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Produção de café em 2016 pode ser segunda maior da história do País

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A produção de café no Brasil em 2016 pode ser a segunda maior da nossa história, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados relativos a esse ano foram divulgados nesta quarta-feira (20/1), e apontam uma produção total ente 49,13 e 51,94 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado.

A expectativa da Conab leva em consideração a média de produção (50,5 mi), que coloca esta safra atrás apenas da colheita de 2012, que foi de 50,8 mi. A previsão indica um acréscimo de 13,6% a 20,1% em relação à produção de 43,24 milhões de sacas obtidas em 2015. Uma das explicações para o rendimento é o ciclo de bienalidade do café, que neste ano no Brasil é considerado alto. “A característica dessa cultura faz com que a planta obtenha melhores rendimentos em anos alternados, especialmente o café arábica, e independe de tratamento do solo ou de outras ações tecnológicas”, comenta o texto da Companhia.

Arábica e conilon
Espécie que o País mais produz, o arábica (76,5% de todo café brasileiro) tem estimado em um crescimento de 17,8% a 24,4%. A Conab aponta que sejam colhidas entre 37,74 e 39,87 mi sacas. O resultado deve-se principalmente ao aumento de 67,6 mil hectares da área em produção, à incorporação de novas áreas que se encontravam em formação e renovação e às condições climáticas mais favoráveis.

Já a produção do conilon, que representa 23,2% do total, é estimada entre 11,39 e 12,08 milhões de sacas, representando um crescimento entre 1,8 e 8% em relação à safra 2015. “Esse resultado deve-se, sobretudo, à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, Bahia e em Rondônia, bem como ao maior uso de tecnologias”, afirma a Conab.

Regiões produtoras
Para Minas Gerais, maior Estado produtor, a Conab explicou que na região do Sul de Minas (Sul e Centro-Oeste) houve aumento de área e produtividade, que devem refletir numa produção superior à safra anterior entre 26 e 33%. O Cerrado Mineiro (Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste) aumentou sua área e produtividade, o que pode resultar numa produção com crescimento entre 49,5 e 57,8%. A entidade considera também a Zona da Mata Mineira (Matas de Minas, Rio Doce e Central) onde, apesar do leve aumento na área em produção, a produção deve ser 0,2 a 5,4% menor do que a safra anterior, tendo em vista a bienalidade negativa para a cultura nesta safra. Por fim, o Norte de Minas (Norte, Jequitinhonha e Mucuri) deve ter aumento de área e produtividade, com produção superior entre 22,3 e 29,1%.

Já o Espírito Santo, onde mais se produz conilon no Brasil, a Conab tem perspectiva de recuperação de produtividade, com safra superior de 6,9 a 13,5% a 2015. O aumento total no estado é puxado pelos dados do café arábica produzido no sul do estado, com acréscimo de 17,93%.

Apesar do norte do estado, onde há maior concentração do café conilon, em todos os meses analisados, ter sofrido com restrições no desenvolvimento da safra, principalmente, devido às chuvas abaixo da média e às temperaturas elevadas, a Conab afirma que essa restrição pode ter sido amenizada em função da irrigação de parte das lavouras. O resultado é calculado em perda de 0,82% na produção do conilon.

Produtividade
Quanto à produtividade total, a estimativa situa-se entre 24,84 e 26,27 sacas por ha, equivalendo a um ganho de 10,4% a 16,8%, em relação à safra passada. Com exceção de Paraná, Rondônia e região de Matas de Minas, todos os demais estados apresentam crescimento de produtividade. Os motivos são as condições climáticas mais favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ciclo de bienalidade positiva. A Conab observou os maiores ganhos na região do Triângulo Mineiro, em São Paulo e no Sul de Minas e centro-oeste mineiro.

