Mercado

Rede de hotéis foca no café especial como diferencial de atendimento e qualidade

 

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Recentemente a rede de hotéis Marriott ampliou sua atuação e abriu uma nova unidade em Kigali, capital de Ruanda, na África. Com o objetivo de integrar a comunidade local, o hotel realizou uma parceria com a Bloomberg Philanthropies, que apoia o projeto Relationship Coffee Institute, por meio da Sustainable Harvest, para oferecer aos clientes do hotel o café produzido por mulheres em cooperativas locais, com marca própria, o Q Café.

A iniciativa poderia ser comum se o projeto Relationship Coffee Institute não tivesse realizado, desde 2013, uma verdadeira mudança na vida de mais de 4.000 mulheres na região da África Subsaariana. Com o objetivo de ministrar treinamentos focados na produção e conhecimento do café de qualidade, o programa graduou produtoras de café, antes marginalizadas nas suas regiões, para aprenderem a importância de colher corretamente o café e, como resultado, passarem a vender o produto com maior valor agregado e passarem a ser autossuficientes economicamente.

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De acordo com a agrônoma Christine Condo, da Sustainable Harvest Ruanda, a importância do trabalho com essas mulheres mostrou que elas não sabiam a correlação de colher o fruto maduro com a qualidade, da qualidade com o maior valor por saca. “Depois de dois anos é incrível ver como essas mulheres estão focadas nos seus negócios, o programa mostra hoje que elas entendem a linguagem dos compradores, podem dizer e explicar o perfil dos cafés que produzem, sabem negociar, exportar e fazer esse comércio direto”.

A oportunidade de servirem os cafés no recém-inaugurado Marriott Hotel também deu a chance de algumas delas trabalharem no próprio hotel no serviço de café. Para Patricia E. Harris, CEO da Bloomberg Philanthropies, “A abertura deste Marriott Hotel está oferecendo uma oportunidade de mercado muito aguardada pelas mulheres de Ruanda. O café delas no hotel será um perfeito exemplo para a comunidade global de como podem trabalhar juntos: negócio, filantropia e governo para melhorar a vida das pessoas”. De acordo com dados da Bloomberg, a receita de venda do café no projeto em Ruanda movimentou US$ 100 mil, em 2015.

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Café nacional e orgânico
No Brasil ainda há poucas iniciativas de hotéis em servir bons cafés, um foco a ser trabalhado e que tem grande potencial. Um exemplo de sucesso ocorre no Grand Hyatt São Paulo, o primeiro hotel da rede Hyatt no Brasil. A escolha de fornecedores e ingredientes de origem sustentável, inclusive orgânicos e artesanais, faz parte da filosofia de alimentos e bebidas do Grupo. “Além de fortalecer a cadeia de produção, essa abordagem nos permite oferecer produtos cada vez melhores aos nossos clientes. Podemos criar experiências memoráveis, ao mesmo tempo em que ajudamos a preservar o meio ambiente para as futuras gerações”, destaca o chef Thierry Buffeteau.

O hotel opera com os cafés orgânicos da Fazenda Ambiental Fortaleza, de Mococa (SP) no Restaurante Eau. A FAF é reconhecida pela parceria que realiza com pequenos produtores da região da Mogiana, além de ter fazenda própria, torrefação, cafeteria e exportação de café.

 

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação/Bloomberg

Mercado

Capital do Café

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Objeto Encontrado

Brasília é destino para os amantes da bebida, com casas que valorizam o grão e se destacam no cenário nacional

Admito que poucas vezes me dou conta de como sou privilegiada. Que me desculpem os mineiros, paulistas, cariocas, gaúchos, nordestinos, todos os brasileiros, mas Brasília tem seu charme: aquele ar de cidade pequena, onde você encontra amigos da época da escola, junto à diversidade de regionalismos da capital; o sol intenso e o ipê que colore a paisagem; o céu de Brasília, que você vê entre os prédios comerciais e residenciais. Não há lugar igual. E, para mim, a melhor forma de vivenciar o que há de mais gostoso é em uma das casas de cafés especiais, usualmente próximas às áreas verdes, o que torna a experiência única.

