Café & Preparos

Exportações de café verde em janeiro caem 14,2% no mundo todo, diz OIC

Relatório aponta terceiro mês seguido de queda nas exportações globais; Vietnã lidera recuo, enquanto África cresce; já as exportações de arábica do Brasil recuam 1%

As exportações globais de café verde em janeiro somaram 9,72 milhões de sacas – queda de 14,2% em relação às 11,32 milhões de sacas exportadas no mesmo mês de 2024, diz o relatório mensal da OIC (Organização Internacional do Café), que analisa os eventos recentes na indústria global do café. Foi o terceiro mês seguido de retração, após 12 meses de crescimento (entre novembro de 2023 e outubro de 2024).

A queda recente se explica, diz a OIC, pelo crescimento, no ano cafeeiro 2023/24, de 12,3% das exportações (que atingiram 124,39 milhões de sacas) – o maior volume já registrado pela OIC e o maior aumento absoluto da história, com um acréscimo de 13,63 milhões de sacas.

Já as exportações totais de café (verde, torrado e solúvel) somaram 10,83 milhões de sacas no mesmo mês – uma redução de 13,3% em relação aos 12,49 milhões de sacas exportadas em janeiro de 2024, diz o relatório mensal de fevereiro da OIC (Organização Internacional do Café).

Este é o terceiro mês consecutivo de queda nas exportações globais desses cafés, depois de 13 meses seguidos de crescimento. O resultado disso, segundo o boletim, foi o decréscimo de 4,9% nas exportações acumuladas no ano cafeeiro 2024/25 (42,79 milhões de sacas contra 45,01 milhões no mesmo período do ano anterior), sendo a Ásia e Pacífico os principais responsáveis (27,1% nos 12 meses até janeiro de 2025).

A queda acentuada dos robustas

No mundo, a maior queda das exportações de janeiro foi entre os robustas, que recuaram 27,5% (de 5,1 milhões de sacas em janeiro de 2024 para 3,7 milhões de sacas em janeiro de 2025). Segundo a OIC, essa queda acentuada foi impulsionada pelo Vietnã – responsável por recuar 43,8%. Isso reflete um dado atípico de janeiro do ano passado, quando o Vietnã registrou seu maior volume mensal de exportação de grãos verdes já registrado.

Ajudando a compensar parte dessa queda dos robustas, Indonésia e Uganda tiveram um aumento de 230% (250 mil sacas) e 20,4% (80 mil sacas), respectivamente.

Já as exportações de arábica do Brasil caíram 1% (passando de 3,59 milhões para 3,55 milhões).

Também os estoques certificados de café robusta em Londres diminuíram 4,9% entre janeiro e fevereiro de 2025, fechando fevereiro em 720 mil sacas. Já os de arábica tiveram uma queda mais acentuada – 7,5% (ou 840 mil sacas).

PARA SABER MAIS

Em termos continentais, enquanto as exportações da América do Sul em janeiro caíram 4,2% (de 5,41 para 5,18 milhões de sacas, queda esta impulsionada pelo Peru, que recuou 58,9%), a África cresceu 7,1% (de 1,03 milhão para 1,1 milhão de sacas) e o México e a América Central, 10,9% (atingindo 1,1 milhão de sacas).

O crescimento do volume das exportações na África – o maior desde 1997, quando somaram 1,12 milhão de sacas – foi impulsionado pela Costa do Marfim e por Uganda (os dois maiores exportadores africanos de robusta), cujas exportações combinadas cresceram 28,1%.

Torrado cresce 1,4%

As exportações totais de café solúvel também caíram: o recuo foi de 5,2% em janeiro (1,05 milhão de sacas, em comparação com 1,1 milhão de sacas no mesmo mês em 2024). O mesmo não aconteceu com os cafés torrados, cujo aumento foi de 1,4%, atingindo 60.532 sacas. 