(Texto publicado originalmente no site CaféPoint)

TEXTO Da redação • FOTO Alexia Santi/Café Editora

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Produtores de café de Divinolândia apresentam a região

fazendas_divinolândia_café_cafezal Em sua nova edição, a revista Espresso traz uma reportagem sobre a produção de café na cidade de Divinolândia, interior de São Paulo. O município abriga pequenos agricultores que construíram sua história, encravada nas montanhas da região de Mogiana. Por lá, a agricultura familiar é marcante. Foi com a imigração de europeus, na maioria italianos, entre o fim do século XIX e o início do século XX, que a cafeicultura no lugar começou a tomar corpo. Hoje, a cidade produz até 120 mil sacas por ano. A equipe da Espresso esteve na região para conferir o trabalho intenso dos produtores que hoje estão focados na produção de café de qualidade. Confira os depoimentos de Francisco Sérgio Lange, ex-engenheiro eletricista, secretário da Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolândia (Aprod) e presidente do Sindicato Rural de Divinolândia, e Maria de Lourdes Cunha de Oliveira, produtora, proprietária do Sítio Recanto, ao lado do marido Adalto Batista de Oliveira. Para saber mais sobre a produção de café em Divinolândia, leia a reportagem completa na revista Espresso, edição impressa, referente aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

TEXTO Da redação • FOTO Lucas Albin

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Produtor da Mantiqueira de Minas é bicampeão do Cup of Excellence Naturals

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Bicampeão! Sebastião Afonso da Silva, vencedor do Cup Of Excellence Brasil. Sítio São Sebastião, em Cristina, Mantiqueira de Minas! Surpreendentes 94,47 pontos!

Com três cafés presidenciais – aqueles que atingem notas acima de 90 em uma avaliação de 0 (zero) a 100, conforme tabela oficial do concurso – o Cup of Excellence – Naturals 2015 revelou seus vencedores, na última sexta-feira (11/12), em Franca (SP). O campeão do certame foi o produtor Sebastião Afonso, do Sítio São Sebastião, em Cristina (MG), na região de Mantiqueira de Minas, que teve seu lote avaliado em 94,47 pontos.

Este é o segundo ano consecutivo que o Sebastião Afonso vence a competição, quando em 2014 o lote inscrito por seu irmão, Antônio Marcio da Silva, foi indicado como melhor natural pelo Cup of Excellence – Naturals, atingindo 95,18 pontos na ocasião. “Estamos muito felizes, estávamos apostando neste lote”, contou Sebastião, que esteve o tempo todo acompanhado da família na cerimônia. “Não tenho nem palavras. O caneco é nosso de novo”, compartilhou seu filho Helisson Afonso, nas redes sociais após a premiação. – Conheça o trabalho do produtor, em uma visita que nossa equipe fez às suas propriedades, leia aqui.

Assista, no vídeo abaixo, o anúncio do vencedor:

O segundo colocado atingiu a pontuação de 92,77 e veio também da região de Mantiqueira de Minas. O lote é da produtora Maria Valeria Costa Pereira, da propriedade Irmãs Pereira e fica no município de Carmo de Minas (MG). O terceiro café presidencial da competição foi o do produtor Ralph de Castro Junqueira. Ainda na Mantiqueira de Minas, em Carmo de Minas, o lote alcançou 90,04 pontos.

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Equipe completa de juízes e de apoio do Cup Of Excellence Naturals Brazil. Nove países e muitos dias de prova para chegar aos melhores cafés naturais do Brasil

O júri internacional do Cup of Excellence – Naturals 2015, que premia os melhores cafés naturais (colhidos e secos com casca) da safra, trabalhou na região da Alta Mogiana. Segundo os juízes e organizadores, os cafés deste ano surpreenderam e elevaram o nível de dificuldade para selecionar os 10 melhores entre os que já haviam sido escolhidos na fase nacional. Outros 32 lotes estavam na disputa.

As avaliações finais aconteceram de 7 a 11 de dezembro, degustadores e classificadores dos principais países importadores do mundo reavaliaram os cafés, com base em propriedades como corpo, sabor, doçura e grau de acidez. Os campeões serão ofertados em disputado leilão mundial, via internet.