Não consigo abrir mão desse momento do dia. Essa vida das cafeterias, onde você escuta a máquina de espresso a todo o vapor! Um cappuccino, dois espressos, leva para a mesa, espera a reação do cliente, sem perder tempo, porque o café chama. Adoro isso. O vai e vem de pessoas e as flores de hibisco pela calçada; aquele cheirinho do grão recém-moído e o som dos pássaros cantando; tem sempre uma conversa inesperada com o companheiro de bancada.

Boa música e ótimos cafés
Aqui é difícil indicar um único lugar ou não perder horas falando de todos, como o Belini Café – The Coffee Experience, que fica na Asa Sul. Logo na vitrine, você vê o café sendo torrado em um espaço que é um mergulho no universo desse grão, com referências que vão da planta à xícara em toda parte. Sem falar nas delícias da confeitaria francesa preparadas na casa.

Já o Clandestino Café e Música, localizado na Asa Norte, é periodicamente animado pelos eventos com artistas da cidade. Um cantinho calmo próximo ao Olhos D’água, um dos parques ecológicos da capital. Para curtir uma boa música por lá, recomendo o Espresso Clandestino, com raspas de laranja e cardamomo. Que combinação!

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À esquerda, a cafeteria Ernesto 
e sua área externa, perfeita 
para relaxar, e à direita, o espaço 
do Clandestino, que reúne
 café e música.

Falando unicamente da bebida, temos o Café Cristina. Com uma das paredes de taipa e decoração rústica, é como ter aqui um pedacinho de Minas Gerais, onde são produzidos os grãos da marca. E o café vem acompanhado de um bom papo com os baristas.
Para os amantes de quitutes caseiros, eu logo penso no Ernesto Cafés Especiais. Um espaço que chama para ficar, com varanda, sofá e o cheirinho do pão de fermentação natural. Eles têm o cuidado de acompanhar todo o processo, desde a escolha dos ingredientes até a mesa. E o mesmo carinho está presente nos grãos servidos na casa.

Aprendizado
Outro conhecido dos brasilienses é o Grenat Cafés Especiais. Para os curiosos que ficam se perguntando o que acontece atrás do balcão, o espaço incentiva o visitante a ir à bancada, onde a máquina de espresso é virada para as mesas. A proposta é interagir com o cliente e lhe apresentar os grãos próprios. Para completar a experiência, aproveite o bolo do dia, sempre saboroso.

O clima descontraído do Objeto Encontrado valoriza a diversidade da música, da decoração e da personalidade. Um espaço que combina café e arte, onde a equipe dança, canta, brinca e se dedica a servir bons cafés e boa comida, além de contar com uma das mais completas cartas de uísque da capital.

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À esquerda, produtos especializados e bons cafés à venda na Grenat Cafés Especiais e à direita, o ambiente aconchegante da Belini Café

Não posso esquecer do Los Baristas. A ideia surgiu em uma viagem à Patagônia, mas foi em meio às árvores retorcidas de Brasília que as cadeiras coloridas dessa cafeteria ganharam seu espaço. O balcão, para quem busca novas amizades, também permite aos clientes se relacionar com a equipe. Não deixe de provar o bolo de milho, que dá ao local um perfume singular.

Como podem ver, não sou aquele tipo de cliente fiel nem pretendo ser. Acredito que, para a maioria dos brasilienses, não importa qual a asa, a quadra, o bloco, se sobe ou desce a tesourinha, ou melhor, as vias de acesso. O que queremos é apreciar ótimos cafés, curtir a companhia, a paisagem, aproveitar o que os baristas têm para ensinar e ainda levar um pouco de cada lugar para casa. Se você busca multiplicidade, originalidade e aquele grão especial, pode conferir todas as cafeterias e vivenciar o melhor de cada uma.

