Mercado

Amigos e café: curitibanos se unem em projeto de microtorrefação

Jovens, amigos, apaixonados pelo café, por campeonatos, drinques com café e torra. Da união de tudo isso surgiu a Royalty Quality Coffee, uma microtorrefação em Curitiba (PR).

A iniciativa da empresa aconteceu em 2019 em uma conversa entre os atuais sócios Daniel Acosta Busch, José Luiz Dominico, Daniel Munari e Luis Fernando Machado, que sempre tiveram a intenção de ter uma empresa própria e empreender. “Foi uma evolução profissional de todos, a ideia é trazer algo novo e a nossa visão do café especial”, explica Munari.

Os quatro definem quais cafés querem em relação ao sensorial, assim Daniel Busch é quem vai em busca dos grãos. Os cafés são separados em quatro categorias diferentes: de 84 a 86 pontos são os básicos; 86 a 88 intermediários; 88 a 90 superiores, a linha ouro; e os acima de 90 se encaixam na linha diamante. “Pensamos em buscar grãos com notas sensoriais diferenciadas para sempre diversificarmos. Outra análise que fazemos é se determinado café poderia ser usado em campeonatos, algo que faz parte da nossa história e não poderíamos deixar de vincular de alguma forma”, conta Munari.

Os baristas e sócios José Luiz Dominico, Daniel Acosta Busch e Daniel Munari com seus troféus obtidos em competições de barismo

Ficou confuso sobre essas pontuações?

De acordo com a metodologia de avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA), o café especial é aquele que atinge pontuação acima de 80, em uma escala de pontos até 100. Essa pontuação ocorre leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Cafeteria & Afins

Festival reúne cafeterias e consumidores na capital do Paraná

Entre os dias 6 e 21 de maio, a cidade de Curitiba (PR) recebe o Festival Drink Good Coffee que acontece anualmente. Em sua 3ª edição, o evento conta com 19 cafeterias participantes.

Criado em 2015, o Drink Good Coffee tem como objetivo divulgar a cultura do café na cidade, dando ao público a oportunidade de conhecer novas cafeterias, métodos de preparo e a qualidade dos cafés preparados nas casas.

Além de proporcionar um contato direto com as cafeterias, o festival realiza workshops com temas relacionados ao universo do café para os amantes da bebida, abordando desde assuntos do cotidiano até temas mais complexos voltados para os profissionais.

Nesta edição, o grande desafio é criar um “menu” composto por três drinques. As bebidas oferecidas são, obrigatoriamente, um espresso ou café coado, um cappuccino ou alguma de suas variações que vá leite em seu preparo e um drink de assinatura, podendo ou não ser alcóolico.

Este ano, diferente das edições anteriores, o conjunto oferecido pelas casas não terá um preço fixo, deixando os estabelecimentos livres para escolherem as opções que irão oferecer.

Confira as cafeterias participantes:

Argenta Cafés
Black Coffee
Café com Bolachas
Café do Viajante
Café São Miguel
Chelsea Café
Coletivo Alimentar
Cookie Stories
Degusto Café – Batel
Degusto Café – Mercadoteca
Exprèx Caffè
Koffeine Café
Liquori Caffè – Batel
Liquori Caffè – Palladium
Loop Food
New York Café
Nougat
Smile Town Cafe
Supernova Coffee

Vale lembrar que os estabelecimentos participantes trabalham apenas com grãos especiais de todo o país e baristas qualificados. Uma ótima oportunidade para conhecer diferentes cafés e preparos e rodar pela capital do Paraná.

