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BSCA inclui Região Vulcânica no mapa de origens produtoras de café do Brasil

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) adicionou uma nova região ao mapa de origens produtoras de café do Brasil: a Região Vulcânica. Seu terroir singular é dado pela caldeira de um vulcão extinto há 60 milhões de anos, que serviu para definir uma área de solo vulcânico entre o sul de Minas Gerais e o nordeste do estado de São Paulo.

Atualmente, o território é composto por 12 municípios, sendo os mineiros Andradas, Ibitiúra de Minas, Caldas, Poços de Caldas, Bandeira do Sul, Campestre, Botelhos e Cabo Verde, e os paulistas Águas da Prata, São Sebastião da Grama, Divinolândia e Caconde. Ao todo são mais de 12 mil pequenos produtores que cultivam o fruto.

Ulisses Ferreira, diretor executivo da Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica, fundada em 2012, comemora a novidade: “Ver a Região Vulcânica no mapa das origens da BSCA é motivo de muito orgulho e felicidade. É sinônimo de reconhecimento de dez anos de trabalho. São produtores que estão investindo há mais de 10 anos neste projeto, valorizando e unindo a cafeicultura da região, que é uma cafeicultura tradicional, com fazendas centenárias”.

Ele explica que a inclusão pode auxiliar no crescimento e fortalecimento da produção regional, com destaque cada vez maior para os cafeicultores. “É motivo de satisfação e também de esperança que, com este reconhecimento, possa vir um segundo passo, que é a abertura de mercado, principalmente para exportação”, comenta.

Na xícara, os cafés cultivados em solo vulcânico apresentam sabor característico de frutas amarelas, caramelo e chocolate; aroma de frutas amarelas e chocolate; corpo alto, com textura sedosa; acidez cítrica, brilhante e intensa; e finalização média e doce. “Que possam reconhecer a Região Vulcânica como origem de cafés especiais e que tenhamos demandas cada vez maiores por cafés com selo de origem, para que a gente possa atender mercados exigentes e que estejam procurando valorizar o produtor e o trabalho que está sendo feito aqui. Este é o próximo passo que a gente espera. Tenho certeza que a visibilidade do mapa da BSCA trará essas oportunidades. Já está trazendo”, finaliza Ulisses.

Agora, o mapa de origens produtoras de café do Brasil da BSCA conta com 34 regiões pertencentes aos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rondônia, Ceará, Goiás, Pernambuco, Acre e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Clique aqui para conferir.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Vitor Barão

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Colômbia se destaca mundialmente na produção de café

O café tem papel chave na economia agropecuária e nos resultados anuais do PIB da Colômbia, país que se posiciona como o terceiro maior produtor de café do mundo. Dados mais recentes da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia revelam que a produção atingiu 4,5 milhões de sacas no período entre janeiro e maio de 2022.

Cultivando a espécie arábica, a Colômbia se destaca nesse mercado concorrido por sua origem, técnica de plantio e qualidade, frutos de investimentos permanentes e também do clima favorável. Conheça alguns dos tipos de cafés produzidos no país:

Café de Origem Cauca: A região montanhosa e vulcânica do Maciço colombiano faz de Cauca o cenário ideal para 95 mil cafeicultores colherem café de alta altitude, suave e rico em nutrientes, com um aroma característico de caramelo pronunciado.

Café de Origem do Santander: O clima temperado/seco e a alta radiação solar fazem deste departamento, pioneiro no cultivo do café, um local perfeito para produzir um café com aroma e fragrância pronunciados, acidez média e corpo alto. Além disso, as florestas nativas da região imprimem notas de ervas e sensações cítricas à bebida, nativa de 69 municípios de Santander.

Café de Origem da Huíla: Vales férteis e vulcões cobertos de neve oferecem os nutrientes necessários para que o café possa ser cultivado neste departamento durante todo o ano. São 67 mil as famílias cafeicultoras que produzem o Café de Origem Huila, caracterizado por seu aroma forte, acidez média/alta e corpo médio.