VISITE
Belini Café – The Coffee Experience
SCLS 114, bloco B, lj. 7 – Asa Sul
Café Cristina
CLN 202, bloco A, lj. 45 – Asa Norte
Clandestino Café e Música
CLN 413, bloco D, s/n – Asa Norte
Ernesto Cafés Especiais
CLS 115, bloco C, lj. 14 – Asa Sul
Grenat Cafés Especiais
CLN 315, bloco B, lj. 10 – Asa Norte
Los Baristas
SCLN 404, bloco C, lj. 38 – Asa Norte
Objeto Encontrado
CLN 102, bloco B, s/n, lj. 56 – Asa Norte

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

TEXTO Por Giovanna P. Vicentini, brasiliense, vinda de uma família de cafeicultores, e apaixonada por café • FOTO Ernesto Café: Anturia Viotto / Clandestino: Edgard Cesar / Outras: Divulgação

Mercado

Armazém Café promove palestra e programa novo espaço em Londrina

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O Armazém Café está há 12 anos no mesmo endereço, em Londrina (PR). Referência na região quando o tema é café de qualidade, o local realiza parte da sua despedida nesta quinta-feira, 6/10, no bate-papo com o tema Denominação de Origem, com a convidada Georgia Franco de Souza, proprietária do Lucca Cafés Especiais, em Curitiba.

O Armazém Café passará a atender na Rua Belo Horizonte, 701 (cerca de quatro quadras do atual local). O imóvel está sendo revitalizado e a inauguração está prevista para a primeira quinzena de novembro. O novo local tem importância histórica pois era residência de antigo provador e beneficiador de café da região.

Segundo Cristina Maulaz, degustadora de cafés especiais e proprietária d’O Armazém Café, a palestra é gratuita e dirigida aos produtores, baristas, apreciadores de café e também à comunidade em geral.

Informações: (43) 3324-8889 ou contato@oarmazemcafe.com.br
Local: Av. Higienópolis, 602 – 12 – Centro – Londrina (PR)

TEXTO Da redação • FOTO Divulgação/Armazém Café

Café & Preparos

Phoenix 70

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Estrutura o preparo de café filtrado com o uso de papel. De acordo com os irmãos da empresa norte-americana Saint Anthony Industries, este equipamento é uma junção de fundamentos de geometria, física e química. Projetado para a extração de 24 gramas de café, ele tem 70 graus de inclinação, e altura de 7 cm, o que aumenta o contato da água com o café.

MAIS INFORMAÇÕES www.saintanthonyindustries.com

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui)

ILUSTRAÇÃO Gustavo Lorenzini

Barista

Cafeteira brasileira que prepara espresso em qualquer lugar é sucesso entre apreciadores

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Da união de um designer e um barista surgiu a ideia de desenvolver uma cafeteira portátil, de fácil uso, que não necessitasse de eletricidade. Maycon Aram, fundador da Aram Soulcraft, produz peças de design em madeira. Tudo começou quando descobriu que seu maior prazer era fazer peças únicas, artesanais e com todo o cuidado necessário. Das suas mãos saem armações de óculos em madeira, com cores e estilos diversos. Ao conhecer Juca Esmanhoto, do Rause Café + Vinho, de Curitiba (PR), os dois passaram a trabalhar no projeto da cafeteira.

A extração de um espresso é uma das técnicas mais complexas e cheias de variáveis que existe na área do café. Por isso, desenvolver um equipamento que atendesse todas as exigências dessa bebida não foi tarefa fácil. Após mais de um ano de trabalho, muitas indas e vindas, testes, opiniões e refações, Maycon e Juca chegaram ao protótipo que foi apresentado na Semana Internacional do Café, no fim de setembro, em Belo Horizonte (MG).

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Batizado de Cafeteira Aram, o equipamento surpreendeu a todos durante os testes realizados no evento.

De acordo com Maycon o projeto retrata o artesanal e o bem feito: “A gente acredita que os objetos carregam muitas histórias, assim como cada um de nós. Nossas criações têm essa essência de resgatar a relação entre quem faz e quem usa. A cafeteira é a tradução de todo esse conceito aliada a uma paixão do brasileiro”.
Segundo Juca, a Cafeteira Aram “tem a grande vantagem de extrair várias formas de café só trabalhando com moagens diferentes. Fizemos alguns testes e atingimos 14 bar de pressão”.
Com uma base de aço ou uma versão portátil as opções podem servir para casa ou para levar para qualquer lugar. Feita de madeira e aço, a cafeteira trabalha com café moído, sem filtro, sem eletricidade e sem cápsula. Com a força da rotação da manivela é que se alcança a pressão necessária para a extração de um espresso, com crema bem densa e de forma muito rápida.

