Barista

SCA anuncia locais e datas dos Campeonatos Mundiais de Barista e Latte Art de 2026

A Specialty Coffee Association (SCA) anunciou os locais de duas modalidades dos campeonatos mundiais de barismo em 2026: a World of Coffee Panamá será sede da disputa de Barista, entre os dias 23 e 25 de outubro, e a World of Coffee San Diego, nos Estados Unidos, receberá a competição de Latte Art, de 10 a 12 de abril.

A instituição também comunicou nesta semana que sua principal feira nos Estados Unidos, a Specialty Coffee Expo, será rebatizada como World of Coffee a partir de 2026. A última edição com o nome atual acontece agora, entre 25 e 27 de abril, Houston, mas ano que vem desembarca em San Diego já sob a nova marca. A mudança alinha a feira norte-americana à série global World of Coffee, criada em 2010 e realizada em países da Europa, Ásia, América Central e Oriente Médio. A SCA afirma que a transição reforça o compromisso com a internacionalização do setor e busca consolidar o evento como um espaço de união e inovação para profissionais do café em escala global.

Quanto à participação do Brasil nos campeonatos mundiais, Thiago Sabino, da Sabino Torrefação (São Paulo), compete no Campeonato Mundial de Barista de 15 a 17 de maio, na World of Coffee Jacarta, na Indonésia, e Eduardo Olímpio, da Naveia (Curitiba), participa do Mundial de Latte Art na World of Coffee Geneva, na Suíça, de 26 a 28 de junho.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Baristas disputam final da Copa Hario 2025 em São Paulo

Campeão ganha uma viagem ao Japão para disputar a Hario Brewers Cup World Championship e conhecer a fábrica da marca

Na próxima segunda (14), São Paulo sedia a etapa final da Copa Hario Brasil 2025. A disputa acontece na Casa Hario (rua Manuel Guedes, 426 – Itaim Bibi). A marca japonesa levará o vencedor para competir na Hario Brewers Cup World Championship, que acontece na SCAJ 2025 em setembro, em Tóquio, no Japão.

Em março, foram realizadas etapas regionais em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro. Dos 80 participantes, a comissão julgadora selecionou cinco competidores de cada cidade, que agora buscam o título nacional. Para isso, eles utilizarão produtos Hario e o café oficial da edição, escolhido pela organização. Clique aqui e confira os baristas selecionados para a final.

A avaliação, tanto nas fases regionais quanto na final, leva em consideração corpo, doçura, acidez e finalização da bebida, além do cumprimento do tempo limite de execução. Além da viagem, onde também conhecerá a fábrica da Hario, o campeão leva prêmio em dinheiro, assim como o segundo e o terceiro lugares.

TEXTO Redação • FOTO Off Contest

Barista

“Quero ver até onde consigo chegar”, diz Eduardo Olímpio, bicampeão brasileiro de Latte Art

Barista de Curitiba fez os melhores desenhos na etapa nacional e retorna para o mundial da categoria em junho, na Suíça

Por Gabriela Kaneto

No último domingo (6), Florianópolis (SC) acompanhou de perto a final do Campeonato Brasileiro de Latte Art. Eduardo Olímpio, da Naveia, de Curitiba (PR), fez os melhores desenhos com leite e café e tornou-se bicampeão na categoria.

Ele, que já representou o Brasil no mundial de 2023 – em que alcançou a 11ª posição –, comemora por ter a oportunidade de participar da disputa novamente. “Quero explorar o meu limite”, projeta. Leia a entrevista, exclusiva para a Espresso:

Espresso: Qual é a sensação de ganhar, pela segunda vez, o campeonato de Latte Art?

Eduardo Olímpio: É uma sensação maluca. Senti um nervosismo muito grande, acho que até maior do que no meu primeiro campeonato. Mas foi uma sensação muito gratificante, por já ter competido um mundial e agora ter a possibilidade de voltar e competir novamente. Estamos indo mais preparados, eu queria muito ter novamente essa oportunidade 

E: Quais foram os desenhos que você apresentou aos juízes na competição e por que os escolheu? Os três desenhos são criações suas?