Origem Café de Antioquia: Nesta área de diversidade geográfica e climática, 92 mil famílias cafeicultoras produzem uma grande variedade de café em pequenas parcelas. O Café de Origem de Antioquia é reconhecido por ser uma bebida com notas doces, aroma levemente sulfuroso e herbal, acidez e corpo médios.

“A Colômbia é considerada uma despensa agrícola do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a expansão das terras cultiváveis ​​destinadas à produção de alimentos continuará aumentando. Nos próximos 30 anos, os países em desenvolvimento precisarão de mais 120 milhões de hectares para cultivos”, assegurou Flavia Santoro, diretora da ProColombia, que faz parte do Governo e do Ministério de Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia.

Ainda segundo ela, a FAO prevê que, até 2030, a população mundial ultrapassará 8,3 bilhões de habitantes, o que implicará em um aumento de 50% no consumo de alimentos, 30% no consumo de água e 45% no consumo de energia. Cerca de metade das terras que poderiam entrar na produção agrícola está localizada em 7 países tropicais: Angola, Argentina, Bolívia, Colômbia, Brasil, Congo e Sudão. A Colômbia tem potencial de crescimento em sua fronteira agrícola para o desenvolvimento sustentável das atividades agrícolas, já que atualmente usa cerca de 20%.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

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São Paulo Coffee Festival recebe exposição “Imigrantes do Café”

Entre 24 e 26 de junho, os coffee lovers terão a oportunidade de compreender um pouco mais sobre a trajetória dos migrantes que saíram de seus países de origem rumo às fazendas de café, e como esse importante fragmento da história influenciou na formação de uma identidade paulista. Realizada pelo Museu do Café, em parceria com o Museu da Imigração, – instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – a Imigrantes do Café levará ao prédio da Bienal registros e testemunhos conduzidos pelos acervos museológicos, iconográficos e de história oral, preservados por ambos os equipamentos. A exposição, que ficará na entrada do São Paulo Coffee Festival, evento que acontece pela primeira vez presencialmente na capital paulista, faz parte das comemorações do CentFest, que marcam os 100 anos do palácio da Bolsa Oficial de Café, sede do MC.

A narrativa acompanha o caminho e as memórias desses migrantes, partindo da motivação pela busca de uma vida melhor, passando pelas etapas da viagem de navio, do Porto de Santos e do cotidiano da Hospedaria de Imigrantes do Brás, local que acolheu cerca de três milhões de migrantes e encaminhou esses trabalhadores para as plantações, definindo o futuro do produto que mudou o cenário econômico brasileiro: o café.

A mostra contextualiza ainda a presença dos italianos nesse processo migratório, uma vez que, essa nacionalidade, entre 1887 e 1900, soma mais de 70% dos registros de chegada de estrangeiros no Brasil. Com financiamento do governo, pessoas de mais de 70 países tiveram a antiga Hospedaria como ponto de partida para uma vida nova e desconhecida rumo ao interior. A mescla socioeconômica e de origem desses milhões de migrantes resultou em experiências diversas no dia a dia das fazendas e nas pequenas povoações do seu entorno, bem como no encontro de trabalhadores urbanos e rurais com bagagens culturais e anseios distintos.

Com importância fundamental na preservação do patrimônio cafeeiro e migrante para a construção da nossa história, o Museu do Café, localizado em Santos, mostra ao público como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão ligados, desde meados do século XVIII até os dias de hoje, e o Museu da Imigração guarda a história das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria do Brás, fomentando o diálogo sobre os deslocamentos como um fenômeno contemporâneo.

São Paulo Coffee Festival

Com o objetivo de celebrar a cultura da bebida na capital paulista, além de incentivar os negócios do setor, como cafeterias, torrefações e produtores, o São Paulo Coffee Festival realiza a sua primeira edição entre 24 e 26 de junho, na Bienal do Parque Ibirapuera. Com degustações ilimitadas de cafés, o evento reunirá gastronomia, coquetéis, música e arte em uma programação voltada, principalmente, para os apaixonados pela bebida.