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Para tornar esse sonho realidade, Maycon e Juca abriram uma arrecadação na internet. A vaquinha virtual começou essa semana e já tem muitos apoios. A meta é R$ 35 mil até o dia 17 de novembro. Dentre as recompensas mais apoiadas até agora está exatamente a que presenteia com a própria cafeteira, pelo valor de R$ 879. O equipamento acompanha um tamper estilizado, também feito de madeira, e um café do Sítio Santa Rita.

Se a dupla ultrapassar a meta e chegar a R$100.000,00 de arrecadação, 2% do valor será revertido para o projeto social Fazedores Café, que forma jovens de baixa renda na cidade de São Paulo e região na profissão de barista.

Para mais detalhes sobre a Cafeteira Aram e para participar da arrecadação, acesse.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação/Aram

O pão nosso

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Discordo da expressão padarias “de luxo” para se referir às novas padarias que, tal como as sorveterias recentes, invadiram São Paulo oferecendo um produto artesanal e diferenciado. Para começar, pão não é artigo de luxo, mas produto básico em todas as culturas humanas – varia apenas o tipo de grão de que é feito (vide as tortillas mexicanas, feitas de milho). E, aqui, o termo luxo é equivocadamente ancorado aos fermentos naturais, de que esses “modernos” pães são feitos, e aos ingredientes adicionados à massa (nozes, amêndoas, cerveja). Aliás, “luxo” e “gourmet” são adjetivos que, de tão desgastados, deveriam ser banidos do vocabulário da comida.

Tudo isso para introduzir o trabalho de uma das padeiras das boas em São Paulo, a ex-professora Julice Vaz. Dona da Julice Boulangère, aberta em 2011 no agitado bairro Vila Madalena, em São Paulo, Julice faz parte da nova geração de padeiros que optou por se contrapor às grandes padarias – que, hoje, até almoço servem, distanciando-se de sua atividade original –, oferecendo pães de qualidade (esse sim, um termo adequado), feitos com os referidos fermentos, que por isso levam mais tempo para ficar prontos e são muito mais saborosos. “Queria um lugar com um fluxo grande de pessoas, mas que elas entendessem o meu conceito de pão”, explica Julice.

O conceito? “É o alimento mais sagrado e simbólico que existe, porque é um alimento que se compartilha”, lembra ela. “Se tivermos farinha, água e sal – nem fermento precisa –, nós o fazemos. Se não tivermos forno, assamos o pão na brasa. Ele está presente em qualquer ocasião”, completa.

Atualmente, Julice fabrica cerca de 180 variedades do alimento mais antigo do mundo. “Nosso pão é incomparável com o industrial, tanto em termos de consistência do miolo, crocância da casca, aroma e sabor, quanto em relação ao bem que faz à saúde”, diz ela. Na sua padaria, o pão demora três dias para ficar pronto: em primeiro lugar, prepara-se o fermento, que matura entre doze e dezoito horas. No dia seguinte, é feito o pão, que será assado apenas no terceiro dia.

Chegar à qualidade desejada de um alimento tão simples, entretanto, levou tempo. Durante um período sabático, em 2007, Julice decidiu fazer um curso de panificação e confeitaria. Aproveitando uma reforma em casa, montou uma pequena cozinha industrial, leu livros estrangeiros e passou a fazer pães, que oferecia aos vizinhos. Meses depois, desenvolveu uma enxuta linha de produtos e forneceu para mercados em São Paulo, como o Empório Chiapetta, e no Rio. Com poucos lucros, pois concorria com grandes marcas (industriais) nas prateleiras, montou loja própria em 2011. “A padaria tradicional brasileira não vive de vender pão, ela vive de conveniência”, ressalta Julice. “Pão é apenas um figurante, e eu queria uma loja que vendesse só pão”, justifica.