O júri também visitou propriedades da região da Alta Mogiana, como a fazenda Bela Época, no município de Ribeirão Corrente (SP) que tem como proprietário o diretor-presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana (conhecida internacionalmente como AMSC — Alta Mogiana Specialty Coffees). E a O’Coffee, localizada em Pedregulho (SP), que possui estrutura de produção focada em qualidade, com terreiros de cimento e suspenso.

O Cup of Excellence voltado à seleção dos cafés naturais é realizado exclusivamente no Brasil, o maior produtor global, e tem o intuito de apresentar ao mundo a diversidade e a sustentabilidade dos grãos colhidos e secos com casca.

A equipe da Espresso fez um sobrevoo na fazenda do produtor Sebastião Afonso, do Sítio São Sebastião, em Cristina (MG), de Mantiqueira de Minas, no início deste ano. Confira belas imagens da região no vídeo abaixo:

(Texto publicado originalmente no site CaféPoint)

TEXTO Thais Fernandes • FOTO Mariana Proença/Café Editora

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Cafeicultor da Bahia tem lote negociado a R$ 173.478 em leilão do Cup of Excellence

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O cafeicultor Antonio Rigno em sua lavoura, em Piatã, Bahia

O lote com 18 sacas da Chácara São Judas Tadeu, do município de Piatã, na microrregião da Chapada Diamantina, foi negociado a *R$ 173.478,47 (US$ 45.000,90). O café do produtor Antonio Rigno de Oliveira rendeu, portanto, *R$ 9.717,86 (US$ 18,90/lb-peso) por saca, no leilão on-line do Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015. O lote campeão atingiu 91,22 pontos na escala de 0 (zero) a 100 do concurso e foi arrematado pela empresa UCC Ueshima Coffee Co., Ltd.

O segundo colocado, Cândido Vladimir Ladeia Rosa, genro de Antonio Rigno, também do município de Piatã (BA), receberá um total de *R$122.077. O produto da fazenda Ouro Verde foi adquirido pela empresa Maruyama Coffee e continha também 18 sacas. Já o terceiro lugar, de Luiz Mauro Araujo Miranda, que produz no Sitio Monte Sinai, foi arrematado pelas empresas Time’s Club, TOA Coffee, Coffee Libre, Single Origin Roasters. O lote receberá *R$119.350.

Os lances foram dados via internet na tarde desta terça-feira (1/12), com todos os 22 produtos ofertados tendo sido arrematados. A arrecadação total dos lotes vencedores do concurso foi de *R$ 1.401.248,44 (US$ 363.488,57), superando a máxima anterior de 2010, quando foram movimentados R$ 1,239 milhão, e a cotação média ficou em *R$ 4.257,99 (US$ 8,35 por libra-peso) por saca de 60 kg, acima dos R$ 3.863,44 registrados em 2014.

O maior valor pago por saca, no entanto, não conseguiu superar o recorde registrado no ano passado. Em 2014, o café de Cândido Vladimir Ladeia Rosa, genro de Antônio Rigno e vice-campeão da edição 2015 do Cup, foi arrematado por R$ 16.646,48 por saca de 60 kg (US$ 50,20 por libra-peso). O cafeicultor de Piatã (BA) recebeu o maior lance no leilão on-line da competição e o café alcançou, em 2014, nota 94,05 na competição. (Leia mais)

Vencedores de diversas regiões
Neste ano, o certame teve vencedores de sete origens produtoras do País: Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas; Chapada Diamantina, no Planalto da Bahia; Indicação de Procedência do Norte Pioneiro do Paraná; Montanhas do Espírito Santo; Sul de Minas Gerais; Matas de Minas; e Média Mogiana, em São Paulo. “O leilão cumpriu com sua função principal, que é mostrar e valorizar as origens produtoras dos cafés especiais brasileiros, incentivando os produtores a buscarem cada vez mais qualidade”, comenta o novo presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA – Brazil Specialty Coffee Association), Adolfo Henrique Vieira Ferreira.