Mais informações e ingressos: www.saopaulocoffeefestival.com.br

TEXTO Redação • FOTO Museu do Café

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Já ouviu falar da “Geada Negra”?

Em 18 de julho de 1975, a geada atingiu principalmente os moradores do Norte do Paraná e queimou quase todas as plantações da época. A temperatura chegou a 6 graus negativos! O café, principal produto agrícola do estado, foi exterminado.

Dados mostram que naquele ano, antes da geada, o Paraná havia colhido 48% da produção brasileira de café, ou seja, era o principal estado produtor, e a geada mudou a história paranaense.

Muitos tiveram que buscar alternativas. Depois de longos anos, a região conseguiu se reerguer e voltar a produzir café. Ganhou mais destaque quando, em 2012, o café do Norte Pioneiro conquistou selo de Indicação de Procedência!

Segundo o Sebrae Paraná, a região tem grande potencial para a produção de cafés especiais em função dos solos de origem vulcânica e do clima subtropical. A temperatura média anual varia entre 19 e 22 graus, resultado da combinação entre altitude e latitude local, ideal para os grãos arábicas, que se destacam pela doçura e pela acidez cítrica.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

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32º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café está com inscrições abertas até 9 de setembro

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Nesta segunda-feira (6), a empresa italiana illycaffè anunciou o 32º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso. As inscrições e envio das amostras devem ser realizadas até o dia 9 de setembro de 2022.

Na Categoria Nacional, serão selecionados 40 produtores finalistas, que concorrerão aos seis primeiros lugares. Desses seis, os três primeiros ganharão uma viagem ao exterior para participar do 8º Prêmio Ernesto Illy Internacional em 2022, além de prêmios em dinheiro e diplomas.

Já na Categoria Regional, serão premiados até dois cafeicultores em cada um dos 10 Estados/Regiões, sendo: Minas Gerais (subdividido em Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas); São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e as regiões Centro-Oeste, Sul e Norte/Nordeste. Todos os vencedores e finalistas recebem prêmios em dinheiro e diplomas.

A ficha de inscrição e o regulamento completo para o 32º Prêmio estão disponíveis no site do Clube illy do Café. O cafeicultor pode inscrever apenas uma amostra de café arábica. Se a propriedade rural possuir mais de um sócio, as amostras deverão ser inscritas em nome do sócio responsável na receita estadual.

Os especialistas da Experimental Agrícola do Brasil/illycaffè compõem a comissão julgadora responsável pela seleção dos cafés. A análise para a classificação é realizada considerando o aspecto, cor, tipo, peneiras, teor de umidade, torração e pela qualidade da bebida, inclusive com degustação para espresso. Durante o período de inscrição, o produtor poderá vender o lote inscrito e aprovado para a Experimental Agrícola do Brasil/illycaffè desde que a mesma demonstre interesse, conforme suas normas de compra, também informadas no site do Clube illy.

Endereço para envio da amostra e inscrição
Experimental Agrícola do Brasil Ltda
Rua Dr. Nicolau de Souza Queiroz, 518 – Vila Mariana
CEP 04105-001 – São Paulo/SP – e-mail: compras@illy.com

Cronograma
32º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso
Inscrições: até 9 de setembro de 2022
Data limite de entrega dos últimos lotes inscritos: 6 de outubro de 2022
Divulgação dos 40 finalistas: novembro de 2022
Revelação dos vencedores e entrega dos prêmios aos finalistas: abril de 2023
Mais informações: https://clubeilly.com.br/premiacoes/premio-ernesto-illy/sobre-o-premio/

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Inscrições abertas para 5º Concurso Florada Premiada da 3corações

