Barista

Daniel Vaz, da Five Roasters (RJ), é bicampeão na 9ª Copa Barista

O São Paulo Coffee Festival reuniu baristas e apaixonados por café em três dias de Copa Barista, na Bienal do Ibirapuera, na capital paulista. A competição, que chegou à sua nona edição entre 27 e 29 de junho, contou com 20 profissionais de diferentes cidades do Brasil e teve como campeão o carioca Daniel Vaz, da Five Roasters (RJ).

Este ano o desafio foi entregar, em 14 minutos, uma dupla de filtrado no método Melitta, uma dupla de cappuccino na xícara Stanley e uma dupla de um drinque autoral feito com espresso e Licor 43 Original. Além do sensorial, os competidores também foram avaliados tecnicamente durante suas apresentações.

Vaz, que agora é bicampeão da Copa Barista (2023 e 2025), escolheu grãos de catuaí 785 amarelo, da Fazenda Vista do Brigadeiro, nas Matas de Minas, para preparar os cafés entregues na competição – inclusive a dose de espresso de seu drinque de assinatura, composto também por 20 ml de Licor 43 Original, 20 ml de cordial de cogumelo, 20 ml de mel de cacau e 5 ml de limão siciliano.

“Para mim, ganhar a Copa Barista é muito importante, porque é um campeonato dinâmico e desafiador. Você está lidando com os maiores baristas do Brasil, em um duelo que não tem meio termo, ou a sua bebida é a melhor ou não é”, contou Vaz à Espresso. “E, como proprietário de uma torrefação, ser campeão agrega muito valor”, destacou.

O segundo lugar ficou com Renan Dantas, da Dantas Coffee Company, de São Paulo (SP), seguido por André Phillipe dos Santos, da Ristto Coffee, do Rio de Janeiro (RJ), que competiu na Copa Barista pela primeira vez.

“Participar duas vezes e ganhar duas vezes é uma sensação única de dever cumprido”, disse o campeão, que recebeu como premiação R$ 6,5 mil em dinheiro, R$ 550 em vale-compras no site da Café Store, uma Melitta Amano, uma cafeteira espresso Oster Perfect Brew Máxima, um kit da Licor 43 e uma garrafa Transit e uma mug da Stanley.

A 9ª Copa Barista contou com patrocínio de Melitta, Storm, Licor 43, Stanley e Fonte Platina, e apoio de Café Store e Oster.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia/SPCF

Cafezal

Mandaguari conquista selo de origem para seu café especial

Com a Denominação de Origem concedida pelo INPI, região no Noroeste do Paraná torna-se o 18º território reconhecido pela qualidade do café e aposta no turismo rural para fortalecer sua identidade

O Café de Mandaguari, no Noroeste do Paraná, recebeu nesta terça (1) o selo de Indicação Geográfica (IG) na categoria Denominação de Origem (DO), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento consolida a reputação da região como produtora de cafés especiais e valoriza o trabalho de cerca de 200 propriedades familiares distribuídas nos municípios de Mandaguari, Marialva, Jandaia do Sul, Apucarana, Cambira e Arapongas.

Com mais este selo, o Brasil chega a 137 IGs registradas – 18 delas dedicadas ao café, o produto com mais indicações geográficas. 

O selo é resultado de um trabalho iniciado em 2022, com apoio do Sebrae/PR, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria da Agricultura (Seab), da UTFPR e da recém-formada Associação dos Produtores de Café de Mandaguari (Cafeman). As Indicações Geográficas (IGs) são instrumentos coletivos que valorizam produtos tradicionais intimamente ligados a um território. No caso de uma denominação de origem, as qualidades ou características do produto são essencialmente atribuídas ao ambiente natural e humano da região — como solo, clima, altitude e saber-fazer local.

A Indicação Geográfica (IG) traz diversas vantagens às regiões produtoras, como o resgate e a valorização da cultura local, estimulando o envolvimento dos agricultores com a atividade e incentivando que as novas gerações permaneçam no campo, garantindo renda e sustentabilidade dentro das propriedades. Além disso, a IG fortalece a articulação entre lideranças locais, produtores e associações na preservação do patrimônio regional, ao mesmo tempo em que amplia o acesso a mercados nacionais e internacionais, promovendo o desenvolvimento econômico e social do território.

Quanto a Mandaguari, a região aposta no turismo rural como forma de consolidar sua imagem no setor cafeeiro, com iniciativas como a Rota do Café, que permite ao visitante conhecer todo o ciclo produtivo do grão.

TEXTO Redação

Mercado

Campinas sedia a partir desta quarta (2) a 10ª edição do Coffee & Dinner Summit

O evento, que acontece a cada dois anos, foca em sustentabilidade, mercado global e protagonismo do café brasileiro

Com o tema “O futuro do fluxo do comércio: protagonismo e liderança dos Cafés do Brasil”, o 10º Coffee Dinner & Summit reunirá representantes de todos os elos da cadeia cafeeira nacional e internacional entre os dias 2 e 4 de julho de 2025, no Royal Palm Hall, em Campinas (SP). Promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o evento bienal chega à sua 10ª edição propondo reflexões sobre sustentabilidade, desafios logísticos globais, tendências de mercado e o papel estratégico do Brasil como líder confiável no comércio mundial de café.