Mais informações sobre o festival e/ou workshops: www.drinkgoodcoffee.com.br

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Aprenda as receitas do Campeonato Brasileiro de Aeropress 2016

Campeão Hugo (ao centro), Kyo (2º lugar, à esquerda) e Rafael (3º lugar)

Campeão Hugo (ao centro), Kyo (2º lugar, à esquerda) e Rafael (3º lugar)

Hugo Rocco, do Moka Clube, de Curitiba, foi o vencedor da segunda edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress. Realizado no último dia 26/3 (sábado), o evento anual e itinerante escolheu a capital paranaense para realizar o concurso. Mais de 200 pessoas acompanharam o campeonato no Nex Coworking, organizado pela Terceira Onda Consultoria em Café e pela 4Beans Coffee Co.

Foram 27 competidores, de sete Estados diferentes do Brasil (conheça mais em @revistaespresso), que disputaram a melhor receita para o café do produtor José Renato Alves, um grão cereja descascado da variedade catuaí, colhido e beneficiado em 2015, na Fazenda Vista Alegri, em Piatã (BA). O café foi torrado na 4 Beans Coffee Co por Amanda Laffayette e o produtor fez questão de comparecer ao evento.

A primeira rodada do Campeonato Brasileiro de Aeropress foi bem emocionante e estava repleta de carinhas novas e de competidores estreantes. Baristas e apreciadores de café entraram na disputa em pé de igualdade e tinham oito minutos para preparar a bebida aos juízes. Amanda Laffayette (4Beans), Georgia Franco de Souza (Lucca Cafés Especiais) e Eystein Veflingstad (Terceira Onda Consultoria em Café) foram os julgadores principais. A barista Helga Andrade, da Ufla, julgou também algumas baterias.

juízes campeonato aeropress 2016

Juízes Georgia Franco (à esquerda), Eystein Veflingstad e Amanda Laffayette.

A maioria dos competidores ficou para trás na primeira rodada, pois dos 27, só nove passam para a semifinal. Esses foram:

Fernando Lopes da Silva – 1268 Café (São Paulo – SP)
José Maria de Almeida Junior – Universidade Estadual de Londrina (Londrina – PR)
Rafael Bosco – Propiciar (São Paulo – SP)
(chave 1)

Daniel Pires Reinhardt – Lucca Cafés Especiais (Curitiba – PR)
Aiko Nataly Kono – Marbô Bakery (Curitiba – PR)
Hugo Sousa Rocco – Moka Clube (Curitiba – PR)
(chave 2)

Kyo Silva – William & Sons (Porto Alegre – RS)
Fabiola Jungles dos Santos Lima –Caramelodrama Confeitaria (Curitiba – PR)
Juliano André Lamur -Arábica Simples (Curitiba –PR)
(chave 3)

A grande final foi realizada por Rafael Bosco, de São Paulo, Kyo Silva, de Porto Alegre, e Hugo Rocco, de Curitiba. Com três receitas bem diferentes, os três baristas apresentaram seus cafés para a última rodada, que valia uma viagem e a participação no Campeonato Mundial de Aeropress, em Dublin, na Irlanda.

O grande campeão, por escolha unânime dos juízes, foi o curitibano Hugo Rocco (Moka Clube). Curitiba vai invadir a Irlanda e vamos continuar acompanhando. O mundial será no dia 23 de junho, em local a definir, e com a participação de mais de 30 países.

Hugo Rocco

Hugo Rocco

Conheça as receitas completas dos três primeiros colocados

Campeão
Hugo Rocco

Método Invertido
• 20 gramas de café
• moagem média
• 180 ml de água
• temperatura da água: 82 ºC

Preparo
Coloque 150 ml de água e mexa com uma colher por 10 segundos. Deixe em infusão por 1min30s. Vire a aeropress e pressione por 35 segundos. Complete o café com 30g de água para equilibrar a acidez e deixar a xícara mais suave.
Tempo total de preparo: 2 min 15s
OBS: Para obter os 20g de café da receita, o barista moeu 25g em moagem média e peneirou 5g com uma peneira de confeiteiro de malha superfina, que uniformizou a extração em todas as partículas.

