Mercado

São Paulo Coffee Festival recebe mais de 13 mil pessoas e anuncia data para 2024

Nos dias 23, 24 e 25 de junho aconteceu o 2º São Paulo Coffee Festival, que trouxe para o pavilhão da Bienal mais de 13 mil pessoas e serviu em torno de 80 mil cafés. Com o sucesso desta edição, a iniciativa –  realizada há mais de 10 anos em outras capitais do mundo – cumpriu com o objetivo de celebrar e apresentar a comunidade dos cafés especiais para ainda mais consumidores. 

A presença das cafeterias, microtorrefações e as as principais marcas do segmento, foi complementada essa edição com a participação de pequenos produtores e fazendas que fazem o processo completo do grão à xícara, aumentando a conexão com o público apaixonado. Entre as mais de 110 marcas presentes, estavam as que assinavam também equipamentos, como máquinas de espresso e acessórios para preparar café.

A edição de 2023 também contou com a realização de oficinas, masterclasses e apresentações ao vivo de Latte Art. Os visitantes puderam aprender sobre diversos aspectos do café com mais de 50 palestrantes e diversas experiências. O sucesso da programação se confirma com o fato do público ter permanecido por mais tempo no evento ao longo dos três dias em comparação ao ano anterior.

A iniciativa também produziu a 7° edição da competição Copa Barista, que reconheceu o carioca Daniel Vaz como o melhor profissional da categoria. Primeiramente, o barista preparou um café bourbon, da Fazenda Lagoinha e, depois, com a combinação de dois cafés colombianos, foi o primeiro colocado na competição.

Da esquerda para direita: Renan Dantas, terceiro colocado; Daniel Vaz, campeão; e Emerson Nascimento, vice-campeão

Outro destaque do festival foi a área “A Cozinha”. O espaço trouxe diversos chefs que apresentaram receitas especiais e harmonizações com café,  as quais estão disponíveis no site do evento para quem quiser reproduzir em casa. O evento também trouxe a exposição em parceria com o Projeto Portinari, o ‘Num Pé de Café Nasci’, que apresentou a relação artística e biográfica entre Cândido Portinari e o café.

A música e a gastronomia ganharam mais foco nesta edição. Localizada no centro do festival, o espaço “Café e Música”, inspirado no projeto de Londres, permitiu que as pessoas desfrutassem de seu café enquanto ouviam música ao vivo com apresentações de artistas da cena paulistana, com a curadoria de Lúcio Ribeiro. Já a área externa do pavilhão contou com uma praça gastronômica repleta de opções que variavam de pizza e hambúrguer, até comida vegana.

Olhando também para sustentabilidade, o São Paulo Coffee Festival firmou parcerias com marcas voltadas a preservação ambiental, como a Eccaplan, empresa pioneira na redução, quantificação e compensação de carbono para eventos, e a Kablin, líder no mercado brasileiro de embalagens e referência do setor em sustentabilidade. O Festival recebeu o Selo Evento Neutro, por compensar as suas emissões de carbono apoiando projeto de agricultura regenerativa na própria cadeia do café.

A notícia boa para os apaixonados por café é que o São Paulo Coffee Festival já tem data marcada para o próximo ano. A terceira edição do maior festival do país será nos dias  21, 22 e 23 de junho de 2024. 

O São Paulo Coffee Festival teve patrocínio master de 3corações, Café Orfeu, Melitta e Nescafé; apoio de Nespresso, Café Store, A Tal da Castanha e Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Turismo, com realização da Allegra Events e Revista Espresso/Café Editora.

Sobre o São Paulo Coffee Festival

O São Paulo Coffee Festival é um evento organizado pela Revista Espresso/Café Editora em parceria com Allegra Eventos e que celebra a cultura do café especial na maior cidade da América Latina. Festival nascido em Londres, com mais de dez anos, marca presença em algumas cidades ao redor do mundo: Amsterdã, Cidade do Cabo, Los Angeles, Milão, Nova Iorque e Paris. Nos dias 21, 22 e 23 de junho de 2024 acontecerá a terceira edição do evento em São Paulo.

