BaristaCafé & Preparos

SCA discute destino da World of Coffee 2021 à medida que a pandemia persiste

A Specialty Coffee Association (SCA) sinalizou que o futuro da maior feira anual de café da Europa, a World of Coffee, pode não ocorrer em 2021 à medida que a pandemia Covid-19 continua.

É um lembrete macabro da dolorosa duração da pandemia, que eliminou a maioria dos eventos presenciais sobre café em 2020, incluindo o World of Coffee 2020, que aconteceria em Varsóvia, na Polônia, e sua contraparte com sede nos Estados Unidos, a Specialty Coffee Expo.

A World of Coffee está programada para acontecer no mês de junho em Atenas, na Grécia, juntamente com os Campeonatos Mundiais de Café. Na era pré-pandêmica, a feira World of Coffee atingiu mais de 11 mil visitantes, com mais de 240 expositores em Berlim, na Alemanha, em 2019.

Uma carta assinada pelo CEO da SCA, Yannis Apostolopoulos, e enviada aos membros da Associação hoje, afirmou que o grupo está atualmente envolvido em conversas com os parceiros leia mais…

TEXTO As informações são do Daily Coffee News / Tradução Juliana Santin • FOTO Café Editora

Café & Preparos

Um naco e um gole: combinações de queijos e cafés!

Queijo e café formam um par daqueles que dão muito certo e na companhia um do outro ambos ficam muito melhor! E o território nacional está cheio de queijos típicos para ser explorados e degustados ao lado da sua xícara favorita

No início do século passado, o funcionamento da primeira fase da República no Brasil ganhou o famoso nome de “política do café com leite”, quando se alternavam no poder presidentes vindos de São Paulo – o café – e de Minas Gerais – o leite. Mas, pensando gastronomicamente, também ficaria uma delícia se o nome fosse “política do café com queijo”.

A combinação entre esses dois pode não ser familiar principalmente para o brasileiro que vive nos grandes centros urbanos, mas, basta ir a uma fazenda que tenha uma cabeça de gado leiteiro (vaca, cabra, ovelha ou búfala) para que a mesa esteja sempre posta, com o café e o queijo. “Você chega a uma fazenda na Canastra e vai ter sempre uma térmica com café fresco, uma garrafa de cachaça e um queijo novo – nunca um já aberto – para te receber”, contra Bruno Cabral, especialista que toca a loja Mestre Queijeiro, em São Paulo, especializada em queijos artesanais.

Ainda falando de história, o queijo chegou aqui primeiro com as vacas trazidas pelos portugueses. A possibilidade de conservar o leite coalhado e salgado e carregá-lo como alimento durante a exploração do ouro nas Minas Gerais fez com que o gado leiteiro se adaptasse muito bem e transformasse o estado no maior polo queijeiro do País. As regiões do Serro, da Canastra e do Salitre têm seus produtos e feituras reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. E é bem nessa área que o café e o queijo acontecem em conjunto: afinal, tem queijo no Norte, no Nordeste e no Sul, mas por lá o café é muito mais consumido e não necessariamente plantado, já que é planta que funciona entre os trópicos.

“Sempre perto de uma fazenda de queijo aqui na Serra da Canastra tem uma de café”, explica Guilherme Ferreira, do queijo Capim Canastra. Hoje, há algumas propriedades que estão trabalhando ambos os produtos. “Primeiro se trabalha essa parte das características locais de ambos, o que é muito legal. E é curioso, pois em Minas o café da fazenda vem bem adoçado e aí tem o contraste com o salgado do queijo; é um jogo de sabores. Já em outras regiões a tradição de servir o café com um pedaço do queijo é menor mesmo”, explica Fernando Oliveira, da A Queijaria, projeto que valoriza o queijo e produtos nacionais. leia mais…

TEXTO Cintia Marcucci • FOTO Daniel Ozana/Studio Oz

Café & Preparos

Vencedoras do concurso de xícaras do Museu do Café falam sobre processo de criação em live

As vencedoras do concurso “A xícara do Museu”, promovido em 2020 pelo Museu do Café, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, participarão de uma conversa ao vivo no YouTube da instituição. O bate-papo acontecerá na próxima terça-feira (23), às 17h, e será mediado pela ceramista Hideko Honma, que presidiu a comissão de avaliação.

Nadia Saad, ganhadora da categoria conceitual/artística, e Cristina Rocha, vencedora da categoria utilitária/funcional, irão falar como foram os processos de criação das xícaras, a experiência de ingressar nesse projeto e a importância da cerâmica para a cultura, a arte e a história.

Cristina Rocha, vencedora da categoria utilitária/funcional, recebendo o prêmio

Idealizado para comemorar os 22 anos do Museu do Café, o concurso recebeu inscrições de artesãos, artistas e ceramistas do País inteiro. Em outubro, a cerimônia de defesa final aconteceu no edifício da antiga Bolsa Oficial de Café, onde foram divulgadas as peças premiadas.

Mais informações: museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Efeitos na saúde: quer uma boa razão para tomar café?

Não só uma, nós apresentamos várias razões para continuarmos consumindo essa bebida que tanto amamos! Selecionamos algumas informações do capítulo “Café é saúde”, do livro 101 razões para tomar café, escrito por Doutor Darcy Roberto Lima, que era PhD em medicina pela Universidade de Londres, e pesquisou por longos anos os efeitos do café na saúde humana 

Hoje em dia se sabe quase tudo sobre a cafeína. Mesmo assim, muitas pessoas ainda acreditam que o café pode ser prejudicial à saúde, o que é verdade se consumido em doses muito elevadas. Sinais de intoxicação podem ocorrer após a ingestão de vinte a cinquenta xícaras de café de uma vez só. Já a dose capaz de causar a morte em um adulto é de cerca de cem xícaras diárias! Bastante, não? Então fique tranquilo, tomar o equivalente a quatro ou cinco xícaras por dia não é prejudicial.

Agora que sabemos que, em doses moderadas, o café não faz mal, vamos aos benefícios. Tomar café é mais do que um hábito social. Uma pesquisa realizada na Noruega detectou que a maior fonte de antioxidantes na dieta humana é o café, seguido de frutas, chá, vinho, cereais, verduras e legumes. Sabia que as pessoas que ingerem quantidades adequadas de alimentos ricos em antioxidantes têm uma incidência menor de doenças cardiovasculares? 

Além dos antioxidantes, o café contém altos níveis de fibras solúveis dietéticas, ou seja, a ingestão da bebida, com ou sem cafeína, pode estimular os intestinos e o reflexo do estômago, o que aumenta o movimento gastrointestinal. Ainda sobre as fibras, uma delas, muito importante presente no café, é a pectina, que, de acordo com estudos, atua na luta contra o câncer. Além dela, o café tem compostos ácidos clorogênicos antioxidantes, e diterpenos, como o cafestol, que também têm ação anticancerígena. leia mais…

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gustavo Gialuca

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Você sabe o que é um blend de café?

Blend é traduzido como mistura, ou seja, são combinações planejadas de diversos grãos de café. Basicamente é feito com o intuito de misturar as melhores características de cada café para criar bebidas equilibradas e resultados exclusivos.

Segundo o livro Coffee com Tim Wendelboe, muitas torrefadoras vendem blends ao lado de cafés de fazendas ou regiões famosas. Esses últimos são geralmente denominados single origin (única origem). Entretanto, a maioria dos cafés vendidos em supermercados é de blends de grãos de diferentes plantações, regiões e países produtores.

Um dos motivos do blend é a criação, pelo mestre de torra, de um sabor mais complexo a partir da mistura de diversos cafés com diferentes características. Fazer um blend pode ser extremamente desafiador. Ele requer uma boa dose de paciência e referências sensoriais, combinadas com uma visão do sabor que o blend deve ter. Mesmo que você faça um blend de cafés fantásticos, o resultado final pode não ter, necessariamente, um bom sabor. A coisa mais importante quando se faz um blend é saber que os cafés devem complementar-se para que o conjunto final seja melhor do que os componentes individualmente. Você pode, também, ajustar o equilíbrio de sabor num blend com diferentes níveis de torra. Mas, como um blend deve ser torrado?

Alguns dizem que, se torrados juntos, os grãos trocarão calor entre si, produzindo uma torra mais estável. Outros afirmam que torram cafés diferentes individualmente para que eles possam ser corretamente torrados antes de compor o blend. Afinal, o que é melhor? Tim Wendelboe* aponta que, por sua experiência, não se pode sempre torrar cafés diferentes juntos, pois grãos distintos têm tamanhos e densidades diversos, e é por isso que nós, às vezes, precisamos torrá-los individualmente antes de misturá-los. Outras vezes, isso não importa. Novamente, o sabor é o mais importante, e não a teoria.

*Tim Wendelboe é um barista norueguês que venceu diversos campeonatos em seu país. Em 2004 se tornou o campeão Mundial de Barista e, em 2005, venceu o mundial de Cup Tasters (prova do café).  Em 2007 iniciou o seu próprio negócio, que reúne uma cafeteria, um centro de treinamento e uma microtorrefação no bairro Grünerløkka, em Oslo, na Noruega.

TEXTO Redação • FOTO Tim Umphreys

Café & Preparos

Chico César: arte em movimento

Seja em forma de livro, seja de canção, o cantor e compositor faz da poesia um elo para se conectar com o mundo

Farinha, rapadura, arroz e um folheto de cordel. Esses eram os produtos que não podiam faltar na lista de compras que o pai do cantor Chico César levava no bolso, toda semana, quando ia à feira na cidade grande. Natural de Catolé da Rocha, no Sertão da Paraíba, a família de Chico valorizava a cultura em todas as suas manifestações, mas principalmente a popular. “Aos 7 anos, eu já era o encarregado de fazer a leitura do cordel à noite, quando toda a família se reunia à luz da lamparina. Meus pais, minhas irmãs e meu irmão adoravam a minha performance declamando os textos”, relembra.

Aos 6 anos, Chico começou os estudos em um colégio de freiras alemãs que fugiram da II Guerra Mundial. Além das disciplinas tradicionais, como Matemática e Língua Portuguesa, sua grade incluía aulas de Música, nas quais aprenderia a tocar flauta doce. Na sequência, veio o violão. “Eu percorria a cidade sempre pedindo para uma ou outra pessoa me ensinar algum acorde. O violão se tornaria meu instrumento inseparável por toda a vida”, revela.

Dos 8 aos 15 anos, o menino Chico passou a trabalhar numa loja de fotos que também vendia discos e livros. Lá, seria introduzido, pela primeira vez, na arte e na cultura formal. “Conheci de Kraftwerk (renomado grupo alemão de música eletrônica) a Luiz Gonzaga. Lia também João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, José de Alencar. Foi uma oportunidade ímpar ter tantas referências nacionais e internacionais ao meu dispor.”

Já sabendo que era músico de corpo e alma, Chico César entrou em um dilema: como fazer para levar o seu sonho adiante na idade adulta? Para conseguir se sustentar, escolheu uma profissão que também lidava com palavras: jornalismo. “Aos 20 anos, já estava formado e comecei a trabalhar no jornal O Norte, dos Diários Associados – veículo criado por Assis Chateaubriand”, conta. “Na sequência, vim para São Paulo trabalhar como revisor. Mas nunca deixei a música de lado. Estava sempre compondo e fazendo shows.” leia mais…

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Pandemia afeta crescimento das cafeterias no Reino Unido

Foto: Jonas Jacobsson

De acordo com o relatório Project Café UK 2021, as vendas do mercado de cafeterias do Reino Unido sofreu uma queda de quase 40% nos últimos 12 meses por conta da Covid-19. Os dados explicam que a pandemia reduziu as vendas das casas de café em quase £ 2 bilhões (cerca de US $ 2,8 bilhões) do valor de mercado, marcando, pela primeira vez em mais de 20 anos, que o segmento registrou vendas negativas (-39%) e crescimento de pontos de venda (+1,9%).

As restrições causadas pela pandemia levaram ao fechamento temporário de lojas e vendas apenas no sistema take away (levar para viagem), que contribuíram para um declínio acentuado na comercialização.

Embora a redução no deslocamento diário tenha minimizado o número de passageiros nos pontos turísticos e nos centros das cidades, muitos estabelecimentos de bairro se leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin

Mercado

Perfil do consumidor pós-pandemia é marcado por e-commerce e Pix

A tecnologia auxilia e muito nosso dia a dia. Um fato é que, durante o isolamento social, os índices de compras on-line e a chegada de novas startups e fintechs (termo que surgiu da união das palavras financial e technology) ajudaram no processo de digitalização da economia. O Pix, novo sistema de pagamentos do Banco Central, por exemplo, já movimentou 203 bilhões de reais.

“O consumo das famílias, que é mais de metade da riqueza gerada na economia e, no passado, já salvou o país de outras crises, não deverá ser o mesmo após a quarentena”, alerta a professora de MBA em Gestão Financeira pela IBE Conveniada Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mel Girão.

A plataforma de inteligência e pesquisa NZN Intelligence publicou um levantamento digital com aproximadamente 1,7 mil entrevistados. Nele, é mostrado que 49% dos brasileiros consideram reavaliar seus gastos, sendo que 71% afirmam que pretendem aumentar o volume de compras on-line.

Quanto ao Pix, desde 16 de novembro, quando começou a funcionar oficialmente, é apontado que a maioria das transferências foi feita por pessoas físicas. Em dezembro de 2020, das 121,5 milhões de operações realizadas, 105 milhões (86%) foram de pessoas físicas para pessoas físicas.

“Além dos gastos decorrentes da pandemia, o isolamento social provocou mudanças mais profundas no comportamento do consumidor. Há vários meses dentro de casa, ele está leia mais…

TEXTO Redação • FOTO William Iven

Barista

Sílvia Magalhães: “Só vejo expansão para o mercado de cafés especiais”

Sem teorizações complexas, Sílvia Magalhães se consagra na área do café com projetos bem-sucedidos, mas sobretudo com a ponderação de que há mercado capaz de acolher toda sorte de consumidores

Se não fosse por um ajuste de última hora no valor do câmbio de um contrato de exportação, talvez Sílvia Magalhães tivesse “perdido o timing” para entrar na área de café, sabe-se lá. Era noite de 11 de março de 2001, os amigos estavam comemorando o aniversário dela sem nenhum sinal da aniversariante, que apareceu muito tempo depois. A festa em questão era na casa dela mesmo. “Aquela situação só potencializou o sentimento de que já não fazia mais sentido seguir a carreira em um banco”, relembra.

Bastou contar para um e outro que estava em busca de novos caminhos e logo recebeu o convite de amigos (que trabalharam no mesmo banco de investimentos) para ser gerente do Cafezim, um “blend de negócios” que envolvia uma cafeteria e a representação de uma marca de café para os mercados daqui e de fora, ideia inovadora para os idos de 2002. “Eu cuidava do business até me encantar com o preparo do café e toda a trajetória por trás de uma boa bebida”, diz.

Por mera curiosidade – ou intuição? –, ela aproveitava o treinamento dos baristas para extrair espressos e preparar coados. De tão disciplinada, Sílvia chegava às melhores xícaras, e para ser escalada para participar do Campeonato Brasileiro de Baristas, em 2002, foi um pulo. “Fui tranquila, sem nenhuma ambição, pois também era uma oportunidade para mostrar a cara do negócio”, afirma.

Mas ela levou o prêmio e constatou que já havia encontrado sua nova profissão. Só não tinha prestado atenção. Ao longo de quase 20 anos de carreira, Sílvia Magalhães foi tricampeã brasileira (2002, 2003 e 2007) e, com um sexto lugar, a barista do País que chegou mais longe no Campeonato Mundial de Barista, em 2007, no Japão. No seu modo de ver, títulos são bacanas, um reconhecimento, “mas nunca trabalhei em função deles”, afirma. leia mais…

TEXTO Janice Kiss • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Sudoeste da China aponta crescimento no número de cafeterias

A China registrou um crescimento de 2,3% do PIB em 2020. Mesmo com a pandemia de Covid-19 em todo o mundo, a cidade de Chengdu, no sudoeste do país, viu seu crescimento dobrar a média nacional. Isso graças à rápida recuperação da cidade em seu setor de serviços.

Os dados mostram que em 2020 havia a média de uma nova cafeteria aberta todos os dias na cidade. Isso elevou o número total de cafeterias para mais de 4 mil, posicionando-se logo depois de Xangai e Pequim, sendo o terceiro maior mercado de café da China.

A cultura de Chengdu é considerada um elemento-chave para impulsionar o boom do café na cidade e aqueles que trabalham na indústria dizem que estão animados. “No geral, é uma coisa boa. Sinaliza que os negócios estão florescendo. Acho que há um potencial de crescimento futuro para a cultura do café em Chengdu porque a cidade tem suas raízes culturais no consumo de chá e as pessoas aqui preferem um estilo de vida descontraído. O café combina com suas necessidades”, explicou Li Jiangchun, fundador do Café G1.

Uma das cafeterias de Li na zona de alta tecnologia de Chengdu pode vender cerca de 300 xícaras de café por dia. Alguns analistas chegam a acreditar que o número total de cafeterias poderia ter leia mais…

TEXTO As informações são do CGTN / Tradução Juliana Santin • FOTO Jakub Kapusnak