kyo silva campeonato aeropress 2016

Kyo Silva

2º lugar
Kyo Felipe Alves da Silva

• 17,5 gramas de café
• moagem média/fina
• 200 ml de água
• temperatura da água: 76ºC

Preparo
Primeiro faça uma pré-infusão com 30 ml de água, por 15 segundos. Após isso, agite por 20 segundos e coloque o restante da água até a marca de um minuto. Deixe em infusão por 90 segundos e pressione a aeropress.

rafael bosco campeonato aeropress 2016

Rafael Bosco

3º lugar
Rafael Bosco

Método Invertido
• 15 gramas de café
• moagem média/grossa
• 170 ml de água (foi usada a norueguesa Voss)
• Temperatura da água: 90ºC

Preparo
Aqueça a água a 90 graus, monte a aeropress de forma invertida. Escalde o filtro com um pouco de água (pode-se então aquecer mais de 170 gramas de água) para retirar o sabor de papel e de resíduos químicos. Despeje a água sobre o pó através de um fluxo lento, como se fosse um fio de óleo sendo despejado em uma panela. Quando a água começar a cair, gire a aeropress com movimentos contínuos para certificar-se que todo o pó será molhado. Após adicionar toda a água, aguardar 1 minuto e 30 segundos e então extrair o café.

hugo rocco campeonato aeropress 2016

Organizadores e 2017

Organizado pela 4 Beans Coffee Co. e pela Terceira Onda Consultoria em Café, o evento ainda contou com o apoio e patrocínio das empresas Mahlkönig, Torrador Atilla, MateSpresso, Nex Coworking e Revista Espresso. Os quitutes foram do Rause Café + Vinho e a discotecagem em vinil da Laffayettaria, com show ao final do bluesman Lucian Araújo.

A próxima edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress será realizada em Minas Gerais, no Sítio Santa Rita, em Espera Feliz, na região da Serra do Caparaó, nas Matas de Minas. Os anfitriões serão Fred e Miriam Ayres. Não vamos perder!

campeonato aeropress 2016

campeonato aeropress 2016

Campeonato Aeropress 2016

Campeonato Aeropress 2016

TEXTO Mariana Proença, de Curitiba (PR) • FOTO Olívia D'Agnoluzzo/Divulgação

Cafeteria & Afins

2º Festival Drink Good Coffee, em Curitiba, tem harmonizações a partir de R$ 9

Latte art_Marcelo Curia Curitiba segue movimentada com eventos de café. De 4 a 17 de abril a cidade recebe a segunda edição do Festival Drink Good Coffee, que pretende valorizar e divulgar o mercado de cafés especiais, através de 15 cafeterias locais. Durante o evento, as cafeterias participantes irão explorar a variedade do café, diferentes tipos de extração, harmonização e a criação de drinques criativos que levam o café como ingrediente principal. A ideia é agradar os apaixonados por café e apresentar o café especial para os novos consumidores. Serão 28 preparos, com preços que variam entre R$ 9 e R$ 19,90. Para participar do evento, as cafeterias tiveram que atender alguns pré-requisitos como: trabalhar exclusivamente com cafés especiais de origem nacional; ter profissionais qualificados e equipamentos adequados para o preparo e principalmente ter o “espirito colaborativo” para divulgar a cena de cafés especiais na cidade. A Revista Espresso é apoiadora do evento deste ano e irá presentear com assinaturas anuais as 15 melhores fotos publicadas pelos consumidores na rede social Instagram, durante o festival. A seleção das imagens será realizada pela organização do evento. Marque no Instagram a @revistaespresso e use a hashtag #festivaldrinkgoodcoffee para participar. Confira as cafeterias participantes: Allez Allez Café COMBO 1: Cappuccino + Banoffe = R$ 11,00 Festival Drink Good Coffee_Allez COMBO 2: 2 Espressos + 2 Tortinhas de banana da casa = R$ 12,00 Festival Drink Good Coffee _Allez Endereço: Rua Comendador Macedo, 246 – Centro Bisa Basílio Café COMBO 1: Cappuccino médio + Palitinhos folhados de parmesão = R$ 10,00 Festival Drink Good Coffee_Bisa Basílio COMBO 2: Espresso + Brigadeiro de castanha do pará com limão siciliano = R$ 9,00 Festival Drink Good Coffee_Bisa Basílio Endereço: Rua Coronel