O resultado completo do leilão dos cafés vencedores do Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015, incluindo o nome das empresas compradoras de cada lote, pode ser conferido no site da ACE.

* Dólar cotado a R$ 3,855, conforme fechamento de 1º/12/2015.

TEXTO Da redação • FOTO Arquivo pessoal

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Prêmio Região do Cerrado Mineiro anunciou os melhores produtores de 2015

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Família do produtor Edison Minohara recebe o 1º lugar na categoria natural

Em noite de celebração, o Prêmio Região do Cerrado Mineiro revelou seus vencedores. Realizado na quinta-feira (5/11), em Uberlândia (MG), o evento completou a terceira edição, com a participação de 166 amostras de produtores de diversas cidades que contemplam a Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, que tem um total de 55 municípios.

O concurso é organizado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que o divide em duas categorias: natural e cereja descascado. Neste ano os vencedores foram de duas cidades próximas: Serra do Salitre e Ibiá.

Francisco Sergio de Assis, o Serginho, presidente da Federação, lembrou durante a premiação sobre a importância de “celebrar algo feito com carinho e amor pelo produtor”. Das 166 amostras inscritas, 20 delas foram classificadas como finalistas e as colocações anunciadas durante a premiação. O primeiro lugar na categoria natural, com 88,3 pontos, foi Edison Minohara, da Fazenda Nova Casa Branca, em Ibiá. O catuaí vermelho do produtor, neto de japoneses, conquistou os provadores durante a seleção.

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Família do produtor Adauto Guimarães recebe o 1º lugar na categoria cereja descascado

Já o primeiro lugar na categoria cereja descascado ficou para Adauto Guimarães, da Fazenda Lavrinha, em Serra do Salitre, com a variedade topázio e pontuação de 88,5. Além do certificado, os produtores receberam prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil para um total de 20 sacas. Os segundos e terceiros lugares receberam R$ 24 mil e R$ 20 mil, respectivamente.

Anualmente o Prêmio recebe compradores de diversas regiões do Brasil que adquirem duas sacas de cada finalista. Dentre os ofertantes estão cafeterias, microtorrefações, indústrias e supermercados. Após adquirirem as sacas, os compradores realizam a torra e produzem edições limitadas desses cafés em seus segmentos.

Uma delas é a cafeteria Lucca Cafés Especiais, de Curitiba, que tem a participação dos proprietários Georgia e Luiz Otávio Franco de Souza na prova dos cafés e posteriormente na produção dos microlotes para a cafeteria. Suplicy Cafés Especiais, de São Paulo, e Ateliê do Grão, de Goiânia, são outras duas casas que também compraram os grãos.

Compradores Premio Cerrado Mineiro

Compradores do cafés vencedores do Prêmio Região do Cerrado Mineiro recebem certificados

A Tres, do Grupo 3Corações, lançará uma edição limitada de cápsulas dos produtores campeões e o Supermercado Verdemar, de Minas Gerais, também fará microlotes desses cafés.

Para Afonso Maria Rocha, diretor superintendente do Sebrae Minas: “o Cerrado Mineiro chegou ao nível de produtos de altíssima qualidade, governança sólida e isso é um grande caminho andado para novas conquistas”.

 

Confira o resultado final do III Prêmio Região do Cerrado Mineiro:

Categoria Natural

1º lugar: Edison Minohara (Fazenda Nova Casa Branca, Ibiá)

2º lugar: Grupo Andrade Bros (Fazenda Paraíso, Serra do Salitre)

3º lugar: Afonso Vinhal (Fazenda Recanto, Serra do Salitre)

4º lugar: Grupo Naimeg (Fazenda Pântano, Coromandel)

5º lugar: Antonio Azevedo (Fazenda Nova Guiné, Campos Altos)

6º lugar: Lucio Gondim Velloso (Fazenda Santa Cecília, Carmo do Paranaíba)

7º lugar: Marcos Cesar Miaki (Fazenda Shalom, Patrocínio)