Após a abertura nesta quarta (2) à noite, o dia 3 será marcado por debates de peso. A palestra técnica “EUDR & ICE Commodity Traceability (ICE CoT) Service” (8h30), discute a plataforma tecnológica que promove a rastreabilidade detalhada das cadeias produtivas do café, e terá a presença de Clive de Ruig (ICE), Toby Brandon (IBA, ICE Group Company), Anthony Mangnall (ICE), o acadêmico Ed Mitchard, da Universidade de Edimburgo, e a engenheira ambiental Camila Marques. 

À tarde, o painel Organizações Globais do Café: EUDR e Novas Regras em Tempos de ESG” (14h) reúne líderes como Marcos Matos (Cecafé), Bill Murray (National Coffee Association), Paul Rooke (British Coffee Association) e Hannelore Beerlandt (European Coffee Federation) para discutir os impactos do regulamento europeu antidesmatamento (EUDR) e as exigências de ESG no comércio global do café. Destaque também para o painel “Futuro da Cafeicultura Sustentável” (15h30) com representantes da Embrapa, OIC, German Coffee Association e a exportadora Guaxupé.

A sexta (dia 4) começa às 8h30 com a palestra técnica “Espírito Santo – novos investimentos para alavancar soluções logísticas”, com os palestrantes Júlio César Lourenço (Portocel), Carla Rios do Amaral (Vports – Autoridade Portuária) e Claudio Pinheiro Melim (Imetame Logística Porto). 

Na sequência, o painel “Desafios Logísticos no Abastecimento de Café” (11h), moderado por Eduardo Heron (Cecafé), contará com a participação de Claudio Oliveira, do Brasil Terminal Portuário (BTP), Elber Justo, da MSC – Mediterranean Shipping do Brasil, Priscila Ceolin, da JDE Peet’s Brazil e Casemiro Tércio, da 4Infra. E, na parte da tarde, vale assistir ao painel “Tendências de Consumo de Café”, com a participação de Pavel Cardoso, da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Bill Murray, da National Coffee Association dos Estados Unidos, Stefan Dierks, do Melitta Group, Ryo Satomi, da UCC Japan, e Marcel Motta, que discutirão as principais tendências e transformações no consumo de café ao redor do mundo. A programação se encerra com um jantar às 19h.

10º Coffee & Dinner Summit
Quando: 2 a 4 de julho de 2025
Onde: Royal Palm Hall – Campinas (SP)
Mais informações e inscrições neste link. 

TEXTO Redação

Mercado

Sobre cafés e cogumelos: conheça essa nova onda

Com promessa de aumentar o foco e a longevidade, a bebida funcional de cogumelos é a aposta da vez

Por Letícia Souza

Quem escuta pela primeira vez o termo “café com cogumelo” pode pensar que se trata de algo ilícito ou secreto – e que deve ser dito em voz baixa. Afinal, o fungo tem propósitos já muito conhecidos, como o de agregar o gosto umami a preparos culinários ou oferecer uma viagem mental intensa e lúdica por meio das variedades alucinógenas.

Nem uma coisa, nem outra: nos últimos anos, essa combinação – um café misturado a um extrato de cogumelo – tem chamado a atenção da indústria de café pelo viés da saúde. Com diversas marcas já disponíveis, os cafés com cogumelo, também chamados cogumelos funcionais, prometem melhorar o foco e dar mais energia aos consumidores, além de reduzir o estresse, regular a imunidade e, até, combater inflamações.

A demanda por esse tipo de produto vem na esteira de tendências saudáveis, de mudanças nas preferências de consumo e do crescimento de bebidas e comidas plant-based ou funcionais.

Para produzir o café funcional de cogumelo, as empresas vêm explorando diversos fungos, o que resulta em produtos finais com características sensoriais distintas na xícara.

As variedades reishi (Ganoderma lucidum) e juba-de-leão (Hericium erinaceus), além das do gênero cordyceps, são as mais usadas no café e são conhecidas como cogumelos adaptógenos. O termo refere-se a substâncias que aumentam a resistência física ao estresse, influenciando o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (eixo HPA), o principal sistema humano de resposta ao estresse. Desde os anos 1970, pesquisadores interessam-se pelos potenciais benefícios à saúde dessas variedades.

O juba-de-leão, por exemplo, é fácil de cultivar e é encontrado em vários países – o que ajuda a reduzir os custos de produção da bebida. Na xícara, o sabor do fungo é descrito como adocicado. Já o chaga (Inonotus obliquus), de sabor terroso, acastanhado e doce, combina bem com café.

Café com cogumelo é uma dupla bem popular nos Estados Unidos e na Coreia do Sul e vem ganhando, também, o mercado brasileiro, impulsionado pelas bebidas alternativas ao café tradicional.

O que diz a ciência

Enquanto cresce a procura por alimentos e bebidas que prometem melhorar a função cognitiva, alguns profissionais da saúde têm visto o consumo de café com cogumelo com ceticismo. “Não há evidências científicas que demonstrem que o café com cogumelos pode melhorar a clareza mental mais do que o café sem cogumelos”, diz o microbiologista Nicholas P. Money, da Universidade de Miami. “É apenas uma trend – mas uma trend lucrativa para algumas empresas’’, destaca.

Em artigo de maio sobre o tema, o Medical News Today, site de saúde reconhecido por publicar conteúdos baseados em estudos científicos revisados por especialistas, destaca que benefícios como suporte ao sistema imunológico e propriedades anti-inflamatórias são promissores, mas reconhece que são necessárias mais pesquisas para confirmar esses efeitos em humanos. Também o Healthline, outro site global de saúde de renome, ressaltou, em texto de 2024, que muitas das alegações de benefícios à saúde dos cafés com cogumelos ainda carecem de evidências científicas robustas.

Money ressalta, porém, que a ciência vem dando atenção aos efeitos dos cogumelos no organismo. “Existem estudos interessantes sobre os efeitos de compostos químicos específicos, extraídos de cogumelos, no desenvolvimento de células nervosas cultivadas em cultura”, conta o microbiologista. Mas esses estudos, alerta, não têm qualquer relação com os benefícios de beber café com cogumelos.

O que reforça ainda mais a desconfiança do microbiologista e de profissionais de saúde é o efeito de outros ingredientes que também podem ser acrescentados à bebida, como canela, gengibre, cardamomo, pimenta-preta e extrato de guaraná em pó — todos com propriedades benéficas reconhecidas, resultantes da presença de ômega-3 e das vitaminas D e B12.

Para Money, a única maneira de saber se gengibre ou cardamomo têm efeitos diferentes dos extratos de cogumelo no café é fazer experimentos nos quais um desses ingredientes esteja ausente. Ainda que taxativo, ele não acha que o uso de café com cogumelos deva ser proibido. “Se o cliente acredita que esse placebo tem efeito positivo sobre ele e se sente melhor após consumi-lo, tudo bem”.

A tendência bilionária do bem-estar

O fato de não haver comprovação científica sobre os efeitos fisiológicos do café com cogumelos parece não ter afetado as finanças dos que investem na sua comercialização. Segundo relatório da Strategic Market Research, em 2023, o segmento de café com cogumelo foi avaliado em US$ 2,3 bilhões e pode atingir US$ 4,5 bilhões até 2030 – o que representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9,8% entre 2024 e 2030.

Outro levantamento, feito em 2024 pela IndustryARC, estima um cenário futuro mais modesto: US$ 4 bilhões até 2030, com crescimento anual de 4,2% no mesmo período.

Lançada em 2024, a marca brasileira Cafellow comercializa cafés com cogumelos sem aditivos. Depois de conhecer o produto nos Estados Unidos, a proprietária Paula Veloso estudou o mercado cafeeiro brasileiro e decidiu comercializá-lo por aqui. À época, conta ela, não havia nenhuma marca do gênero. “Aqui existem diversas marcas de café. Se quisesse me diferenciar delas, teria que criar um produto original – afinal de contas, os cafés da minha família são vendidos lá fora, então eu tinha que pensar em algo que fosse diferente, pra valer a pena’’, conta ela, cujos familiares têm cafezais na região do Cerrado Mineiro.

A ideia da empresária incluiu a comercialização do produto em sachê. “Ele é bem mais prático, você pode fazer dentro do avião, por exemplo. O drip você tem que rasgá-lo, ajustar na borda da xícara e passar o café. O sachê, você mergulha diretamente na água quente’’, diz ela, que processa os saquinhos, feitos à base de milho, na fábrica da família, em Carmo do Paranaíba (MG), e vende-os online em seu site.

“Pessoas que não abrem mão de um bom café ou que estão começando a tomá-lo, depois que provam o nosso, adoram e dizem que o sabor é muito suave, que quase não dá pra notar o cogumelo’’, garante Paula.

As normas regulatórias da Anvisa, porém, permitem apenas extrato da variedade Agaricus bisporus, o popular champignon, como suplemento alimentar.

Entusiasta de um estilo de vida mais saudável, a psicóloga brasileira Marina Camargo, CEO da Mushin,
acompanhou de perto o mercado norte-americano de café com cogumelos ao viver no país e decidiu explorá-lo no Brasil. “A marca surgiu com foco em comunidade, saúde mental e sustentabilidade. Isso precedeu a ideia do produto, que leva outros ingredientes funcionais na composição”, explica ela, que abriu a empresa de suplementos funcionais à base de cogumelos em 2022.

Mas, em lugar de atribuir aos cogumelos uma melhora na concentração humana, a marca prefere atribuir o benefício a outros ingredientes acrescentados à bebida, como cacau, extrato de guaraná e gengibre, além de a própria cafeína do café. “Acredito na ciência”, diz ela, ao concordar que, quanto à maioria das variedades, não há nada que comprove melhora em foco ou concentração. “De acordo
com as pesquisas que estão começando fora, o único cogumelo capaz disso, pois contém uma molécula relacionada a esses dois atributos, é o juba-de-leão. Mas no Brasil, essa variedade não é permitida’’, comenta a CEO. “Os estudos sobre cogumelos estão avançando muito, é só uma questão de tempo para que a gente  tenha mais opções disponíveis no mercado’’, aposta.

O café da Mushin vem de um pequeno produtor no interior de Minas Gerais, e o extrato de cogumelo, de uma empresa da Filadélfia. O processo de refinamento torna seu sabor e aroma praticamente imperceptíveis. Isso ajuda na fabricação de café funcional que, segundo Marina, lembra um cappuccino.

Texto originalmente publicado na edição #88 (junho, julho e agosto de 2025) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Letícia Souza

Barista

China e Indonésia vencem os Mundiais de Latte Art e Coffee in Good Spirits

Leo Oliva, representante brasileiro no Coffee in Good Spirits

Chen Zhuohao, da China, e Georgius Audrey Teja, da Indonésia, são, respectivamente, os atuais vencedores dos Campeonatos Mundiais de Latte Art e Coffee in Good Spirits. As disputas aconteceram na World of Coffee, de 26 a 28 de junho, em Genebra, na Suíça.

O barista chinês da Moment Coffee Academy manteve-se na 1ª posição do ranking em todos os rounds, apresentando a maior pontuação entre 36 profissionais. Na final, disputada com outros cinco baristas, Zhuohao levou a melhor com 539 pontos. 

1º lugar Chen Zhuohao – Momento Coffee Academy – China
2º Ryusei Nozawa – Sarutahiko Coffee – Japão
3º Elly (Jiyu Lee) – ONEWAY – Coreia do Sul
4º JiaMin – The Populus Cafe – Singapura
5º Bank Sarawut – CP-Meiji Thailand – Tailândia
6º Ming Wan – Ona Coffee – Austrália

Na categoria Coffee in Good Spirits, que avalia drinques alcoólicos com café, o barista da Omakafé disputou com outros 22 profissionais de diferentes partes do mundo e ganhou com 378 pontos na final. 

1º Georgius Audrey Teja – Omakafé – Indonésia
2º Danny Wilson – ONA Coffee – Austrália
3º Van Lin – GABEE – Taiwan
4º Christos Klouvatos – Taf – Grécia
5º Vladyslav Demonenko – Kolo Coffee – Alemanha
6º Gary Au – Urban Coffee Roasters – Hong Kong

O Brasil contou com representantes nas duas categorias. O bicampeão brasileiro Eduardo Olímpio, da Naveia, de Curitiba (PR), ficou na 27ª posição, com 258 pontos. Já Leo Oliva, do Mykola Lab Bar, também da capital paranaense, terminou a competição em 21º lugar, com 253 pontos.

Os melhores do cupping

Além do preparo de cafés, drinques e desenhos, a World of Coffee Genebra também foi sede do Mundial de Cup Tasters 2025, competição que reúne os melhores provadores de café do mundo. O campeão deste ano foi Chatchalerm (Aka Boss), da Tailândia, que na final acertou os oito trios em um tempo de 3 minutos e 24 segundos. O mineiro Bruno Megda chegou até a semifinal e terminou a competição em 8º lugar, com 5 acertos em 4 minutos e 12 segundos.

1º Chatchalerm (Aka Boss) – Tailândia – 8 acertos em 3:24
2º Max Mak – China – 7 acertos em 3:04
3º Huamin Chen – Canadá – 7 acertos em 3:32
4º Hiroaki Nitta – Japão – 6 acertos em 3:01

TEXTO Redação • FOTO WCC

Mercado

Na corrida pela EUDR

Enquanto Brasil investe em tecnologia para adequar-se às exigências europeias, países africanos pedem apoio na geração de dados para cumprir a nova lei

Por Mariana Grilli

A nova regulamentação da União Europeia para produtos livres de desmatamento (EUDR) está dando novas diretrizes ao comércio global de café. Com a exigência de rastreabilidade e conformidade ambiental, países exportadores como Brasil e Etiópia, e importadores como Itália e Alemanha, estão se mobilizando para garantir a comercialização dentro das novas exigências. 

Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), esteve viajando por países da América Central e relata com satisfação as evoluções já conseguidas pelos países da região.  “Cabe salientar que a Costa Rica já trabalha há algum tempo com sistemas de mapeamento e rastreabilidade e tem compartilhado suas experiências com os demais países”, conta Vanúsia à Espresso.   