Na última sexta-feira (3), a 3corações anunciou a 5ª edição do Concurso Florada Premiada, que busca incentivar e premiar mulheres cafeicultoras de diversas regiões brasileiras. Neste ano, a iniciativa vai além e traz uma novidade: além do arábica, a participação no concurso também está aberta às produtoras de café canéfora! As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Ao todo, são mais de R$ 150 mil em premiações e, para as grandes campeãs da edição e vencedoras regionais, o concurso oferece a compra do lote completo pelo dobro da cotação de mercado. Além disso, os 100 melhores microlotes também podem ser comercializados com a 3corações por R$ 300 acima da cotação. As campeãs ganharão uma viagem (missão técnica) para outro país cafeicultor com tudo incluso e direito a um acompanhante. Todos os microlotes são oferecidos aos consumidores brasileiros em embalagens personalizadas com foto, história, assinatura da cafeicultora e descrição completa do café.

“O Projeto Florada é uma grande obra que estará sempre em construção, pois trata-se de um projeto de longo prazo em que criamos laços duradouros com as produtoras do Brasil e com toda a cadeia do café. O Concurso Florada Premiada é uma importante iniciativa para reconhecer e valorizar o trabalho das cafeicultoras e, também, para proporcionar aos consumidores uma nova experiência com raros cafés que carregam histórias únicas por trás de cada xícara. E 2022 será um grande ano! O nosso convite é para todas as mulheres produtoras de cafés especiais do Brasil, seja o café 100% arábica ou 100% canéfora”, disse Pedro Lima, presidente do Grupo 3corações.

O regulamento completo está disponível no site do Projeto Florada e no site da BSCA. O 5º Concurso Florada Premiada acontece em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) e Sílvio Leite, referência mundial em qualidade do café.

Mais informações: Patrícia Carvalho – patricia_solo@3coracoes.com.br ou (11) 94502-6654

TEXTO Redação • FOTO Vitor Barão

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Expocaccer promove curso de classificação e degustação de cafés neste sábado (4)

Neste sábado (4), a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer) realiza o Curso de Classificação e Degustação. O conteúdo será totalmente prático e com ênfase na identificação e classificação dos grãos defeituosos, analisando a causa, os efeitos e as formas de prevenção de possíveis defeitos. Outro aspecto a ser abordado é sobre os efeitos do manejo dentro da fazenda.

De acordo com a Q-Grader e Classificadora da Expocaccer, Rosângela Soares, o curso de classificação e degustação é muito importante para que o produtor ou funcionário da fazenda estejam atentos e alinhados sobre prováveis formações de defeitos. “De forma prática, vamos conhecer as causas dos defeitos dos grãos e aprender como fazer para amenizá-los, melhorando a qualidade do café e consequentemente o preço dele”, destaca.

As vagas são limitadas e os interessados poderão se inscrever até o dia 3 de junho, através do e-mail contato@expocaccer.com.br. As inscrições terão um investimento de R$ 50 e os valores arrecadados serão doados para a Casa do Idoso de Patrocínio (MG). 

Serviço
Curso de Classificação e Degustação Expocaccer
Quando: 4 de junho (sábado)
Horário: 8h30 às 12h
Inscrições: contato@expocaccer.com.br   

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Exclusiva: Nescafé destaca ações realizadas para auxiliar cafeicultor em produção mais sustentável

Agricultura regenerativa e futuro da cafeicultura brasileira são alguns temas que vêm sendo debatidos ao longo dos últimos meses. A Nescafé tem apostado nisso e, para saber mais, o CaféPoint em contato com a gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé, Taissara Martins, para entender sobre o projeto.

Taissara Martins, gerente de marketing e sustentabilidade de cafés da Nestlé

Ela explica que a agricultura regenerativa é um braço da prática agrícola que defende a possibilidade de devolver à terra mais do que se retira dela, ou seja, produzir enquanto se recupera, preservando o meio ambiente, restaurando áreas degradadas, protegendo a biodiversidade e aumentando a produtividade, enquanto se diminui o balanço de emissões de gases de efeito estufa.

