Deu na Espresso

Cafeterias que indicamos

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Kyso Café – Munique (Alemanha)

Pessoas com roupa esportiva, prontas para pedalar, e outras vestidas casualmente se reúnem diante da fachada do Kyso Café, em Munique, no sul da Alemanha. Ao lado das bicicletas estacionadas, tomam um café, acompanhado ou não de um lanche. Para quem passa por ali, a cena pode sugerir que se trata de uma cafeteria voltada exclusivamente a ciclistas. Mas basta um olhar mais atento para perceber que o Kyso é, na verdade, um café de bairro acolhedor, aberto a todos que cruzam seu caminho.

Aberta em 2023 pelo barista Maksim Dubilej, que já passou por estabelecimentos especializados como a Man versus Machine, o Kyso está bem localizado no multicultural distrito de Giesing, a uma quadra da estação de metrô Silberhornstraße e em frente a uma movimentada ciclovia. Além de reabastecer a cafeína e o estômago, clientes podem também encher os pneus da bike com uma bombinha que fica logo na entrada do café. Tudo isto se encaixa bem numa cidade com mais de 1.200 km de ciclovias e que tem as duas rodas como elemento central de sua cultura e dia a dia.

O Kyso Café marca presença numa região que já hospeda diferentes opções de cafeterias de especialidade. Com uma fachada discreta entre gravuras de arte urbana e grafites, é um estabelecimento contemporâneo com referências familiares num ambiente aconchegante – numa boa representação da forte identidade cultural do estado da Baviera, que tipicamente mistura modernidade e tradição. E esta é uma cafeteria orgulhosa de sua origem, como a bandeira do tradicional time 1860 München pendurada no teto não deixa mentir.

A cafeteria tem um salão amplo, com três espaços que acomodam mais de 20 clientes em cadeiras ou banquetas que permitem apreciar o movimento da vida lá fora ou ler calmamente uma das revistas ou livros disponíveis no espaço. A trilha sonora ambiente no dia da visita era levemente animada e, num bom volume, não sequestrava a atenção.

A área interna da Kyso recebe bastante luz natural pelos largos painéis de vidro virados para a rua ou pela pequena claraboia bem acima do balcão. Há também um banco de madeira na parede externa; sentar para tomar um café e ver a vida passar parece ser um lema por aqui. Ao lado de um bom set-up de serviço – com uma La Marzocco Classic S e o compactador automático PuqPress, por exemplo – o ambiente possui várias plantas, decoração com ar retrô, móveis de madeira maçica e um balcão de azulejos brancos que parecem ter saído de uma cozinha da família.

A casa trabalha com cafés torrados pela Johannes Bayer, em Sulzemoos, perto de Munique. Dá pra levar pacotinhos não só dos grãos utilizados no balcão, como também de outras origens, além de acessórios para preparo de café em casa. Na operação, o Kyso Café trabalha com um espresso titular que é sempre do Brasil (presença constante nas cafeterias de especialidade alemãs) e há um segundo grão cuja origem muda periodicamente – no dia da visita era da Tanzânia.

O espresso do dia foi um bourbon amarelo de processamento cereja descascado da Fazenda Samambaia, em Minas Gerais, disponível também para levar no pacotinho em grãos ou moído na hora num Mahlkönig Guatemala. A bebida veio numa clássica xícara de porcelana branca, bem tirada, doce e fácil de beber, com corpo equilibrado e crema consistente. O sensorial entregava notas de chocolate, castanhas e passas, com acidez suculenta e elegante lembrando nibs de cacau.

O cardápio inclui bebidas com leite ou bebida de aveia, mas não há oferta de coados feitos na hora, apenas batch brew. No dia, o grão vinha do Quênia e trouxe um contraste interessante em relação ao espresso. A bebida estava saborosa, porém bem mais delicada e de corpo leve. Servido em xícara de vidro, o café veio um pouco mais frio que o esperado e estava doce, com acidez presente e brilhante, suculento, aroma floral e com notas de umami perceptíveis. O conjunto, apesar de muito agradável, sumia diante das comidas de sabor mais forte – aqui quem se saiu melhor com os lanches foi o espresso Brasil.

Queijo quente à esquerda e franzbrötchen e croissant, acompanhados de espresso e coado, à direita

O cardápio, escrito à mão e fixado na parede, é conciso e as opções de comidinhas são dispostas na vitrine ou em cartazes no balcão. Dentre os itens estão salgados e doces como pastéis de nata, croissant, gugelhupf (bolo austríaco) vegano de banana com chocolate e alguns sanduíches, além de quitutes tradicionais da região como o franzbrötchen, um rolinho de canela alemão. As comidinhas são entregues em louças de porcelana pintada em cores leves, lembrando aqueles pratos que avós usam para servir o lanche da tarde.