O recorde do I-CIP

O I-CIP atingiu novos recordes em fevereiro –  354.32 centavos de dólar por libra-peso (preços nominais), um aumento de 14,3% em relação a janeiro –, com a maior média mensal já registrada e superando o recorde de março de 1977 (305,13). O I-CIP (Índice Composto de Preços da OIC) representa uma média ponderada dos preços diários dos cafés comercializados no planeta e serve como um indicador de referência para o mercado internacional.

A OIC deu duas possíveis razões para essa retração dos preços iniciada em meados de fevereiro: a primeira delas é que, em 10 de fevereiro, a ICE aumentou os requisitos de margem em até US$ 3.046 para contratos de arábica com vencimento em março de 2027. Isso pode ter levado alguns traders a liquidarem suas posições por conta do aumento dos custos operacionais. A segunda razão é que a divulgação de resultados negativos em pesquisas de negócios e confiança do consumidor feitas em fevereiro nos EUA e na União Europeia impactou negativamente a confiança dos consumidores.

Tudo isso pode ter desencadeado uma realização de lucros, levando a uma retração nos preços. Esse movimento, ainda, foi sustentado por fatores como fluxo de caixa (necessidade de liquidez e o aumento da demanda por créditos comerciais, que elevam os custos e riscos das operações), incertezas resultantes do anúncio de aumentos tarifários pelos EUA, estimativas preliminares aparentemente positivas da safra 2024/25 do Vietnã (que podem ter aliviado preocupações sobre um possível déficit de oferta) e clima favorável (espera-se que o fenômeno La Niña substitua o El Niño intenso de 2024).

Fonte: OIC (Organização Internacional do Café)

TEXTO Redação

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Café é tema de exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro

Exposição “Café através dos sentidos”, que acontece até o dia 22 de fevereiro, no Polo Cultural ItanianoRio

Até o dia 22 de fevereiro, na cidade do Rio de Janeiro, o Polo Cultural ItalianoRio (av. Pres. Antônio Carlos, 40 – Centro) oferece a exposição gratuita Café através dos sentidos. A experiência imersiva busca fazer com que o visitante explore os sentidos através de vídeos e itens em exposição, que vão desde a produção, como grãos de café, até informações sobre o tradicional espresso italiano e os utensílios históricos utilizados na cerimônia do café na Etiópia. 

Um dos destaques da mostra é a reprodução da pintura “Colheita de café” (1958), de Candido Portinari, que retrata uma cena de trabalho nos cafezais. Especialmente no dia 20 de fevereiro, a exposição recebe João Candido Portinari, filho do artista, que fará uma palestra sobre a relação de seu pai com o café, esmiuçando a arte e as culturas brasileira e italiana. 

Exposição “Passione Italiana: l’arte dell’espresso”, que acontece a partir de 21 de fevereiro, no Museu da Imigração

Já em São Paulo (SP), o Museu da Imigração (rua Visconde de Parnaíba, 1316 – Mooca) recebe, a partir do dia 21 de fevereiro, a exposição Passione Italiana: l’arte dell’espresso, que aborda a evolução do design e da tecnologia dos artefatos de café, relacionando os itens à imigração italiana para o Brasil. A mostra gratuita, que esteve no Museu do Café, em Santos, reúne 60 máquinas para uso doméstico e profissional, além de um acervo de xícaras. 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

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Indústria global do café renova compromisso de US$ 10 milhões para pesquisa e inovação

Investimento coletivo busca fortalecer melhoramento genético, sistemas de sementes e garantir resiliência climática para o futuro do setor 

A indústria global do café, liderada por mais de 190 empresas associadas à World Coffee Research (WCR) em 29 países, renovou seu compromisso de US$ 10 milhões para financiar programas de melhoramento genético e sistemas de sementes até 2027, informa a WCR. A iniciativa visa sustentar a diversidade de origens, aumentar a produtividade e garantir a resiliência climática do setor, enquanto busca a adesão de governos para co-investir em pesquisa agrícola e inovação.  

