Mercado

Abics promoverá degustação de bebidas com café solúvel na SIC 2022

Muita gente nem imagina que o café solúvel é algo versátil, podendo ser degustado não apenas como aquele café puro ou misturado ao leite, como também utilizado na culinária e em outras bebidas. Esta versatilidade poderá ser conferida no estande da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), na Semana Internacional do Café (SIC), que ocorrerá de 16 a 18 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

No espaço, o público terá à disposição drinks alcoólicos e não-alcoólicos, frapês e outras bebidas feitas com café solúvel, como o famoso café cremoso, também chamado de “batidinho”, que serão preparados por um bartender na hora. A pipoca, que leva açúcar e café com sal, estará disponível para degustação em um carrinho dentro do espaço do evento.

“A ideia é mostrar não apenas os aromas e sabores encontrados no café solúvel, mas também a forma de aplicação dele. Até porque, em muitas aplicações, o produto não entra como ator principal, mas como coadjuvante, um ingrediente na receita”, comenta Eliana Relvas, especialista em cafés e consultora da Abics.

Segundo ela, a ampla possibilidade de aromas e sabores que o solúvel apresenta é o fator principal para a escolha correta do tipo de café a ser aplicado em certas receitas. “Um café com mais potência é perfeito para a aplicação em doces e cappuccinos, ao passo que os mais suaves são indicados para bebidas ready to drink ou mesmo para serem consumidos com água, por exemplo. Já a aplicação direta do café solúvel é indicada para facilitar o preparo de diversos pratos e sobremesas”, explica.

Além da degustação de bebidas, o estande da Abics terá uma gôndola onde será exibido a variedade de cafés solúveis e produtos à base deles, que estão disponíveis no mercado nacional por meio do trabalho das principais indústrias do setor. No espaço, ficará evidenciada a amplitude de diferentes embalagens, processos, blends, entre outros.

Serviço
Semana Internacional do Café 2022
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Conheça os competidores da 4ª edição da Copa Koar!

É neste final de semana! No próximo domingo, 6 de novembro, a cafeteria paulistana IL Barista sedia a 4ª edição da Copa Koar, competição que reúne baristas de diferentes partes do país para premiar o melhor preparo no método pernambucano Koar. Desta vez serão 23 competidores! Confira os nomes:

  • Vladimir Eugenio de Souza – Minas Gerais
  • Felipe Esteves – São Paulo
  • Nelson Pereira da Silva Junior – São Paulo
  • Rodrigo Souza Alves – Minas Gerais
  • Andressa Almeida Peixoto – São Paulo
  • Emerson Nobre – São Paulo
  • Jessica Lada – Paraná
  • Petrea Miharu Hayashi Pereira – São Paulo
  • Lucas Flóro e Silva – São Paulo
  • Bruno Petinatte – São Paulo
  • Cintia Libel – São Paulo
  • Emerson Moraes – Rio Grande do Sul
  • Andy Correa – São Paulo
  • Amanda Siqueira Félix – São Paulo
  • Aécio Barreto Peixoto De Vasconcelos – Pernambuco
  • Itamar Maschio – Rio Grande do Sul
  • Marcos Akita – São Paulo
  • Silvana Akita – São Paulo
  • Antonio Cordeiro Sobrinho Neto – São Paulo
  • Leandro Lopes dos Santos Moraes – São Paulo
  • Felipe Monteiro – Rio de Janeiro
  • Carlos Henrique Batista – Goiás
  • Anezito de Lucas Lopes – Pará

Os participantes serão divididos em chaves e terão 8 minutos para executarem suas próprias receitas no Koar, seja de cerâmica, acrílico ou porcelana. Cada um deverá entregar aos juízes uma xícara contendo de 250 ml a 300 ml de café filtrado. Os grãos oficiais da edição são o bourbon amarelo da Fazenda Camocim e o bourbon amarelo da CarmoCoffees. 

Os quatro competidores que chegarem à final terão dez minutos para realizar a apresentação, de forma individual. Além disso, deverão explicar sobre o preparo utilizado. A comissão julgadora avaliará não somente a qualidade da bebida entregue, como também a apresentação do participante. O grande vencedor levará para casa um kit Koar e prêmios em dinheiro.

A Revista Espresso é a mídia oficial da 4ª Copa Koar. Acompanhe os detalhes no nosso Instagram!

Serviço
4a Copa Koar
Quando: 6 de novembro
Horário: 15h
Onde: IL Barista Cafés Especiais – Rua do Consórcio, 191 – Vila Nova Conceição – São Paulo (SP)
Mais informações: www.instagram.com/copakoar 

TEXTO Redação • FOTO Giulianna Iannaco

Cafezal

Coffee of The Year 2022: Confira as 180 amostras classificadas!