Dulcídio, 1822 – Água Verde Black Coffee COMBO 1: Café filtrado + Misto quente = R$ 10,99 Festival Drink Good Coffee_Black Coffee COMBO 2: Affogato – R$ 12,99 Festival Drink Good Coffee_Black Coffee Endereço: Rua Comendador Araújo, 268 – Centro (dentro do Shopping Omar) Brooklyn Coffee Shop COMBO 1: Cappuccino + Cookie – R$ 10,00 Festival Drink Good Coffee_Brooklyn Coffee Shop COMBO 2: Iced Latte + Brownie – R$ 15,00 Festival Drink Good Coffee_Broklyn Coffee Shop Endereço: Rua Trajano Reis, 389 – São Francisco Café Catedral COMBO 1: Café Coado + Trifle = R$ 10,00 Festival Drink Good Coffee_Café Catedral COMBO 2: Cappuccino + Torta de Café = R$ 13,00 Festival Drink Good Coffee_Café Catedral Endereço: Rua Barão do Serro Azul, 81 – Centro Café Municipal COMBO 1: Cappuccino Vienense + Pão na chapa com manteiga = R$ 10,00 Festival Drink Good Coffee_Café Municipal COMBO 2: Cappuccino Italiano + Pão de queijo + Cuque de doce de leite = R$ 13,00 Festival Drink Good Coffee_Café Municipal Endereço: Rua General Carneiro, 1434 – Centro Degusto CaféBatel COMBO: Macchiato + Bolo de fuba com limão siciliano (acompanha nata)= R$ 13,00 Festival Drink Good Coffee _Degusto Café Batel Endereço: Avenida Vicente Machado, 1047 – Batel Degusto Café – Mercadoteca COMBO : Café latte + Blondie (bolo de chocolate branco com nozes) = R$ 13,00 Festival Drink Good Coffee _Café Degusto Mercadoteca Endereço: Rua Paulo Gorski, 1309 – Mossunguê Dugraum Cafeteria COMBO 1: Café filtrado (Aeropress) + Macaron = R$ 12,00 Festival Drink Good Coffee_Dugraum Cafeteria COMBO 2: Café filtrado (Hario V60) + Banoffi = R$ 12,00 Festival Drink Good Coffee_Dugraum Cafeteria Endereço: Avenida Vicente Machado, 141 – Centro Exprèx Caffè COMBO 1: Café fitrado + Trio de bem casado (limão, brigadeiro e doce de leite)= R$ 12,00 Festival Drink Good Coffee_Exprex Caffee COMBO 2: Infusão gelada da película do café com bergamota + 1 bagel de linguiça blumenau e molho gorgonzola = R$ 16,00 Festival Drink Good Coffee_Exprex Caffe Endereço: Rua XV de Novembro, 784 – Loja 1 NEW YORK CAFÉ Festival Drink Good Coffee _New York Café COMBO 1: Latte *Escolha entre os leites: integral, zero lactose, desnatado e artesanal de castanhas do pará + Bagel de gergelim com cream cheese = R$ 15,00 COMBO 2: Mocha feito com Chocolate Belga *Escolha entre os leites: integral, zero lactose, desnatado e artesanal de castanhas do pará + Bagel de gergelim com cream cheese = R$ 16,50 Endereço: Rua XV de Novembro, 2916 – Alto da XV Rause Café + Vinho COMBO 1: Coffeepolitan (releitura do cosmopolitan com cold brew) = R$ 19,90 Festival Drink Good Coffee_Rause Café COMBO 2: Aperol Sunrause (aperol, açúcar demerara, suco de limão, xarope de avelã e cold brew) = R$ 19,90 Festival Drink Good Coffee_Rause Café Endereço: Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 696 – Centro Santidade Café COMBO 1: Espresso + 1 Brownie = R$ 10,90 Festival Drink Good Coffee_Santidade Café COMBO 2: Café Filtrado Hario V60 + 1 Fatia Bolo de Fubá com Erva Doce = R$ 12,90 Festival Drink Good Coffee_Santidade Café Endereço: Rua do Centenário, 1900 – Centro – Campo Largo Supernova Coffe COMBO 1: Espresso + Brigadeiro = R$ 9,50 Festival Drink Good Coffee_Super Nova COMBO 2: Cappuccino + Cinnamon Roll = R$ 10,50 Festival Drink Good Coffee _Super Nova Coffee Endereço: Rua Coronel Dulcídio, 544 – Batel Tortas do Mundo COMBO 1: Froozen Caffé + Empanada Jamaicana = R$ 15,00 Festival Drink Good Coffee_Tortas do Mundo COMBO 2: Cappuccino Indiano + Torta Santiago (ambos sem lactose e sem glúten) = R$ 15,00 Festival Drink Good Coffee_Tortas do Mundo Endereço: Rua Nunes Machado, 1169 Loja 01 – Rebouças Serviço 2º Festival Drink Good Coffee Mais informações: www.drinkgoodcoffee.com.br

