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Cerrado Mineiro premia os melhores cafeicultores da região

Foto por Mariana Proença

O produtor Eduardo Pinheiro Campos, das Fazendas Dona Nenem e São João Grande, de Presidente Olegário, levou o 1º lugar da categoria Natural, com café de 91,25 pontos

A região do Cerrado Mineiro é a primeira, e por enquanto, a única no Brasil a possuir o status de Denominação de Origem para café.

Desde o ano passado, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, em parceria com o Sebrae, criou o Prêmio Região do Cerrado Mineiro, para prestigiar os cafeicultores locais. Hoje são 55 municípios e 4.500 produtores.

Mas a história começou na década de 1970, quando cafeicultores migraram do Paraná após uma geada que dizimou os cafezais. Frente a esta dificuldade, surgiram empreendedores que começaram a desbravar as cidades e plantar café onde nunca se havia imaginado existir terreno fértil.

Em 2013, após longo processo junto ao INPI, a região conquistou o título de Denominação de Origem, que atribui características especiais a uma região e produto. Em meio a 600 pessoas, a Espresso acompanhou dentre autoridades, cafeicultores, torrefadores, cafeterias, cooperativas e baristas, o Prêmio anunciado no Center Convention, em Uberlândia (MG). Vinte finalistas nas categorias natural e cereja descascado foram anunciados, além de homenagens aos técnicos de campo e compradores dos lotes campeões. Veja o resultado: Categoria Cereja Descascado
1º lugar AC Café S/A (89,12 pontos) (Fazenda Santa Lúcia, Perdizes)
2º e 3º lugares Eduardo Pinheiro Campos (Fazenda Dona Nenem e São João Grande, Presidente Olegário)
4º lugar Tomas Eliodoro da Costa (Fazenda São Francisco, Tapira)
5ºlugar João Batista Montanari (Fazenda São Paulo, Patrocínio)
6º lugar Nivaldo Souza Ribeiro (Fazenda Engenho Verde, Unaí)
7º lugar José Carlos Grossi (Fazenda São Matheus, Coromandel)
8º lugar Lázaro Ribeiro de Oliveira (Fazenda Congonhas, Patrocínio)
9º lugar Orlando Massayoshi Nakao (Fazenda Serra Negra, Coromandel)
10º lugar Zabulon Afonso dos Santos (Fazenda Lagoa dos Estulanos, Carmo do Paranaíba)

Categoria Natural
1º lugar Eduardo Pinheiro Campos (91,25 pontos) (Fazenda Dona Nenem e São João Grande, Presidente Olegário)
2º lugar Osmar Pereira Nunes Júnior (Fazenda Freitas, Patrocínio)
3º lugar Juliana Tytko Armelin (Fazenda Terra Alta, Ibiá)
4º lugar Rodrigo Aparecido Martins (Fazenda Caixetas, Coromandel)
5º lugar Wagner Ferrero (Fazenda Pântano, Coromandel)
6º lugar Fausto do Espirito Santo Velloso (Fazenda São Luiz, Carmo do Paranaíba)
7º lugar Wagner Ferrero (Fazenda Pântano, Coromandel)
8º lugar Maria Betânia de Almeida (Fazenda Boa Sorte, Campos Altos)
9º lugar Armando Hirotaku Tomizawa (Fazenda São Bento, Carmo do Paranaíba)
10º lugar Ronaldo Gonçalves de Brito (Fazenda São Jorge, Patrocínio)

Os produtores dos três melhores cafés, dentre os 10 finalistas de cada categoria, foram premiados. O primeiro colocado recebeu R$1.200,00 por saca; o segundo R$ 1.000,00 e o terceiro R$ 800,00 por saca; num lote de 20 sacas. Dentre os compradores estão marcas como Lucca Cafés Especiais, Suplicy Cafés Especiais, William & Sons Coffee Company, Daterra Coffees, 3 Corações, Moka Clube, Ateliê do Grão, Academia do Café, dentre outros.

A grande atração do evento foi o embaixador da marca Tres e chef premiado Alex Atala, que falou para a plateia da importância do alimento em conectar o mundo. “Vi hoje na minha visita à Fazenda Paraíso a busca incessante por qualidade nessa região. A devoção de gerações por um trabalho, a dedicação de uma família em torno do café.” A 3 Corações anunciou também a compra dos lotes campeões para desenvolver a edição limitada em cápsulas Tres com blend especial do Cerrado Mineiro. O Prêmio Região do Cerrado Mineiro contou com os patrocínio de Crediminas, Carmomaq, Banco Indusval, 3 Corações e Syngenta.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Café Editora

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