O croissant não estava tão alveolado e veio pouco crocante, mas tinha massa leve, sabor amanteigado e dulçor desejado de caramelização. Outro folheado, o franzbrötchen, veio com ótimo recheio de canela e açúcar e doce na medida. O queijo quente, grande sucesso da casa, demorou um pouco para sair da chapa, mas a espera valeu a pena: ele chegou fumegante e amanteigado à mesa, com recheio generoso e saboroso, e tomou conta do paladar. A receita do Kyso leva queijos muçarela e cheddar com orégano num delicado pão de forma e vem acompanhada de maionese vegana apimentada. Há também a opção de pedir adicional de kimchi orgânico no queijo quente, a versão mais vendida da casa. Mas prepare o paladar: se a maionese apimentada é intensa, segundo a equipe, o kimchi é ainda mais.

Com cardápio enxuto, serviço ágil e amigável e um ambiente aconchegante, o Kyso Café entrega cafés especiais de qualidade e boas comidinhas na região de Munique. Vale a pena estacionar a bike por lá.

Nossa conta: € 20,82 (R$ 137,37*) + taxa de serviço
Espresso – € 2,20 (R$ 14,51)
Batch brew – € 2,80 (R$ 18,47)
Croissant – € 2,20 (R$ 14,51)
Franzbrötchen – € 2,90 (R$ 19,13)
Queijo quente – € 8 (R$ 52,78)

*O valor foi convertido levando em consideração a data da visita (€ = 6,59)

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Tegernseer Landstraße, 90
Bairro 81539
Cidade Munique
País Alemanha
Website http://www.instagram.com/kyso.cafe
TEXTO Redação

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Casa Castanho – Salvador (BA)

A Casa Castanho Barra, como ficou conhecida, abriu as portas em 2024 como um espaço aconchegante, com varanda e quintal. A decoração privilegia plantas, paredes de tijolos e chão de brita. As cores terrosas, por todo o lugar, criam harmonia com os tons verdes. No interior da casa há, também, uma lojinha, que vende pacotes de café e garrafas de espumante.

Apesar de dispor de três ambientes com mesas, as filas de espera são frequentes nos horários de pico. Nossa equipe chegou por volta das 9h da manhã e esperou cerca de 20 minutos para poder sentar e fazer o pedido. O atendimento é um dos pontos altos do lugar. O cardápio é extenso e variado, com diversidade de cafés, bebidas geladas e opções alcoólicas para acompanhar o brunch.

Escolhemos um coado (150 ml) feito com grãos catuaí cultivados pela família Viana de Andrade nas fazendas São Bernardo e Santa Rita, na região baiana do Planalto da Conquista. No cardápio não estava especificado qual seria o método de extração e, ao ser questionado, o atendente explicou que seria feito em uma máquina automática, sem mais detalhes. A xícara apresentou acidez equilibrada, corpo aveludado e aroma leve de chocolate. Um café fácil de beber.

Para acompanhar, um tostado de parma e um sanduíche de lombo defumado. O tostado, de pão macio de fermentação natural, burrata e molho pesto, foi bem executado e apresentado, e combinou muito bem com o coado. Em contrapartida, o sanduíche de lombo deixou a desejar na apresentação. No sabor, a mostarda de Dijon acabou por ofuscar os demais ingredientes.

Como sobremesa, nossa pedida foi um espresso longo harmonizado com a rabanada com sorvete e caramelo. O espresso veio sem crema e subextraído, enquanto o pão da rabanada estava seco e sem textura, com uma quantidade exagerada de canela e açúcar por cima.

Entre altos e baixos, saímos da Casa Castanho com a sensação de que há pontos a serem ajustados. A disponibilidade de cafés especiais, por exemplo, é um ponto alto. Se eles forem mais bem extraídos, podem elevar a experiência.

Nossa conta: R$ 146,30 + taxa de serviço
Coado – R$ 9
Tostado de parma – R$ 39
Sanduíche de lombo suíno defumado – R$ 38
Café espresso longo – R$ 9
Rabanada com sorvete e caramelo – R$ 39

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Princesa Isabel, 48
Bairro Barra
Cidade Salvador
Estado Bahia
Website http://https://www.instagram.com/casa.castanho
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Notthesamo Café – São Paulo (SP)

O Notthesamo foi a escolha de visita da equipe da Espresso nesta semana. Há três meses instalada na rua Doutor Vila Nova, no agitado bairro central da Vila Buarque, a cafeteria é braço de uma plataforma de mídia que tem como foco traduzir e fazer curadoria da cena urbana de moda, arte e lifestyle global para o público brasileiro. 