TEXTO Da redação • FOTO Marcelo Curia/Café Editora/Luiz César Mello Jr

Barista

Grupo promove encontro e noite com cafés especiais em Curitiba

Cafeinada

Nesta sexta-feira (1/4), o Coletivo Alimentar e o espaço cultural Das Nuvens promovem uma espécie de “virada do café” em Curitiba. É a segunda edição do evento Cafeinada, que reúne diferentes pessoas para compartilhar conhecimento sobre café.

Cafeinada

O encontro acontece a partir das 23 horas de sexta-feira e segue ao longo de toda a noite. Serão servidos cafés da marca Moka Clube e os blends do Distinto Cafés Especiais, nos métodos Hario V60, Aeropress, Clever, prensa francesa e Chemex.

Cafeinada

Origem, tipos diferentes de grãos e preparos serão explicados por baristas participantes do evento. No local, serão disponibilizadas, ainda, diversas comidinhas e pizzas, além de oficinas sobre como fazer produtos de beleza e sobremesas com café.

As vagas são limitadas e os ingressos custam R$ 25 e devem ser reservados pelo email correiodasnuvens@gmail.com.

No vídeo abaixo, veja como foi a primeira edição do evento:

Serviço
Cafeinada
Data: 1 de abril
Horário: a partir das 23h
Local: Das Nuvens – Rua Cândido Lopes 289, 21º andar – Centro – Curitiba (PR)
Valor: R$ 25
Mais informações: correiodasnuvens@gmail.com

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

Barista

Campeonato Brasileiro de Aeropress 2016 acontecerá em Curitiba (PR)

Edgar Martins (Urbe Café Bar) barista campeão do ano passado

Edgar Martins (Urbe Café Bar) barista campeão do ano passado

A segunda edição do Campeonato Brasileiro de Aeropress será realizada em março, em Curitiba (PR).

Organizado pela 3ª Onda Consultoria em Café e pela 4Beans Coffee Co, o evento contará com 27 vagas. Segundo a organização, o processo de inscrição será o mesmo do ano passado (adotado por campeonatos nacionais de Aeropress em vários países). A partir das 7h da manhã, do dia 25 de fevereiro, horário de Brasília, os candidatos deverão mandar uma mensagem para o e-mail do campeonato, que será divulgado em breve pelos organizadores. Os primeiros 27 candidatos que mandarem todos os dados solicitados na convocatória, a partir deste horário, serão selecionados. Acompanhe o site da Espresso para atualizações e novidades de inscrição.