EO: A estratégia era trazer desenhos que tinham técnica, mas que fossem visuais. Por isso levei o cavalo, o chimpanzé e o grande urso. Criei dois deles, que é o chimpanzé e o grande urso, e, para o cavalo, usei uma referência de um competidor asiático. 

E: Quais são suas expectativas para o campeonato mundial, em junho? 

EO: Quero ir muito bem! Já estamos pirando e pensando em várias coisas. Queremos mirar o topo, quero explorar o meu máximo. Eu queria muito ter outra oportunidade de competir no mundial para explorar o meu limite e ver até onde eu consigo chegar.

E: Você pretende competir novamente no brasileiro de Latte Art nos próximos anos? E em outras modalidades, tem planos de competir também?

EO: Para mim é muito bom, com certeza vou competir no Latte Art de novo. E se eu fosse competir em uma outra categoria, eu iria talvez para o Brewers. Mas ainda estou pensando a respeito.

Clique aqui e assista à apresentação final de Eduardo Olímpio, no Campeonato Brasileiro de Latte Art.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Arquivo pessoal

Barista

“Isso prova para mim mesmo que eu consigo”, comemora Leo Oliva, vencedor do Coffee in Good Spirits

Barista de Curitiba vence etapa nacional e representa o Brasil no mundial da categoria, marcado para acontecer em junho, na Suíça

Por Gabriela Kaneto

Ontem (6), a cidade de Florianópolis (SC) sediou a final do Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits. A competição, que julga os melhores preparos de bebidas alcoólicas com café, teve como campeão o “baristender” Leo Oliva, do Mykola Bar, de Curitiba (PR), que pautou sua apresentação nas semelhanças entre os processamentos do café e da cachaça. 

Competindo pela segunda vez consecutiva, Oliva levou a melhor após alcançar a terceira posição na edição de 2024. “É muito gratificante poder estar no pódio”, comemora. Agora, a disputa acontece em Genebra, na Suíça: o campeão nacional representará o Brasil no mundial de Coffee in Good Spirits marcado para junho, na World of Coffee.

Em entrevista à Espresso, Leo Oliva fala sobre as receitas que criou para o campeonato e seus próximos passos. 

Espresso: Qual é a sensação de ganhar, pela primeira vez, o Coffee in Good Spirits?

Leo Oliva: Eu estou em choque até agora, com cara de choro de felicidade. É muito gratificante poder estar no pódio ao lado de dois caras que tenho como inspiração e referência há tempos [os baristas Daniel Munari e Emerson Nascimento]. Mas, acima de tudo, isso só prova pra mim mesmo que eu consigo. Que eram apenas vozes da minha cabeça que diziam outras coisas. Deu certo!

E: Sobre o drinque gelado, como foi o desenvolvimento da sua receita e o que te fez escolher o café que você usou?

LO: Como era um coquetel em que queria falar sobre a fermentação da cachaça através do café, eu já tinha dois ingredientes obrigatórios, o café e o caldo de cana. A partir daí, pesquisei e provei muitas bebidas que tivessem fermentação para poder contar essa história. E, claro, foram muitos erros e acertos até finalmente achar as melhores combinações.

Neste drinque, extraí um espresso utilizando grãos da variedade arara, fermentados, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, de Ibiraci (MG), na Alta Mogiana, e torrados pelo Lucca Cafés Especiais. Para esta receita, busquei um café no qual a acidez brilhasse, para equilibrar com os ingredientes mais doces.

Além dos drinques quentes e frios de criação própria, Leo Oliva apresentou também sua versão do irish coffee

E: Sobre o drinque quente, como você chegou à receita final e por que escolheu ela para apresentar aos juízes?

LO: No meu coquetel quente, eu precisava falar sobre a destilação da cachaça. É nesta etapa que a cachaça passa a existir. Por isso, busquei as melhores cachaças para essa história. Um dos meus ingredientes eu queria muito que, de alguma forma, fosse destilado por mim, até que lembrei de uns estudos e testes de destilação a frio em cajuína que estive desenvolvendo. Ela foi perfeita para amarrar tudo o que faltava. Sinceramente, foi o meu drinque favorito.

Usei um catuaí vermelho IAC 99, de fermentação natural, cultivado pelo produtor Gabriel Nunes em Patrocínio (MG) e também torrado pelo Lucca Cafés Especiais. Quando provei este café, eu e a Amanda Albuquerque [coach de Leo Oliva na competição] nos olhamos e falamos: “é esse!”. Ele entrega todo o corpo e a doçura que eu precisava, juntamente com as notas tártáricas.