Com os preços das commodities em alta devido a desafios como clima extremo, pragas e doenças, a demanda por novas tecnologias é urgente. A WCR alerta para uma lacuna global de US$ 452 milhões anuais em financiamento de P&D agrícola, crucial para oferecer aos agricultores acesso a variedades de café mais produtivas e resistentes. Segundo a organização, esses investimentos são fundamentais para sustentar a prosperidade dos cafeicultores e garantir um fornecimento estável e diversificado para a indústria e os consumidores.  

Avanços e parcerias estratégicas  

Os recursos captados pela WCR ajudaram a lançar duas redes globais de melhoramento para as variedades arábica e canéfora, com a colaboração de 11 países produtores, responsáveis por 43% das exportações globais de café. Até 2030, essas iniciativas devem entregar 100 novas variedades de café, garantindo a estabilidade e diversidade do suprimento.  

A iniciativa também tem atraído compromissos públicos. Em 2024, a USAID destinou US$ 5,4 milhões para uma parceria com a Universidade Cornell e a WCR, enquanto a agência alemã GIZ investiu € 1,2 milhão no programa nacional de melhoramento de café na Etiópia.  

Liderança da indústria  

Empresas como Starbucks, Keurig Dr Pepper, JDE Peet’s e Taylors of Harrogate estão entre as dez que firmaram compromissos plurianuais com a WCR. As associadas estão unidas na promoção de uma agenda de pesquisa colaborativa para moldar o futuro do café, assegurando que pequenos agricultores tenham acesso às ferramentas necessárias para enfrentar os desafios globais e locais.  

Com governos e empresas trabalhando juntos, a WCR projeta um futuro onde inovação e sustentabilidade caminhem lado a lado para preservar a cultura e o mercado do café em escala mundial. 

TEXTO Redação

Café & Preparos

Ingressos para o SPCF começam a ser vendidos em 25/1

Seguindo a tradição, convites para a quarta edição do festival, de 27 a 29 de junho, ficam disponíveis a partir da data de aniversário de São Paulo

A quarta edição do São Paulo Coffee Festival, evento único que celebra a comunidade e a cultura do café na capital paulista, acontece no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera entre 27 e 29 de junho com a promessa de superar os números impressionantes do último ano. Os ingressos estão disponíveis a partir deste sábado, 25, com desconto, e o evento é uma oportunidade imperdível para quem aprecia a bebida. 

O SPCF é realizado na capital paulista pela Espresso&CO em parceria com a inglesa Allegra Event. Com um público vibrante em torno do grão, os coffee festivals acontecem anualmente em várias cidades do mundo, como Amsterdã, Londres, Milão, Cidade do Cabo e Nova York. 

Em 2025, a expectativa é receber 15 mil visitantes e 150 expositores para participar de uma programação interativa e inédita, vibrar com o campeonato Copa Barista e conhecer as novidades no setor que recheiam todos os espaços da Bienal.

Entre os destaques que ocupam todo o piso térreo e o primeiro andar da Bienal estão o Sensory Experience, um espaço em que o público pode explorar aspectos sensoriais e muito conhecimento sobre o café, o Laboratório, que traz palestras e debates com especialistas sobre as tendências e inovações do setor, e a Cozinha Show, que reúne chefs conhecidos e baristas para apresentarem receitas e harmonizações que tem o grão como protagonista. 

Sucesso nas edições anteriores, o Coffee & Art também incrementa as atividades nesses três dias de evento, ao estreitar a conexão entre o produto e manifestações artísticas para todos os gostos, assim como as performances dos baristas na Copa Barista, que elege o melhor profissional de café, e as demonstrações interativas no preparo preciso da bebida com leite no Latte Art ao Vivo. Tudo isso embalado por boa música, comida e drinques com café. 

Viva o incrível mundo do café. Participe da experiência e compre seu ingresso aqui.