Além do curso no Brasil, Julice teve aulas nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, e trabalhou em padarias estrangeiras. Também fez diversos cursos de empreendedorismo e gestão, no Brasil e no exterior. “Há muito mercado para padarias artesanais”, acredita. “Não falo mal do produto industrial nem da padaria tradicional, pois elas alimentam muita gente e, no fim das contas, é essa a nossa função”, diz ela. Mas, além de o pão artesanal ser um produto mais caro, Julice vê na situação atual do Brasil um impedimento para esse tipo de negócio. “O investimento é alto, o retorno, demorado, e a mão de obra tem que ser treinada. Abrir um espaço como esse não depende só de dinheiro, mas de conhecimento técnico e dedicação”, sintetiza. Para garantir a qualidade do produto, Julice acompanha, diariamente, a produção de baguettes, croissants e pães variados, como o de linhaça com castanhas, o de bacon ou a foccacia de gorgonzola, que prepara em fins de semana. “Variamos semanalmente os produtos. Nos fins de semana, privilegiamos pães como a foccacia, pois as pessoas costumam sair da dieta”, explica a padeira. No final de 2015, Julice abriu sua primeira filial, no shopping Villa-Lobos. Ali, além dos pães, prepara refeições.

Cristiana Couto é jornalista especializada em gastronomia e autora de Alimentação no Brasil Imperial, Educ, São Paulo, 2015.
Fale com a colunista pelo e-mail nacozinha@cafeeditora.com.br

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Café & Preparos

Nova microtorrefação de cafés orgânicos realiza campanha de arrecadação

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Quatro jovens santistas resolveram criar um novo negócio no litoral de São Paulo. Cansados de todas as etapas pelas quais o café passa dentro da tradicional cadeia do café e incentivados por uma vontade de abrir um empreendimento focado em café 100% orgânico, os amigos Vitor Ladaga, Vinicius Gomes Ferreira, Lucas de Lorena e Romulo Targon iniciaram o projeto da REVO Coffee Co.

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Vitor, Romulo, Lucas e Vinicius

Em uma garagem, no fundo da casa de Vitor, a REVO começou a tomar forma há meses atrás. Com a reforma do espaço e aquisição de um torrador reformado, o grupo passou a buscar produtores orgânicos, fazer contatos com profissionais do setor, com o objetivo de incentivar o questionar os hábitos atuais de consumo. Para Vitor: “O objetivo da REVO é trabalhar sem intermediários com cafés especiais orgânicos, indo diretamente ao produtor. Com isso vamos conseguir conhecer quem produz, como foi feito, a fim de torrar de forma que valorize esse trabalho”.

A ideia da arrecadação surgiu com o intuito de que, com a contribuição, os empreendedores da REVO possam adquirir os cafés para dar início ao primeiro lote de torras do produto. Segundo Vinicius: “Na cidade de Santos é escoada quase toda a produção de café do Brasil, antigamente quase toda a família na cidade tinha alguma ligação com o grão. Hoje isso se perdeu e queremos resgatar essa história, mas de uma forma diferente”.

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A microtorrefação já vem fazendo diversas ações no local do futuro empreendimento, em Santos, para atrair quem quiser conhecer o trabalho. Neste fim de semana, por exemplo, promoveram a Hamburgada da Revo, para arrecadar fundos.

Para quem se identificou com a ideia e quer contribuir, há apoios que variam de R$ 15 a R$ 4.500. Com a contribuição de R$ 60, por exemplo, você ganha um café orgânico da nova marca, uma ecobag, um guia digital com dicas de preparo de café e um workshop online.

A campanha tem como meta a arrecadação de R$ 30 mil e ficará disponível até 24 de outubro.

A Revista Espresso apoia essa iniciativa e a de empreendedores que valorizam o pequeno produtor e o comércio direto.

Saiba mais como contribuir
Onde: Avenida dos Bancários – Ponta da Praia – Santos (SP)
Facebook

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação/Revo

Cafeteria & Afins

Coa Café – São Paulo (SP)

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Uma cafeteria que oferece apenas café coado. Essa é a ideia do Coa Café, espaço idealizado por Clara Ballot e Heitor Fontes. A dupla transformou uma vaga de garagem em um lugar agradável e convidativo para os que buscam uma pausa na correria de São Paulo. Uma xícara de café fresco, preparado na hora, logo resgata a memória de casa e aproxima clientes e proprietários. “A curiosidade e a troca de informações sobre o café levam a um aprendizado conjunto e constante”, dizem os donos.