Mais informações: saopaulocoffeefestival.com.br

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Receitas

Bolo de milho vegano

Ingredientes

  • 120 g ou ¾ de xícara de milho cozido ou enlatado (drenado)
  • 90 g ou ½ xícara de óleo vegetal
  • 130 ml de água
  • 200 g ou 1 xícara de açúcar demerara
  • 15 g ou 2 colheres de sopa de farinha de linhaça dourada
  • 65 g ou ½ xícara de fubá mimoso
  • 70 g ou ½ xícara de farinha de arroz integral
  • 40 g ou ⅓ de xícara de fécula de batata ou amido de milho
  • 1,5 g ou ½ colher de chá de goma xantana
  • 13 g ou 1 colher de sopa de fermento químico

Preparo

Prepare uma forma (preferencialmente de alumínio) untando com óleo. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Em um liquidificador, coloque o milho, o óleo, a água e o açúcar demerara. Bata por cerca de 5 minutos. Transfira a mistura de milho para uma tigela. Adicione o fubá e a farinha de linhaça e misture bem com um fouet. Comece a adicionar o mix de farinhas sem glúten aos poucos, acompanhando a textura da massa crua. Pare de adicionar farinhas quando a textura da massa ficar cremosa, um pouco mais consistente do que uma massa de bolo comum. Se a massa ficar muito firme, o bolo não cresce bem, e se a massa estiver “oleosa” é porque passou da quantidade necessária de farinhas, então adicione mais água para corrigir. Por fim, adicione o fermento químico e misture. Leve ao forno por pelo menos 35 minutos (pode chegar até 50 minutos de assamento dependendo do forno, verifique antes de desligar se o bolo está completamente assado). Conserve em temperatura ambiente por até 5 dias, em geladeira por até 10 dias ou congele por até 2 meses.

RECEITA Carolina Yamamoto, chef confeiteira e mentora da Formação Plantlife

Café & Preparos

Marca curitibana lança medidor de pressão para cafeteiras Aram

A Aram Soulcraft apresentou recentemente um novo acessório para o mercado brasileiro de cafés: o Focus. Antes, o usuário já preparava manualmente o café espresso com a Aram. Agora, poderá aprimorar essa experiência através do controle da pressão durante o processo.

A velocidade aplicada na manivela controla a pressão da água, sendo possível adquirir uma maior cremosidade e um realce da bebida na xícara. “Nosso acessório vem para tornar visível a pressão da água dentro da cafeteira, assim você pode escolher quanto de pressão você quer para chegar no seu café ideal e, ainda, poder repetir ele toda vez”, destacou a marca curitibana. 

De acordo com os criadores, o Focus também ajuda a identificar a moagem correta: se está muito fina, as peças vão subir rapidamente até o ponto vermelho, indicando pressão excessiva; se estiver muito grossa, nenhuma peça vai subir, pois não haverá pressão e o café terá um sabor super ácido. 

O novo equipamento pode ser usado em todos os modelos já feitos da cafeteira Aram e está disponível no site da Aram Soulcraft, por R$ 550.

Mais informações: https://arambrasil.coffee/ 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Tem café na Casa da Boia

Estabelecimento histórico de São Paulo preserva a própria história e a da cidade e tem lugar especial para o produto que fez a metrópole crescer

Olhando de fora, o prédio antigo e bem cuidado, vizinho ao Mosteiro de São Bento, no centro de São Paulo, chama atenção. Mas, para quem olha da calçada, os canos e peças de hidráulica da Casa da Boia não dizem que lá dentro tem café, embora existam pistas: o cobre, que para além dos canos, está nos tachos e panelas, e o antigo fogão de ferro na entrada da loja indica que a cultura alimentar da cidade também passa por ali.

É no fundo da loja que um cantinho bem especial conta um pouco da história do café e da cidade, em painéis e textos que montam uma miniexposição e acompanham produtos como canecas e bules esmaltados e leiteiras de cobre. Um pequeno achado sobre o café e a cafeicultura que fica ali, disponível para quem tiver curiosidade e puder dispor de alguns minutos para conhecer e admirar o local. 