Com fachada de vidro, o ambiente atrai os olhares curiosos de quem passa na frente. Quem entra se depara com um espaço pequeno, de estética clean e com pé direito alto, animado por uma playlist de hiphop. O balcão à direita apresenta algumas das comidinhas rápidas, como croissant, pão de queijo, empanada, brigadeiro, banana bread e cookie. Os pacotes de café da casa também estão posicionados à venda.

É no mesmo balcão onde se faz e se pagam os pedidos. Entre as três opções de grãos disponíveis na casa, de sensoriais chocolate, limão siciliano e lavanda, escolhemos os dois últimos, filtrados no método gina. Cultivados pelo produtor Gabriel Lamounier, da Fazenda Guariroba, no Campo das Vertentes, e torrados pelo head barista da casa, Brenner Felipe, o de nota de limão siciliano era da variedade topázio, com dupla fermentação, enquanto que o de lavanda era um gesha natural, também fermentado. Na xícara, as bebidas eram leves e fáceis de tomar. O topázio era equilibrado e cítrico, com acidez média e corpo médio. Já o gesha era suave, aromático e nada enjoativo.

Para acompanhar, nossas escolhas foram o popular queijo quente, feito com um blend de queijos e finalizado com mel fermentado no alho, e o sanduíche na focaccia, composto por mortadela, ricota temperada e rúcula em uma focaccia feita na casa. O primeiro estava crocante e levemente salgado, mas foi balanceado pelo doce do mel. O segundo, equilibrado e refrescante, mostrou uma boa combinação entre a suavidade da ricota temperada e o sabor intenso da mortadela. A focaccia era leve e macia.

Entre os doces escolhemos o bolo de chocolate NTS e o brownie. Ideal para quem gosta de chocolate, o bolo veio cortado em uma fatia generosa, mas não enjoativa, que desmanchava na boca. O brownie estava macio e chocolatudo. Ambas as pedidas estavam doces na medida certa e foram harmonizadas com um espresso de corpo médio, acidez alta e finalização longa, com notas cítricas e de chocolate.

Em um bairro repleto de cafeterias, o Notthesamo Café se mostra um local agradável para quem busca uma pausa na rotina para tomar uma xícara de café em meio à correria de São Paulo.

Nossa conta: R$ 142
Coado limão siciliano – R$ 18
Coado lavanda – R$ 20
Queijo quente – R$ 32
Sanduíche na focaccia – R$ 30
Brownie – R$ 20
Bolo de chocolate NTS – R$ 22

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Doutor Vila Nova, 41
Bairro Vila Buarque
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
País Brasil
Website http://www.instagram.com/notthesamocafe/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Cult Coffee Roasters – Edimburgo (Escócia)

A Cult Coffee Roasters é uma cafeteria que convida os clientes a se aquecerem nos dias frios e cinzentos de Edimburgo. Localizada no bairro de Newington, a casa fica distante do centro turístico, mas próxima da Universidade de Edimburgo, o que contribui para uma atmosfera descontraída, jovem e diversa.

Em uma rua repleta de edifícios do século XVIII, com estilo georgiano, janelas altas e paredes de pedra, a cafeteria destaca-se por sua fachada moderna. O contraste também pode ser visto no interior da espaço, onde a estrutura industrial, que deixa tijolos e tubulações à mostra, diferencia-se da decoração intimista, com poltronas e sofás antigos e quadriculados que, combinados com a iluminação indireta, fazem do salão uma sala de estar, lugar perfeito para um café quente nos dias chuvosos, tão comuns na cidade.

Os grãos utilizados na casa vêm de diferentes países produtores, como Colômbia, Equador, Guatemala, Indonésia, Índia e Brasil. No dia da visita, a seleção para o coado, preparado na kalita wave, era um blend de cafés lavados do Equador (bourbon, sidra e típica), cultivados por um pequeno produtor na região de Pinchichua, nos Andes, a 1.340 m de altitude.

Os pedidos são feitos e retirados somente no balcão. Assim como em muitas cafeterias do Reino Unido, a bebida foi servida em copos de cerâmica preta – o que impede a experiência visual da cor do café. Apesar disso, o sabor não foi apagado. Suave e adocicado, com notas de frutas vermelhas e cítricas e um leve toque de chocolate ao leite, o café também apresentou acidez brilhante e bem equilibrada, complementada por um corpo médio e sedoso.