Nesta quinta-feira (3), a organização do Coffee of The Year divulgou as 180 amostras classificadas da edição de 2022. Das 500 amostras recebidas, 150 foram classificadas para a categoria arábica, enquanto que 30 foram classificadas para a categoria canéfora. Clique aqui e confira quem são os produtores, propriedades e regiões!

Durante os dois primeiros dias de Semana Internacional do Café, 16 e 17 de novembro, ficarão disponíveis garrafas com os 10 cafés mais bem pontuados de arábica e os 5 mais bem pontuados de canéfora, para votação do público às cegas. Em 17 de novembro, serão divulgados os 70 finalistas da competição, sendo 50 de arábica e 20 de canéfora. 

A premiação do COY 2022 está marcada para acontecer no último dia SIC, 18 de novembro, às 14h. Fiquem atentos às mídias sociais da Espresso! O evento será realizado no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Credencie-se no site para participar!

Serviço        
Semana Internacional do Café 2022
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas, em Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação

Cafezal

Prêmio AteG Café+Forte destaca tecnologia no campo com aplicativo para classificação e comercialização do grão

A tecnologia como ferramenta para auxiliar o cultivo e a manutenção da qualidade dos grãos dos chamados cafés especiais será destaque na 10ª edição da Semana Internacional do Café (SIC). O principal evento da cafeicultura nacional, que acontece entre os dias 16 e18 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), terá entre as atrações a premiação Cupping de Cafés Especiais do ATeG Café+Forte, promovida pelo Sistema Faemg Senar.

Em sua 6ª edição, o concurso traz como novidade a utilização do aplicativo da Flowins, startup integrante da Novo Agro Ventures, para maior rapidez na obtenção de informações e envio dos resultados das análises das amostras dos produtos diretamente no celular dos cafeicultores participantes.

“O aplicativo trouxe maior dinamismo para o concurso, facilitou o lançamento das notas pelos instrutores/provadores e, principalmente, deu agilidade na disponibilidade dos laudos para os produtores. Com esse documento em mãos, eles têm maior poder de negociação, pois conhecem o café a ser comercializado e têm um documento oficial emitido pelo Sistema Faemg para embasar uma melhor comercialização”, explica Nathália Rabelo, coordenadora do ATeG Café+Forte.

Ainda como parte das premiações, os 60 produtores mais bem classificados terão acesso gratuito, por um ano, ao aplicativo Flowins+. “Os produtores terão acompanhamento exclusivo com especialistas no pós-colheita e na parte comercial, acesso ilimitado ao laboratório de provas para conhecimento da qualidade de toda a sua produção, conexão comercial, sem corretagem, com as principais tradings presentes no Brasil, além de conexão comercial para cafés acima de 80 pontos SCA direto com cafeterias e torrefações brasileiras, bem como com importadores e cafeterias estrangeiras”, acrescenta Rabelo.

Recorde de amostras

Não é apenas o uso do aplicativo o único diferencial da 6ª edição do Cupping de Cafés Especiais do ATeG Café+Forte.  Em 2022, o concurso registrou recorde de amostras analisadas: 1655, crescimento de 920% em comparação com 2017, primeiro ano da atração.

O movimento reforça a importância do evento, que tem registrado a cada edição números crescentes de participantes. Ele representa uma vitrine para os negócios dos produtores de cafés especiais do Estado de Minas Gerais que fazem parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg Senar.

De acordo com os organizadores, entre os motivos que têm contribuído para maior adesão estão o aumento de profissionais que atuam no cultivo de café atendidos pelo programa, a importância de conhecerem a qualidade do café e de terem um laudo de reconhecimento do produto para os negócios, o acesso à informação para aprimoramento dos processos produtivos com o acompanhamento de um técnico de campo, além de fatores como o pertencimento e o comprometimento com o projeto.

“Antes da primeira edição, os técnicos de campo que prestam serviço para o ATeG perceberam que os cafeicultores atendidos pelo programa não conheciam a fundo a qualidade dos cafés por eles produzidos e encontravam dificuldade em ter locais que realizam esse tipo de serviço. Assim sendo, foi desenvolvido pelo Sistema Faemg, em 2017, o Cupping de Cafés Especiais do ATeG”, conta Rabelo.

A premiação, além de reconhecer o trabalho desempenhado pelos cafeicultores, tem como objetivo oferecer atendimento em gestão da propriedade e técnicas de produção de forma mensal.  Como tradição, as amostras recebidas são avaliadas por provadores experientes do Sistema Faemg em duas fases antes da SIC. O concurso teve início em agosto.