Prêmio oficial assinado por Alan Adler da AeroPress Coffee Maker

Prêmio oficial assinado por Alan Adler da AeroPress Coffee Maker

Podem participar amantes do método Aeropress de todo o Brasil. Não é necessário ser profissional do café para competir. Os competidores concorrem a uma única passagem e estadia em Dublin, na Irlanda, em junho deste ano, quando acontece a etapa mundial do campeonato. No ano passado, o vencedor foi o barista Edgar Martins, do Urbe Café Bar, de São Paulo (SP).

O que é Aeropress?
O preparo já é bem conhecido das cafeterias de qualidade pelo País, mas bem pouco popular para o consumidor. Para explicar de forma bem simples, a Aeropress consiste em uma grande seringa, onde o café moído é colocado junto com a água quente, misturado e infusionado, e a extração ocorre após a pressão do barista no êmbolo superior. O método foi criado nos Estados Unidos há somente dez anos, em 2005, por Alan Adler, da Aerobie.

Serviço
Campeonato Brasileiro de Aeropress 2016
Inscrições: 25 de fevereiro, a partir das 7h (o e-mail para inscrição será divulgado no site da Espresso)
Campeonato: 26 de março
Local: Nex Coworking – Rua Francisco Rocha, 198 – Batel – Curitiba (PR)
Mais informações: www.facebook.com/aeropressbr

TEXTO Da redação • FOTO Rogério Canella/Café Editora; Divulgação

Café & Preparos

Torrefação 4 Beans Coffee Co. faz degustação de cafés internacionais e brasileiros em Curitiba

4beans_degustacao_cafe_divulgacao

Na próxima sexta-feira (3/7), a torrefação 4 Beans Coffee Co., de Curitiba (PR), realiza uma degustação de cafés de diferentes regiões produtoras do mundo como Panamá, Burundi, Ruanda e Quênia. A prova vai contar, ainda, com cafés brasileiros torrados pela 4 Beans.

Os participantes poderão escolher qualquer um dos cafés disponíveis e o método que desejam degustar. “Pode ser espresso, Aeropress, Hario, Clever e o que mais estiver na mão”, dizem os organizadores. A seguir, você mesmo mói e faz o seu café e se quiser levar o seu próprio grão ou método também pode.

A degustação custa R$ 20 e funcionará também como um soft opening para quem quiser conhecer a loja da torrefação, que ainda não foi aberta oficialmente.

Os cafés da marca estarão com desconto de 20% pra levar pra casa no dia da degustação.

Serviço
Data: 3 de julho
Horário: das 10h às 18h
Local: 4 Beans Coffee Co. – Al. Augusto Stellfeld 795 loja 3 Centro (anexo à Sociedade Ucraniana)
Valor: R$ 20 (pago no dia do evento, na entrada e em dinheiro)
Mais informações: www.facebook.com/4BeansCoffeeCo

TEXTO Da redação • FOTO 4 Beans Coffee Co./Divulgação

Cafeteria & AfinsMercado

Exclusivo no site – Especial Torra: entrevista com Georgia Franco, do Lucca Cafés Especiais