E: Quais são suas expectativas para o campeonato mundial em junho?

LO: Confesso que não parei muito para pensar nisso, mas comecei a me preparar no mesmo dia. Com certeza o Brasil será bem representado e vai ser incrível.

Clique aqui e assista à apresentação final de Leo Oliva, no Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

Barista

Curitiba domina pódios dos Campeonatos Brasileiros de Latte Art e CIGS

Pódio do Campeonato Brasileiro de Latte Art

Florianópolis (SC) sediou, de 4 a 6 de abril, duas modalidades dos campeonatos brasileiros de barista. Realizadas pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) no Shopping Oka Floripa, as disputas de Latte Art e Coffee in Good Spirits contaram com baristas da cena de Curitiba (PR) no topo dos pódios: Eduardo Olímpio e Leo Oliva.

A competição que avalia as técnicas na execução de desenhos com leite e café contou, este ano, com 16 participantes. Além de Olímpio, os baristas Isis Correa, Joabner Santana, Tiago Rocha, Vinicius Dias e Wesley Oliveira classificaram-se para a final, que foi disputada no domingo (6). Eduardo Olímpio, da Naveia, levou a melhor e tornou-se bicampeão da categoria, seguido por Tiago Rocha (Naveia, de Curitiba), em segundo, e Vinicius Dias (Over Coffee Roasters, de São Paulo), em terceiro.

Pódio do Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits

Já a disputa de drinques alcoólicos com café contou com 11 baristas na arena. A final foi composta por Leo Oliva, Daniel Munari, Emerson Nascimento, Gustavo Leão, Lucas Almeida e Lucas Biss. Após alcançar a terceira colocação em 2024, Leo Oliva, do Mykola Bar, conquistou o primeiro lugar neste ano. Na sequência vieram dois nomes de peso: em segundo, Daniel Munari (Royalty Quality Coffee, de Curitiba), vencedor em 2023 e em 2024, e, em terceiro, Emerson Nascimento (Coffee Five, do Rio de Janeiro), que já levou o troféu nos anos de 2017 e 2020.

A próxima etapa acontece de 26 a 28 de junho, quando os campeões nacionais representarão o Brasil nos Campeonatos Mundiais de Latte Art e Coffee in Good Spirits, que acontecem na World of Coffee, em Genebra, Suíça.

TEXTO Redação • FOTO BSCA

Barista

“É a realização de um sonho”, diz Thiago Sabino, novo campeão brasileiro de Brewers

Por Gabriela Kaneto

No último sábado (22), o Brasil conheceu o seu novo campeão nacional de Brewers. Thiago Sabino, da paulistana Sabino Torrefação, destacou-se entre 23 competidores e levou a melhor no preparo de café filtrado. “Sempre tive muita vontade de ganhar este campeonato. É a realização de um sonho”, disse em entrevista à Espresso.

O barista veterano já foi campeão brasileiro de Barista e chegou a competir no mundial em 2018. Agora, Sabino voltará aos palcos internacionais no Campeonato Mundial de Brewers, que acontecerá na World of Coffee, entre 15 e 17 de maio, em Jacarta, na Indonésia.

No bate-papo com a Espresso, ele comenta sobre a sua apresentação, os desafios em sua jornada de treinos e a alegria de conquistar mais um título. 

Espresso: Como você escolheu o café para sua apresentação no Campeonato Brasileiro de Brewers?

Thiago Sabino: Eu sempre gostei muito do trabalho dos geneticistas e essa não é a primeira apresentação em que falo sobre eles. Falei também no meu campeonato mundial, em 2018. Eu queria voltar a competir e mostrar, aqui no Brasil, a importância dos geneticistas na história do café. E como sou muito amigo do Pedrinho [o produtor Pedro Brás], ele me apoiou e começamos a estudar algumas fermentações. 

O Pedrinho tem cultivo de catuaí amarelo que, como eu falei na apresentação, é uma variedade criada aqui no IAC [Instituto Agronômico de Campinas], em 1945. Depois de quatro anos testando as fermentações, neste ano deu muito certo, inclusive com um café da safra nova. Quando a gente pôs o café na boca, falamos: “esse café é de competição. É o café certo pra gente conseguir fazer jus ao trabalho dos geneticistas”. 