8º lugar: Mucio Cardoso Monteiro (Fazenda Santa Barbara, Romaria)

9º lugar: Grupo Andrade Bros (Fazenda Lagoa Seca, Serra do Salitre)

10º lugar: Grupo Andrade Bros (Fazenda São Silvestre, Carmo do Paranaíba)

 

Categoria Cereja Descascado

1º lugar: Adauto Guimarães (Fazenda Lavrinha, Serra do Salitre)

2º lugar: Dimap S/A (Fazenda Santo André, Pratinha)

3º lugar: Grupo Famiglia Ferrero (Fazenda Caixetas, Patos de Minas)

4º lugar: Grupo Famiglia Ferrero (Fazenda Pântano, Patos de Minas)

5º lugar: Grupo Naimeg (Fazenda Pântano, Coromandel)

6º lugar: Lucio Gondim Velloso (Fazenda Santa Cecília, Carmo do Paranaíba)

7º lugar: Eduardo Pinheiro Campos (Fazenda Dona Nenem, Presidente Olegário)

8º lugar: Grupo Naimeg (Fazenda Pântano, Coromandel)

9º lugar: Maria Betânia de Almeida (Fazenda Boa Sorte, Campos Altos)

10º lugar: Haroldo Barcelos Veloso (Fazenda São Lourenço, Carmo do Paranaíba)

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Os cafés premiados ganharam harmonizações especiais de vinho e café durante o evento

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Evento realizado em Uberlândia (MG) recebeu centenas de convidados

TEXTO Mariana Proença • FOTO Café Editora

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Concurso Colheita Premiada, da Nescafé Dolce Gusto, faz última chamada para inscrições

As inscrições para o concurso Colheita Premiada, da Nescafé Dolce Gusto, que irá eleger o melhor café entre as regiões produtoras do Brasil, se encerram no dia 15 de outubro.

A participação é aberta a todos os cafeicultores, dentro das categorias Conilon, Arábica natural e Arábica lavado. O grande vencedor será anunciado em novembro e terá seu café utilizado em uma edição especial de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, 100% brasileira. A produção será realizada ano que vem, na nova fábrica de cápsulas da marca, que fica na cidade de Montes Claros (MG). Os 15 finalistas ainda receberão premiações em dinheiro no valor total de R$ 450 mil (total).

Um dos pré-requisitos para participar é que os lotes tenham sido produzidos em linha com um padrão independente de sustentabilidade, ou seja, possuam certificação válida, como Certifica Minas ou Rainforest Alliance. Os produtores podem se inscrever de maneira gratuita através do site da marca, onde estão mais informações e todo o regulamento. As amostras deverão ser enviadas pelo correio (Sedex ou PAC) ou entregues diretamente, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h na Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Fases

O Concurso Colheita Premiada contará com duas etapas. Na primeira fase (eliminatória), serão escolhidos até 45 finalistas, sendo 15 em cada categoria. As amostras serão classificadas quanto ao tipo, qualidade da bebida e outros aspectos, de acordo com a metodologia da Specialty Coffee Association of America (SCAA) para as duas categorias de café arábica e de acordo com o protocolo de avaliação de robustas finos do CQI (Coffee Quality Institute) para a categoria de café conilon.

Na segunda etapa do concurso (classificatória), as amostras finalistas serão degustadas utilizando a metodologia de avaliação de qualidade da Nestlé, com acompanhamento da BSCA e da auditoria Safe Trace. Uma comissão julgadora vai avaliar as amostras, selecionar os cinco finalistas premiados de cada categoria e apontar o grande campeão de acordo com o nível de qualidade dos lotes apresentados. A nova cápsula será parte da série “cafés do mundo”, incrementada com dois novos sabores a cada ano, sendo que esta é a primeira vez que o café brasileiro será escolhido para a ação.