e43_IMG_0609 A nova edição da Espresso traz como matéria de capa o tema “torra”. Conversamos com diversos profissionais do setor para produzir um conteúdo relevante para os leitores da revista. Entretanto, o assunto não se encerra na edição. Ainda há muito que se discutir sobre o tema e ouvir a opinião de quem já trabalha com torrefação pode ajudar os iniciantes na prática, além de ser uma boa forma de rever velhos conceitos e se fazer novas perguntas. Nas próximas semanas você vai conferir aqui no site da Espresso um pouco da experiência desses profissionais da torra, que tanto se dedicam para revelar os sabores do grão e trazer o melhor café para a sua xícara. Hoje, confira a entrevista com Georgia Franco, do Lucca Cafés Especiais. Como começou o seu trabalho de torrefação no Lucca Cafés Especiais? A torra veio em primeiro lugar no Lucca. Eu viajei pela Europa e pelos Estados Unidos há uns 12 anos e este movimento de microtorrefações estava começando. Eu vi tudo isso e achei que seria uma experiência diferente. A cafeteria Lucca já começou com esse conceito de microtorrefação. Naquela época, ainda era a granel e depois nós padronizamos para comercialização em embalagens de 250g. O objetivo era mostrar diversidade. Quando nós começamos tínhamos 5 tipos de café, quatro só de origem e um blend, de regiões diferentes no Brasil. Naquela época já podíamos falar em single origin, mas esbarrávamos com uma falta de informação grande por parte dos consumidores. Tudo ainda era muito novo. Nós só passávamos essas informações para os clientes se eles pedissem, pois era muita informação. Então, fomos puxando pelo sabor na xícara, sem aprofundar muito. Aqui em Curitiba nossos clientes logo entenderam a proposta, nossos clientes já tinham um pouco dessa cultura e buscavam bons cafés e mais informação. Tínhamos muitos clientes estrangeiros. Aos poucos fomos introduzindo as informações e em 2005 passamos a ter outras origens, fomos conhecer as fazendas, ter proximidade com os produtores e frequentar as grandes feiras do setor. Os produtores sempre estão nessas feiras. É uma maneira de conhecer novos cafés. Eu estava sempre em contato com eles, com a chance de conhecer cafés por meio de resultados de concursos. Hoje, eu e a Carol [Carolina Franco, campeã brasileira de Preparo de Cafés e filha de Georgia] realizamos esse trabalho. Nós sempre vamos atrás de lotes diferentes. Como é o seu processo de torra? Quando nós decidimos que vamos comprar um café, nós o compramos porque ele tem potencial. Nós temos duas espaços onde fazemos a torrefação dos grãos Lucca e para clientes, uma na loja, no Batel, e uma no laboratório. Todos os microlotes são torrados na loja e torrados por mim. Chegando a safra nova, levamos para o laboratório para amostra e fazemos a curva de torra que vou reproduzir. Eventualmente, nós fazemos outros testes, porque o café muda, muda com a umidade e vários outros fatores. Eu recebo os cafés em embalagens grainpro [embalagem de café verde] ou a vácuo e os cafés que não uso ficam conservados. Eu compro cerca de três sacas de café de microlote. Isso faz com que eu faça poucos ajustes – ou nenhum ajuste – até que o lote acabe. Tem microlote que vende muito rápido. Nós torramos 120 quilos por semana na loja e no laboratório fazemos cerca de mil por semana, ou 4 mil por mês. Existem alguns microtorrefadores que deixam o café mais cru para acentuar a acidez. Meu processo é diferente. Não costumo fazer isso para acentuar a acidez. Eu compro um café que tem essa característica que eu consigo manter mesmo que eu tenha uma torra mais desenvolvida. Nos nossos cafés a acidez é própria do fruto. No Lucca, os perfis de torra são orientados para preparos específicos? No caso dos microlotes, nós orientamos para o filtrado, mas eles têm funcionado bem para o espresso. Na loja, nós temos vários tipos de preparo e também nós temos três moinhos para outros cafés, além do café do Lucca, que é o blend da casa. Nós colocamos cafés bem diferentes, com perfis bem diferentes, porque tem gente que tem máquina de espresso em casa. Quando eu faço uma torra, eu me preocupo com a caramelização de açúcares, em manter as características de sabor, mas ainda fazer um café