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Exclusivo no site – Especial Torra: entrevista com Thiago Emerich, da Industrial Atilla

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A nova edição da Espresso traz como matéria de capa o tema “torra”. Conversamos com diversos profissionais do setor para produzir um conteúdo relevante para os leitores da revista. Entretanto, o assunto não se encerra na edição. Ainda há muito que se discutir sobre o tema e ouvir a opinião de quem já trabalha com torrefação pode ajudar os iniciantes na prática, além de ser uma boa forma de rever velhos conceitos e se fazer novas perguntas. Durante os próximos dias, você vai conferir aqui no site da Espresso um pouco da experiência desses profissionais da torra, que tanto se dedicam para revelar os sabores do grão e trazer o melhor café para a sua xícara. Hoje, confira a entrevista com Thiago Emerich, da Industrial Atilla, empresa de máquinas e equipamentos para torrefações.

Há quanto tempo trabalha no ramo de máquinas de torra?
A Atilla existe há 20 anos, eu sou sócio ao lado dos meus dois irmãos. A empresa foi fundada pelo meu pai Tomaz Emerick.

Neste tempo, você percebeu um avanço na área de torra, em relação aos profissionais e torrefações no mercado brasileiro?
As mudanças foram focadas na qualidade, com uma torra mais controlada e as cafeterias se tornaram pequenos laboratórios, em que o profissional anotava tudo que fazia e provava tudo na xícara. Eu fiquei um ano em Toronto em 2008 para estudar esse mercado, os torradores, as marcas europeias, as americanas, as japonesas e lá eu pude ver cada cafeteria com seu torrador e vi que estávamos indo pelo caminho certo. Hoje temos máquinas no Brasil inteiro, em diversos tipos de mercado.

O que os clientes mais buscam quando procuram a Atilla?
Eles buscam qualidade do equipamento e do grão final, além de custo. Nosso marketing hoje é que nós temos o equipamento com melhor custo/benefício do mercado mundial. Nossos torradores estão na faixa de R$ 18,5 mil a R$ 53,5 mil.

Como escolher um torrador para um determinado negócio?
Eficiência do equipamento, repetibilidade da torra e eu acredito que o custo-beneficio é fundamental. Qualquer material no mercado de café é muito caro e é preciso manter as qualidades do grão. Então, é importante ver o equipamento funcionando. Eu costumo levar o torrador para o estabelecimento do profissional para que ele possa conhecer e ver se se adapta ao seu tipo de negócio. Nossos maiores vendedores são os clientes, seja o produtor ou a cafeteria. Entrar em contato com nossos clientes também é um bom caminho na hora da decisão. É informação fiel, na prática, uma opinião neutra.

Qual a chave para uma boa torra?
O que faz uma boa torra é a interação do profissional com a própria máquina. Entender dela a reação de cada ação.

TEXTO Da redação • FOTO Guilherme Gomes/Café Editora

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