São Paulo Coffee Festival
Quando: de 27 a 29 de junho
Onde: Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo – SP)
Quanto: ingresso (1 dia) – a partir de R$ 70 (primeiro lote) |passaporte (3 dias) – a partir de R$ 180 (primeiro lote) | VIP (1 dia) – a partir de R$ 180 (primeiro lote)

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia/SPCF

Café & Preparos

Prepare sua agenda!

Confira eventos de café que acontecem no primeiro semestre do ano

O universo do café já está aquecido para 2025. No primeiro semestre, os principais festivais globais prometem reunir profissionais, entusiastas e amantes do café para celebrar a cultura e explorar as inovações e desafios do setor. Prepare a sua agenda para alguns dos principais eventos do seis primeiros meses do ano – como o São Paulo Coffee Festival, na capital paulista, e a Specialty Coffee Expo, em Houston, no Texas (EUA) – que movimentam o mercado de cafés especiais e conectam pessoas apaixonadas pelos grãos.

Feira do Cerrado
Quando: 5 e 6 de fevereiro
Onde: Núcleo da Cooxupé, Monte Carmelo (MG)
O que é: com o tema “Agricultura e mudanças climáticas: resiliência e oportunidades”, a feira, promovida pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) e em sua 10a edição, é voltada especialmente para os pequenos e médios produtores do Cerrado Mineiro. O evento conta com expositores de máquinas e insumos agrícolas, e traz as últimas inovações no setor. Em 2024, recebeu mais de 4,5 mil visitantes e reuniu 60 marcas.

Fenicafé 2025
Quando: 7 a 10 de abril
Onde: Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, Araguari (MG)
O que é: organizada desde 1995 pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura é uma oportunidade de troca de experiências entre técnicos, especialistas, empresas e produtores de café. O evento do triângulo mineiro é uma combinação de feira – com exibição de máquinas, serviços e tecnologias voltadas à irrigação na cafeicultura – e palestras técnico-científicas. Em 2024, acomodou cerca de 80 expositores e organizou 20 palestras. 

Alta Café
Quando: 8 a 10 de abril
Onde: Clube de Campo de Franca, Franca (SP)
O que é: feira da região da Alta Mogiana que reúne produtores locais, fornecedores e especialistas para discutir inovações e tendências na cafeicultura. Com foco na cadeia produtiva do café, o evento busca trazer soluções e tecnologias que permitam aos produtores ter maior produtividade e qualidade nos grãos. 

30º Encontro Nacional do Café (Encafé)
Quando: 23 a 25 de abril
Onde: Royal Palm Hall, Campinas (SP)
O que é: evento anual organizado pela Abic, reúne profissionais e empresas do setor cafeeiro para discutir tendências, inovações e desafios da indústria. A novidade deste ano é a compra do ingresso por dia escolhido e a divisão das atividades ao longo do dia – palestras pela manhã e feira de negócios durante a tarde e início da noite. Em 2025, o evento vai sediar a 3ª edição do Campeonato Brasileiro de Blends de Café e a 2ª edição da Olimpíada do Café, que buscam destacar, respectivamente, a excelência e a inovação na criação de blends e habilidades profissionais no setor. 

Re:Co Symposium 2025
Quando: 23 e 24 de abril
Onde: Houston, Texas (EUA)
O que é: tradicionalmente, a feira da SCA é precedida pelo Re:Co, simpósio de dois dias que traz discussões e seminários voltados para o futuro do café especial, conduzidos por alguns dos maiores especialistas da indústria. O simpósio deste ano tem nova abordagem – o spotlight – que busca estimular discussões mais colaborativas. A ideia é reunir um grupo pequeno de pessoas (produtores, especialistas e outros profissionais da área) para resolver questões “difíceis” sobre o café, definir “melhor” termos e conceitos utilizados pela indústria e planejar o futuro do grão, criando soluções práticas e inovadoras.