tanto para espresso quanto para coado. Nós estamos ensinando os nossos clientes a apreciar a acidez do café e a acidez vai ser mais intensa no espresso. Poderia nos contar uma experiência com algum outro profissional que acrescentou ao seu trabalho? Em 2007, nós trouxemos para Curitiba o Mané Alves, da Specialty Coffee Association of America (SCAA). Ele já tinha sido meu professor e o reencontrei na Guatemala. Ele ficou uma semana com a gente e ministrou o mesmo curso que ele dá de torra para os meus funcionários. Ele trouxe 50 amostras de cafés para aprendermos a torrar. Para nós foi uma grande surpresa. Nosso objetivo era saber se o que nós estávamos fazendo estava coerente e a primeira coisa que o Mané nos ensinou foi calcular a densidade do café. A análise do grão é primordial. Verificar, dentro do lote, se as peneiras estão compatíveis, que não tenha vazamento de peneira para grãos menores não queimarem. Isso tudo tem a ver com processo de compra. Quais as variáveis na hora do torra que o profissional deve se atentar? Quando nós estamos no torrador de amostra nós não temos todos os controles, mas o cheiro é fundamental. É como dar ponto no brigadeiro. E não tem computador que vai dizer quando eu tenho que tirar meu café. Na loja, nós torramos em uma condição bem legal, porque no inverno é mais fresco, não precisamos usar ar condicionado, no verão eu tenho ar condicionado com condição boa. Ou seja, é preciso se atentar ao aroma, a temperatura e também ao tempo. A máquina faz a leitura do que acontece no ambiente. Eu uso um torrador Probat, e com ele eu não preciso me preocupar com isso. Esse ajuste é automático. Existem cafés cujo o próprio crack [barulho que que ocorre em dois momentos da torra, por reações físico-químicas no grão ao longo do processo de aquecimento] é tão sutil que você pode não ouvir, mas, normalmente, os cafés de pouca densidade tem estalos pequenos e você tem que ficar mais atento. Não tem um número que vai determinar como chegar lá. Você acentua certas características quando você faz uma curva mais íngreme e você vai acentuar outras características em uma torra mais longa. Os conceitos de torra mudam completamente dependendo do equipamento. Não tem receita de bolo. Cada um tem o seu equipamento e deve fazer o que melhor conseguir com ele. Quais equipamentos utiliza em sua torrefação? A máquina Leogap T5 (5 quilos) fica no laboratório, esse foi o primeiro. O da loja é um Probatone de 5 quilos. Ele foi o primeiro feito no Brasil. É o 001. Também temos um de amostra de três bocas de 100 gramas e um Probatone (12 quilos) para os cafés de cápsulas. Que conselhos você daria para uma pessoa que está planejando a compra de uma máquina de torra? Compre o melhor que o seu dinheiro pode pagar. Várias pessoas vieram fazer curso de torra conosco depois que já tinham comprado o equipamento e às vezes as pessoas compram a máquina e ela acaba ficando ociosa, porque a pessoa não vai torrar muito no início. Se a pessoa esta pensando em qualidade, primeiro ela deve pensar em como ela vai atingir esse mercado e crescer gradualmente. A primeira torra, independente de quanto você deixa a máquina estabilizada, é a mais difícil. Então, a chance de você errar em uma máquina menor é menos. O diferencial é o seu equipamento. Invista nos equipamentos. Os mais caros vão acabar lhe oferecendo mais recursos. Estude, pesquise equipamentos com menos chance de ter problema. Considerar confiabilidade no produto, compromisso de entrega e manutenção, não só performance da máquina na hora da torra mas também confiabilidade do produto. Converse com quem já tem um equipamento. Poderia dar um conselho para quem está começando a montar uma torrefação própria? Escolha a sua própria identidade. Não comece a imitar o que o outro já fez. É difícil você chegar ao nível de outro profissional que já esta fazendo isso há muito tempo. O produto tem que acompanhar o que você tem a oferecer. O cliente vai perceber o que você esta oferecendo. Você não pode dizer que ele vai perceber uma coisa e não entregar essa característica sensorial para o cliente, porque se ele não perceber o que você falou ele não volta.

TEXTO Da redação • FOTO Guilherme Gomes/Café Editora