Ao olhar para a América do Sul, a Colômbia já está bastante bem preparada para cumprir os requisitos da EUDR, por também se tratar de um país onde o mapeamento de áreas de café já existia. O mesmo acontece com o Brasil, maior exportador mundial de café, que tem investido fortemente em tecnologia para garantir conformidade com a EUDR. 

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, apresentou os marcos técnicos à Comissão Europeia, em um evento em Bruxelas, na Bélgica, incluindo a Plataforma de Monitoramento Socioambiental Cafés do Brasil, uma iniciativa colaborativa com a Serasa Experian. Essa ferramenta digital aproveita a análise avançada de dados para mapear mais de 300 mil fazendas de café, rastreando riscos de desmatamento, práticas trabalhistas e transparência da cadeia de suprimentos.

“Dessa maneira, o Cecafé terá condições de apresentar mais elementos relacionados à cafeicultura brasileira e contribuir com dados técnicos nas discussões. Os trabalhos estão acelerados e, até junho, deve ser definida a questão do nível de risco por país. A partir daí, o foco será na implementação do EUDR, no final de dezembro deste ano”, diz Matos.

A Europa consome mais café do que qualquer outro país ou bloco no mundo, e especialistas afirmam que a nova regra é uma ferramenta potencialmente poderosa para promover a agricultura sustentável. Ao mesmo tempo, ela representa o que alguns estão chamando de uma “pressão verde” que impõe grandes encargos a milhões de pequenos agricultores em países em desenvolvimento. 

É o caso de países africanos. Os meios de subsistência de quase 12 milhões de pequenos cafeicultores em toda a África estão ameaçados à medida que o continente corre contra o tempo para cumprir o novo regulamento europeu.

Em maio, líderes da indústria cafeeira de toda a África e Europa reuniram-se em Kampala, Uganda, para a Conferência Regional sobre “Prontidão EUDR no setor cafeeiro africano – onde estamos agora e o que resta a fazer?”. O evento, organizado pela GIZ Uganda no âmbito da Iniciativa Equipe Europa (TEI), visa avaliar o progresso da África e preparar as partes interessadas para o pleno cumprimento do EUDR. 

Com cerca de 60% de sua produção destinada ao mercado europeu, Uganda enfrenta desafios para se adequar à nova regulamentação. O país tem trabalhado na criação de mapas detalhados de uso da terra e na implementação de sistemas de rastreabilidade via GPS para garantir que sua produção seja livre de desmatamento. Exportadores devem fornecer coordenadas precisas das fazendas e comprovar que não houve desmatamento após 2020, sob risco de multas e destruição de cargas não conformes.

“Todos os países africanos, em geral, estão buscando se preparar para apoiar os clientes europeus nos cumprimentos da regulação EUDR. Uganda não é um membro da OIC, mas tenho recebido informações de que estão bem organizados para atender aos requerimentos também”, comenta Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da OIC.

Embora Angola não esteja entre os maiores exportadores de café, o país vê na EUDR uma oportunidade para reposicionar sua produção no mercado europeu. Pequenos produtores estão sendo incentivados a adotar práticas sustentáveis e a investir em certificações ambientais. O governo angolano tem buscado parcerias internacionais para viabilizar a adaptação às novas exigências, promovendo treinamentos e infraestrutura para rastreabilidade.

Já a Etiópia é o maior produtor de café da África, e o cultivo representa cerca de 35% da receita do país. A variedade arábica é originária de lá, e, não por acaso, mais de um terço do café da Etiópia é exportado para a Europa. O país, portanto, também tem se dedicado a pensar soluções para gerar dados sobre as áreas cafeeiras e atender aos requisitos de transparência aos europeus. No entanto, para isso, os produtores estão alegando necessidade de apoio tecnológico para cumprirem o prazo de dezembro de 2025 para grandes produtores e junho de 2026 para pequenos agricultores. 

“Claro que os dados são muito importantes para nós, mas o que estamos dizendo é que precisamos de apoio. É muito desafiador e caro, e não temos nenhuma ajuda”, afirmou Dejene Dadi, chefe da União das Cooperativas de Produtores de Café de Oromia – a maior cooperativa de café da da Etiópia, localizada na região oeste do país. Apesar desta relevância, a realidade é que provavelmente não será possível preparar todas as propriedades dentro do prazo sem apoio.

Ainda segundo o jornal The New York Times, até março, tinham sido mapeadas 24 mil propriedades, sendo que o custo de mapear uma propriedade é de cerca de US$ 4,50. Autoridades europeias irão verificar as remessas cruzando os dados atuais de geolocalização com imagens de satélite de referência e mapas de cobertura florestal.