E: Qual foi o método de preparo escolhido e como foi o desenvolvimento para chegar na receita final?

TS: O método que eu escolhi foi o graycano, um método fabricado na Alemanha. Eu achava ele muito bonito, mas não tinha acesso aqui no Brasil. Então mandei mensagem pro pessoal de lá contando sobre a minha história, e eles me mandaram um para testar. No ano passado, eu usei ele no Brewers e chegamos a usar o mesmo café também, só que a fermentação deste ano ficou muito melhor do que a do ano passado. Então, desde o último ano, eu já vinha fazendo alguns testes com graycano e outros métodos.

A minha proposta era entregar um café sem agitação. Eu faço alguns estudos sobre o assunto e com muita agitação você tem perda de temperatura, além de extrair muitos sólidos que acabam trazendo gostos negativos pro café. Como o gryacano tem umas ranhuras internas em formatos de V, usei um fluxo contínuo, com o gotejador The Gabi. Esse fluxo contínuo através do The Gabi, mais esses formatos em V dentro do graycano, geram uma pequena agitação, mas consigo ter consistência nas três bebidas que eu entrego pros juízes. As agitações são iguais, o tempo de fluxo de queda é igual e consigo manter a mesma temperatura. Por não ser uma agitação grande, tenho menos sólidos e consigo uma bebida com mais sabor. Então o graycano e o The Gabi casaram com o meu estudo de fluxo contínuo. Com graycano, o meu café bebeu muito melhor do que nos outros métodos que eu testei.

E: Para você, o que significa ganhar o Campeonato Brasileiro de Brewers, depois de sete anos do seu último título nacional?

TS: O primeiro significado é a realização de um sonho. Sempre tive muita vontade de ganhar um campeonato de Brewers. Por mais que as pessoas talvez não acreditem, eu acho ele muito mais difícil do que o campeonato de Barista, porque no campeonato de Barista você tem que entregar três bebidas e, mesmo que às vezes você não vá bem em uma, tem mais duas que podem te ajudar a ir para uma semifinal, uma final ou até mesmo ser campeão. Já no Brewers, não. No Brewers você tem a entrega de uma bebida dividida em três juízes e que precisam estar praticamente idênticas uma à outra, o que eu acho muito mais difícil, é uma única chance. 

Eu gosto muito de desafio. Ficava sempre “esse ano eu vou”, só que achava que não estava preparado. E aí, no ano passado, o Hugo [Hugo Silva, amigo e sócio do Thiago na Sabino Torrefação] ficou no meu pé dizendo que agora que as fermentações com o Pedrinho estavam dando certo, eu tinha que colocar esse café à prova. Então foi a realização de um sonho mesmo. 

Depois de muitos anos, entendi que participando de competições eu acabo incentivando outros baristas, além de que ainda tenho um sonho de ganhar um campeonato mundial. E tem uma outra questão, também, que é trazer mais visibilidade para a minha marca, a Sabino Torrefação.

E: Para você, quais foram os maiores desafios nesta competição?

TS: O meu maior desafio nesta competição foi conciliar empresa, família e treinos. Eu tinha um tempo muito curto para treinar, uns horários muito malucos, tipo madrugadas, porque no horário comercial eu tinha que focar na empresa. E também tenho três filhas e precisava focar nelas, conciliando questões de estudo, transporte, lazer, atenção. São três meninas e elas são muito apegadas a mim. Tenho uma novinha de um ano e nove meses, e era praticamente impossível treinar com ela ali comigo, porque ela ficava junto, queria pegar as coisas. Enfim, foi um desafio.

E: Quais as expectativas para o Campeonato Mundial?

TS: Conquistar o título de campeão mundial de Brewers representando o Brasil com muito orgulho, demonstrando  a qualidade dos cafés brasileiros e superando os desafios passados nos outros mundiais que participei, por menos tempo que eu tenha de treino.

E: Você pretende competir novamente nesta e em outras categorias?

TS: Não é uma aposentadoria declarada, mas quero montar uma escola de campeões.