O café é só uma das riquezas valorizadas no espaço. Dica: olhe cada cantinho, olhe pra cima, para as vitrines, aponte o celular para os QR codes das imagens dos painéis, cada vista guarda uma surpresa. A Casa da Boia é uma loja de metais e hidráulica, fundada por Rizkallah Jorge Tahan, em 1898. Ele era um imigrante sírio e foi bastante atuante no comércio, entre sua comunidade e para a história da cidade. Com 125 anos completados em maio de 2023, a Casa da Boia é um raro caso de empresa que segue na mesma família (hoje é dirigida por seu neto, Mario Rizkallah), no mesmo ramo de atuação e no mesmo endereço desde sua abertura.


De tão importante para a cidade, a Casa da Boia foi tombada como patrimônio histórico municipal. O prédio, que também foi residência da família Rizkallah por muitos anos, foi restaurando e é muito bem conservado, fazendo parte do braço cultural da empresa, que, além das exposições na própria loja (com fotos, mapas, objetos de época e materiais complementares no site), mantém um museu no piso superior e realiza diversos eventos, palestras, passeios e cursos.

Para acessar o museu não se paga nada, mas é preciso agendar a visita monitorada, que ocorre toda última quinta-feira do mês, sempre às 14h, coordenadas pelos historiadores Renata Geraissati e Diógenes Sousa. E, se bater a vontade de tomar um café depois de conhecer todas as riquezas guardadas nesse espaço, dá pra aproveitar e visitar algumas das emblemáticas cafeterias do centro histórico de São Paulo:

Caffà Latte – Rua do Comércio, 58 – Centro
Café Girondino – Rua Boa Vista, 365 – Centro
IL Barista na B3 – Rua João Brícola, 59 – Centro
Café do Farol Mag Café no Farol Santander – Rua João Brícola, 24 – Centro

Visite a Casa da Boia! Rua Florêncio de Abreu, 123 – Centro – São Paulo (SP)

TEXTO Cintia Marcucci • FOTO Cintia Marcucci

Mercado

Pernambuco Café Show reúne especialistas e coffee lovers em Recife

Entre os dias 28 e 30 de julho, a cidade de Recife (PE) recebe a primeira edição do Pernambuco Café Show, realizado na Livraria Jaqueira – Unidade Recife Antigo. Com uma programação gratuita que inclui palestras, debates, atividades especiais, preparos de cafés e demonstrações de torra do grão, o evento traz nomes e marcas locais e nacionais, do café e da gastronomia.

Durante a realização, a Livraria Jaqueira será dividida em arenas, com ativações especiais no auditório para 110 pessoas, galeria para exposições e, também, uma área de torrefação industrial integrada a uma operação de café ao estilo to-go, para quem quiser levar os cafés torrados na hora para casa. Confira detalhes:

Arena Café Show
Espaço destinado a apresentações ao vivo de baristas e mestres de torra, com demonstrações e degustações guiadas de café. Contará com o Torra Show, onde mestres de torra explicarão sobre os processos de uma torrefação de café; as Oficinas de Cafés Filtrados, em que baristas ensinarão técnicas de extração de café, por meio de diferentes métodos de preparo; e o Papo de Café, espaço para bate-papo com baristas, empreendedores e profissionais especializados.

Arena Cantinho do Café Decor
Local reservado para demonstrações e bate-papos sobre como montar ambientes cafeinados integrados com a ambientação. Dicas e tendências apresentadas por arquitetos e designers de interiores.

Arena Beer Coffee
Cervejas artesanais feitas com café terão destaque na programação. Serão realizadas palestras e degustações guiadas sobre beer coffees, além de um Happy Hour oficial do Pernambuco Café Show, na Babylon Station Recife Antigo, com programação musical e promoções para os participantes.

Arena Desafio Barista
Espaço destinado a competições de baristas profissionais e amadores, que irão preparar cafés especiais no método Koar. A organização da disputa, jurados e toda a estrutura está sob responsabilidade da Koar.

Flash Tattoo Coffee
Espaço para um bate-papo sobre tatuagens e life style do café, coordenado pelo tatuador Renato Mousinho. Contará com apresentação de desenhos e sorteio de tattoos.

Auditório/Palestras
Com especialistas de diversas áreas da cadeia produtiva do café, o auditório da Livraria Jaqueira receberá palestrantes de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Um dos pontos altos desta programação será uma Palestra com Pocket Show de Dudu Alves e Marcelo Melo, do Quinteto Violado, do projeto Café com Quinteto Violado, disco com músicas gravadas em cafeterias do Recife. 