Participam da premiação produtores que cultivam cafés arábica e canéfora (conilon), assistidos pelo programa e sediados em Minas Gerais. O anúncio do vencedor acontecerá no Grande Auditório do Expominas, no dia 17 de novembro, às 11h30.

Criado em 2013, o programa ATeG – Assistência Técnica e Gerencial só teve início em Minas Gerais três anos depois, com o ATeG Café+Forte, e utiliza uma metodologia aplicada em cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, gestão capacitação profissional complementar e avaliação sistemática dos resultados.

Além da 6ª edição do Cupping e outras premiações, a programação da SIC contará com debates, palestras e workshops, mais de 150 marcas expositoras e participações de especialistas e compradores nacionais e internacionais.

“Nesta edição, em que celebramos uma década, pretendemos fazer algo ainda mais especial para todos os envolvidos. As premiações, como já são tradição, seguirão tendo grande destaque para o reconhecimento merecido do trabalho desenvolvido pelos profissionais da cafeicultura, reforçando o papel estratégico que a SIC conquistou como grande plataforma de promoção e desenvolvimento do café”, destaca Caio Alonso Fontes, cofundador da Café Editora, uma das realizadoras do evento.

Sobre a SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) é uma iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Realizada desde 2013 em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do país, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Em 2020, primeiro ano da pandemia, a SIC 100% Digital foi um grande sucesso. Teve 25 mil acessos, de 58 países e mais de 70 horas de conteúdo e 176 palestrantes com grande relevância no mercado nacional e internacional.

A edição de 10 anos tem patrocínios master das marcas Nescafé e Nespresso e do Sistema Ocemg; diamante, da 3 Corações; prata, da Sicoob; e bronze, da Melitta e da Syngenta.

Serviço
Semana Internacional do Café 2022
Quando: 16 a 18 de novembro
Onde: Expominas – Av. Amazonas, 6.200 – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Divulgação

CafezalMercado

É tetra! Família Rigno de Oliveira vence o Cup of Excellence 2022

O café especial produzido por Antonio Rigno de Oliveira Filho, na Fazenda Tijuco, em Piatã, na Chapada Diamantina, na Bahia, com a nota 91,41 pontos, é o campeão do Cup of Excellence 2022. O concurso de qualidade é realizado no Brasil pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).

Com o título de melhor café especial do Brasil na safra 2022, a família Rigno de Oliveira se sagra tetracampeã da competição. Em 2015, o patriarca Antonio Rigno de Oliveira venceu o certame, e, em 2014 e 2009, o título foi conquistado pelo produto cultivado pelo genro Candido Vladimir Ladeia Rosa.

A segunda colocação, nesta edição, ficou com o café produzido por Maridalton Silva Santana, no Sítio Bonilha, também em Piatã (BA), que obteve 90,59 pontos. Na sequência vêm Afonso Maria Vinhal, da Fazenda Recanto, em Serra do Salitre, na Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro (90,53 pontos); Homero Teixeira de Macedo Junior, na Fazenda Recreio, na Região Vulcânica em Minas Gerais e São Paulo (90,47 pontos); e Pedro Brás, na Casa Brás, em Vargem Bonita (MG), no Sul de Minas (90,41 pontos). Os cinco primeiros colocados, por terem obtido nota superior a 90 pontos, foram considerados cafés presidenciais do Cup of Excellence 2022.

No total, o concurso teve 24 vencedores – amostras que obtiveram nota igual ou superior a 87 pontos na Fase Internacional –, oriundos de oito origens produtoras do país: Indicação de Procedência Alta Mogiana (SP), Denominação de Origem Mantiqueira de Minas, Indicação de Procedência Matas de Minas, Denominação de Origem Montanhas do Espírito Santo, além das já citadas Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, Chapada Diamantina, Região Vulcânica e Sul de Minas.

Também foram eleitos nove “Campeões Nacionais”, que receberam notas entre 86,00 e 86,99 pontos na Fase Internacional. Esses cafés são originários da Indicação de Procedência Alta Mogiana (SP), Indicação de Procedência Campo das Vertentes (MG), Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, Chapada Diamantina, Denominação de Origem Mantiqueira de Minas e Indicação de Procedência Matas de Minas. O resultado completo pode ser acessado no site da BSCA.

“Mesmo diante de todos os desafios, que vão dos altos custos de produção às adversidades climáticas, os cafeicultores brasileiros seguem dando exemplo de cultivo sustentável e focado em qualidade. O corpo de jurados internacionais pôde reconhecer a excelência dos grãos brasileiros, inclusive com a apresentação de novos perfis sensoriais”, destaca o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela.