E: Quais conselhos você daria para alguém que quer começar a competir nos campeonatos nacionais?

TS: Conhecimento e técnica. Domine as técnicas de filtragem, aprenda a usar diferentes métodos de filtragem, como hario, chemex, aeropress, greycano, origami, etc. Conheça os cafés, entenda sobre as diferentes origens, processos e características. Entenda também a importância da água, como usar uma água de qualidade e como ajustar a temperatura e a dureza para obter o melhor resultado. Pratique regularmente, treine suas habilidades todos os dias para desenvolver confiança. Estabeleça uma rotina de treinamentos, crie um plano de treinamento para melhorar suas habilidades em áreas específicas. Treine com diferentes cafés e equipamentos, aprenda a se adaptar a diferentes situações e a usar diferentes equipamentos e cafés. Desenvolva suas habilidades para avaliar os cafés e escolher os melhores para a competição, sempre compartilhando com o maior número de pessoas da área. Conheça as regras e os regulamentos para evitar surpresas. Lembre-se de que a competição é um processo de aprendizado e crescimento. Mantenha a calma, a concentração e a determinação, e você estará pronto para enfrentar os desafios.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Thiago Sabino vence competição de café filtrado

Barista da Sabino Torrefação, de São Paulo (SP), levou a melhor entre 23 competidores e representará o Brasil no Campeonato Mundial de Brewers, na Indonésia

Da esquerda para a direita: Daniel Vaz, Thiago Sabino e Gabriel Agrelli

Thiago Sabino é o novo campeão brasileiro de Brewers. O barista competiu a modalidade — que julga o melhor preparo de café filtrado — com outros 22 participantes, em competição realizada de 20 a 22 de março, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), interior de São Paulo.

Representando a Sabino Torrefação, de São Paulo (SP), Sabino disputou a final com outros cinco baristas. O pódio foi composto por Gabriel Agrelli, da Abigail Coffee Co., de Campinas (SP), em segundo lugar, e Daniel Vaz, da Five Roasters, do Rio de Janeiro (RJ), em terceiro.

Com o título nacional em mãos, Sabino representará o Brasil no Campeonato Mundial de Brewers, que acontece na World of Coffee de 15 a 17 de maio, em Jacarta, na Indonésia.

“A medida em que o nível das competições aumenta, a expectativa de uma boa colocação para o Brasil também aumenta”, comenta Vinicius Estrela, diretor-executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), realizadora do evento. “Um excelente competidor, somado a excelência dos cafés especiais brasileiros, nos permite sonhar a cada ano com o crescimento da importância e do reconhecimento do profissional barista e do cafe especial do Brasil”, completa.

O Campeonato Brasileiro de Brewers 2025 é uma realização da BSCA, com promoção da Apex-Brasil e patrocínio do Sebrae. A Espresso&CO foi apoio de mídia.

TEXTO Redação • FOTO BSCA

Barista

Campeonato Brasileiro de Brewers começa nesta quinta (20)

A agenda de competições da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) começa a esquentar já nesta semana, com a realização do Campeonato Brasileiro de Brewers, que acontece de 20 a 22 de março, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior paulista. Confira aqui os competidores da edição.

Em abril, os holofotes se voltam para outras duas disputas importantes: o Campeonato Brasileiro de Latte Art e o Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits, ambos realizados em Florianópolis, de 4 a 6 de abril.

Os vencedores de cada categoria garantem vaga para representar o Brasil nos campeonatos mundiais organizados pela World Coffee Events (WCE), sendo que o campeão de brewers enfrentará a etapa mundial em Jacarta, na Indonésia, entre 15 e 17 de maio de 2025. Já os campeões de latte art e de coffee in good spirits representarão o Brasil nos campeonatos mundiais que acontecem em Genebra, de 26 a 28 de junho. 