Alan Cavalcanti, barista, mestre de torra, consultor e empreendedor em negócios de café,  é o responsável pela coordenação e curadoria do Pernambuco Café Show. “Este evento é a consolidação do projeto ancorado pelo Rolê do Barista, que deu os primeiros passos no programa de rádio Conexão Café. A ideia central é que o café conecta as pessoas e é isto que queremos, conectar pessoas em torno do café”, descreveu.

Além da parceria com a Livraria Jaqueira, o evento conta com o Apoio Institucional do Sebrae Pernambuco, que comandará uma área de inovação e gestão de negócios direcionada para empreendedores do segmento e ou participantes que estão planejando abrir negócios com café.

A abertura do Pernambuco Café Show acontecerá na sexta-feira (28), com uma Mesa Solene de autoridades e instituições ligados ao segmento, a exemplo das Associações de Produtores de Café de Taquaritinga do Norte e Triunfo, Sebrae, Associação de Cafeterias de Especialidade de Pernambuco, Prefeituras e Governo de Pernambuco.

Mais informações: www.instagram.com/roledobarista

TEXTO Redação

Barista

Brasil faz história em campeonatos mundiais

A comemoração foi grande entre todos os brasileiros, mas principalmente de muitos gritos e choros com aqueles que estavam diretamente da Grécia, na World of Coffee Expo. Boram Um, tricampeão nacional na categoria Barista, conquistou o título inédito de primeiro lugar no Campeonato Mundial. Já Garam Um ficou em terceiro lugar no Mundial de Brewers Cup, título também inédito para o Brasil. 

No Mundial de Barista, os competidores precisam preparar quatro espressos, quatro bebidas com leite e quatro bebidas originais exclusivas, em 15 minutos. Boram utilizou a variedade geisha panamenha no espresso. Nas bebidas com leite, um blend do geisha com bourbon rosa, variedade nova, produzida por sua família. Já nos cafés de assinatura, a escolha foi o bourbon rosa 100% brasileiro.

As bebidas foram avaliadas por juízes de todo o mundo, certificados pela World Coffee Events (WCE), entidade realizadora dos campeonatos mundiais. A análise é feita com base no sabor, limpeza, criatividade, habilidade técnica e apresentação geral, critérios em que Boram se sobressaiu sobre os outros mais de 40 competidores de diferentes partes do globo.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vinicius Estrela, destaca que a bebida exclusiva permite que os baristas expandam sua imaginação e os paladares dos juízes para incorporar uma riqueza de conhecimento sobre café, em uma expressão de seus gostos e experiências individuais. “E foi fantástico que o Boram teve o destaque nas bebidas de assinatura usando café totalmente brasileiro, o que abre um leque de oportunidades e volta os olhos de todo o mundo para os cafés especiais do Brasil”, comenta.

O brasileiro Edgard Bressani foi um dos apresentadores do campeonato e quem anunciou o grande resultado. “Fui abençoado por ter sido escalado nessa hora da apresentação. Meu coração disparou e eu tremia. Boram estava tranquilo e dominou as emoções. E o mais legal é que era uma rodada de mulheres como juízas. Pude provar os cafés e foi a melhor bebida com leite que já provei, além de uma apresentação impecável”, destaca. 

“O impacto que isso terá no Brasil será grandioso. O mundo está de olho no país agora também para os cafés especiais. O Brasil é, este ano, o símbolo do café especial no planeta. Esse é o reconhecimento do constante trabalho de aprimoramento do setor, que é realizado pela BSCA desde sua fundação, e também de capacitação dos baristas, principalmente com a realização dos Campeonatos Brasileiros de Barismo, em parceria com a ApexBrasil. Sem as competições nacionais, que nos estimulam no longo prazo, seria impossível termos essa consistência de preparo e treinos, o que nos permite atingir melhores resultados a cada ano”, pontua Boram.

