cafeicultores do Cerrado realizará, no dia 30 de novembro, cerimônia para apresentar os campeões do 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O evento deve reunir cerca de 600 pessoas na noite do dia 30 de novembro, no Palácio de Cristal, em Uberlândia.  

Promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando ainda as seis associações: ACARPA, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer como apoiadoras.

A iniciativa visa reconhecer o trabalho dos cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro e promover a Denominação de Origem, a primeira conquistada para café no Brasil. 

Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, esta é uma edição especial, já que também comemora os 50 anos da Região do Cerrado Mineiro. “São 50 anos de cafeicultura no Cerrado Mineiro, 30 anos da Federação, entidade que representa, controla e promove a cafeicultura na região, e 10 anos de Prêmio, que reconhece os melhores cafés dos 55 municípios que compõem a Região, valorizando o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade, com responsabilidade e rastreabilidade, e também momento de celebrar a safa. Com certeza, será uma noite de muita comemoração, com o coroamento dos cafés produzidos na Região”, destaca Tarabal. 

O gerente da Regional Noroeste e Alto Paranaíba do Sebrae Minas, Marcos Alves, ressalta que a premiação é uma vitrine para cafés de qualidade, que reforça a referência mundial conquistada pela Região. “O Sebrae Minas tem orgulho de compartilhar dessa jornada que, ao longo de 50 anos, agregou inovação, gestão e sustentabilidade na sua forma de ser. Celebramos a décima edição do Prêmio, no mesmo ano em que também comemoramos o marco de 50 anos do Sebrae. É uma parceria sólida e de resultados extremamente satisfatórios”, destaca o gerente.

Premiação 

O 10º Prêmio Região do Cerrado Mineiro teve novo recorde de amostras de café inscritas, totalizando 370 inscrições, entre as categorias Café Natural, Fermentação Induzida e Cereja Descascado.

A premiação é dividida em duas etapas: a Etapa Campeões das Cooperativas, que elege o café dos produtores campeões em cada cooperativa e a Etapa Regional, onde os melhores cafés da safra atual são escolhidos por um time de jurados especializados no assunto. O anúncio dos vencedores, será feito tanto de forma presencial e on-line, com transmissão pelo canal do Youtube da Região do Cerrado Mineiro.

Os vencedores serão premiados com R$ 5 mil pelo primeiro lugar, R$ 3 mil pelo segundo e R$ 2 mil pela terceira posição. A seleção das amostras foi realizada por um corpo de jurados com alta experiência e profissionalismo, garantindo transparência e credibilidade ao Prêmio, sendo coordenada pela Savassi Agronegócio e auditado pela Safe Trace.

Novidades

A 10ª edição do Prêmio vai reconhecer também as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento do café. Entre as amostras inscritas, as três melhores produzidas por mulheres ou as três melhores produtoras serão reconhecidas com o Troféu Mulher de Atitude, sendo este um reconhecimento às mulheres cafeicultoras.

Outra inovação desta edição está relacionada ao aspecto social. Cerca de 10% do valor arrecadado com o leilão, 70% serão destinados ao Troféu Escola de Atitude e 30% para as obras do primeiro Hospital de Amor de Minas Gerais, iniciadas pelo Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”.

10º Prêmio RCM

Realizado desde 2013, o Prêmio da Região do Cerrado Mineiro consolidou-se como o grande evento da celebração da safra e valorização da dedicação dos cafeicultores em produzirem cafés com atitude, éticos, rastreáveis e de alta qualidade e, desde sua criação conta com o apoio de grandes parceiros para sua realização. Em 2022, teve como apoiadores: Sebrae Minas, Syngenta, Stoller, Rabobank, Solinftec, Sicoob, Voiter e Pinhalense.