Specialty Coffee Expo
Quando: 25 a 27 de abril
Onde: George R. Brown Convention Center, Houston, Texas (EUA)
O que é: conhecida na área como “feira da SCA”, é o maior evento de cafés especiais dos Estados Unidos. Organizado anualmente pela Specialty Coffee Association (SCA), reúne produtores, torrefadores, baristas, pesquisadores, fornecedores de equipamentos e entusiastas do café. Inclui feira de negócios, palestras, degustações, workshops e seminários, além de sediar competições mundiais – em 2025, o World Coffee Roasting Championship (campeonato mundial de torra). Também premia produtos inovadores e branding em embalagens. Com 20 workshops e 60 palestras organizadas, focará em temas como regulamentos de sustentabilidade emergentes (por exemplo, a EUDR) e tendências e dinâmicas de consumo.

São Paulo Coffee Festival
Quando: 27 a 29 de junho
Onde: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, São Paulo (SP)
O que é: um dos eventos mais importantes do calendário paulistano, o SPCF chega à sua quarta edição na expectativa de quebrar os números recordes de 2024: 15 mil visitantes e 130 marcas presentes. O evento, realizado pela inglesa Allegra Events e pela Espresso&CO, reúne coffee lovers, consumidores e profissionais do setor em três dias de feira, palestras, workshops e experiências sensoriais com café, embalados por boa música, gastronomia e cultura em torno do grão. O SPCF também organiza a Copa Barista, campeonato que consagra os melhores profissionais no preparo de espressos, filtrados e bebidas com leite e que, em 2025, alcança a 9a edição.

London Coffee Festival
Quando: 15 a 18 de maio
Onde: The Truman Brewery, Londres (Reino Unido)
O que é: o London Coffee Festival, um dos eventos europeus mais importantes da indústria do café, faz parte do movimento global de festivais de café organizados pela Allegra Events (foi o primeiro a ser lançado), que também realiza eventos em outras cidades como Amsterdã, Nova York e São Paulo. Reúne degustações, workshops, competições, arte e música, conectando produtores, torrefadores, baristas e consumidores. 

28ª Expocafé
Quando: 27 a 29 de maio
Onde: Aeroporto de Três Pontas, Três Pontas (MG)
O que é: realizada pela Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e com a prefeitura de Três Pontas, e organizada pela Espresso&CO, a Expocafé é reconhecida como a feira mais tradicional da cafeicultura brasileira. A programação da 28ª edição inclui palestras e exposição de máquinas, produtos e insumos. Em 2024, reuniu 140 marcas expositoras. 

World of Coffee Geneva
Quando: 26 a 28 de junho
Onde: Palexpo Exhibition and Convention Center, Genebra (Suíça)
O que é: a World of Coffee (WOC) é uma das feiras internacionais mais importantes para o setor de cafés especiais, organizada pela Specialty Coffee Association (SCA). Realizada anualmente em diferentes cidades da Europa, este ano acontece em Genebra, na Suíça. Reúne profissionais e entusiastas do café para explorar as últimas inovações, tendências e práticas no mercado. Inclui expositores de diferentes países, workshops, seminários e palestras, além de ser palco de competições globais. Em 2025, sedia os campeonatos mundiais de Latte Art, Coffee in Good Spirits, Cezve/Ibrik e Cup Tasters.

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Native estreia no mercado de cafés especiais com a linha One

A Native, líder no setor de orgânicos, lançou em dezembro e apenas para vendas online a linha One, marcando sua entrada no mercado de cafés especiais (acima de 80 pontos, na escala até 100). 

A nova coleção traz cafés orgânicos de três regiões – Montanhas do Espírito Santo, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana –, tanto em grãos quanto moído e para drip coffee. Os cafés têm rastreabilidade e cultivo sustentável. 

As regiões foram escolhidas por produzirem cafés de qualidade e serem conhecidas pelos consumidores. As variedades selecionadas incluem bourbon amarelo (das Montanhas), topázio (do Cerrado Mineiro) e, da Alta Mogiana,  arara (para café em grãos) e obatã (para drip coffee e torrado e moído). 

Os cafés, em embalagens de 250 g e 100 g (drip coffee) estão disponíveis na loja virtual da Native.