Vinicius Estrela recorda que o destaque alcançado pelo Brasil é fruto de uma semente plantada em 2016, quando a BSCA se tornou National Body da World Coffee Events e obteve o direito de realizar os Campeonatos Brasileiros de Barismo. “A história da Associação é visionária e de vanguarda. Todos que por aqui passaram deixaram seu legado e, hoje, colhemos esses resultados fantásticos, que demonstram que a entidade se norteou, norteia-se e seguirá se norteando pelo caminho do aprimoramento e da capacitação dos cafés especiais nacionais. Temos que comemorar as conquistas alcançadas e, principalmente, manter a ampliação constante de nosso trabalho, sempre em busca de elevarmos os padrões dos cafés especiais do Brasil”, conclui.

A família de Boram e Garam começou a produzir cafés em 2009 e os irmãos ingressaram no universo do barismo e das competições em 2016, mesmo ano em que a BSCA deu início às disputas no país. “Em termos de representatividade, acho que, com esses prêmios, conseguimos colocar o Brasil no mapa de um mercado que é elitizado, principalmente para países que são consumidores. São sempre os grandes países europeus, os grandes asiáticos ou a América do Norte que dominam esse mercado de consumo de especiais, e agora creio que ajudamos a inserir o Brasil como destaque. Ainda estou processando! Faz tanto tempo que estamos buscando isso. Parece ainda um sonho”, avalia Boram.

No Brewers Cup, Garam apresentou 14 g do geisha natural do Janson Coffee, em Volcán, Panamá, e 6 g do Laurina Natural da Café Granja La Esperanza, em Valle de Cauca, Colômbia. O preparo foi feito na hario v60 de metal, com o Mesh do W60, um filtro de tela.

“Eu acabei usando o mesmo tema do nacional que achei que seria forte para o Mundial, que era a sinergia de toda a cadeia do café junto da técnica de extração. Foi um preparo muito intensivo, de 10 a 12 horas por dia de treino para conseguir chegar na melhor apresentação. Treinei focado na apresentação full time cerca de 1 mês e meio. Estou muito alegre e com um senso de alívio por ter conseguido chegar no top 3 do mundo. No Brewers os detalhes contam muito e eu sabia que qualquer erro seria fatal para não estar entre os semifinalistas e finalistas do mundial, porque os outros competidores também não erraram”, conta Garam.

Danilo Lodi, coach dos irmãos e barista, provador, torrador, instrutor e consultor no mercado de cafés especiais desde 2004, juiz do WBC desde 2010 e representante do WCE, revela que ficou sem voz e chorou muito (assim como a maioria de nós!) com os anúncios. “As pessoas nem imaginam como é esse esforço coletivo. Vai desde lavar a louça até provar café, a apresentação é deles, mas a equipe ajuda com palpites. Boram e Garam são especiais demais, dedicados e estudiosos, não poderia estar mais feliz por ter dois grandes embaixadores. Eles representam a minha profissão, minha indústria e meu país. Não tem como não se emocionar em ter duas pessoas que são exemplos de excelência e carisma”, aponta Danilo. 

Segundo o profissional, os irmãos devem viajar o mundo, participar de eventos, dar aulas e mostrar a qualidade do café brasileiro lá fora, “vão ser meses intensos para os dois”. A marca Brewista até criou uma chaleira personalizada para o Garam e uma pitcher para Boram! 

Durante o evento na Grécia, ocorreu também o  World Cup Tasters Championship, que avalia a habilidade de distinguir cafés por degustação às cegas, levando o menor tempo possível. José Augusto Oliveira Naves, de Varginha (MG), figurou entre os 30 melhores da categoria. 

TEXTO Redação • FOTO BSCA e divulgação

Micro lotes vieram para ficar: Oportunidades?

Há muitas definições sobre o conceito de micro lote e nenhum consenso ou acordo sobre uma ou uma combinação delas. Não há tampouco associação entre o tamanho do lote e o total de área da fazenda onde ele é produzido. Em outras palavras, há micro lotes vindo tanto de fazendas grandes quanto de pequenos produtores. As oportunidades estão aí para todos, mas elas podem não estar sendo totalmente exploradas pelos pequenos produtores, que são a maioria no Brasil.