“A agricultura regenerativa se baseia em seis principais pilares: a conservação e proteção do solo, o uso racional da água, a promoção da biodiversidade, o plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, o uso de variedades resistentes, a diminuição de adubos e fertilizantes químicos e a garantia de uma renda digna aos produtores e trabalhadores rurais”, comenta.

Em relação às iniciativas da Nescafé sobre a sustentabilidade, Taissara destaca que existe uma série de iniciativas que visa o cuidado ambiental e ações para toda a cadeia: “Há 10 anos temos o Programa ‘Cultivado com Respeito’, com o objetivo de ter uma produção de café que respeita o meio ambiente e quem produz e toma o café. Hoje, por exemplo, existe o ‘Nescafé Origens do Brasil’, uma marca idealizada para liderar todas as mudanças necessárias em termos de sustentabilidade. A meta é ser a primeira marca carbono neutro do Brasil de café solúvel e para o coado. Para alcançar o objetivo, realizamos ações focadas na agricultura regenerativa, como o Projeto Regenerar, cujo foco é transformar as fazendas parceiras da marca em fazendas-modelo 100% carbono neutro”.

Taissara destaca que outra iniciativa que merece ser compartilhada é uma ação de reflorestamento da Mata Atlântica já feita por uma única empresa em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica. A iniciativa traz o comprometimento de plantar uma árvore nativa a cada embalagem de Nescafé Origens do Brasil vendida, ajudando a recuperar mais de 1.200 hectares de floresta.

“Existe muita tecnologia quando falamos de café sustentável e regenerativo. Pode existir uma falsa impressão que o regenerativo é para o produtor pequeno, de colheita manual, de baixa produtividade. E está longe disso. Hoje, nossas fazendas regenerativas produzem mais do que o dobro da média brasileira, e emitem cinco vezes menos gases de efeito estufa. Temos fazendas que usam energia solar para funcionar, possuem fábricas biológicas que substituem com sucesso defensivos químicos, usam drones para identificar doenças, plantam variedades mais resistentes que exigem menos insumos. São tecnologias reais e que já estão disponíveis para a cafeicultura brasileira”, afirma.

A Nestlé conta com o Programa Cultivado com Respeito no qual apoia o produtor de café em uma jornada de evolução para grãos de excelente qualidade e verdadeiramente sustentável. “Hoje, mais de 1.100 produtores fazem parte deste programa. Temos muito orgulho de estarmos há mais de uma década apoiando o produtor de café brasileiro”, comemora.

No mês de abril, a marca lançou o Nescafé Origens do Brasil Colmeia. Taissara explica que o produto surgiu do desejo diário de oferecer às pessoas um café de excelente qualidade e ainda contribuir com a agricultura regenerativa, unindo natureza e traduzindo, de uma forma simples, o poder de um café absolutamente sustentável.

Nescafé Origens do Brasil Colmeia

“Nos unimos à startup AgroBee e às 35 famílias de agricultores que já trabalham com a Nestlé para criar um novo coletivo de produção de café que tem as abelhas como protagonistas e traz nas prateleiras dois produtos incríveis: mel e café. Como esse mel só é produzido na florada do café, não conseguimos oferecê-lo o ano todo. Além disso, esse mel vem das mesmas fazendas em que o café foi produzido. Então coordenamos tempos e movimentos de tal forma que esse processo natural, que já estava programado para acontecer, ocorresse resultando nesse produto final”, conta. 

A gerente de marketing e sustentabilidade explica que as práticas regenerativas irão continuar, o que significa que ainda haverá fazendas com caixas de abelhas instaladas. “Mas, como regenerar também é respeitar o tempo da natureza, só saberemos se teremos uma nova edição, quando tivermos a florada do café”, finaliza. 