O Concurso Colheita Premiada é uma iniciativa da Nestlé, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e é organizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Serviço
Concurso Colheita Premiada – Nescafé Dolce Gusto
Inscrições e regulamento: www.nescafe-dolcegusto.com.br/concurso
Entrega de amostras: Rua Gaspar Batista Paiva, 416 – Santa Luiza – Varginha (MG)
Anúncio do vencedor: novembro de 2015

TEXTO Da redação • FOTO Alexia Santi

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Seminário do Café reúne produtores no Cerrado Mineiro

Entre os dias 6 e 9 de outubro, a cidade de Patrocínio (MG) recebe o 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro. O evento pretende reunir produtores e entidades ligadas ao setor, pesquisadores, agrônomos e estudantes para debater problemas e soluções de interesse dos cafeicultores na área técnica, econômica, pesquisa e tecnologia. Neste ano, as cooperativas de COOPA e Expocaccer firmaram parceria com a Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa) para oferecer um ambiente de negócios para os cafeicultores. Uma novidade são os workshops e cursos sobre classificação, degustação e mercado de café. Os workshops acontecem no período da tarde, dentro do espaço das cooperativas, na parte central do evento. Para participar, os interessados devem se inscrever no local. O Seminário conta, também, com uma dinâmica de Show de Máquinas e um roteiro temático com visita programada à Expocaccer, com o intuito de conhecer os caminhos do café até à xícara. Confira, abaixo, os destaques da programação e palestrantes que virão participar do Seminário: 7/10 14h Marcelo Montanari (Engenheiro agrônomo e cafeicultor) e Adriano Gilson Rocha de Carvalho (Engenheiro agrônomo Sebrae Educampo COOPA), realizam um debate técnico com mediação do Diretor da Acarpa e consultor técnico, Kássio Humberto da Fonseca sobre os desequilíbrios ocasionados por controles da broca, que atitude tomar frente às pragas oportunistas. 16h Jackeline Uliana Donna (Gestora de Fortalecimento e Desenvolvimento da CLAC/FAIRTRADE), explica o significado do Fair Trade e sua atuação no mundo e na cafeicultura. No mesmo horário, Jefferson Gitirana Neto (Pesquisador e consultor técnico), comenta sobre o manejo integrado de pragas. 08/10 14h Mesa redonda sobre sementes, mudas e viveiros. Com a participação de André Felipe C. P. da Silva (coordenador de sementes e mudas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa), Maurício Bento da Silva (fiscal agropecuário do Mapa), Márcio da Silva Botelho (diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA), Gláucio de Castro (vice-presidente da Fundação de Desenvolvimento do Café do Cerrado – Fundaccer), Thiago Motta (produtor de sementes), Enivaldo Marinho Pereira (cafeicultor e viveirista), Elisa Muller Veronezi (engenheira agrônoma Sebrae Educampo Expocaccer) e Ramiro Guimarães (engenheiro agrônomo Sebrae Educampo COOPA). 16h Com coordenação do Superintendente Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, os convidados Felipe Croce (Fazenda Ambiental Fortaleza – Mococa SP), Mariano Martins e Fabíola Filinto (Fazenda Santa Margarida – São Manoel SP), André Nakao (Fazenda Serra Negra – Região do Cerrado Mineiro) e Marcelo Montanari (Fazenda São Paulo – Região do Cerrado Mineiro), debatem sobre: Painel Experiências e Histórias de Produtores que Agregam Valor com Criatividade. Em um ano de adversidades, como encontrar saídas? 09/10 14h Mesa redonda sobre a preservação da água em tempos de escassez com: Maria de Fátima Dias Chagas Coelho (diretora geral Instituto Mineiro de Gestão de Águas IGAM), Fernando Beloni (membro da Associação dos Usuários das Águas Ribeirão Pavões e Regiões – AUAPA), Claudomiro Aparecido da Silva (coordenador do curso de Ciências Biológicas do Unicerp e conselheiro do Comitê de Bacias Hidrográficas) e Cláudio Moraes Garcia (presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA). 16h Guilherme Lucas Moreira Dias Almeida (supervisor do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais – Fecomércio – MG) apresenta um panorama econômico e político do Brasil e como os temas podem impactar a cafeicultura. Serviço 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro Local: Sindicato Rural de Patrocínio – Av. Márciano Píres, 622 – Marciano Brandão – Patrocínio (MG) Data: de 6 a 9 de outubro Mais informações: www.acarpa.com.br