Embora faça sentido assumir que pequenos produtores de café estão idealmente posicionados para produzir micro lotes, este pode não ser necessariamente o caso. Eles podem ter a mão de obra e o tempo para se dedicarem à produção de micro lotes de alta qualidade, mas eles podem não ter acesso suficiente à tecnologia, insumos, equipamento e ao próprio mercado do café. 

Como geralmente é o caso com a inovação em muitas áreas, há uma tendência para novos desenvolvimentos no café começarem com produtores maiores que têm maior acesso aos itens mencionados acima sem falar em economia de escala. Embora teoricamente pequenos produtores possam produzir pequenos lotes da mais alta qualidade, na prática é possível que eles tenham que se unir para acessar tecnologia para produzir de maneira mais eficiente – variedades, produtividade, qualidade, etc. – para processar micro lotes usando tecnologia sustentável de última geração, para avaliar a qualidade de seus cafés e para melhorar seu acesso aos mercados.

Até mesmo em países onde governos ou participantes na cadeia de suprimentos do café provêm assistência técnica, pode haver ganhos para que pequenos produtores se unam em associações ou cooperativas para processar, promover e vender seus cafés e principalmente seus micro lotes. Sustentabilidade e qualidade são parâmetros chaves dos micro lotes em quase todas as definições. Tecnologia moderna, que inclui agricultura regenerativa, é exigida para produzir de uma maneira sustentável, assim como equipamento moderno para processar de forma sustentável e para reter a qualidade intrínseca dos micro lotes. Provadores de café treinados são necessários para identificar e caracterizar a qualidade dos micro lotes a serem associados a seus “terroirs”. Unidos, os pequenos produtores podem produzir melhor e colocar os micro lotes em um mercado que é muito competitivo.  

Os micro lotes oferecem uma série de oportunidades para pequenos produtores de todos os tamanhos receberem preços mais altos por seus cafés, mas grandes produtores estão geralmente melhor preparados para tanto. Pequenos produtores podem compensar suas limitações trabalhando juntos e compartilhando instalações de processamento e um laboratório de avaliação de qualidade. Isto pode abrir caminho para que pequenos produtores se tornem mais ativos nas competições de qualidade de café, que podem ser um importante instrumento para promover seus “terroirs” e seus micro lotes.

Grandes e médios produtores podem também aumentar sua participação no mercado de micro lotes identificando “terroirs” específicos dentro de suas fazendas ou selecionando as melhores qualidades nos lotes maiores. Isto pode ser feito pela combinação de provas frequentes de amostras e processamento pós-colheita individualizado para enfatizar características sensoriais específicas.

O fornecimento de micro lotes corresponde ao ditado “o diabo está nos detalhes”, da escolha de variedades ao processamento pós-colheita, sem falar no fato que o próprio clima pode favorecer ou dificultar a produção de micro lotes de qualidade específica no mesmo “terroir” de um ano para outro. Isto levanta a questão da consistência da qualidade nos micro lotes ao longo do tempo. Para acessar e reter um mercado específico é esperado que, exceto por variações pequenas, os micro lotes retenham um perfil sensorial similar que possibilita que eles atraiam segmentos específicos de mercado e clientes ano a ano. Isto é ainda mais uma razão pela qual o diabo está realmente nos detalhes da cadeia de suprimento de micro lotes e seu mercado.    

TEXTO Carlos Brando

Mercado

Melitta oferece diferentes bebidas durante evento de café na Bienal do Ibirapuera

Foto: Agência Ophelia

A Melitta é presença confirmada na 2ª edição do São Paulo Coffee Festival, que acontece de 23 a 25 de junho, na Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Para oferecer bons cafés, a marca preparou uma série de ativações para interagir com o público.

Aqueles que passarem pelo estande da Melitta poderão desfrutar de cafés torrados e moídos da linha gourmet Regiões Brasileiras e das linhas de especiais Sugestão do Barista e Compagnia Dell’Arabica, além das novas cápsulas Melitta em alumínio. Como parte do cardápio, haverá também opções de bebidas quentes e geladas, e drinques alcoólicos, como o Melitta Tropical.

Acessórios exclusivos para o preparo de café, disponíveis no e-commerce da marca, serão divulgados no evento e poderão ser comprados com cupom de desconto pelas pessoas que passarem no estande da marca.

Além do estande, a Melitta é patrocinadora da Copa Barista, competição que premia os melhores baristas na preparação de espressos, cappuccinos e filtrados. Na disputa, os participantes terão de preparar os cafés utilizando os filtros e suportes da marca e serão avaliados por juízes técnicos, que verificarão a performance na preparação, e juízes sensoriais, que irão comparar às cegas as xícaras dos competidores.

Outra atração será a ativação artística da Melitta em um mural com 5 metros de largura, onde a artista e designer Andréia Mariano irá expor pinturas e desenhos feitos nos filtros de papel Melitta. Os visitantes poderão interagir e criar sua própria obra de arte no filtro para incluir na exposição.

O São Paulo Coffee Festival irá oferecer workshops durante toda a programação e, no espaço Sensory Experience, o barista Anderson Meireles ensinará sobre os principais métodos de preparo do café, além de apresentar os diversos acessórios da Melitta. Clique aqui e confira a programação do Sensory Experience.

Jonatas Rocha, diretor de Marketing da Melitta, explica a importância de participar e apoiar um evento como esse: “O São Paulo Coffee Festival traz muita informação e curiosidades sobre o universo do café, fomentando cada vez mais o tema e essa bebida tão amada pelos brasileiros. Por isso, preparamos muitas ativações para entreter o público, levar informação e, claro, oferecer a degustação de nossos cafés fresquinhos, passados na hora”.

Serviço
São Paulo Coffee Festival 2023
Quando: 23, 24 e 25 de junho
Horário: 23/6 (das 14h às 21h) e 24 e 25/6 (das 10h às 18h)
Onde: Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera
Mais informações e ingressos: www.saopaulocoffeefestival.com.br 

TEXTO Redação

Cafezal

Cafés de 12 regiões brasileiras com Indicação Geográfica são expostos na World of Coffee 2023

O Brasil levará 12 origens produtoras de cafés especiais, detentoras de Indicações Geográficas (IGs), à principal feira do segmento na Europa, a World of Coffee, que este ano será realizada em Atenas, na Grécia, de 22 a 24 de junho. A iniciativa integra as ações do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O estande contará com duas salas de reuniões para prospecção de negócios, seis bancadas de empresas participantes do projeto setorial, duas salas de cupping e um brewbar para degustação dos cafés especiais provenientes das IGs: Denominações de Origem Caparaó (ES e MG), Região do Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Rondônia e Montanhas do Espírito Santo; e Indicações de Procedência Alta Mogiana (SP), Campo das Vertentes, Espírito Santo (café conilon), Região de Garça (SP), Matas de Minas, Norte Pioneiro do Paraná e Região de Pinhal (SP).

Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, a Europa é o principal mercado dos cafés especiais brasileiros e a Grécia, que tradicionalmente é consumidora de cafés mais convencionais, vem evoluindo nesse cenário. “Estão sendo abertas muitas cafeterias no país, que vêm descobrindo a origem brasileira e a qualidade do café especial do Brasil. Essa é uma excelente oportunidade para a expansão em um novo mercado e a inclusão do nosso produto diferenciado”, comenta.

Ele anota que a apresentação dessas 12 origens com Indicações Geográficas é a grande novidade da ação deste ano e vem ao encontro das demandas do mercado europeu no que tange a produtos que respeitem os critérios ESG em seu processo de produção. “Apenas entregar qualidade não é mais suficiente. Por isso a BSCA trabalha com um tripé muito importante, que envolve qualidade, sustentabilidade e origem, o que é uma realidade do café especial brasileiro. Evidenciar isso em nosso principal mercado é uma resposta aos anseios europeus sobre nossa produção de café especial rastreável e com respeito à governança socioambiental, garantindo posição de destaque ao Brasil”, completa.

Em 2022, a participação brasileira na World of Coffee, realizada em Milão, na Itália, rendeu US$ 21,894 milhões em negócios presenciais e a prospecção para a concretização de mais US$ 93,630 milhões nos 12 meses seguintes, através de 1.193 contatos comerciais realizados na feira. Para este ano, a previsão é que os números sejam equivalentes ou superiores.