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

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Vamos colher café? 15ª edição do Sabor da Colheita acontece na capital paulista no dia 21 de maio

Você sabia que o dia 24 de maio marca o início da colheita de café no Brasil? A Secretaria de Agricultura de São Paulo e o Instituto Biológico, em parceria com a Nescafé, celebram esse marco com o evento Sabor da Colheita, que será realizado neste sábado (21), a partir das 9h.

O local escolhido é o Instituto Biológico (IB-APTA), que desde o início de 2021 recebe o apoio da Nescafé, e abriga o maior cafezal urbano do mundo, bem no coração de São Paulo. O ambiente oferece à comunidade aprendizados sobre café, agricultura regenerativa e de baixo carbono, e uma série de experiências imersivas, que vão de bate-papos sobre métodos de preparo e degustação, à colheita dos grãos.

Como parte das comemorações do Dia Nacional do Café, comemorado em 24 de maio, a 15ª edição do evento oferecerá aos convidados um verdadeiro tour pelo cafezal, que reúne cerca de 500 pés de café, para mostrar, na prática, o trabalho de milhares de cafeicultores pelo Brasil. Esse passeio será acompanhado por especialistas que auxiliarão na colheita seletiva dos grãos maduros. Os frutos colhidos serão beneficiados, torrados e encaminhados ao Fundo Social de São Paulo (FUSSP).

O Sabor da Colheita dará aos convidados a oportunidade de conhecer mais sobre a cafeicultura do futuro, pautada na agricultura regenerativa, que tem como premissa produzir ao mesmo tempo em que se cuida do planeta, do solo e respeita o tempo da natureza.

O evento também será uma celebração às abelhas, já que em 20 de maio é comemorado o Dia Mundial das Abelhas, e um pilar importante da agricultura regenerativa é a biodiversidade. Para isso, haverá uma oficina especial para conhecer mais sobre a polinização na natureza e nos cafezais, além de uma degustação de Nescafé Origens do Brasil Colmeia, um café especial com grãos polinizados por abelhas.

Os participantes também aprenderão sobre métodos de preparo com baristas, conhecerão diferentes tipos de cafés e poderão fazer uma pausa nos balcões de cafeicultores que mostrarão cafés brasileiros, à disposição para serem saboreados. 

Programação
9h às 10h – Café da manhã oferecido ao público
10h – Conversa com o Secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a diretora geral do IB, o coordenador da APTA, o vice-presidente de Assuntos Públicos da Nestlé e a gerente de Sustentabilidade de Cafés da Nestlé
11h – Oficinas: colheita de cafés, degustação
12h – Encerramento

A entrada é gratuita e não é necessária inscrição prévia. As máscaras estão liberadas conforme legislação estadual, mas será exigido o comprovante de vacinação. Neste dia, em função do grande número de participantes, não será possível usar o estacionamento do IB. A estação Ana Rosa do Metrô fica próxima e existem linhas de ônibus que passam em frente. 

Serviço
Sabor da Colheita do Café
Quando: 21 de maio
Horário: 9h às 12h
Onde: Instituto Biológico – Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252 – Vila Mariana

TEXTO Redação • FOTO Gabriela Kaneto

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Daterra Coffee é a nova integrante da plataforma colaborativa do Consórcio Cerrado das Águas

No mês de abril deste ano, a plataforma colaborativa do Consórcio Cerrado das Águas ganhou reforço. A Daterra Coffee, empresa referência em produção sustentável e exportação de cafés, se une às demais empresas Nespresso, Nescafé, Lavazza, Expocaccer, Cofco, Volcafe, Stockler, Cooxupé, para trabalhar, conjuntamente, com produtores rurais na implementação de estratégias para uma agricultura climaticamente inteligente e, assim, construírem paisagens produtivas sustentáveis.

Antes de integrar a plataforma como membro associado, a Daterra já era uma parceira. No ano de 2021, a empresa destinou 30 mil mudas de árvores nativas para o Consórcio Cerrado das Águas, por meio de seu projeto Tree-llion Project, o qual tem como meta plantar, até 2030, 20 milhões de árvores. Com a parceria firmada, os objetivos sustentáveis foram alinhados. Hoje, a empresa, que é uma das pioneiras em cafeicultura sustentável, fortalece a plataforma colaborativa.