O cardápio de comidas da Cult oferece opções leves e saudáveis de toasts, wraps, saladas e bowls, com foco em produtos frescos e ingredientes locais. Pedimos o toast de salmão, que foi preparado com uma fatia generosa de pão artesanal sourdough, crocante por fora e macio por dentro, coberto por fatias finas de um delicioso salmão defumado, cream cheese, nozes picadas, alcaparras e folhas verdes. Para finalizar, escolhemos outro toast, desta vez de banana com pasta de amendoim, canela e calda de espresso da casa, que harmonizou perfeitamente com o espresso feito com um blend de cafés lavados colombianos (caturra e castillo, esse último, uma variedade colombiana). As notas de chocolate amargo, amêndoas e grapefruit agradaram, assim como o corpo e a acidez, que estavam no ponto certo e foram completados por uma surpreendente doçura.

Toast de banana com pasta de amendoim e toast de salmão no pão sourdough

A Cult Coffee Roasters destaca-se por seu compromisso com a torra artesanal de qualidade e pela seleção de grãos. Cada xícara é uma experiência sensorial, sejam espressos intensos ou filtrados delicados. A comida, simples e saborosa, valoriza a qualidade dos ingredientes e está à altura dos cafés de alta qualidade oferecidos na casa.

Nossa conta: £22,6 (R$ 158,20) + taxa de serviço
Filtrado – £6.5 (R$ 45,5)
Espresso – £3.1 (R$ 21,7)
Toast de salmão – £8.3 (R$ 58,1)
Toast de banana – £4.7 (R$ 32,9)

*O valor foi convertido levando em consideração a data da visita (£1 = R$ 7)

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Cafeteria Longão une café e corrida na Vila Buarque (SP)

Por Gabriela Kaneto

Por mais de meio século, o número 278 da rua Dr. Cesário Mota Júnior, na Vila Buarque, abrigou a farmácia do seu João, figura conhecida no bairro. Após a morte do proprietário, o espaço de balcões antigos e atmosfera de máquina do tempo deu lugar a uma cafeteria moderna, símbolo da nova fase da região.

Por trás do novo empreendimento está o fotógrafo e filmmaker André Dip. Maratonista e apreciador de cafés especiais, ele decidiu transformar as duas paixões em negócio e, há um mês, abriu a Longão. “Nossa ideia é que as pessoas saiam um pouco do centro de São Paulo, deem uma relaxada, venham com calma”, explicou Dip à Espresso

Balcão de preparo da Longão e André Dip (à direita)

O balcão e as prateleiras de cimento destacam as banquetas coloridas e a parede tomada por vinis ao lado da vitrola que embala o ambiente. No fundo, um jardim de inverno suaviza a estética brutalista. Há ainda uma arara com roupas esportivas e a balança original da antiga farmácia, lembrança da história do espaço. Quase escondida, uma sauna atende esportistas que querem desacelerar. 

A cafeteria usa grãos próprios, cultivados em diferentes regiões do país e torrados pela CA.OS Café, do interior paulista. O cardápio traz ainda opções internacionais rotativas — no dia da visita, México e Costa Rica, torrados pela brasileira Square Deal e pela dinamarquesa La Cabra. No espresso, a casa aposta em um blend de catuaí amarelo lavado do Sul de Minas com robusta amazônico natural do Acre.

“Temos uma pegada meio de laboratório”, conta Dip, referindo-se aos métodos de preparo, que variam entre v60, hario suiren, origami, clever, melitta, o dripper flatbed da Loveramics e o espresso, que pode ser extraído de uma Rocket ou manualmente na Bruta. Matcha, matcha latte, chá mate com limão e chá de hibisco, maracujá e gengibre enriquecem o cardápio.

Cafés do México e da Costa Rica filtrados na hario suiren (à esquerda) e pão de queijo, roll de queijo e cheesecake de chocolate (à direita)

O menu de comidas, enxuto, varia conforme o dia. Em nossa visita, havia pão de queijo, roll de queijo, sanduíche, cinnamon, cookie e cheesecake de chocolate e de frutas vermelhas. Os quitutes são produzidos, de preferência, por parceiros do bairro, como a padaria artesanal Seu Filão e a Kosmos Bakeshop. Aos finais de semana entram novas opções. 

Além do serviço de cafeteria, a Longão aposta em eventos e parcerias. Já promoveu aulas de ioga para corredores, um almoço com o restaurante Niko Niko e o lançamento de peças da marca Dies Mercuri.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 278
Bairro Vila Buarque
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://www.instagram.com/_longao
Horário de Atendimento de quarta a domingo, das 9h às 18h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto e Letícia Souza

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Sarta Coffee – São Paulo (SP)

A 350 metros do metrô Vila Madalena encontra-se a Sarta Coffee, nova cafeteria na cena de cafés especiais da capital paulista. A equipe da Espresso visitou a casa em uma manhã ensolarada de sexta-feira. O espaço pequeno e acolhedor, de decoração moderna e minimalista, dispõe de bancos do lado de fora e poucas mesas na parte de dentro.