TEXTO Redação

Mercado

São Paulo Coffee Festival: Conheça as atrações musicais de 2023

Ei, galera de São Paulo! Já reservou os dias 23, 24 e 25 de junho para visitar o São Paulo Coffee Festival? Em sua segunda edição, o evento reúne gastronomia, arte e muitos cafés nos estandes das marcas participantes e nas palestras e workshops da grade de programação.

Para deixar o clima ainda mais gostoso, atrações musicais se apresentam durante os três dias de SPCF! A curadoria foi feita por Lucio Ribeiro (@lucioribeiro), jornalista de cultura pop e curador de shows e festivais. Confira quem são e os horários de apresentação:

Sexta (23/6)
14h às 16h – Playlist
16h às 18h – DJ Mexicano
18h às 18h40 – Marina Gasolina
18h40 às 21h – DJ Fiervo

Sábado (24/6)
10h às 12h – Playlist
12h às 12h30 – Isabel Lenza
12h30 às 14h30 – DJ Mexicano
14h30 às 15h10 – Nina Maia
15h10 às 18h – DJ Mexicano

Domingo (25/6)
10h às 12h – Playlist
12h às 12h30 – Ultraviolet
12h30 às 14h30 – DJ Fiervo
14h30 às 15h10 – Papisa
15h10 às 18h – DJ Fiervo

Saiba mais sobre cada artista!

DJ Mexicano
Também conhecido como Mex, iniciou sua jornada no mundo musical nos anos 90, tocando numa banda do circuito underground paulista, porém foi nas picapes que ele se encontrou! Com o projeto Roots Rock Revolution, explorou a mistura de electro, rock, bass music e hip hop. Esteve na linha de frente de diversas festas e eventos de São Paulo e outros estados do Brasil. Mex harmoniza novidades e clássicos para fazer as pessoas dançarem! Instagram @mexicano.

Foto: Natasha Durski

Marina Gasolina
Compositora, cantora, professora, artista visual e escritora. Em 2005, ao lado de Rodrigo Gorky, fundou o Bonde do Rolê, banda que alcançou reconhecimento internacional ao fechar contratos com gravadoras de renome e realizar turnês em diferentes países. Em 2022, lançou o álbum Dispopia. Já neste ano, a artista tem feito shows nas capitais de diversos estados brasileiros. Instagram @monstervello.

Foto: Gabriela Batista

Isabel Lenza
Paulistana com dois álbuns autorais e independentes lançados. Em 2019, mergulhou em novo processo de composição, onde misturou sonoridades com teclados etéreos e beats. Em 2021, apresentou seu álbum “Véspera”. Seu primeiro single estreou no segundo lugar do top 50 da Cena Popload e na playlist editorial Fresh Finds, do Spotify. Instagram @isabellenza.

DJ Fiervo
Com um som que vai além do espectro da disco e do indie-dance, mistura influências de electro, brazil, techno, RnB, funk, afro e rock, com um recorte mais underground. Busca apresentar tanto um caminho mais sintético e de beats retos das pistas dos clubs, até uma seleção mais orgânica, melódica e eclética de festas vespertinas. Instagram @fiervo.

Nina Maia
Cantora, compositora, instrumentista e produtora de 20 anos. Já colaborou em trilhas sonoras de seis longa-metragens e lançou alguns singles de 2021 para cá. Marca presença em bares e festivais de São Paulo, com sua música que caminha entre mpb, jazz contemporâneo e pop. Atualmente está em processo de produção de seu novo projeto solo. Instagram @mninamaia.

Ultraviolet
A banda combina elementos de trip hop e indie pop e é liderada pela cantora Irina Gatsalova e pelo produtor Cello Nascimento. Com guitarras atmosféricas, violões melódicos, pianos elétricos e batidas hipnotizantes, a banda cria uma paisagem sonora que leva os ouvintes a uma jornada emocional. Instagram @_violet_ultra_.

Foto: Guillermo Calvin

Papisa
Cantora, compositora e produtora, integrou as bandas Cabana Café e Parati até apostar em trabalhos solos a partir de 2016. Seu som flerta com rock alternativo, indie rock e dream pop, com pitadas de brasilidade. Para o SPCF, prepara uma apresentação com arranjos intimistas, acompanhados de batidas eletrônicas e loops. Instagram @papisa_.

TEXTO Redação
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