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Alexia Santi/Agência Ophelia

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Últimos dias para se inscrever no Concurso de Cafés Especiais de Andradas

As inscrições para a 3ª edição do Concurso de Cafés Especiais de Andradas, realizada pela Cooperativa Agropecuária Regional de Andradas (CARA), se encerram nesta quarta-feira (30/9). Os produtores que desejam inscrever suas amostras de café natural, da safra 2014/2015, devem entrar em contato com a Cooperativa, solicitar a ficha de inscrição e entregar as amostras na CARA.

Os cafés serão avaliados pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSULDEMINAS), de acordo com a metodologia de análise sensorial elaborada pela Specialty Coffee Association of America (SCAA). A nota de corte será de no mínimo 82 pontos e os quesitos avaliados serão acidez, aroma/fragrância, sabor, corpo e aftertaste.

As provas sensoriais ocorrerão no dia 22 de outubro, a partir das 10h. O resultado será revelado no mesmo dia, às 19h, no Lar da Criança Andradense.

TEXTO Da redação • FOTO Lucas Albin

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Fórum debate novas ações para desenvolvimento sustentável na agricultura

No dia 25 de setembro, cooperativas, produtores, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, estudantes de agronomia, torrefadores, traders de café, classificadores, proprietários de cafeterias e baristas vão debater novas ações realizadas na cafeicultura e os próximos passos para o desenvolvimento sustentável. O encontro acontece na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG), no Fórum de Agricultura Sustentável.

O engenheiro agrônomo e consultor sênior da Elo Consultoria Empresarial, Mário Ramos Vilela, abordará o “Gerenciamento da Água na Cafeicultura”, apresentando métodos que podem ser inseridos na produção de café. “As boas práticas de manejo na cafeicultura contribuem para que seja estabelecida uma reserva natural de água muito importante, principalmente, durante o período de seca”, afirma.

Para Cláudio Wagner de Castro, responsável técnico de Agronegócios do Sebrae, iniciativas como essas, que integram a Semana Internacional do Café, contribuem para o desenvolvimento do mercado brasileiro do grão e para o fortalecimento de toda a cadeia produtiva, desde os produtores até o consumidor final. “É um momento também em que todos podem conhecer melhor as características do café produzido em cada região do nosso estado. Esse conhecimento contribui para o reconhecimento e valorização do nosso produto”, conclui.

O Fórum de Agricultura Sustentável conta ainda com outras seis palestras em sua programação, das 13h30 às 20h.

Confira a programação:
Gerenciamento da Água na Cafeicultura (das 13h30 às 14h30)
Palestrante: Mário Ramos Vilela (Engenheiro Agrônomo e Consultor Sênior na Elo Consultoria Empresarial)

Reuso da Água no Processamento dos Frutos do Café (das 14h30 às 15h30)
Tema: Tecnologias Aplicadas à Cafeicultura
Palestrante: Sammy Fernandes Soares (pesquisador na Embrapa Café e Epamig)

Processos de Fermentação no Café (das 14h30 às 15h30)
Tema: Tecnologias Aplicadas à Cafeicultura
Palestrantes: Eliezer Menezes Pereira e Michelle Costa da Silva (IFRJ)

Novidades no Processo de Secagem de Cafés (das 15h40 às 17h30)
Tema: Tecnologias Aplicadas à Cafeicultura
Palestrante: Flávio Meira Borém (UFLA)

Inovação na Poda do Café Arábica (das 15h40 às 17h30)
Tema: Tecnologias Aplicadas à Cafeicultura
Palestrante: Abraão Carlos Verdin Filho (INCAPER)