Inaugurado em julho do ano passado, o Coa serve Café Orfeu, da Fazenda Sertãozinho, localizada em Botelhos (MG), nos métodos Hario V60, Aeropress e prensa francesa. A cada sexta-feira, uma opção diferente de grão é disponibilizada para que os clientes possam conhecer mais sobre cafés especiais e apreciar sabores distintos. Se o calor apertar, é possível pedir um cold brew.

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No menu
A seleção de comidinhas é criteriosa tanto para combinar com as bebidas servidas quanto para incentivar pequenos produtores e novos negócios. A filosofia de Clara e Heitor fortalece a comunidade que se cria em torno do café e estimula empresas que, assim como o Coa, também estão começando.

O cardápio traz opções que prezam pela qualidade. O pão de queijo é preparado em duas fornadas diárias, uma no período da manhã e outra à tarde, para manter o frescor. Já o stroopwafel (waffel recheado com caramelo, típico da Holanda) é companhia perfeita para bebidas quentes. Segundo os proprietários, o doce é colocado na borda da caneca como uma espécie de tampa e o calor do café quente derrete o caramelo.

Outro item bastante pedido do menu é o bolo de coco gelado. Feito com farinha de coco, ele fica macio e irresistível. Sem mencionar a pequena biblioteca de troca disponibilizada, onde o cliente pode pegar um livro e deixar outro no lugar para que mais pessoas possam ter acesso a diferentes leituras.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da Revista Espresso – única publicação brasileira especializada em café. Receba em casa. Para saber como assinar, clique aqui).

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua da Consolação, 2685
Bairro Jardim Paulista
Cidade São Paulo
Estado SP
País Brasil
Website http://www.coacafe.com.br
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 8h às 18h
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação

Receitas

Irish coffee

KitchenAid_Receita_Irish Coffee

Ingredientes
– 1 xícara de café fresco
– 3 colheres de whisky irlandês
– 2 ou 3 colheres de açúcar (ou açúcar mascavo)
– creme chantili

Ingredientes opcionais
– Noz moscada ou chocolate ralado.

Preparo
Moa os grãos e prepare o café. Misture o café, o whisky e o açúcar em uma xícara resistente ao calor, e mexa até o açúcar dissolver. Adicione a quantidade desejada de creme chantili e acompanhamentos opcionais. Sirva na sequência.

*Receita da KitchenAid

TEXTO KitchenAid • FOTO Divulgação

Receitas

Mocha brownies

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Ingredientes
– ⅔ de xícara (83 gramas) de farinha comum
– ½ colher de chá de sal
– 1 colher de chá de fermento em pó para forno*
– 60 gramas de chocolate escuro sem açúcar** (use chocolate em barra de pelo menos 56% de cacau)
– 120 gramas de chocolate escuro** (use um de pelo menos 70% de cacau)
– 140 gramas (10 colheres) de manteiga sem sal
– ¼ de xícara de café pronto (forte)
– 1 ¼ xícaras (250 gramas) de açúcar
– 2 colheres de extrato de baunilha
– 3 ovos

Preparo
Regule a grade do forno onde será colocado o brownie em uma posição média-baixa e aqueça o forno a 170°C. Junte a farinha, o sal e o fermento em pó e reserve. Unte a forma com spray antiaderente ou forre a forma com papel manteiga para desenformar com mais facilidade. Derreta os chocolates e a manteiga em banho-maria. Adicione o café à essa mistura e mexa até incorporar. Afaste do fogo e adicione o açúcar e a baunilha. Adicione os ovos um a um, incorporando bem, antes de adicionar o outro. Continue misturando até obter uma textura brilhante e sedosa. Adicione os ingredientes secos e continue misturando até unir tudo. Coloque a mistura na forma já preparada e leve ao forno por 35-45 minutos, até que o centro não esteja líquido, e ao inserir um palito de dente ele não saia seco, mas sim com algumas migalhas úmidas. Retire do forno e deixe descansar por 5 minutos ainda na forma. Desenforme, deixe esfriar e sirva.

Notas
– Para brownies mais densos, utilize ½ colher de fermento em pó.
– Caso não tenha dois tipos de chocolates, é possível utilizar um só tipo (180 gramas no total de chocolate escuro ao invés de uma combinação de 60 e 120 gramas de dois tipos de chocolate).

*Receita da KitchenAid

FOTO Divulgação
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