50 anos da Região do Cerrado Mineiro

Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos. Uma história que começou na década de 1970, por meio da experiência no cultivo de café de pessoas de outras regiões que se uniram às pessoas da terra, souberam driblar os obstáculos e fizeram surgir oportunidades para o cultivo de café em uma região única. Ao longo dos anos, o que surgiu como Café do Cerrado se transformou em Região do Cerrado Mineiro, uma região com atitude, histórias, raízes e território. Passados 50 anos, a RCM conta com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55 municípios que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração. 

A RCM possui uma área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco é uma característica da região. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros e o resultado são cafés com identidade única e alta qualidade. Os cafés da região têm como características aroma intenso, com notas variando de caramelo a nozes; acidez delicadamente cítrica; corpo moderado a encorpado; sabor adocicado com aspecto de chocolate e finalização de longa duração. 

Mais informações: www.cerradomineiro.org

TEXTO Redação

Cafezal

Primeira cooperativa certificada de baixo carbono do mundo será lançada no Cerrado Mineiro

O mundo está de olho nas propostas e ações para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa que geram as mudanças climáticas. No Brasil, na Região do Cerrado Mineiro, a primeira Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, em Monte Carmelo (MG), para exatamente trazer a conscientização voltada à conservação do ecossistema, compartilhamento de ideias, evolução do conhecimento que envolve toda a cadeia do café e promover a integração entre os elos, capturando mais valor à agroindústria do grão.

Esta primeira edição tem a iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). O evento tem a intercooperação e correalização das cooperativas que integram o setor cafeeiro da Região do Cerrado Mineiro, como Expocaccer, Carmoccer, Carpec e Coocacer e o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer).

“A jornada é um convite para que cada participante seja um agente de transformação que irá contribuir na construção de um legado para um mundo mais verde, mais equilibrado, mais responsável para as futuras gerações”, define Regis Damasio Salles, superintendente da monteCCer.

A pauta, durante os dois dias de evento, gira em torno de temáticas que vão desde a conservação do meio ambiente até a evolução das boas práticas adotadas na agricultura brasileira. Uma verdadeira jornada que contempla questões cada vez mais presentes, com destaque às agendas institucionais, corporativas e mercadológicas, nacionais e mundiais.

A programação terá a participação de convidados que estiveram na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 27) ou envolvidos de forma direta com o tema, como Daniel Barcelos Vargas (economista, professor e coordenador do Observatório de Bioeconomia da FGV), Renata Potenza (Coordenadora de Projetos em Clima e Cadeias Agropecuárias no Imaflora, e coordenadora técnica do estudo carbono monteCCer) e Kellen Severo (jornalista especializada em Economia e Agronegócios, colunista no Jornal da Manhã e apresentadora do Painel Hora H do Agro, na TV Jovem Pan News) e Samanta Pineda (advogada especialista em Direito Socioambiental, habilitada como Coordenadora de Gestão Ambiental pela DGQ da Alemanha, professora de Direito Ambiental no MBA da FGV).

Durante a programação será apresentado o painel “Cerrado Mineiro: + Valores?“ com a moderação de Francisco Sergio de Assis (cafeicultor e Presidente da monteCCer) e a presença de três fazendas da Região que são casos de sucesso na aplicação da cafeicultura de baixo carbono. “Iniciamos esse trabalho com a monteCCer em 2020, onde o Imaflora desenvolveu um estudo de balanço de carbono que apoiou um grupo de 34 fazendas da cooperativa a alcançar a certificação de baixa emissão de carbono. Queremos motivar outras propriedades a estarem conosco nessa jornada”, explica Renata Potenza, do Imaflora. O lançamento será às 15h30, no dia 29 de novembro.

Também estarão presentes nos temas como “Mercado de Carbono: Quais são os incentivos pelas boas práticas?” e “Como Comunicar os Valores do Agro Brasileiro?”: Rosana Jatobá (jornalista, advogada, âncora da Rádio CBN Brasil e apresentadora do CBN Sustentabilidade), Eduardo Bastos (CEO My Carbon, Minerva Foods) e Dafna Blaschkauer (executiva global, formada em Administração de Empresas (FEA-USP), 25 anos em posições de Liderança, atuando em empresas como Nike, Apple e Microsoft).

“A necessidade de debater esse tema tão urgente para a cafeicultura mundial foi o que nos mobilizou a organizar essa pauta na Região do Cerrado Mineiro juntamente com parceiros que já desenvolvemos diversos projetos ao longo dos anos”, enfatiza a gerente de agronegócio do Sebrae Minas, Priscilla Lins.

A 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”

O evento tem a missão de ser o primeiro da cafeicultura a tratar dos assuntos abordados na COP-27. Ao trazer um panorama dessa agenda e aprofundar outros temas de interesse do produtor rural, a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono e seja um agente de transformação no trabalho permanente de dar mais valor à terra que nos alimenta.

A Jornada terá debates com profissionais renomados do setor do café e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação. O formato do evento possibilita aos participantes proposições importantes e relevantes para a tomada de decisão no dia a dia da lavoura, clínicas de aplicação das ideias e também momentos de relacionamento e troca entre os participantes.

Patrocínio Master: Sicoob Montecredi e NetZero e Patrocínios Diamante:  Volcafe e Dutch Bros.

Serviço
1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Espaço Vivendas – Monte Carmelo, MG
Mais informações: www.jornadacafecarbononeutro.com.br

TEXTO Redação

Barista

Nestlé lança programa que visa capacitar jovens na profissão barista

Com o objetivo de integrar as ações da Nestlé voltadas para a empregabilidade com a alta demanda por profissionais especialistas em cafés, a Nestlé Professional, divisão de consumo fora do lar da Nestlé, acaba de trazer para o Brasil a Plataforma Nestlé Futuros Baristas.

No total, 40 pessoas serão selecionadas por meio do projeto G10 Favelas e suas organizações parceiras, Mãos de Maria e Cria Brasil, em Paraisópolis, São Paulo, e irão participar da capacitação. O programa de formação profissional terá duração de aproximadamente 25 dias, com início em novembro, e será realizado em formato presencial com a parceria do Senac São Paulo, que sediará as aulas presenciais no Senac Aclimação, em São Paulo (SP). O programa será dividido em 16 módulos que vão abordar desde o início da produção do café nas fazendas até a entrega final do produto na xícara.

O projeto capacitará, de forma gratuita, jovens, alguns em situação de vulnerabilidade social, na profissão de barista, promovendo o seu desenvolvimento e auxiliando a cadeia do café e cafeterias a formar profissionais qualificados. “Queremos que esses jovens concluam o curso com uma visão integral da cadeia produtiva do café e da relevância dessa bebida tão apreciada em nosso país, que é o maior produtor de café do mundo – entendendo toda a questão sustentável e todo o cuidado que começa na fazenda e termina na xícara do consumidor”, diz Rodrigo Maingue, diretor de Nestlé Professional no Brasil.

Ao longo do curso, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre os métodos de cultivo e de torra do café e como esses processos impactam no sabor, nos aromas e na qualidade da bebida final. Os últimos módulos vão focar em empreendedorismo e na operação das cafeterias. As aulas serão ministradas por profissionais reconhecidos no mercado brasileiro. “A formação para o mercado de trabalho tem impacto direto no futuro individual e na sociedade. Por isso é muito importante a parceria com a Nestlé, que reforça o nosso compromisso com a educação que transforma vidas”, ressalta Maurício Pedro, gerente do atendimento corporativo do Senac São Paulo.

Além disso, o projeto oferecerá uma plataforma on-line em que os participantes terão os seus perfis cadastrados e poderão ser conectados com oportunidades no mercado de trabalho dentro do universo do Café, indicados para trabalhar em estabelecimentos comerciais parceiros da Nestlé. Os currículos dos participantes também ficarão com o RH da empresa para futuras possibilidades. No final, os jovens receberão um certificado de participação no curso válido para atuação como baristas profissionais.

TEXTO Redação
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