Próximas etapas

Os 24 vencedores serão leiloados, via internet, no dia 1º de dezembro. No pregão, os principais compradores do mundo disputarão os melhores cafés brasileiros da safra 2022 e os valores alcançados devem ser bem superiores aos do mercado convencional. O preço de abertura de cada lote é de US$ 5,50 por libra-peso, o que equivale a cerca de *R$ 3.900 por saca de 60 kg. O concurso também colocará à venda os Campeões Nacionais, entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro, ao preço de abertura de US$ 4,50 por lb-peso, ou aproximadamente *R$ 3.200 por saca.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Barista

Confira quem são os participantes dos Campeonatos Brasileiros de Brewers e Cup Tasters 2022

A Semana Internacional do Café, um dos maiores eventos cafeeiros do País, acontece daqui alguns dias: de 16 a 18 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Além de concursos de qualidade, cuppings, exposição de diversos produtos, workshops, palestras e painéis, a 10ª edição da feira também contará com os Campeonatos Brasileiros de Brewers e de Cup Tasters em sua programação. 

Sobre o tema, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) divulgou, no último domingo (30),  a lista completa de competidores de cada categoria. Confira abaixo os nomes e escolha para quem vai a sua torcida! 

Campeonato Brasileiro de Brewers

  • Andreia Braga Inácio Sarmento – Poços de Caldas
  • Caio Lima Araujo Roriz de Menezes – Recife
  • Daniel Souza Vaz – Niterói
  • Edson Maisonnette Junior – São José dos Campos
  • Gabriel Agrelli Moreira – Campinas
  • Garam Victor Um – São Paulo
  • Guilherme Cassimiro – Brasília
  • Hugo Silva – São Paulo
  • Igor Ildevani Tsunemi Fernandes – Curitiba
  • Isabor Maria da Silva – Recife
  • Jarlam Oliveira – Santos
  • Lucas Salomão – São Bernardo do Campo
  • Marcondes Oliveira Trindade – Brasília
  • Mariana Mesquita – Brasília
  • Maurício Henrique Maciel – Patrocínio
  • Natalia Ramos Braga – São Paulo
  • Renan Dantas de Brito – São Paulo
  • Rubens Vuolo Neto – Cuiabá
  • Thais Borsa das Graças – Cascavel
  • Tulio Fernando de Souza – João Pessoa

Campeonato Brasileiro de Cup Tasters

  • Alessandro Alves Hervaz – São Gonçalo do Sapucaí
  • André Luis Aguila Ribeiro – Ibiraci
  • Caio Henrique dos Santos Reis – Natércia
  • Carlos Alberto Cabral Campos – São Sebastião do Anta
  • Déborah Dominguito – Varginha
  • Dimitry Silva Branquinho – Poços de Caldas
  • Dionatan Antunes de Almeida – Três Pontas
  • Edmilson Batista Generoso – Varginha
  • Eduardo Gonçalves – São Gonçalo do Sapucaí
  • Emerson do Nascimento Bezerra – Niterói
  • Fabio Luiz Miolo – Varginha
  • Fernando Augusto Silva – Pedregulho
  • Francisco Paulo Artal – Maringá
  • Gabriel Agrelli Moreira – Campinas
  • Gabriel da Cruz Guimarães – São Lourenço
  • Gilmar Reis Cabral – Boa Esperança
  • Giovanna Vicentini – Taubaté
  • Henrique Dias Pinto de Campos – Maceió
  • João Vitor Alves Mingorance – Curitiba
  • João Vitor Pereira da Silva – Varginha
  • Jorge Menezes – Monte Belo
  • José Augusto Oliveira Naves – Varginha
  • Josias Borges de Souza – Santo Antônio do Amparo
  • Julia Simões Fortini Sidney de Souza – Belo Horizonte
  • Juliana Morgado – Brasília
  • Luís Paulo Carvalho de Mendonça – Belo Horizonte
  • Maria Lina de Andrade Barbosa – São Gonçalo do Sapucaí
  • Maryana Novais de Castro – Patrocínio
  • Mateus Daniel Mendes – Varginha
  • Paulo Henrique Silva Andrade – Patrocínio
  • Phelippe Nascimento – Carmo de Minas
  • Priscila Maria Sanches de Mendonça Fonseca – Belo Horizonte
  • Rafael de Freitas Pinto – Santana da Vargem
  • Rafael Gustavo Morais de Oliveira – Bom Sucesso
  • Ramon Ribeiro da Silva – Santo Antônio do Amparo
  • Raphael da Silva Brandão – Nova Iguaçu
  • Regina de Fatima Correia – São Sebastião da Grama
  • Salmon Oliveira – João Pessoa
  • Sillas Silva Andre – Ibiraci
  • Thayllor Félix Mota de Lima – Carmo de Minas
  • Thiago de Oliveira Sidney Viana Dias – Pedregulho
  • Thiago José de Sousa – Varginha
  • Thiago Sabino – São Paulo
  • Túlio Fernando de Souza – João Pessoa
  • Valeria Brito de Oliveira – Poços de Caldas
  • Vinicius Dias Lima – Vitória da Conquista
  • Vinicius Domingues – Varginha
  • Wellington Pereira – Carmo de Minas