Veja a programação:

Campeonato Brasileiro de Brewers
Quando: 20 a 22 de março de 2025
Onde: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Campinas, SP

Campeonato Brasileiro de Latte Art
Quando: 4 a 6 de abril de 2025
Onde: Shopping Oka Floripa, Florianópolis, SC 

Campeonato Brasileiro de Coffee in Good Spirits
Quando: 4 a 6 de abril de 2025
Onde: Shopping Oka Floripa, Florianópolis, SC 

TEXTO Redação

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Campeão mundial Boram Um abre torrefação de cafés no Japão

Com um currículo que soma três títulos nacionais e um mundial no Campeonato de Barista, cultivo de café no Brasil e uma torrefação e cafeteria em São Paulo, o brasileiro inaugura a Ult., sua nova torrefação em Osaka

Por Gabriela Kaneto

Primeiro brasileiro campeão mundial de barista, Boram Um, da cafeteria Um Coffee Co., de São Paulo (SP), expandiu as fronteiras e lançou a Ult. Coffee Roasters, sua nova torrefação na cidade de Osaka, no Japão. A casa foi aberta em janeiro, em sociedade com a brasileira Marcia Yoko, sua mentora na competição, e um sócio local cujo nome não foi divulgado.

Em entrevista à Espresso, o empresário comenta que foram muitas as razões para apostar na Ásia. “O Japão é, de fato, um mercado muito significativo, de altíssima qualidade e expertise. Além disso, Osaka é um hub logístico excelente, com custos baixos de frete para a Ásia toda”, explica. 

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Japão é o quarto principal destino dos grãos brasileiros de qualidade superior ou certificados – em janeiro, importou mais de 67 mil sacas. “Os asiáticos estão cada vez mais consumindo cafés em grãos em casa. Existe uma oportunidade de mercado enorme”, destaca Um.

Café brasileiro do outro lado do mundo

Com foco no interesse dos japoneses, mais da metade da linha da Ult. é de origem brasileira. Os grãos são da Fazenda Um, produção da família do campeão, que tem cafezais em Minas Gerais e no Espírito Santo. “Nosso objetivo é mostrar o nível altíssimo de qualidade dos cafés brasileiros, que dificilmente encontram espaço como single origin no mercado externo”, ressalta ele, que desenvolve os perfis de torra ao lado da equipe. 

Para Boram Um, ter uma torrefação no Japão com 60% de cafés brasileiros “causa um impacto positivo no mercado e na percepção de qualidade”. Hoje, além das opções made in Brazil, o Instagram da casa divulga um segundo blend, com grãos da Costa Rica, Honduras e Brasil. A intenção é expandir o leque e trabalhar com produtores de outras origens, como Panamá.

Prove antes de levar

Seguindo o conceito de roastery/bean shop, os cafés da Ult. são servidos no espresso e no coado. A ideia é que o cliente possa prová-los para decidir qual prefere levar para casa. “Temos um sistema automatizado Eversys para o espresso. Servimos, também, cafés coados na hora, onde todo o nosso cardápio de grãos está disponível”, explica. 

Por enquanto, os cafés da Ult. estão disponíveis apenas na loja física. Mas os consumidores brasileiros podem se animar: em breve, os grãos serão vendidos on-line e entregues, também, fora do Japão.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Divulgação

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Casa Hario oferece workshops sobre preparo de café

Localizada em São Paulo (SP), a Casa Hario, primeira e única cafeteria da marca japonesa Hario no mundo, oferece três workshops que abordam o preparo da bebida. Ministradas pela educadora e mestre de torra Regina Machado, as aulas acontecem na própria cafeteria, nos primeiros três sábados do mês, com duração de 3h. As vagas são limitadas (de 6 a 8 alunos por turma) e as inscrições podem ser feitas aqui.

Ideal para iniciantes, o workshop “Introdução aos cafés especiais” (R$ 390) mostra as principais diferenças entre cafés tradicionais e especiais, além de ensinar o preparo da bebida nos métodos v60 e switch. Para quem deseja expandir os conhecimentos, o “Mundo café Hario” (R$ 390) explora a teoria e a prática dos métodos, como v60, sifão, french press. Por último, o “Laboratório Hario” (R$ 490) é voltado para aqueles que têm experiência e querem se aprofundar em conteúdos técnicos com foco em ajuste de variáveis, como moagem, temperatura e tempo de preparo. 

Serviço
Workshops Casa Hario
Onde: Casa Hario – rua Manuel Guedes, 426 – Itaim Bibi – São Paulo (SP)
Horário de funcionamento da casa: seg. a sáb., das 9h às 23h; dom., das 11h às 18h
Inscrições: www.eventbrite.com
Mais informações: www.instagram.com/casahario 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação