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Marca italiana Lavazza acredita em recuperação nas vendas de café em 2021

Na última quinta-feira (1º), o presidente-executivo da produtora italiana de cafés Lavazza, Antonio Baravalle, relatou em coletiva on-line que as receitas da empresa poderão se recuperar esse ano, mirando atingir ao menos o patamar de 2,2 bilhões de euros (2,58 bilhões de dólares) visto em 2019 e, ainda, avalia oportunidades de fusões e aquisições.

Em 2020, a Lavazza registrou vendas avaliadas em 2,085 bilhões de euros, com os negócios de varejo compensando apenas parte das perdas relacionadas à queda no consumo de café fora de casa.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 253 milhões de euros em 2020, queda de 13% em relação a 2019. O grupo também deseja retomar o nível de Ebitda alcançado em 2019, ou um patamar pouco abaixo deste.

Apesar do impacto negativo da pandemia de Covid-19 para o consumo de café em bares, restaurantes e escritórios, o grupo terminou 2020 com uma posição financeira líquida positiva de 102 milhões de euros.

“Se virmos oportunidades de fusões e aquisições, vamos tentar aproveitá-las, embora com grande atenção aos aspectos econômicos e financeiros”, explica Antonio Baravalle, acrescentando que, no momento, o grupo não possui planos concretos de aquisições.

A pandemia não interrompeu os investimentos da empresa. Segundo Antonio, a produtora de cafés irá aplicar um total de 50 milhões de euros para reduzir sua pegada de carbono e atingir a neutralidade em carbono até 2030.

O grupo sediado em Turim, no norte da Itália, não planeja uma listagem em bolsa no momento, já que tem atingido os resultados financeiros de que precisa e seus acionistas não procuram uma estratégia para deixar a empresa.

Antonio Baravalle espera, ainda, que as vendas em restaurantes e bares e o consumo de café em escritórios se recuperem gradualmente, acrescentando que o grupo não planeja mudar sua estratégia de longo prazo, que visa a expansão em todos os três segmentos.

TEXTO As informações são da Reuters, por Francesca Landini • FOTO Jeremy Ricketts

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