Jodie Keane, economista da ODI Global — uma organização de pesquisa com sede em Londres — afirmou que a União Europeia e as grandes redes de café deveriam fazer mais para apoiar os pequenos agricultores. “Todos queremos evitar o desmatamento, mas se você vai aplicar esse padrão a produtores rurais, terá que fazer um grande trabalho de campo, de conscientização. Terá que investir em ensinar a fazer diferente, para que eles não sejam simplesmente excluídos da cadeia de suprimentos”, disse ao jornal americano. 

A perspectiva dos importadores

A União Europeia diz estar comprometida em fornecer todo o apoio necessário aos pequenos produtores, e pediu que cooperativas, empresas e governos também os apoiem. Em um comunicado divulgado em 15 de abril, o bloco informou que, com base no retorno dos países parceiros, alocou 86 milhões de euros para apoiar os esforços de adequação à nova regra.

A Alemanha está aumentando as importações de café após o estabelecimento da lei de produtos livres de desmatamento. Isso porque o próprio país reconhece que pode haver uma defasagem no abastecimento se os países fornecedores de grãos não conseguirem se adequar às exigências da União Europeia a tempo de a EUDR ser implementada. Isto é, a Alemanha precisa garantir os estoques do país, para não correr o risco de ficar impedida de comprar de fornecedores que estejam fora dos novos padrões impostos. 

A Itália desempenha um papel crucial como um dos maiores importadores e torrefadores do mundo. Empresas italianas estão pressionando fornecedores a garantirem conformidade com a EUDR, exigindo certificações e auditorias rigorosas. Grandes marcas de café têm investido em cadeias de suprimento mais transparentes e sustentáveis, garantindo que os grãos utilizados em suas misturas atendam aos novos padrões ambientais.

Andrea Illy, presidente da illycaffè, esteve no Brasil em maio e falou com a imprensa sobre as movimentações de importação, a partir da nova lei. “Houve um momento maior de importação da Europa em antecipação à EUDR”, afirmou ele.

Quando questionado se os estoques da companhia sofreram algum tipo de alteração devido à nova legislação, Andrea disse que não há muita visibilidade de onde estão os estoques de grãos pelo mundo, por isso a estratégia de compra da empresa italiana é diferenciada. “Estoques são fenômenos contingentes, historicamente não se tem muita visibilidade, pois é difícil interpretar os volumes globais, eles não são quantificados, não se sabe onde estão. Alguns estoques são deixados no país produtor, outros no importador”, disse. 

Exatamente para driblar esta adversidade e garantir a origem do café adquirido, a illycaffè compra diretamente dos agricultores, sem intermediários. “Por isso, nossa estratégia é completamente diferente e não houve mudança ou ampliação de fornecedores devido à EUDR”, esclareceu Andrea Illy. 

Com a implementação da EUDR prevista para dezembro de 2025, os países exportadores de café estão em uma corrida para garantir que suas cadeias produtivas sejam sustentáveis e rastreáveis. A adaptação à nova regulamentação não é apenas uma exigência legal, mas também uma oportunidade para fortalecer a imagem do café como um produto ambientalmente responsável no mercado global.

Texto originalmente publicado na edição #88 (junho, julho e agosto de 2025) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

TEXTO Mariana Grilli • FOTO Rica Ramos

Café & Preparos

4ª edição do São Paulo Coffee Festival tem palestras e workshops com especialistas

Entre os dias 27 e 29 de junho de 2025, a Bienal do Ibirapuera recebe a 4ª edição do São Paulo Coffee Festival, evento que reúne apaixonados por café, profissionais do setor e curiosos em busca de novidades do universo cafeeiro. Com ingressos a partir de R$ 35 (meia-entrada), o festival promete uma programação intensa de palestras, workshops e rodas de conversa.

Entre os destaques está o espaço O Laboratório, com temas que exploram tendências e novas experiências no setor. Na sexta-feira, às 15h, o público poderá acompanhar “Rotas do Café de São Paulo: uma conversa sobre um projeto de valorização e turismo”, com representantes das secretarias de Turismo e de Desenvolvimento Econômico do estado. Às 16h, Flávia Pogliani (The Little Coffee Shop) compartilha dicas em “Abrindo sua cafeteria: por onde começar?”. Já às 18h, o debate gira em torno de “A ascensão do solúvel: um novo mercado a ser explorado”, com nomes como Barbara Velo (Nescafé), Juliana Ganan (Tocaya) e Eliana Relvas (Abics). No sábado, vale conferir os bate-papos “Sobre cafés e cogumelos, conheça essa nova onda” (14h), “O que é a nova tendência do mercado ready to drink” (16h) e a palestra “Canéforas de especialidade – um elefante na sala”, sobre a nova roda de sabores dos cafés canéfora desenvolvida por pesquisadores brasileiros e apresentada pelo cientista Lucas Louzada.