Inovações na Mecanização da Cafeicultura de Montanha (das 15h40 às 17h30)
Tema: Tecnologias Aplicadas à Cafeicultura
Palestrante: Fábio Moreira (UFLA)

Clima & Safra (das 17h40 às 19h40)
Apresentação da Pesquisa CaféPoint Colheita Cafeeira Safra 2015: “Qual é a real situação da safra do café?” (Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora)
Palestrantes:
Jorge Queiroz (Analista de Mercado de Café da CONAB)
Máximo Ochoa Jácome (Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil)
Dr. Antonio Divino Moura (Vice-presidente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e Diretor do INMET Instituto Nacional de Meteorologia)
Celso Luis Rodrigues Vegro (Pesquisador Científico do IEA – Instituto de Economia Agrícola /SP)
Mediação: Eduardo Sampaio (Diretor Brasil da UTZ Certified)

Serviço
Semana Internacional do Café 2015 – Fórum de Agricultura Sustentável
Data: 25 de setembro
Valor: Gratuito
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Da redação • FOTO Alexia Santi/Agência Ophelia/Café Editora

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Projeto Café no Vale promove o turismo e resgata a história do grão no RJ

Revitalizar a cafeicultura regional de maneira sustentável no Vale do Paraíba do Sul Fluminense, no Rio de Janeiro. Esse é o desejo do médico Marcelo Motta com o Projeto Café no Vale. Motta quer promover a cultura em 15 municípios da região (Vassouras, Valença, Rio das Flores, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi, Mendes, Barra do Piraí, Conservatória, Piraí, Pinheiral, Volta Redonda, Barra Mansa e Visconde de Mauá), fazendo com que se torne uma espécie de polo turístico, mais atrativo e com produção de bom café.

Segundo Marcelo, esse bioma foi agredido durante a atividade cafeeira da época dos “Barões do Café”, no Brasil Império. Seus estudos apontam que as primeiras safras de café desse local eram muito boas por conta da nutrição natural do solo na região de Mata Atlântica, sendo fértil e rico em matéria orgânica. Por isso, a ideia de retomar essa terra para produzir um café de melhor qualidade, incluindo o replantio e recuperação de pequenos fragmentos desse bioma.

O projeto, de acordo com Marcelo, começa com o produtor se tornando parceiro. Após este passo, quem deseja melhorar a sua plantação recebe a visita da equipe de Marcelo, que também é presidente da Turisplan, empresa de planejamento estratégico de turismo sustentável. O grupo realiza uma análise do solo para averiguar se existe ou não fragmento de Mata Atlântica e o que deve ser feito para aumentar a qualidade. A partir daí, são feitas elaborações de mudas de café e plantados apenas grãos da espécie arábica.

“Como não usamos defensivos e nem adubos químicos na implantação e condução destes cafezais precisamos de equilíbrio e parceria com a natureza do entorno da lavoura implantada, o que obtemos com a biodiversidade destes fragmentos que criamos na propriedade do parceiro. Ou seja, cada parceiro do projeto tem que ter ou criar um fragmento de Mata Atlântica e ter a produção de Café Mata Atlântica validada por nós”, afirma Marcelo.

Cada propriedade tem um planejamento exclusivo em que é levado em consideração o clima, circulação de ventos, insolação, qualidade do solo e de fragmento da mata, dentre outros. A base é de 1.200 pés, sendo dividido em quatro cultivares diferentes, com 300 pés de cada para cultivar.

Marcelo explica que na colheita, que deve ser manual, todos os parceiros ganham o mesmo valor mínimo por balaio de 60 litros de frutos maduros. Todo o material colhido de cada parceiro é individualizado num lote e irá receber uma identificação. Este lote entra na linha de beneficiamento de forma individual. Após o término do beneficiamento é realizada a classificação completa da bebida. “Todos os parceiros têm a oportunidade de ganhar com a venda em suas propriedades do Café Mata Atlântica, que é torrado e embalado”, conta o idealizador do projeto.

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TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação