Cafezal

Concurso Colheita Premiada, da Nescafé Dolce Gusto, faz última chamada para inscrições

As inscrições para o concurso Colheita Premiada, da Nescafé Dolce Gusto, que irá eleger o melhor café entre as regiões produtoras do Brasil, se encerram no dia 15 de outubro.

A participação é aberta a todos os cafeicultores, dentro das categorias Conilon, Arábica natural e Arábica lavado. O grande vencedor será anunciado em novembro e terá seu café utilizado em uma edição especial de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, 100% brasileira. A produção será realizada ano que vem, na nova fábrica de cápsulas da marca, que fica na cidade de Montes Claros (MG). Os 15 finalistas ainda receberão premiações em dinheiro no valor total de R$ 450 mil (total).

Um dos pré-requisitos para participar é que os lotes tenham sido produzidos em linha com um padrão independente de sustentabilidade, ou seja, possuam certificação válida, como Certifica Minas ou Rainforest Alliance. Os produtores podem se inscrever de maneira gratuita através do site da marca, onde estão mais informações e todo o regulamento. As amostras deverão ser enviadas pelo correio (Sedex ou PAC) ou entregues diretamente, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h na Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Fases

O Concurso Colheita Premiada contará com duas etapas. Na primeira fase (eliminatória), serão escolhidos até 45 finalistas, sendo 15 em cada categoria. As amostras serão classificadas quanto ao tipo, qualidade da bebida e outros aspectos, de acordo com a metodologia da Specialty Coffee Association of America (SCAA) para as duas categorias de café arábica e de acordo com o protocolo de avaliação de robustas finos do CQI (Coffee Quality Institute) para a categoria de café conilon.

Na segunda etapa do concurso (classificatória), as amostras finalistas serão degustadas utilizando a metodologia de avaliação de qualidade da Nestlé, com acompanhamento da BSCA e da auditoria Safe Trace. Uma comissão julgadora vai avaliar as amostras, selecionar os cinco finalistas premiados de cada categoria e apontar o grande campeão de acordo com o nível de qualidade dos lotes apresentados. A nova cápsula será parte da série “cafés do mundo”, incrementada com dois novos sabores a cada ano, sendo que esta é a primeira vez que o café brasileiro será escolhido para a ação.

O Concurso Colheita Premiada é uma iniciativa da Nestlé, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e é organizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Serviço
Concurso Colheita Premiada – Nescafé Dolce Gusto
Inscrições e regulamento: www.nescafe-dolcegusto.com.br/concurso
Entrega de amostras: Rua Gaspar Batista Paiva, 416 – Santa Luiza – Varginha (MG)
Anúncio do vencedor: novembro de 2015

TEXTO Da redação • FOTO Alexia Santi

Cafeteria & Afins

Uma Origem Coffee – Florianópolis (SC)

Entre as bancas de verduras e legumes do Mercado São Jorge, os baristas do café Uma Origem preparam com cuidado, e em diversos métodos, os grãos da Fazenda Califórnia, de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná. A cafeteria, inaugurada em 2013, é ideia dos irmãos Zelio e Luis Gustavo Santana, que aproveitaram a oportunidade de um espaço disponível no mercado e iniciaram o negócio que tanto queriam.

Em 2005, Zelio embarcou no mundo dos cafés especiais durante uma viagem de estudos e surfe em Sidney, na Austrália. Por lá, ele trabalhou como barista para algumas torrefações e cafeterias, como Barefoot Coffee Traders e Toby’s Estate Coffee, e aproveitou para se especializar na profissão. Em uma visita à sua terra natal, Florianópolis, ele percebeu o crescimento dos produtores de qualidade e das microtorrefações e não teve dúvida. Hora de voltar para casa e montar o próprio espaço.

Hoje, no ambiente do Mercado São Jorge, ele e o irmão preparam os grãos catuaí vermelho para o espresso, extraído em uma Nuova Simonelli, e as variedades obatã e catuaí amarelo para os métodos Chemex, Hario V60 e aeropress.

(Texto originalmente publicado na edição impressa da revista Espresso, referente aos meses de junho, julho e agosto de 2015. Sugerimos consultar o lugar para horários de funcionamento e mais informações)

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Brejauna, 43 Mercado São Jorge
Bairro Itacorubi
Cidade Florianópolis
Estado Santa Catarina
País Brasil
Website http://instagram.com/umaorigem
Horário de Atendimento De segunda a sexta, das 9h às 20h; sábados, das 9h às 16h
TEXTO Hanny Guimarães • FOTO Divulgação

Cafezal

Seminário do Café reúne produtores no Cerrado Mineiro

Entre os dias 6 e 9 de outubro, a cidade de Patrocínio (MG) recebe o 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro. O evento pretende reunir produtores e entidades ligadas ao setor, pesquisadores, agrônomos e estudantes para debater problemas e soluções de interesse dos cafeicultores na área técnica, econômica, pesquisa e tecnologia. Neste ano, as cooperativas de COOPA e Expocaccer firmaram parceria com a Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa) para oferecer um ambiente de negócios para os cafeicultores. Uma novidade são os workshops e cursos sobre classificação, degustação e mercado de café. Os workshops acontecem no período da tarde, dentro do espaço das cooperativas, na parte central do evento. Para participar, os interessados devem se inscrever no local. O Seminário conta, também, com uma dinâmica de Show de Máquinas e um roteiro temático com visita programada à Expocaccer, com o intuito de conhecer os caminhos do café até à xícara. Confira, abaixo, os destaques da programação e palestrantes que virão participar do Seminário: 7/10 14h Marcelo Montanari (Engenheiro agrônomo e cafeicultor) e Adriano Gilson Rocha de Carvalho (Engenheiro agrônomo Sebrae Educampo COOPA), realizam um debate técnico com mediação do Diretor da Acarpa e consultor técnico, Kássio Humberto da Fonseca sobre os desequilíbrios ocasionados por controles da broca, que atitude tomar frente às pragas oportunistas. 16h Jackeline Uliana Donna (Gestora de Fortalecimento e Desenvolvimento da CLAC/FAIRTRADE), explica o significado do Fair Trade e sua atuação no mundo e na cafeicultura. No mesmo horário, Jefferson Gitirana Neto (Pesquisador e consultor técnico), comenta sobre o manejo integrado de pragas. 08/10 14h Mesa redonda sobre sementes, mudas e viveiros. Com a participação de André Felipe C. P. da Silva (coordenador de sementes e mudas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa), Maurício Bento da Silva (fiscal agropecuário do Mapa), Márcio da Silva Botelho (diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA), Gláucio de Castro (vice-presidente da Fundação de Desenvolvimento do Café do Cerrado – Fundaccer), Thiago Motta (produtor de sementes), Enivaldo Marinho Pereira (cafeicultor e viveirista), Elisa Muller Veronezi (engenheira agrônoma Sebrae Educampo Expocaccer) e Ramiro Guimarães (engenheiro agrônomo Sebrae Educampo COOPA). 16h Com coordenação do Superintendente Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, os convidados Felipe Croce (Fazenda Ambiental Fortaleza – Mococa SP), Mariano Martins e Fabíola Filinto (Fazenda Santa Margarida – São Manoel SP), André Nakao (Fazenda Serra Negra – Região do Cerrado Mineiro) e Marcelo Montanari (Fazenda São Paulo – Região do Cerrado Mineiro), debatem sobre: Painel Experiências e Histórias de Produtores que Agregam Valor com Criatividade. Em um ano de adversidades, como encontrar saídas? 09/10 14h Mesa redonda sobre a preservação da água em tempos de escassez com: Maria de Fátima Dias Chagas Coelho (diretora geral Instituto Mineiro de Gestão de Águas IGAM), Fernando Beloni (membro da Associação dos Usuários das Águas Ribeirão Pavões e Regiões – AUAPA), Claudomiro Aparecido da Silva (coordenador do curso de Ciências Biológicas do Unicerp e conselheiro do Comitê de Bacias Hidrográficas) e Cláudio Moraes Garcia (presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA). 16h Guilherme Lucas Moreira Dias Almeida (supervisor do departamento de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais – Fecomércio – MG) apresenta um panorama econômico e político do Brasil e como os temas podem impactar a cafeicultura. Serviço 23º Seminário do Café da Região do Cerrado Mineiro Local: Sindicato Rural de Patrocínio – Av. Márciano Píres, 622 – Marciano Brandão – Patrocínio (MG) Data: de 6 a 9 de outubro Mais informações: www.acarpa.com.br

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Alexia Santi/Agência Ophelia

Cafeteria & Afins

Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro, investe em blend próprio

A tradicional Confeitaria Colombo, localizada no Rio de Janeiro, fechou uma parceria com a marca Tassinari Cafés para desenvolvimento de um blend próprio.

O café elaborado é 100% arábica e pode ser preparado na confeitaria nos métodos espresso e coado. “Queremos proporcionar aos consumidores da Colombo uma experiência que os inspire a sentir prazer em degustar um espresso de verdade. O nosso café tem como objetivo fazer com que o consumidor perceba a diferença entre beber, degustar, preparar e saber fazer uma boa bebida”, explica Paulo Tassinari, proprietário da Tassinari Cafés.

Parte do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio de Janeiro, a Colombo também está comercializando o café moído ou em grãos na loja, por R$ 29,93. A embalagem em lata celebra os 120 anos da confeitaria, comemorados no ano passado.

Serviço
Confeitaria Colombo
Local: Rua Gonçalves Dias, 32 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações: www.confeitariacolombo.com.br

TEXTO Da redação • FOTO Divulgação

O Medo, esse meu amigo

Ok, Confesso. Sou um homem medroso. E sabe o que é curioso? Não conheço nenhum outro, exceto aquele que vejo no espelho.

O medo é um sentimento deveras curioso. Por que passamos tanto tempo a combatê-lo? Negando sua existência? Quantas pessoas não tentam se explicar, quando usam a palavra “medo” em uma frase? “Medo, eu? Não exagera… É cautela/bom senso/prudência.”

Imagine uma humanidade em que ninguém, mas ninguém mesmo, sentisse medo. Conseguiu? Pois é, não… Porque essa humanidade estaria extinta. Crie, na sua imaginação, um destemido e audaz homem pré-histórico encontrando um dentes-de-sabre (nem sei se foram contemporâneos, é só um exemplo). O destemido e audaz gritaria para a família: “Deixa comigo, resolvo sozinho”. Três mordidas depois o dentes-de-sabre já estaria fazendo a digestão e palitando os dentes com a clava do cidadão.

O medo é um instinto de preservação. É o que nos impede de dar um passo rumo ao desconhecido. Se humanos nascemos, é inevitável que cometeremos erros, perderemos disputas, apanharemos (metaforicamente falando). Ser homem ou mulher é conviver com a possibilidade da derrota. E o que o medo nos faz? Pode ajudar para que não apanhemos muito (metaforicamente falando II – o didatismo contra-ataca) ou, o que é melhor, pode nos ajudar a não apanhar. A pegar o caminho mais iluminado, a escolher a fruta que não vá dar congestão, a evitar tentar saltar o penhasco e caminhar um pouco mais para atravessar pela ponte.

Não finjo que ele, o medo, não existe. Pelo contrário: ele, para mim, é um amigo cauteloso, que me dá conselhos. Uma espécie de Grilo Falante (Lembra? Do Pinóquio?), que fica sobre o ombro esquerdo tentando me ajudar a optar por caminhos menos propensos a erros. (Sobre o ombro direito fica o Cupido. E esse só me leva a caminhos onde é impossível não errar.)

Levo tão a sério o meu Grilo Falante particular que até o batizei: ele se chama… Medo. Assim, com M maiúsculo. Nada original, eu sei. Mas é que se eu desse um nome fantasia, como São Jorge Destruidor de Dragões, seria uma maneira de eu fingir que ele não existe, e não é essa a ideia.

Às vezes o Medo me diz: não vá por aí, e eu o desobedeço. Às vezes, não. Qual o critério? Uma pergunta simples: vale a pena?

Se eu adoraria viajar para aquela cidade, mas tenho medo do voo, vou enfrentar? Sim, porque quero muito ir. E se estou com preguiça de caminhar, vou pegar carona com um motorista bêbado? Não, né? Em casos como esse, obedeço ao meu amigo Medo. E conhecidos que tomam a mesma decisão dizem que não é medo, mas cautela/bom senso/ prudência. Que seja!

O Medo é meu amigo e, às vezes, eu o enfrento. Por exemplo: toda vez que devo uma crônica para a Espresso, tenho medo de que não gostem. Mas envio mesmo assim: não o obedeço. Mas o Medo não se magoa facilmente e continua aí, na luta, firme e forte sobre meu ombro. Valeu, Medo, você é um amigão. Obrigado por já ter me livrado de tantas enrascadas!

*Pedro Cirne é chefe de reportagem do UOL Notícias. Fale com o colunista pelo e-mail aftertaste@cafeeditora.com.br

ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Brazil. The Coffee Nation

Mostrar ao mundo a verdadeira nação do café, indo muito além das limitações geográficas de um país cafeeiro. Esse é o start do novo posicionamento de branding ‘Brazil. The Coffee Nation’ que a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) utilizará na promoção dos cafés especiais brasileiros em todo o mundo.

Após um detalhado estudo, identificamos cenários para agregação de valor à nossa oferta para toda a cadeia de stakeholders do café e para a estruturação do setor a fim de que os associados sejam players globais, exportadores de valor agregado, melhorando a percepção atual sobre o produto brasileiro.

E é com a ideia de mostrarmos ao mundo que uma nação é não apenas um território geográfico delimitado por suas fronteiras, mas um lugar que tem cultura própria e única, além de ser composta de um povo que partilha os mesmos interesses, propósitos, valores e paixões, entre elas o café, que a BSCA e seus parceiros levarão ao mundo a vanguarda do Brasil no segmento de grãos especiais, revelando que o nosso produto vai além do despertar matinal. Ele representa o aroma e o aconchego de nossas casas, traz o carinho da família e é uma forma de socializar com amigos, fechar negócios e coroar nossas refeições.

O posicionamento também apresentará a responsabilidade sustentável de nossa produção, focada no respeito ao meio ambiente e aos aspectos sociais e econômicos, demonstrando que seguimos a legislação mais rígida do mundo para termos um posicionamento muito além do posto de maior produtor e exportador. Queremos fortalecer a imagem do Brasil como País de origem de produtos high end, que estão presentes nos mais sofisticados e exigentes centros de consumo mundiais.

A definição do conceito “Brazil. The Coffee Nation” se deu após pesquisas que identificaram “autenticidade”, “conveniência” e “gourmetização” como aspectos valorizados pelos consumidores. São reflexos exatos do mercado de cafés especiais, cujos atores devem exercer o conceito de sustentabilidade em todos os seus trâmites, demonstrando que os cafés brasileiros especiais são voltados para pessoas também especiais.

Assim, nossas ações promocionais apresentarão a cultura e a história de sucesso do País no café, revelando a paixão, a história e a tradição de sustentabilidade, além do sucesso do Brasil como produtor, industrial e exportador, o que traz à tona profissionalismo, conhecimento, diversidade e comprometimento com os compradores.

Através do exposto, traçamos um norte, que é passar de grande exportador, base de blends e de dúvidas em relação à qualidade – por culpa de nosso passado – para, já em 2020, o maior e melhor produtor de cafés, e deixar a imagem de confiança, respeitabilidade, “premium”, além de eliminar todas as dúvidas sobre nossa qualidade.

O mundo demanda produtos únicos e o Brasil é a fonte para que isso seja suprido. Somos o paraíso dos “coffee hunters”, que aqui encontram os grãos que possibilitam bebidas fantásticas que encantarão pessoas em todos os cantos do mundo. Por tudo isso, o Brasil é “the coffee nation”.

Para entender um pouco mais do assunto, a dica é pesquisar o vídeo institucional “Brazil. The Coffee Nation” no YouTube, disponibilizado no canal da BSCA.

Vanusia Nogueira é diretora executiva da Brazil Specialty Coffee Association (BSCA). Fale com a colunista pelo e-mail colunacafe@cafeeditora.com.br

ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Mercado

Semana Internacional do Café gera R$ 25 milhões em negócios

Cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, baristas, proprietários de cafeteria e apreciadores de café de todo o mundo se reuniram na 3ª edição da Semana Internacional do Café, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de setembro. Mais de 13 mil pessoas passaram pelo evento para aprimorar conhecimentos, fazer negócios e explorar as tendências do setor cafeeiro. Durante o evento, cerca de R$ 25 milhões em negócios foram iniciados, estimulando toda a cadeia produtiva do grão. O evento, considerado o maior do País e um dos principais do mundo, é uma oportunidade para o Brasil mostrar aos mercados nacionais e internacionais sua produção de qualidade. Para Roberto Simões, presidente da FAEMG, uma das entidades organizadoras do evento, os cafés brasileiros e, em especial, os produzidos em Minas Gerais, já têm se consolidado como referência mundial. “A SIC é uma oportunidade para que o produtor apresente o resultado do trabalho desenvolvido em sua propriedade, fazendo bons negócios”. Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora, idealizadora do evento, afirma que este ano as expectativas foram superadas, tanto em relação ao número de visitantes quanto em qualidade. “Vieram pessoas de todo o Brasil em busca de cafés especiais. Pessoas que vieram em busca de novidades e inovação”, afirma. Priscilla Lins, gerente de Agronegócios do Sebrae, outra entidade que está à frente da realização da SIC, ressalta que esta edição consolidou a estratégia de ter Minas Gerais como centro das atenções na cadeia do café. “Os eventos técnicos focados nas áreas de ‘Mercado e Consumo’, ‘Conhecimento e Inovação’ e ‘Negócios e Empreendedorismo’ foram grandes sucesso de público e qualidade técnica. O produtor pôde ver que ele é a razão do negócio do café, que movimenta tanta gente e tem milhões de consumidores pelo mundo; ver que a cadeia do café que gera tanta renda, empregos e satisfaz tantos consumidores pelo mundo só existe pelo trabalho dele.” A quarta edição da Semana Internacional do Café já tem data marcada, será em Belo Horizonte, de 22 a 24 de setembro de 2016, no Expominas.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Bruno Lavorato (1)/ Vitor Macedo (2)/ Café Editora

Cafezal

Últimos dias para se inscrever no Concurso de Cafés Especiais de Andradas

As inscrições para a 3ª edição do Concurso de Cafés Especiais de Andradas, realizada pela Cooperativa Agropecuária Regional de Andradas (CARA), se encerram nesta quarta-feira (30/9). Os produtores que desejam inscrever suas amostras de café natural, da safra 2014/2015, devem entrar em contato com a Cooperativa, solicitar a ficha de inscrição e entregar as amostras na CARA.

Os cafés serão avaliados pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSULDEMINAS), de acordo com a metodologia de análise sensorial elaborada pela Specialty Coffee Association of America (SCAA). A nota de corte será de no mínimo 82 pontos e os quesitos avaliados serão acidez, aroma/fragrância, sabor, corpo e aftertaste.

As provas sensoriais ocorrerão no dia 22 de outubro, a partir das 10h. O resultado será revelado no mesmo dia, às 19h, no Lar da Criança Andradense.

TEXTO Da redação • FOTO Lucas Albin

Café & Preparos

Coffee of The Year 2015 define vencedor

O melhor café do ano foi revelado na noite deste sábado (26/9), na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte. Foram 122 amostras enviadas por produtores de todo o país e provadas por classificadores nacionais, em uma análise às cegas, segundo protocolos da Specialty Coffee Association of America (SCAA). Para o Coffee of The Year (COY), foram selecionadas 10 amostras, que ficaram disponíveis para votação do público durante os três dias da Semana. O grande ganhador, com a sigla TAV, foi Clayton B. Monteiro, da Fazenda Ninho da Águia, Alto Caparaó (MG).

“Para cada ano a gente busca fazer algo diferente. Acredito que o caminho para o produtor que busca um campeonato é sempre estar trabalhando e principalmente conhecer a sua própria região. Procuro acompanhar todos os processos para a produção do café, inclusive a secagem. Essa cor aqui não é só do surf, não”, brinca Clayton.

Os outros cafés classificados para o Coffee of The Year 2015 foram: AC Café – Fazenda Santa Rosália – Araxá (MG) – 2 ° lugar (sigla THM) Samuel Inácio Lopes – Sítio Pedra Redonda-Araponga (MG) – 3° lugar (sigla MRH) Maria Simone Prock Borges – São Gonçalo do Sapucaí (MG) – 4° lugar (sigla GBS) Simone A. D. S. Silva – Araponga (MG)- 5° lugar (sigla MLF) José Hiroiti Okuyama- Rio Paranaíba (MG)- 6° lugar (sigla MPS) Maria Aparecida Milagre – Araponga (MG)- 7° lugar (sigla LYL) Tuffi Bichara-Sítio Cafezal em Flor-Monte Alegre do Sul (SP) – 8° lugar (sigla ADV) Jésus Euzébio Lopes – Araponga (MG) – 9° lugar (sigla CAF) FRB Agronegócios LTDA – Sítio Santa Rita-Piumhi (MG) – 10° lugar (sigla AOG) Todos os produtores que tiveram seus cafés classificados para o COY 2015 receberam um certificado do concurso.

A iniciativa, este ano, teve o apoio da InovaCafé – Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, da Universidade Federal de Lavras, com coordenação da professora Rosemary Gualberto Pereira.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Bruno Lavorato

Barista

Campeonatos de Barista anunciam vencedores

Baristas e degustadores de café de todo o Brasil se encontraram na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, para disputar os Campeonatos Brasileiro de Barista, Métodos de Preparo e Cup Tasters. As competições chegaram ao fim neste sábado (26/9). Confira os vencedores.

Hugo Santos, Leo Moço, Denis Guilherme

O 15º Campeonato Brasileiro de Barista que consiste em preparar e servir aos juízes, 4 espressos, 4 cappuccinos e 4 drinques de assinatura, contou com 18 competidores e apenas seis foram para a final. O grande vencedor foi o bicampeão Leonardo Moço, do Barista Coffee Bar (PR). “São dez anos competindo e esse campeonato era para ser a minha aposentadoria. Pretendo ser juiz e essa vitória é para fechar esse ciclo com chave de ouro. Agora vou treinar, para no ano que vem, ser o melhor barista brasileiro de um mundial”, afirma Leo que vai representar o Brasil no Campeonato Mundial, que acontece na Irlanda em 2016. Hugo Santos, do Octavio Café (SP) ficou com o 2° lugar e Denis Guilherme, também do Octavio Café, em 3° lugar.

Leo Moço, Estela Candido, Lucas Salomão

No 5º Campeonato Brasileiro de Preparo de Café o barista precisa mostrar sua técnica e habilidade para extrair o melhor do grão no método de preparo escolhido. Ao total foram 10 participantes e seis finalistas. Estela Candido Cotes, do Barista Coffe Bar (SP) foi a ganhadora da disputa, seguida de Lucas Salomão da Libermac (SP), que ficou com o 2º lugar e Leonardo Moço, também do Barista Coffee Bar, como 3° colocado. “Esse foi o meu primeiro campeonato e tudo aconteceu muito rápido, contei com o apoio do meu marido para participar e me preparar. Não estou acreditando, é muita emoção”, contou Estela que viaja para China, em 2016, para disputar o mundial.

Fellipe Gonçalves, Edimilson Elias, Pedro Bras

Os visitantes ainda puderam conhecer o Campeonato Brasileiro de Cup Tasters, onde três xícaras são preparadas, duas delas são idênticas e a outra é de um café diferente. O objetivo é que o competidor identifique a xícara de café diferente. O competidor pode separar a xícara como preferir. O vencedor dessa edição foi Edimilson Elias Generoso, do Alicerce Cafés (MG). “É a terceira vez consecutiva que eu ganho, resultado de uma longa jornada de aprendizado. Durante o ano faço um treino rápido para calibrar o paladar e controlar a emoção, para na hora do campeonato isso não me atrapalhar. É importante fazer isso com muito amor e dedicação”. O segundo colocado foi Felippe Gonçalves Pacheco, da AC Café S/A (MG) e o terceiro lugar ficou com Pedro Brás, da Canastra Coffees (MG). O vencedor Edimilson vai competir o mundial de Cup Tasters em Xangai, na China.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Vitor Macedo (1), Bruno Lavorato (2,3,4)/Café Editora