TEXTO Redação

Mercado

Rede Verdemar lança linha com cafés premiados do 18º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais

Na última quarta-feira (26), a rede de supermercados Verdemar lançou a linha Cafés Campeões, com produtos premiados no Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais, safra 2021, promovido pela  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). São 15 cafés de quatro regiões produtoras mineiras, que estarão disponíveis nas gôndolas das 16 unidades do Verdemar, a partir de R$ 39,90.

O evento foi realizado no Mezanino do Verdemar Sion (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 1900), e contou com a presença dos produtores, da diretoria da Emater, de representantes do Governo de Minas, além de autoridades e lideranças da cafeicultura. “É o quarto ano que temos essa parceria com a Emater para valorizar a cafeicultura mineira. Para nós do Verdemar, é uma honra apoiar o cafeicultor mineiro e levar esse produto de excelentíssima qualidade para nossos clientes”, afirma o sócio da rede, Alexandre Poni.

O cafeicultor Diogo Ferreira Amorim, do município de Espera Feliz, das Matas de Minas, é o campeão estadual do 18° Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. O café produzido por ele obteve 93 pontos na metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). Ele foi o primeiro colocado na região das Matas de Minas, na categoria Café Natural. “Essa vitória é uma experiência muito boa e espero que seja a primeira de muitas conquistas”, destaca o grande campeão.

Ainda na região das Matas de Minas, o produtor Ademir Abreu Lacerda, também de Espera Feliz, foi o primeiro colocado na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado. A produtora Patrícia Roza Emerick, de Alto Jequitibá, ficou com o prêmio “Mulher Destaque”, por ser a cafeicultora que atingiu a melhor pontuação entre as mulheres participantes. 

A liderança da região Cerrado Mineiro ficou com Edu Leandro Melo, de Pratinha, na categoria Café Natural, e Ricardo Souza Guimarães, da Serra do Salitre, na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado. No Sul de Minas, quem figurou nos primeiros lugares foram Pedro Ferreira Rezende Brás, de Vargem Bonita, na categoria Natural, e Flávio Roberto Carvalho Ferraz, de Dom Viçoso, na categoria Cereja Descascado. Já a região da Chapada de Minas teve como campeões a Ecoagrícola Café Ltda, de Francisco Dumont, na categoria Natural, e Rodrigo Montesanto Pereira Leite, de Minas Novas, na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado.

Sobre o concurso

O Concurso de Qualidade dos Cafés é promovido pela Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe). A participação no concurso é gratuita e podem concorrer somente produtores de municípios mineiros, com amostras de café arábica, tipo 2 para melhor, colhidas no ano do concurso.

Neste ano, o Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais recebeu a inscrição de 1.557 amostras, a maior parte pertencentes a agricultores familiares. Os cafés foram avaliados por especialistas em cafés especiais, de acordo com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). Todos os finalistas receberam nota acima de 84 pontos. “Existe o jargão que o importante é competir, mas no caso desse concurso essa afirmação cabe mais ainda. Todos os que participam têm retorno de um especialista, um feedback técnico, que vai ser um parâmetro para que o produtor possa melhorar a qualidade do seu café e um dia também vencer”, afirma o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

TEXTO Redação

Mercado

26 cafeterias de Recife e região oferecem combos especiais durante 2ª edição do “Eu amo Café”

Os pernambucanos apaixonados por café contam com mais um festival, o “Eu amo café”, que confirma sua 2ª edição de 5 de novembro a 11 de dezembro. Com a participação de 26 cafeterias espalhadas pelo Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Taquaritinga do Norte, cada estabelecimento vai oferecer uma “Dupla dos Sonhos”: um café especial harmonizado com um doce, por R$ 24,90.

Nesta edição, a estrela são os cafés filtrados. Assim, o público poderá conferir uma variedade de grãos de diversas características sensoriais, extraídos a partir de diferentes métodos. A realização do festival é da Associação de Cafeterias de Especialidade de Pernambuco (ASCAPE), responsável também pelo Recife Coffee, circuito de cafés de especialidades que já faz parte do calendário gastronômico recifense. A segunda edição do “Eu amo café” conta com patrocínio da Koar e CoffeeBar, além do apoio da Prefeitura do Recife.

Confira as cafeterias participantes:

  • Aurora Café – Bairro do Recife
  • Artisano – Madalena
  • A vida é bela – Várzea
  • Café com dengo – Rosarinho
  • Café mais Prosa – Espinheiro
  • Christal Café – Pina
  • Coffee Cube – Jaqueira
  • Coffee Cube – Torre
  • Conexão Café – Cordeiro
  • Contém Café – Encruzilhada
  • Ernest CaféBistrô – Espinheiro
  • Fridda Café – Jaboatão dos Guararapes
  • GrãoCheff – Espinheiro
  • Kaffe – Espinheiro
  • Kaffe – Boa Viagem
  • La Fuent – Boa Viagem
  • Lalá Café – Graças
  • 81 Coffee Co. – Graças
  • O melhor cantinho da cidade – Várzea
  • Olinda Café
  • Palastisi – Ilha do Leite
  • Santa Clara – Graças
  • Santa Clara – Parnamirim
  • Takwary – Taquaritinga do Norte
  • Xêro Café e Arte – Olinda
  • Zoco Café – Olinda

Mais informações: www.instagram.com/euamocafefestival 

TEXTO Redação • FOTO Filipe Ramos

Cafezal

Cerrado Mineiro sedia, em Monte Carmelo, evento focado em café carbono neutro

A cidade de Monte Carmelo (MG) será palco de um evento inédito, com pauta internacional, que irá abordar as boas práticas na produção do café e a contribuição da cafeicultura brasileira para alcançar a neutralidade nas emissões de gases lançados na atmosfera.

 Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Espaço Vivendas, e terá como público produtores, cooperativas, exportadores, importadores, torrefadores, agentes financeiros, indústria de químicos e biológicos, pesquisadores, universidades, consultores e técnicos.

Esta primeira edição tem a iniciativa da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e tem como finalidade a conscientização voltada à conservação e preservação do ecossistema, compartilhamento de ideias, evolução do conhecimento que envolve toda a cadeia do café e promover a integração entre os elos, capturando mais valor ao agro na Região do Cerrado Mineiro.

O evento tem a intercooperação e correalização das cooperativas que integram o setor cafeeiro da Região do Cerrado Mineiro, como Expocaccer, Carmoccer, Carpec e Coocacer e o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer).

A jornada é, ainda, um convite para que cada participante seja um agente de transformação que irá contribuir na construção de um legado para um mundo mais verde, mais equilibrado, mais responsável para as futuras gerações.

A pauta, durante os dois dias de evento, gira em torno de temáticas que vão desde a conservação do meio ambiente até a evolução das boas práticas adotadas na agricultura brasileira. Uma verdadeira jornada que contempla questões cada vez mais presentes, com destaque às agendas institucionais, corporativas e mercadológicas, nacionais e mundiais, como: a) a preservação da biodiversidade do Cerrado; b) o uso responsável dos recursos hídricos e do solo; c) a racionalização do uso de fertilizantes e defensivos químicos; d) a gestão com incentivo rumo ao carbono neutro – que consiste em identificar o quantitativo das emissões de gases que provocam o efeito estufa; e) adoção de técnicas para reduzir e balancear as emissões por meio de ações de compensação e práticas responsáveis.

Cerrado Mineiro

Por que iniciar essa jornada de atitude pelo Cerrado Mineiro? A cafeicultura na Região do Cerrado Mineiro é considerada jovem, completa 50 anos, e já pratica a cafeicultura de baixa emissão de carbono, condição favorável para que se alcance as metas estabelecidas e adequadas para as próximas décadas. O Cerrado Mineiro tem a maior área de fazendas com certificação de boas práticas do mundo.

Um bom exemplo vem da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro de Monte Carmelo (monteCCer), por meio do programa Socioambiental Viveiro de Atitude, que produz e comercializa mudas de espécies nativas do bioma Cerrado para mais de 150 fazendas cooperadas e para a população em geral. Por ano, o programa tem capacidade para produzir 60 mil mudas de mais de 120 espécies, contribuindo para a conservação, preservação e proteção dos recursos naturais, no florestamento e no social. Toda a verba arrecadada com a venda destas mudas é destinada a entidades que cuidam de crianças e idosos da cidade de Monte Carmelo.

A Região do Cerrado Mineiro conta com 55 municípios produtores de café e é reconhecida pela qualidade, quantidade e consistência no fornecimento do produto aos mercados nacional e internacional.

COP 27

O Brasil tem um compromisso firmado no ano passado na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26) de reduzir para 50% a emissão de gases até 2030, e de neutralidade de carbono até 2050. Uma tarefa que exige de todos os segmentos um compromisso permanente e propositivo para minimizar os danos causados ao planeta e avançar numa trajetória que garanta às próximas gerações segurança alimentar e climática.

O aquecimento das temperaturas alcançou índices alarmantes nas duas últimas décadas, o que têm despertado mudanças de comportamento tanto de órgãos governamentais como do setor privado. Entre 2010 e 2019 foi considerado a década mais quente da história, segundo dados da organização Copernicus, vinculada à União Europeia. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta os anos de 2016, 2019 e 2020 como os três mais quentes.

As alterações no clima em todo o planeta têm como principais vertentes as emissões relacionadas à energia e as mudanças no uso da terra. Essa última responde por aproximadamente um terço do carbono lançado na atmosfera. Daí a importância de se debater e incentivar ações agroecológicas e responsáveis envolvendo todos os atores da cadeia do agronegócio café.

É com esse foco que o Brasil chega para a edição da COP 27, que acontece entre 6 a 18 de novembro, no Egito. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a intenção é mostrar ao mundo a disposição para ser um centro de energia limpa e com garantia.

A 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”

O evento será realizado logo após a COP 27, com a missão de ser o primeiro da cafeicultura a tratar dos assuntos abordados na convenção. Ao trazer um panorama dessa agenda e aprofundar outros temas de interesse do produtor rural, a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono e seja um agente de transformação no trabalho permanente de dar mais valor à terra que nos alimenta.

O evento terá debates com profissionais renomados do setor do café e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação. O formato da Jornada será trazer para os participantes proposições importantes e relevantes para a tomada de decisão no dia a dia da lavoura, clínicas de aplicação das ideias e também momentos de relacionamento e troca entre os participantes.

Confira a programação do evento:

29 de novembro

8h – Abertura
8h15 – Palestra “Economia e Agronegócio:  O Despertar, o que vem por aí?”
9h30 – Painel 1 “Carbono neutro: Ciência, Educação, Estratégia e Comunicação”
11h – Painel 2 “Serviços Ecossistêmicos, CPR Verde, Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e Segurança Jurídica”
14h15 – Painel 3 “Mercado de Carbono: Quais são os incentivos pelas boas práticas?”
15h30 –  Painel 4 “Cerrado Mineiro: + Valores?“
17h30 – Painel 5 “Como Comunicar os Valores do Agro Brasileiro?”

30 de novembro – Clinicas Tecnológicas

8h – Clínica 1 “Valores – Biodiversidade”
9h – Clínica 2 “Valores – Uso Racional de Defensivos e Fertilizantes”
10h – Clínica 3 “Valores – Uso Racional da Água e do Solo”
11h – Clínica 4 “Valores – Social e Gestão das Propriedades”

Serviço
1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro”
Quando: 29 e 30 de novembro
Onde: Espaço Vivendas – Monte Carmelo, MG
Mais informações: comunicacao01@monteccer.com.br ou (34) 99904-8409

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Vietnã, Indonésia e Índia: Maravilhas econômicas, café robusta e o papel do solúvel

O artigo recente do Financial Times, “As Sete Maravilhas Econômicas de um Mundo Preocupado”, de Ruchir Sharma, chamou minha atenção porque três destas maravilhas econômicas e aquelas abordadas primeiro são produtoras relevantes de café robusta. O Vietnã é o maior produtor de robusta do mundo, a Indonésia vem em terceiro lugar e a Índia é um conhecido produtor de robusta lavado.

Juntos estes três países asiáticos respondem por quase dois-terços da produção de robusta e um-quarto de todo o café produzido do mundo. Eles também estão estrategicamente localizados para abastecer o que pode vir a ser o maior mercado de café do mundo, a própria Ásia, que hoje consome principalmente café solúvel, cuja matéria-prima básica são os grãos de robusta e conilon.

O Vietnã, um fornecedor enorme mas relativamente novo de café, passou de produção insignificante a líder mundial em menos de meio século: hoje é o maior produtor e exportador de robusta! O consumo local também está aumentando, impulsionado pela crescente cultura de café e pelo café solúvel. As indústrias de café solúvel estrangeiras e locais estão se expandindo não apenas para abastecer o mercado vietnamita, mas também e especialmente para exportar.

A Indonésia é única porque o consumo local de café está crescendo mais rápido do que a produção e, como resultado, as exportações estão estáveis ou em queda. O país é um grande exemplo de crescimento do consumo de café sem um programa institucional para promovê-lo. O café “três-em-um” – envelopes de dose única com café solúvel, leite não lácteo e açúcar –, as próprias marcas de café e as cafeterias estão fazendo isso. Apesar de ter um forte parque industrial de café solúvel, o país o importa também.

A Índia está aumentando sua produção de robusta em detrimento do Arábica. Isso não deve surpreender, considerando o enorme potencial do mercado indiano de café solúvel, que ainda é muito pequeno em relação ao tamanho da população do país. A Índia pode de fato se tornar um importador de produtos solúveis se o café ficar na moda, como aconteceu na China e na Indonésia. A Índia também é pioneira na produção e exportação de café robusta lavado.

Podem estes três países asiáticos produtores de robusta, que desafiam o pessimismo econômico predominante no mundo, como argumenta o artigo, se beneficiarem dessas condições e aumentarem sua produção de café, inclinando ainda mais a balança em favor do robusta e se tornarem uma ameaça para outras nações produtoras de café?

Um forte argumento a favor do aumento desta produção é a proximidade com a China, cuja taxa de crescimento do consumo de café provavelmente retornará aos altos níveis pré-pandemia mais cedo ou mais tarde. O Vietnã e a Índia compartilham fronteiras com a China e a Indonésia está mais próxima dela que a maioria dos outros países produtores de café. Esses três países podem eventualmente se tornar fontes importantes de abastecimento de café verde e solúvel para a China, devido às suas vantagens logísticas.

Este mesmo argumento pode se aplicar em resposta ao crescimento do consumo doméstico nestes países. Os casos de aumento de consumo na Indonésia e no Vietnã já foram mencionados acima e suas populações são grandes. País muçulmano mais populoso do mundo, a Indonésia tem 275 milhões de habitantes enquanto o Vietnã está prestes a alcançar 100 milhões. O consumo pode agora aumentar mais rapidamente na Índia, cuja população é enorme e sua economia é uma das que mais cresce no mundo.

A verdadeira questão é se esses três países podem expandir competitivamente suas produções de robusta, se têm culturas que competem pela mesma terra e oferecem retornos iguais ou melhores, e se há vontade política para fazê-lo. As estatísticas referentes às suas produções recentes não justificam o argumento de aumento da produção, mas os altos preços atuais podem mudar isso.

De qualquer forma, uma maior produção de robusta no Vietnã, Indonésia e Índia, que incentive o aumento do consumo de café na Ásia, pode ser benéfica para a produção de café em todo o mundo. A maior parte da produção exigida por esse consumo adicional poderá ter de ser originária da África e da América Latina e incluir o café Arábica. Há mais disponibilidade de terra para cultivar café e a evolução da preferência dos consumidores pode favorecer um maior uso de Arábica. Em resumo, o que pode acontecer com e ao café nas três maravilhas econômicas deste mundo pós-pandemia – Vietnã, Indonésia e Índia – pode ser benéfico para todo o mundo produtor de café e para sua cadeia de abastecimento.

Em paralelo a toda esta discussão sobre café robusta, que abordou também o café solúvel, é oportuno lembrar que há hoje em curso um reposicionamento destes dois produtos. Esta nova visão poderá aumentar seu consumo e demanda e quebrar paradigmas hoje estabelecidos sobre sua qualidade.

O reposicionamento do robusta está mais adiantado e é mais conhecido. O CQI criou o Q Robusta Grader faz alguns anos e está hoje empenhado em melhorar a qualidade do robusta e do conilon por meio do processamento pós-colheita. O CQI fez também uma sessão de degustação de cafés robustas e conilons especiais no evento World of Coffee em Milão que teve ampla repercussão devido à alta qualidade dos cafés.

Já no caso do café solúvel, está em vias de ser lançada pela ABICS  uma metodologia de análise sensorial que permitirá mostrar aos consumidores as diversas qualidades deste produto e como elas podem ser usadas para valorizar tanto o café solúvel em si como produtos nele baseados. O lançamento da nova metodologia, a ocorrer na Semana Internacional do Café, foi um dos temas do painel sobre inovação “Fora deste mundo!”, que ocorreu no concorrido evento anual da Associação Suíça de Comércio de Café (SCTA), também conhecido como Coffee Dinner Suíço, que aconteceu em Genebra na quinta e sexta-feiras da semana passada.

TEXTO Carlos Henrique Jorge Brando • FOTO Café Editora
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