TEXTO Redação • FOTO divulgação

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Museu do Recife recebe exposição de obras com café

O Museu da Cidade do Recife lançou, no último sábado (7), a exposição “O café que nos une: de Pernambuco para o mundo”. Com o objetivo de destacar o potencial da bebida para além do consumo, utilizando-a também como elemento de expressão artística, a mostra, gratuita, fica aberta ao público até 2 de fevereiro de 2025.

A exposição reúne 50 pinturas e foi idealizada pelo artista plástico Abraão Figueiredo. “O café é mais que uma bebida, é memória, cultura e conexão. A arte com café é uma forma de contar histórias e celebrar a união entre povos”, destaca ele, em entrevista ao Jornal do Commercio de Pernambuco.

As obras foram feitas por 28 artistas de 17 países, entre eles Brasil, México, Noruega, Malásia, Alemanha, França, Iraque e Indonésia. 

Produzidas com café solúvel, espresso, filtrados, cold brew e até mesmo resíduos do grão, as pinturas exploram as nuances de tonalidades e texturas que cada tipo de café oferece, resultando em artes abstratas, retratos e paisagens. 

Durante a exposição, estão previstas palestras sobre cafés especiais e o método de extração Koar, de criação pernambucana. 

Serviço
Exposição “O café que nos une: de Pernambuco para o mundo”
Quando: de 7 de dezembro a 2 de fevereiro de 2025
Horário: de quarta a sexta, das 10h às 17h; aos sábados e domingos, das 10h às 16h
Onde: Museu da Cidade do Recife – Praça das Cinco Pontas, s/n – São José – Recife (PE)
Mais informações: www.museudacidadedorecife.org
Entrada gratuita

TEXTO Redação / Fonte: JCPE • FOTO Museu da Cidade do Recife

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Chapada Diamantina é a mais nova denominação de origem para cafés

O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) reconheceu, nesta terça (15), uma nova indicação geográfica (IG) para cafés. Com 24 municípios – entre eles, o já premiado Piatã –, a Chapada Diamantina é a primeira denominação de origem (DO) para cafés da Bahia e a sexta DO de cafés do Brasil.

O pedido para o reconhecimento da região foi feito em dezembro de 2022 pela Aliança dos Cafeicultores da Chapada Diamantina. Uma denominação de origem, não custa lembrar, reconhece e valoriza cafés de qualidade singular, com forte vínculo com o território. Com a conquista, os cafeicultores da Chapada passam a ganhar um certificado oficial que atesta a procedência e a autenticidade do produto, o que confere a eles melhores condições de negociação e uma identidade própria nos mercados nacional e internacional.

A obtenção de uma indicação geográfica resulta de um trabalho intenso, longo e complexo. No caso da Chapada Diamantina, envolveu prefeituras, técnicos, produtores e instituições como a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Esta, por sua vez, foi responsável por elaborar o estudo que serviu de base para o pedido.

Entre os fatores naturais e humanos que singularizam o café baiano estão a altitude acima de 850 metros, a colheita quase 100% manual na região, a orientação de sol nas encostas das montanhas onde os cafés são cultivados e as técnicas tradicionais de secagem em terreiros. Estas características, por sua vez, resultam combinadas em um perfil quimicamente diferenciado destes cafés em relação aos grãos produzidos no restante da Bahia e do país – altos teores de ácidos orgânicos e clorogênicos (as informações são do estudo “Café da Chapada Diamantina, Bahia: qualidade da bebida e relações com o meio ambiente”, da UESB).

Também de acordo com o estudo, o perfil sensorial dos cafés da Chapada Diamantina caracteriza a bebida como “encorpada, adocicada, com acidez cítrica, notas de nozes e chocolate e final prolongado”.

Saiba mais:

Os municípios:
Abaíra | Andaraí
Barra da Estiva | Boninal | Bonito
Ibicoara | Ibitiara | Iramaia | Iraquara | Itaeté
Jussiape | Lençóis
Marcionílio Souza | Morro do Chapéu | Mucugê
Nova Redenção | Novo Horizonte
Palmeiras | Piatã | Rio de Contas
Seabra |  Souto Soares
Utinga | Wagner

A variedade: C. arabica

A história: Localizada no centro-sul da Bahia, a extração de ouro e de pedras preciosas foi uma atividade importante da região até ser substituída pela agricultura familiar. Nos últimos anos, chamou a atenção por conta de produtos como cachaça, frutas vermelhas, vinho e cafés especiais.

O topônimo “diamantina” resulta da ocupação do território com a penetração pelo interior do Brasil, a partir do século XVII, das entradas e bandeiras. Além da pecuária após a colonização, a região assistiu ao garimpo do outro no século XVIII e à  exploração dos diamantes no século XIX. A produção de café na região remonta aos século XIX e XX, sendo marcada, por exemplo, pelo desenvolvimento das ferrovias. O avanço deu-se na década de 1970, quando o cultivo de cafés entrou em crise resultante de pragas, geada e baixa produtividade, levando o governo federal a fomentar a expansão das plantações para outras regiões. O café também influenciou na formação do povo da Chapada, ligados à agricultura familiar, contribuindo com a definição de uma identidade peculiar e regional.

TEXTO Cristiana Couto / Fonte: Sebrae, INPI • FOTO Ravena Maia

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Percepção de sabores é tema de estudo realizado pelo The Coffee Sensorium

Entre os dias 19 e 20 de outubro, das 10h30 às 17h30, o projeto The Coffee Sensorium, conduzido pela neurocientista Fabiana Carvalho e pela pós-doutoranda da Epamig Maísa Mancini, realizará um estudo sobre a percepção de sabores em cafés especiais. 

A atividade acontecerá na cafeteria paulistana Sofá Café (Rua Jaguaribe, 258 – Vila Buarque). Consumidores amadores que tenham o hábito de tomar café especial (sem açúcar) há pelo menos seis meses estão convidados a participar da experiência. Por trabalharem diretamente com café, baristas não podem participar do estudo.

Com duração de 15 minutos, a dinâmica gratuita consiste em provar três amostras de café e avaliá-las segundo suas próprias percepções. Não é necessário realizar inscrição ou agendamento, basta chegar. Os participantes ganharão uma amostra de café para levar para casa. 

TEXTO Redação

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Drinque Cartagho vence fase nacional da competição da Licor 43

Ricardo Souza e seu drinque Cartagho

Inspirado na história de Cartagena, o coquetel Cartagho, criado por Ricardo Souza, é o representante brasileiro na final mundial do campeonato Bartender & Baristas Challenge, marcada entre 23 a 26 de setembro, em Cartagena, na Espanha, local de origem do destilado. 

Promovido por Licor 43, a competição desafia profissionais a criarem as melhores receitas combinando Licor 43 e café. O pódio da fase nacional foi composto pelo drinque Concert, de Gabriel Bressane, em segundo lugar, e por La Evolución, de Mariana Pina, que ficou em terceiro. 

Em seu drinque campeão, Souza usou 60 ml de Licor 43 original, 40 ml de café L’Or, 30 ml de purê de pitaya e 30 ml de suco de maçã. Os ingredientes foram colocados em uma coqueteleira com gelo e batidos por cerca de 25 segundos. Depois, a mistura foi coada em taça coupé previamente gelada e decorada com três maçãs verdes em meia lua, que simbolizam as três nações que passam por Cartagho, os povos fenícios, ibéricos e romanos.

Os critérios considerados foram: influência do Licor 43, conhecimento sobre café, facilidade para replicar/refazer, apresentação e entrega e, por fim, gosto e sabor. Entre os jurados estavam Caio Alonso Fontes, sócio da Espresso&CO, e Ensei Neto, especialista em café e autor da coluna Um Café para Dividir, do Estadão. 

TEXTO Redação • FOTO Fabiane Cintra