Assim que chegamos, o atendente Vitor nos mostrou o cardápio e sinalizou que os pedidos eram tirados no caixa. Todos os grãos da Sarta são cultivados pela Daterra Coffee, fazenda referência em qualidade localizada em Patrocínio (MG), no Cerrado Mineiro, e são apresentados nas categorias da própria marca – Collection (R$ 15), Reserve (R$ 22) e Masterpiece (R$ 29). 

Coado, espresso, ristretto e bebidas com leite, quentes e geladas compõem o menu de café. De primeira, escolhemos um grão Collection e um Reserve, ambos no coado. O Collection do dia era um blend de bourbon vermelho e catiguá, de processamento natural, com descritivo de ameixa, frutas de caroço, blueberry, chocolate ao leite e caramelo. O Reserve escolhido era da variedade guarani, de processamento despolpado e natural, com sensorial de manga, frutas vermelhas, jasmim, amêndoas e mel. A torra dos grãos foi feita pela Abigail Coffee Co.

Servidos em uma jarrinha delicada de vidro, acompanhada de uma xícara branca da Loveramics (que chegou quentinha, ponto positivo), os cafés foram bem extraídos em uma Hario Switch, na proporção de 1 g para 15 ml. O Collection apresentou corpo cremoso, acidez alta e agradável, e sensorial de frutas roxas e maduras. Já o Reserve tinha corpo leve, acidez média, aroma de jasmim e sabor de frutas vermelhas e mel. Duas bebidas bem suaves para qualquer hora do dia.

O espresso escolhido por nós foi o stardust, de processamento natural, descrito sensorialmente como ameixa amarela, pêssego, damasco, frutas vermelhas e acidez láctica. Na xícara, a bebida, extraída em uma La Marzocco, estava bastante aromática, com corpo sedoso e finalização limpa. Deu para sentir o damasco e as frutas vermelhas, com destaque para a acidez láctica de iogurte.

Em relação às comidinhas, algumas opções não estavam disponíveis no dia – ponto de atenção quando se tem um cardápio enxuto. Nossas escolhas salgadas foram os ovos da casa (três ovos mexidos com queijo e tomate no pão petrópolis, um pão que lembra brioche) e o queijo quente (pão petrópolis com queijo padrão, finalizado com tomate cereja e cebolinha). Ambos estavam gostosos e bem executados. Nos doces, optamos pelo bolo de cenoura com chocolate 70%, que estava úmido e doce na medida certa, e o pain au chocolat, gostoso porém esfarelava em excesso.

Segundo Victor, a ideia da Sarta Coffee é que os cafés sejam o ponto principal da experiência – eles realmente se destacaram em comparação às comidas. Em geral, nossa experiência foi positiva, tanto em relação aos itens consumidos quanto ao atendimento e ao ambiente.

Nossa conta: R$ 138
Coado Collective – R$ 15
Coado Reserve – R$ 22
Espresso simples – R$ 11
Ovos da casa – R$ 28
Queijo quente – R$ 24
Bolo de cenoura com chocolate 70% – R$ 19
Pain au chocolat – R$ 19

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Luminárias, 105
Bairro Vila Madalena
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://www.instagram.com/sartacoffee
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Caffè Tommaseo – Trieste (Itália)

Situada numa das áreas mais nobres de Trieste, perto da famosa praça Unità, a história do Caffè Tommaseo se confunde com a da cidade, que por muito tempo pertenceu ao Império Austro-Húngaro, apesar da maioria de sua população ser italiana. Fundado em 1830, o local se tornou ponto de encontro de intelectuais que lutavam pela liberdade italiana e de escritores, como o irlandês James Joyce e o poeta italiano Umberto Saba.

Mais antigo de Trieste, o Caffè Tommaseo tem arquitetura vienense e paredes decoradas com grandes e luxuosos espelhos belgas. É parada obrigatória para quem faz o “tour dos cafés”. Sim, Trieste é conhecida como a cidade dos cafés, com dezenas de cafeterias e dez torrefações, entre elas, a illycaffè, o que atrai centenas de turistas interessados em fazer uma imersão no universo cafeeiro.

Os triestinos são vidrados na bebida. Enquanto no Brasil o consumo per capita é de cinco quilos de café torrado e moído por cidadão ao ano, lá é o dobro. A paixão é tão grande que eles rebatizaram clássicos como espresso, que recebeu o nome de nero, enquanto o cappuccino é chamado de capo. Por sinal, em Trieste, o espresso reina soberano, os estabelecimentos não têm café filtrado e, quando você pergunta por ele, os italianos torcem o nariz.