“Para a Daterra participar de uma plataforma como essa significa muito e nos enche de orgulho. Mais do que orgulho, nos sentimos responsáveis por somar a um projeto tão bacana, por poder compartilhar e trocar conhecimento com quem está no Cerrado, com quem tem uma especialidade que é esse entendimento que o Consórcio tem, que é tanto da vegetação, passando pela parte hídrica, quanto da parte de produção. Essa visão holística que o Consórcio traz, de integração da vegetação, da água e da produção, é muito importante e relevante. Ter essa visão do todo, do sistema holístico, faz muita diferença”, afirma Isabela Pascoal Becker, diretora de sustentabilidade da Daterra Coffee.

A Daterra foi a primeira fazenda de café certificada pela Rainforest Alliance do Brasil e é considerada a mais sustentável do Brasil. O fato de estar com outras empresas do mesmo segmento para promoção do bem coletivo é algo que fortalece o propósito do Consórcio e os objetivos da Daterra Coffee, como considera Isabela: “O fato de ter outras empresas do café na plataforma, no meu ponto de vista, tem que haver mais, um monte delas, pois, o tipo de desafio que a gente enfrenta com as mudanças climáticas é maior do que pensar em concorrência, pois se não cuidarmos do planeta, não haverá concorrência, muito menos sobrevivência. A plataforma deve ser um espaço apartidário, em que o foco proposto é melhorar o planeta e melhorar o meio ambiente onde produzimos café”, avalia.

Junção de esforços para o bem coletivo

O que uniu a Daterra Coffee e o Consórcio Cerrado das Águas, em 2021, converge esforços para tornar a cafeicultura mais forte e preparada para o futuro, contribuindo com sua melhoria por meio de práticas agrícolas sustentáveis e inteligentes, algo que a diretora de sustentabilidade enxerga com bons olhos e reitera a relevância do trabalho que vem sendo realizado.

“Percebo que o Consórcio Cerrado das Águas será cada vez mais relevante, cada vez mais essencial. A demanda pela prestação de serviço que é realizada hoje precisa e deve aumentar, porque a gente pensa sempre que o produtor, ou que o dinheiro, resolve muita coisa, mas, na verdade, o dinheiro sem conhecimento, sem técnica, sem exemplo, sem pegar na mão e explicar o que proporciona o resultado de todas essas iniciativas, não consegue fazer toda a diferença. Os depoimentos dos produtores trazem toda a verdade e podemos mensurar os resultados quando eles relatam que nasceu floresta onde antes não existia. A natureza fica brava quando nos descuidamos dela, mas quando cuidamos, ela nos presenteia. Assim, precisamos de mais iniciativas como o Consórcio Cerrado das Águas, seja no Cerrado ou em outras áreas”, finaliza Isabela. 

Sobre o Consórcio Cerrado das Águas

Criado em 2015, em Patrocínio (MG), o Consórcio Cerrado das Águas tem como objetivo conscientizar produtores da região sobre a importância de seus ativos ambientais por meio do diagnóstico e investimento nos mesmos, garantindo sua preservação a longo prazo.

A iniciativa possui como membros associados as seguintes empresas: Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafe, Stockler, Daterra Coffee, além das instituições apoiadoras como Federação dos Cafeicultores do Cerrado, CerVivo, Imaflora e Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB).

Em 2019, o projeto piloto recebeu do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF) o valor de US$ 400 mil para implementar o programa que irá promover, inicialmente, o investimento e a proteção dos ecossistemas naturais encontrados em mais de 100 propriedades ao longo da bacia do Córrego Feio. A quantia é o maior subsídio já concedido pelo CEPF, que conta com exigentes doadores como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), União Europeia, Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Governo do Japão e Banco Mundial.