No domingo, há temas ainda mais diversos, como a produção de vinhos por cafeicultores apresentada em “Um olho no café, outro no vinho: produções lado a lado”, às 11h, com a cafeicultora Mariana Del Guerra e Matheus Cassimiro, da empresa de mudas Vitácea Brasil, e a importância do cacau brasileiro em “Sustentabilidade e sabor: como o bean to bar valoriza o cacau brasileiro”, às 12h, um bate-papo com os chocolateiros Josiane Luz (Luzz Cacau), Mariana Basaure (Majucau) e Bruno Laseviscius (Associação Bean to Bar Brasil). Confira a programação completa aqui.


O Espaço Senac também movimenta o festival, com encontros que combinam café a outros ingredientes e harmonizações. Entre as atrações estão “Harmonização de café com queijos do Brasil” e “Cerveja, café e cacau: unindo três paixões nacionais”. No domingo, o público poderá conhecer mais sobre “Leites vegetais: explorando sabores e possibilidades” e “Foodpairing: combinando cafés de maneiras inusitadas”, entre outros temas (confira os horários aqui).

Com apoio institucional do governo paulista, o evento também traz as Rotas do Café de São Paulo, projeto turístico lançado em abril e que valoriza regiões produtoras e seus atrativos turísticos, como fazendas, museus e torrefações. O espaço apresentará as cinco rotas de café paulista que reúnem cerca de 60 atrativos turísticos. São elas: Mantiqueira Vulcânica, Circuito das Águas Paulista, Cuesta, Itaqueri e Tietê, Mogiana Paulista e Alta Paulista.

O Sebrae, um dos patrocinadores do festival, participa com uma ativação especial que apresenta cafés de oito regiões — incluindo as paulistas com Indicação Geográfica (IG), como Alta Mogiana, Região de Pinhal, Região de Garça, Vale da Grama e Torrinha, além de origens mineiras.

SPCF 2025
Quando: de 27 a 29 de junho de 2025
Onde: Bienal do Ibirapuera (Parque Ibirapuera, portão 3 — av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, São Paulo, SP)
Quanto: ingressos a partir de R$ 35 (meia-entrada), à venda no site.

Mercado

Baianí e criador da Bruta lançam barra inédita de café de origem no São Paulo Coffee Festival

Barra sólida derrete na boca como chocolate; primeiro lote, que será apreciado no evento, terá entre 100 e 150 unidades

Por Cristiana Couto

Imagine uma barra que derrete na boca como chocolate, mas tem sabor de café. Essa é a proposta da Bruta by Baianí, criada a partir da parceria entre a  chocolateria tree to bar Baianí e Eduardo Rodrigues, criador da máquina de espresso manual Bruta. Composta por café, manteiga de cacau e açúcar, a barra inaugura um novo jeito de saborear o café — em pedaços, no formato sólido e com textura aveludada. O lançamento acontece entre 27 e 29 de junho, durante o São Paulo Coffee Festival, em edição limitada de 150 unidades (a R$ 30 cada).

A barra busca unir a intensidade sensorial do café ao refino do processo de fabricação do chocolate. “Com essa qualidade e esse cuidado, acreditamos ser a primeira barra do mundo com café de origem e manteiga de cacau de origem”, afirma Rodrigues, idealizador do projeto.

O primeiro lote da Bruta by Baianí leva café da fazenda Surubi, na  Mantiqueira de Minas – um blend de arara e mundo novo, variedades cultivadas a 1.050 m, e de processamento natural –, fornecido e torrado pela torrefação paulistana Garagem do Café, e manteiga de cacau da fazenda Santa Rita, no Vale Potumuju, sul da Bahia, do casal Tuta e Juliana Aquino, fundadores da Baianí. “Acho que reunir dois produtores com conceitos alinhados em inovação, sustentabilidade e, principalmente, em alto valor sensorial faz toda a diferença — unimos nosso cacau de origem com os cafés especiais escolhidos pelo Edu”, resume Tuta Aquino.

A inspiração surgiu em 2019, quando Rodrigues viu na internet um barista japonês criando uma barra para levar seu espresso ao público sem o uso de máquina de extração. A ideia de Rodrigues amadureceu e, cerca de um ano atrás, o projeto tomou forma em parceria com Baianí, referência na produção de chocolates de origem.

O processo de produção da barra de café (que pesa 40 g) é similar aos chocolates da Baianí: os três ingredientes são refinados por 36 a 48 horas em uma mélanger –   moinho de pedra usado na produção do chocolate bean to bar que tritura e mistura os ingredientes até que eles atinjam textura ultrafina, com granulometria entre 18 e 24 micras. A massa passa, então, por temperagem, processo que confere a ela brilho e estabilidade. “A barra foi pensada para ter um derretimento gostoso, com aquela sensação de algo que você pode deixar no paladar por mais tempo”, explica Aquino.

Cada lote da Bruta by Baianí trará cafés de diferentes origens. A estrutura da barra, segmentada em pequenos pedaços, foi pensada para fácil fracionamento, já que o sabor é mais intenso do que o do chocolate tradicional.

A venda inicial será exclusiva no e-commerce e na loja física da Baianí (rua Américo Brasiliense, 953, Chácara Santo Antônio), com novo valor a ser definido. Após o festival, há planos de estender a distribuição para parceiros selecionados. 

Café & Preparos

Cafeteria temporária de Twin Peaks fica no Deli Market até 6/7

*Texto atualizado em 23/6/2025

Fãs da cultuada Twin Peaks podem sentir-se um pouco “dentro” da série ao visitar a cafeteria RR Diner, lugar preferido do protagonista da trama, Dale Cooper, que está montada temporariamente na lanchonete Deli Market, em Pinheiros. A atração, chamada The DineRR Experience, é uma ação da Mubi, que exibe a série na plataforma desde 13 de junho em comemoração aos 35 anos de seu lançamento. 

A cafeteria fica até 6 de julho na capital paulista (antes do Brasil, a ação aconteceu na Argentina, por apenas um dia). No Deli Market, os amantes da série podem provar o cardápio do personagem, uma fatia de torta de cereja e uma xícara de café, por R$ 48,50 e, ainda, registrar a visita na cabine de fotos instantânea ali montada e tentar arrematar um brinde na claw machine (como um poster, que a Espresso conseguiu pinçar com as garras do equipamento na sexta, 20, dia da visita) – as brincadeiras estão inclusas no combo café-torta.  

Mas não espere por um café ultra especial – a bebida, filtrada e fornecida pelo Botanikafe, é apenas correta. O espaço também é pequeno, e a fila na porta pode ser grande. Vale fotografar as peças retrô, que decoram com charme o lugar.

Além dos 30 episódios das duas temporadas, que passaram na TV aberta em 1990 e fizeram enorme sucesso, a Mubi também exibe os 18 episódios de Twin Peaks: a Limited Event Series, de 2017, com a presença de vários atores das primeiras temporadas, o filme Twin Peaks: Fire Walk with Me (traduzido como Twin Peaks: os Últimos Dias de Laura Palmer), de 1992 e o filme Twin Peaks:The Missing Pieces (que entrou no ar no domingo, 22/6).

Criada por David Lynch (1946-2025) e Mark Frost, Twin Peaks mistura suspense policial, drama psicológico e elementos surreais ao tratar da investigação do assassinato de Laura Palmer (papel de Sheryl Lee), uma estudante popular da pacata e fictícia cidade norte-americana que dá nome à série pelo agente do FBI Dale Cooper (interpretado por Kyle MacLachlan). À época, recebeu elogios de calibre, como “televisão na fronteira da arte”, do crítico do The New York Times, John O’Connor, e  “a coisa mais original que a televisão americana produziu em anos”, do também crítico Howard Rosenberg, do Los Angeles Times, que chamava a atenção para o tom sombrio, a trilha sonora hipnotizante e os personagens excêntricos. 

The DineRR Experience (no Deli Market)
Onde: R. Cunha Gago, 841, Pinheiros (São Paulo)
Quando: quinta, sexta e sábado, das 1h30 às 16h. Terça, quarta e domingo, das 11h30 à meia-noite
Quanto: R$ 48,50 (fatia de torta de cereja e café + cabine fotográfica e máquina de garras)

TEXTO Redação

Café & Preparos

Campeonato Torrefação do Ano Brasil 2025 abre inscrições até 26/6

Torrefações de todo o país podem se inscrever; primeira fase da prova é feita na própria empresa e a final acontece na Semana Internacional do Café, em novembro

As inscrições para o Campeonato Torrefação do Ano Brasil 2025 estão abertas até quinta (26/6). O evento, organizado pela Atilla Torradores, busca incentivar a criatividade e estimular a consistência de torra, o aprimoramento da análise sensorial e outras habilidades importantes para a área, além de entregar conhecimento ao público e promover a troca de experiências entre os participantes. A inscrição custa R$ 350.

Na primeira fase, as instituições inscritas recebem dois cafés crus (cada torrefação recebe 1,5 kg de cada café), que serão torrados na própria torrefação. Depois, as amostras torradas são enviadas à Atilla, e um corpo de juízes fará cupping para avaliar os exemplares. As 20 mais bem posicionadas seguem na disputa.

A fase final, com torras feitas em torradores Atilla, acontece na SIC (Semana Internacional do Café), entre 5 e 7 de novembro, no Espaço Torra Experience, no Expominas, em Belo Horizonte. No dia 5/11, os finalistas fazem torras de treino e no dia 6/11, desenvolvem as torras oficiais.

No dia 7, depois que os juízes fizerem as avaliações nas modalidades cupping e espresso, acontece a premiação. A campeã ganha uma Atilla Bancada de 2ª Geração. Os cafés especiais dessa edição vêm da Fazenda Santa Cruz, em Paraguaçu (MG), da produtora Josiani Moraes.

Para informações, inscrições e regulamento, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia
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