Os grãos utilizados no blend do espresso da casa são provenientes de várias origens: Brasil, América Central, África e Ásia. O cardápio de café da manhã é servido das 9h ao meio-dia. Pedimos à garçonete dois combos “oferta especial”. No primeiro, veio um cappuccino, uma água e uma omelete de queijo com fatias de pão. No segundo, um espresso, uma água e um crepe de chocolate com frutas vermelhas. Detalhe: em lugar de um copinho com água com gás, como servido no Brasil, os pedidos vieram acompanhados de um copinho de chocolate 70%, servido em temperatura ambiente, que, segundo a atendente, é preparado pelo chocolatier da casa, um dos melhores da região.

O cappuccino e a omelete eram corretos, mas nada que mereça destaque. No capo, faltou a cremosidade, característica dos cappuccinos preparados com leites mais ricos em gordura. No entanto, o espresso acompanhado de crepe de chocolate com morango, mirtilo e groselha estava sensacional. No primeiro gole, o nero chamou atenção pela torra intensa, porém ainda distante da torra escura típica de Nápoles. Combinado à sobremesa, provocou uma explosão de sabores – a acidez da groselha, a doçura e o amargor do chocolate, tudo se equilibrava com o espresso.

Para fechar, pedimos duas bebidas especiais: o peratoner, feito com creme de avelã e cacau, espresso e nata batida, e o tommaseo coffee, bebida preparada com rum escuro, licor Morlacco, chocolate Peratoner, espresso, creme de leite fresco e xarope de baunilha (Peratoner é uma renomada confeitaria e chocolateria italiana, de Pordenone). A primeira está mais para uma sobremesa do que para bebida. É preciso comê-la de colher, degustando com calma, para apreciar as notas do creme de avelã e cacau, que não é nada doce e casa superbem com a nata batida e a acidez do espresso.

O tommaseo coffee é um desaforo de tão bom. O drinque desperta todas as papilas gustativas com sua combinação de bebidas alcoólicas, espresso, chocolate e xarope. É difícil pensar que tantos ingredientes juntos possam ter um resultado tão surpreendente e, de tão inusitado, é difícil descrever, mas vale (muito) a pedida.

Ao longo dos anos, o Caffè Tommaseo mudou de dono e, hoje, pertence ao mesmo grupo que comanda o Caffè degli Specchi e a confeitaria La Bomboniera, que fornece as guloseimas do local. Não por acaso, em qualquer horário de funcionamento, o visitante pode pedir um café ao lado de um doce de pasticceria, que combina bem com a temperatura amena da cidade, sempre visitada pelo Bora, um vento frio e forte característico de Trieste.

Nossa conta: € 31,50 (R$ 193,7) + taxa de serviço
Oferta especial 1 – combo de cappuccino, água e omelete de queijo = € 9,50 (R$ 58,4)
Oferta especial 2 – combo de espresso duplo, água e crepe de chocolate = € 10 (R$ 61,5)
Peratoner = € 6 (R$ 36,9)
Tommaseo coffee =w € 6 (R$ 36,9)

*O valor foi convertido levando em consideração a data da visita (€ = 6,15)

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Texto originalmente publicado na edição #87 (março, abril e maio de 2025) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Piazza Nicoló Tommaseo, 4
Cidade Trieste
País Itália
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Ronin Café – São Paulo (SP)

A Espresso visitou a Ronin Café, na Barra Funda, região central de São Paulo, que se autodeclara “uma cafeteria de cozinheiros”, já que foi criada pelos chefs Pedro Nóbrega e Vitor Ribas, que passaram por restaurantes como o premiado Notiê. A fachada simples anuncia um espaço moderno e minimalista, com detalhes inspirados na arte de rua – como o quadro decorativo com grafia de pixo e a própria fonte escolhida para compor a logo da cafeteria. Em sintonia com o espaço, o alto-falante do salão dá voz a raps nacionais.

Fomos bem recebidos pelo atendente Cauê assim que chegamos. Ele nos explicou todo o cardápio, contou quais itens eram os seus favoritos e se certificou para que a experiência fosse leve e informal – mas muito completa. Além das características sensoriais do coado do dia, o atendente nos explicou as dos outros três grãos disponíveis, torrados pela torrefação paulistana Corisco, que poderiam ser preparados na v60, único método da casa.

Cafés filtrados na v60

Escolhemos dois cafés do produtor Alessandro Hervaz, de São Gonçalo do Sapucaí, Mantiqueira de Minas. O primeiro, de variedade acaiá e processamento natural, foi produzido no Sítio AAA. Na xícara, entregou uma bebida encorpada, doce e com notas frutadas, boa opção para qualquer momento do dia. Já o segundo café, um catuaí vermelho também naturalmente processado e cultivado no Sítio Boa Vista, mostrou-se uma bebida doce, menos encorpada, mas com um agradável sensorial que remeteu à torta de maçã.

Nossa expectativa quanto ao também era alta. Pão na chapa, toast de vegetais, queijo quente, pão com tofu, mortadela sando e choripan são algumas das alternativas entre os pratos salgados. Nossa pedida foi o queijo quente, o pão com tofu mexido e o mortadela sando – um dos mais solicitados pelos clientes.

Feito com um mix de queijos e cebolinha, o queijo quente entregou o que se espera dele, mas com a surpresa de um toffee de alho como ingrediente. Já o pão com tofu, feito com uma fatia de pão de fermentação natural, tofu mexido com cebolinha, tem a adição de picles e chilli oil, o que deixa seu sabor agradável e a textura úmida na medida certa. 

Mortadela sando e queijo quente

Ambas as opções estavam gostosas, mas a grande estrela da refeição foi o mortadela sando. Fazendo jus ao posto de “queridinho” da casa, ele vai além de um lanche de mortadela comum, ao combinar mortadela na chapa, queijo, picles e maionese kewpie em um pão francês de fermentação natural numa composição harmônica. Indicamos! 

Perto do fim da manhã, encerramos a visita pedindo banana bread e tiramisú. Bem apresentado, o banana bread leva bolo de banana (com gostinho de caseiro) coberto por uma banana partida ao meio e chapiscada na chapa, canela polvilhada e calda caramelizada de coco, feita na cozinha da Ronin – e que pode ser substituída por doce de leite produzido pela confeitaria parceira, De Mãe Cozinha. A combinação harmonizou bem com o café frutado. 

Pão com tofu mexido, banana bread e café filtrado na v60

O tiramisú, montado em uma xícara de café, vem com um tuille de chocolate por cima, seguido de bolachas levemente molhadas em cold brew, mas ainda crocantes, e creme mascarpone batido com cacau (feito na hora). Diferente dos tradicionais, que são feitos com espresso, o tiramisú do Ronin destacou-se pela leveza e suavidade de sabor do café, além de vir na quantidade certa para te fazer pedir mais um. 

Nossa conta: R$ 151,80 (com a taxa de serviço)
Coado acaiá – R$ 18
Coado catuaí vermelho – R$ 18
Meia porção do mortadela sando – R$ 15
Meia porção do queijo quente – R$ 15
Tofu mexido – R$ 25
Banana bread – R$ 22
Tiramisú – R$ 25

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Doutor Albuquerque Lins, 253
Bairro Barra Funda
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://www.instagram.com/ronincafesp
Horário de Atendimento De quarta a domingo, das 10h às 18h
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

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Café Minamihara – Franca (SP)

A sutileza, tão prezada na cultura japonesa, perfaz a cafeteria, aberta em 2021. O serviço, ao som de música ambiente, é feito nas mesas de madeira dispostas ao ar livre – uma experiência no interior de uma fazenda cuja proposta é mostrar todo o trabalho que envolve a produção de um café. O menu conversa com esse propósito, criando uma experiência imersiva.

A área de torra, num espaço da cafeteria, permite acompanhar o processo ao longo do dia. Outros destaques são a máquina de espresso da Victoria Arduino (modelo Black Eagle), assinada pela campeã polonesa do mundial de 2018, Aga Rojewska, e o moinho, também usado por ela no campeonato, que servem para a extração dos espressos da casa.

A cafeteria conta com bebidas clássicas como cappuccino, latte e iced latte honey, com mel produzido pela fazenda. Recentemente, o espaço inclui um brunch, que serve até três pessoas.

Nosso pedido foi o nanolote da casa, um arábica da variedade catucaí-açu de processamento natural. Feito no v60 e servido em copos de cerâmica, o café tem caráter complexo (chá preto, pêssego fresco e jasmim), alta doçura, corpo sedoso e acidez cítrica brilhante. Conforme esfria, mantém o aroma floral e a nota de chá – um café de paladar delicado.

Para acompanhá-lo, a recomendação da barista foi o avocado toast, feito com pão de fermentação natural e abacates da fazenda, temperados com limão, sal e pimenta, além de tomates-cereja e um ovo cozido em sous-vide (a baixa temperatura). Embora o toast estivesse muito bem feito, a untuosidade e acidez do abacate acabam apagando a alta doçura do café.

Nanolote de catucaí-açu na v60 com um avocado toast e o bolo chiffon

Melhor combinação foi com o pão de queijo, recheado com brisket bovino, que elevou a percepção de doçura e de corpo da bebida. Vale moderar no molho barbecue feito com espresso que acompanha o pedido, pois sua potência atrapalha um pouco a delicadeza deste coado.

De sobremesa, um sedoso bolo chiffon, um clássico da confeitaria francesa revisitado com o acréscimo de matchá, ingrediente marcante da cultura japonesa. Coberto com amêndoas e coco açucarado, traz o matchá na medida certa.

Para finalizar a experiência, pedimos um espresso, feito com o grão obatã vermelho de processamento natural. Embora tenha chegado à mesa (em xícara de porcelana) com a crema um pouco opaca, ele exalava notas de capim-limão, manga, com uma nota floral de fundo. Doce, de acidez brilhante e corpo sedoso, fez um casamento interessante com o bolo, capaz de deixá-lo ainda mais doce.

Nossa conta: R$ 118 + taxa de serviço
Coado nanolote – R$ 25
2 espressos – R$ 18
Pão de queijo com brisket – R$ 25
Avocado toast – R$ 35
Bolo matchá – R$ 15

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Texto originalmente publicado na edição #87 (março, abril e maio de 2025) da Revista Espresso. Para saber como assinar, clique aqui.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rodovia Candido Portinari, Km 407
Bairro Jardim Paineiras
Cidade Franca
Estado São Paulo
Website http://instagram.com/cafe_minamihara
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

Cafeteria & Afins

Casa Hario – São Paulo (SP)

A primeira cafeteria da famosa marca japonesa de utensílios de café fica em uma movimentada esquina do Itaim Bibi, em São Paulo. O ambiente amplo e moderno destaca detalhes em madeira, que lembram estabelecimentos tradicionais japoneses. Além de um espaço externo, ideal para os dias quentes, o interior da cafeteria combina mesas com um grande balcão para quem busca um ar mais aconchegante. 

Nossa equipe escolheu visitar a casa em uma manhã de sexta-feira. A hospitalidade do estabelecimento ficou clara logo na entrada, quando um atendente, atencioso, nos encaminhou até uma mesa e nos mostrou o cardápio. 

Para beber, o menu tem opções de cafés filtrados em métodos hario (v60 e suas variações – como a permanente e a switch, além da mugen –, french press e globinho), bebidas com leite, bebidas geladas e chás. Não há espresso. Para comer, pães, salgados e sanduíches dividem espaço com waffles, panquecas, ovos e sobremesas. Como imaginado, a culinária asiática está presente em alguns itens, como no karepan assado, nos shokupans e na coalhada seca com pó de matcha, disponível na seção de pães.

A seleção de cafés filtrados é distribuída em três categorias de grãos: clássicos, complexos e sofisticados. No dia da visita, a casa tinha seis deles – cinco nacionais e um de fora. Escolhemos provar os cafés complexos, como o etíope cultivado na região de Yirgacheffe Banko Gotiti, feito na v60, e um gesha produzido em Campo das Vertentes (MG), extraído na v60 switch. Para acompanhar, fomos de shokupan de sunomono com coalhada e shokupan misto, que levava jamon serrano e gruyère.

Servidos em xícaras transparentes, os cafés surpreenderam sensorialmente. O etíope apresentou notas de frutas amarelas e mel, corpo leve e acidez equilibrada. Conforme a temperatura caiu, o frutado sobressaiu e o corpo tornou-se mais presente. Já o café mineiro era complexo mas leve, ótimo para começar o dia, com aroma que lembrava chá e sabores cítricos e levemente doces, puxados para laranja-bahia. 

Os shokupans foram servidos em quatro pedaços. O de sunomono com coalhada era crocante, agridoce na medida certa e refrescante, ótima opção de lanche para um dia quente. O misto estava gostoso mas, mesmo com o toque salgado do jamón, não surpreendeu. O queijo poderia estar mais derretido, e um molho de acompanhamento iria torná-lo mais atrativo. De sobremesa, o choux cream de baunilha foi uma boa escolha: estava crocante, com massa leve e creme agradavelmente doce.

Choux cream

A Casa Hario é uma opção interessante para os entusiastas do café. Além do menu e do atendimento, oferece também uma área de produtos expostos para venda, com canecas, métodos de preparo, moedores, balanças e chaleiras da marca.

Nossa conta: R$ 181,90 (com serviço)
Shokupan de sunomono – R$ 38
Shokupan misto – R$ 45
Choux cream – R$ 18
Filtrado Etiópia – R$ 30
Filtrado Campo das Vertentes – R$ 30

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Manuel Guedes, 426
Bairro Itaim Bibi
Cidade São Paulo
Estado São Paulo
Website http://https://www.instagram.com/casahario/
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso