Mercado

Nespresso convida muralista Eduardo Kobra para criar obras sobre café e sustentabilidade

Para homenagear toda a cadeia de produção do café, do grão à xícara, com foco na preservação do meio ambiente e no cuidado com as pessoas, a Nespresso convidou o muralista Eduardo Kobra para criar duas intervenções contemporâneas, sendo a primeira uma obra com uso de UpCycling e a segunda um painel urbano como presente para a cidade de São Paulo, afim de alertar sobre a importância da economia circular e da sustentabilidade.

Se para Kobra a arte transforma, da transformação nasceu a “Nossas Ações Dizem Tudo”, a nova obra desenvolvida pelo artista com base nos preceitos do UpCycling, uma tendência mundial de ressignificação de objetos para novas utilidades. Com o uso de cápsulas de alumínio Nespresso já utilizadas, o artista elevou ao patamar de arte itens que poderiam ser dispensados, provocando uma reflexão quanto à importância da reutilização de itens recicláveis.

A composição de elementos é trabalhada na criação com diferentes texturas e dimensões, desde o orgânico, com o pó de café usado, até o sintético, com o alumínio das cápsulas. Além de papelão, tecido e papel, Kobra desenhou um mosaico 3D no qual o protagonista é a própria mensagem, adornada com a estética multicolorida e étnica característica de sua criação. Com dimensão de 100 x 102 cm, a obra ficará exposta na vitrine da Boutique Nespresso, na Rua Oscar Freire, 953, em São Paulo (SP), até meados de outubro.

“Fiquei muito feliz em ter sido convidado para esta parceria com a Nespresso, porque ao mesmo em tempo que ela possibilita que eu seja criativo e produza uma obra de arte, também está coerente com um dos valores que mais prezo ao longo de minha carreira: a preservação do meio ambiente. Ao usar o conceito do UpCycling para esta ação, estou misturando o meio e a mensagem, ou seja, fazendo com que a arte em si já seja calcada na ideia de transformação sustentável”, afirma o grafiteiro.

As intervenções artísticas dão continuidade ao aniversário de 15 anos da história da Nespresso no Brasil e ao compromisso da companhia com a sustentabilidade no País, que se conectam também ao leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Mercado

Quanto custa? Estudo aponta quais países são mais caros e baratos para pedir uma xícara de café

Uma pesquisa conduzida pela consultoria financeira norte-americana SavingSpot examinou o custo médio de consumo de café em 104 países e descobriu que a Coreia do Sul é o país mais caro, com o preço médio do café custando US$ 7,77, enquanto que o Irã foi considerado o mais barato, com um preço em torno de US$ 0,46 por xícara.

O estudo foi baseado em cinco cafeterias da cada capital de cada país. As casas eram obrigadas a oferecer um espresso, um latte e um cappuccino no menu, com o preço médio de cada item registrado e convertido em dólares americanos.

A SavingSpot estima que o alto preço do café na Coreia do Sul se deve ao número de cafeterias temáticas, como aquelas que permitem que os frequentadores interajam com gatos enquanto consomem café, por exemplo. De acordo com o estudo, Seul, a capital da Coreia do Sul, também tem o maior número de Starbucks do mundo.

Catar, Líbano, Kuwait e Suíça seguem atrás da Coreia do Sul como os países mais caros do mundo para consumir café. Dos dez cafés mais caros do mundo, cinco eram países do Oriente Médio. Os motivos se devem à crescente demanda por cafés especiais, em parte devido à abstinência de álcool no país.

Os países da Ásia Oriental também servem café por um preço alto, com Tóquio pagando cerca de US$ 5,29 por xícara. O estudo sugere que o Irã foi considerado o país com café mais barato devido leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Café Editora

Receitas

Torta chocolate Brazil Callebaut com caramelo de café e flor de sal

Ingredientes

Massa
– 225 g de farinha de trigo peneirada
– 25 g de farinha de amêndoas
– 100 g de manteiga gelada sem sal em cubos
– 1 ovo
– 100 g de açúcar cristal

Caramelo de café
– 100 g de açúcar refinado
– 100 g de água
– 10 g de café solúvel
– 80 g de creme de leite fresco
– 20 g de manteiga sem sal

Ganache de chocolate Brazil Callebaut
– 250 g de chocolate Callebaut 66% Brazil
– 200 g de creme de leite fresco

Preparo

Massa
Na batedeira, junte a farinha de trigo, a farinha de amêndoas, a manteiga e bata com uma raquete em velocidade baixa até o ponto de areia. Numa tigela separada, misture o açúcar e o ovo e despeje na tigela da batedeira. Misture lentamente até a massa ficar homogênea. Faça um quadrado com a massa, envolva-a em filme plástico e leve para refrigerar por pelo menos 1 hora. Com um rolo e um pouco de farinha, abra a massa e forre o fundo de uma forma de 20 cm. Fure o fundo com a ajuda de um garfo e leve a massa para assar a 155 °C por aproximadamente 25 minutos ou até que fique dourada. Reserve.

Caramelo
Leve ao fogo o creme de leite e o café solúvel. Quando levantar fervura, desligue o fogo e reserve. Numa outra panela, coloque o açúcar, a água e a manteiga. Leve ao fogo sem misturar até atingir 170 °C ou até obter a coloração âmbar. Tire do fogo e despeje sobre essa mistura o creme de leite aos poucos até o caramelo ficar homogêneo. Reserve.

Ganache
Junte o creme de leite fresco ao chocolate e deixe a mistura ferver até ficar lisa e cremosa. Agora, monte a torta: despeje o caramelo em toda a circunferência da base e leve ao refrigerador para que fique firme.  Depois, despeje o ganache ainda líquido sobre a torta e leve novamente ao refrigerador. Assim que estiver firme, coloque algumas pitadas de flor de sal sobre a torta e sirva.

Rende de 6 a 8 porções

FOTO Daniel Ozana/Studio Oz • RECEITA Vivianne Wakuda

Mercado

Brasil registra novo recorde de exportação de café na safra 2020/2021

Segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques nacionais do produto somaram 3,012 milhões de sacas de 60 kg no mês de junho, gerando US$ 423,2 milhões. Com o desempenho, o País registrou novo recorde no fechamento das remessas cafeeiras no acumulado da safra 2020/2021, que alcançaram 45,599 milhões de sacas, apresentando alta de 13,3% em relação à temporada 2019/2020 e de 10,1% sobre as 41,426 milhões de sacas de 2018/2019, até então o melhor desempenho.

Em receita cambial, as exportações do produto nacional ao exterior renderam US$ 5,842 bilhões na safra 2020/2021, o melhor resultado nos últimos cinco anos, que representou crescimento de 13,4% na comparação com os US$ 5,154 bilhões do ciclo 2019/2020.

O presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, revela que o novo recorde reflete a safra 2020/2021 exemplar em volume, qualidade e sustentabilidade e que foi possível alcançar o maior patamar histórico das exportações nacionais do produto devido à eficiência comercial e logística dos exportadores brasileiros e ao profissionalismo dos cafeicultores do País.

“Os produtores mantêm seu constante ciclo de investimento em qualidade, sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, colhendo um volume recorde de arábica e conilon na safra 2020. Dessa forma, possibilita que os cafés nacionais sejam aceitos em todo o mundo, sendo impulsionados pelos profissionais de logística dos nossos associados, os quais redobraram esforços durante a pandemia para honrar os compromissos diante dos entraves logísticos, potencializados pela expressiva alta nos custos dos fretes, consequentes e sucessivos cancelamentos de bookings e dificuldade de novos agendamentos”, explicou Rueda.

Ano civil

No acumulado do primeiro semestre de 2021, o Brasil remeteu o também recorde de 20,866 milhões de sacas de café ao exterior, obtendo ingressos de US$ 2,794 bilhões – maior valor desde 2016 –, desempenho que implica alta de 4,5% em volume e de 7% em receita frente ao resultado dos seis primeiros meses de 2020. Na média mensal deste ano, o resultado corresponde a embarques de 3,5 milhões de sacas ao exterior, com receita equivalente a US$ 466 milhões ao mês.

Principais destinos

Entre julho do ano passado e o fim de junho deste ano, o Brasil exportou café a 115 países e os Estados Unidos permaneceram como principais parceiros comerciais. Os norte-americanos elevaram em 5,8% as aquisições do produto frente ao ciclo 2019/2020, importando 8,337 milhões de sacas, as quais representaram 18,3% das exportações totais.

A Alemanha, com representatividade de 17,4%, adquiriu 7,948 milhões de sacas (+16,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. As exportações dos cafés nacionais para a Bélgica cresceram leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Cafezal

Arábica x canéfora: Diferenças entre espécies de café são debatidas em websérie da BSCA

Nesta quarta-feira (14) acontece o lançamento do oitavo episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo da vez aborda as diferenças entre as espécies de café cultivadas no Brasil e mais consumidas no mundo: arábica x canéfora. Para falar sobre o cultivo, resistência a doenças, volume de produção e diferenças na xícara, foram convidados os especialistas Guy Carvalho, engenheiro agrônomo e consultor técnico, e Enrique Alves, pesquisador da Embrapa-RO.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Café & Preparos

O rock nacional vive em João Barone

O músico divide seu tempo entre os Paralamas do Sucesso, um projeto sobre o The Police e pesquisas relacionadas à II Guerra Mundial

Uma das três pontas do trio Paralamas do Sucesso, João Barone já era baterista antes de efetivamente sê-lo. Passou a infância na região da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) – hoje município de Seropédica -, época marcada por brincadeiras com baquetas imaginárias. 

“Fazia baquetas de bambu e tocava nas almofadas”, revela João, que, quando pequeno, era fã dos Beatles. Reza a lenda que, por volta dos 9 anos, ele invadiu sem ninguém perceber o ensaio do irmão João Guilherme na garagem da sua casa (João tinha uma banda com os amigos do cursinho pré-vestibular).  “Sou o mais novo de quatro irmãos e meio temporão, cheguei muito depois”, explica. “Naquele dia, quando a banda do meu irmão fez uma pausa para o café, dizem que eu sentei na bateria e comecei a tocar Ticket to Ride, do filme Help, dos Beatles, que eu adorava”. 

“Fui criando interesse pela bateria nessa fase. Ela tem uma coisa meio circense e sempre me atraiu. Lembro que, quando o Zimbo Trio ia ao programa do Flávio Cavalcanti, eu parava tudo para vê-lo. E meu ídolo dos Beatles era o Ringo Star”, aponta.

A fama de baterista correu entre os amigos da vizinhança sem que sequer Barone tivesse o instrumento. “Na adolescência, os colegas da rua montavam banda, queriam tocar guitarra e já contavam comigo na bateria”, diverte-se. 

Certo dia, Barone e seus amigos encontraram no almoxarifado da universidade uma bateria estragada. Um professor a emprestou ao jovem Barone, que se comprometeu a restaurá-la. “Eu e uns amigos montamos uma banda e ensaiávamos de sábado à tarde em uma sala vazia da universidade. Quando havia turnê das bandas de baile na nossa cidade, algo comum na época, nós pedíamos para dar uma canja. Subíamos ao palco e tocávamos uma meia dúzia de músicas dos Beatles”. 

Rock brasileiro

Era começo dos anos 1980 quando um amigo em comum apresentou Barone a Herbert Vianna e Bi Ribeiro. A banda deles, Os Paralamas do Sucesso, tocaria em um festival da universidade. O baterista Vital Dias (homenageado na canção Vital e Sua Moto) não pôde comparecer. Barone então assumiu as baquetas, mas o reencontro do trio demoraria um ano para acontecer. leia mais…

TEXTO Leonardo Valle • FOTO Bispo

Cafezal

Associação Brasileira de Cafés Especiais confirma Cup of Excellence 2021

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) divulgou ontem (12) a edição do Cup of Excellence 2021. O concurso mundial é realizado no Brasil em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Os produtores podem enviar as amostras de café arábica até 8 de setembro, para sede da BSCA em Varginha (MG), que fica na Rua Gaspar Batista Paiva, 416 – Santa Luiza. CEP: 37026-680.

Através de sorteio, o júri nacional será composto por juízes BSCA e jurados nacionais da edição 2020, de acordo com suas disponibilidades, buscando envolver, o máximo possível, as diversas origens produtoras do Brasil.

Seguindo rigorosamente os protocolos sanitários, a Fase Internacional da competição não será presencial. Assim como no concurso do ano passado, as amostras classificadas na Fase Nacional serão enviadas pela BSCA a grupos de especialistas de importantes países compradores, que farão a análise final, definindo os campeões.

A BSCA disponibilizará mais informações sobre prazos, cerimônia e o regulamento completo do Cup of Excellence 2021 em breve.

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Cafezal

Plataforma digital busca melhorar acesso dos cafeicultores de Honduras ao mercado global

Sustentável sem fins lucrativos, a Heifer International fez uma parceria com a International Business Machines (IBM) para lançar a IBM Watson Decision Platform for Agriculture digital. A plataforma visa melhorar o acesso dos produtores de café e cacau de Honduras aos dados do mercado global, aumentando a velocidade das transações e melhorando a tomada de decisões em nível de fazenda. A novidade usará a tecnologia blockchain Food Trust da IBM, aumentando a transparência da cadeia de suprimentos.

Jesús Pizarro, vice-presidente de Inovação Financeira da Heifer International, afirmou: “Por 18 meses trabalhamos junto aos agricultores para identificar as melhores maneiras de melhorar os processos de produção, digitalizar a cadeia de valor e, por fim, abrir o acesso ao mercado para os pequenos agricultores para que eles possam garantir preços premium”.

A tecnologia blockchain da IBM permitirá que os compradores de café que estão comprando café da cooperativa COPRANIL, em Honduras, e cacau da Chocolate Halba entendam melhor a cadeia de suprimentos do produto e por que os produtos são vendidos a um determinado preço. A Chocolate Halba obtém seu cacau de agricultores que também fazem parte da iniciativa Chocolate4All de Honduras da Heifer International.

“Como uma das primeiras cooperativas do mundo a implantar o sistema, a COPRANIL está liderando o caminho, equipando seus agricultores com as ferramentas e a tecnologia de que precisam para construir e sustentar negócios agrícolas lucrativos”, disse Pizarro.

Essa tecnologia também permite que os compradores rastreiem os grãos de café e cacau desde a fazenda até o ponto de venda. Isso não apenas melhora o acesso ao mercado para produtores e leia mais…

TEXTO As informações são do Global Coffee News / Tradução Juliana Santin

Cafeteria & Afins

Dude Coffee Company – Caxias do Sul (RS)

Depois de terem contato com cafeicultores e se apaixonarem pelas histórias por trás da xícara, o designer Guilherme Dossin e o engenheiro Jocemar Gross chegaram à conclusão de que gostariam de trabalhar no setor para apresentar os cafés especiais a um maior número de pessoas. Assim nasceu a Dude Coffee Company, em 2019, que primeiramente funcionava como um e-commerce para vender grãos torrados por parceiros, e que com o tempo se tornou uma microtorrefação e passou a vender cafés com sua própria torra. 

O negócio amadureceu e se destacou no mercado, com embalagens modernas e criativas que chamam atenção. A vontade de arriscar em um espaço próprio já existia, mas faltava um pequeno empurrão para o plano ser posto em prática. Com a entrada do empresário Samuel Santos na sociedade, as ideias foram tiradas do papel. Assim, em maio deste ano, foi inaugurada a cafeteria da Dude Coffee Company, um ambiente convidativo e descolado, na cidade gaúcha de Caxias do Sul.

Para aproveitar o ar livre 

A casa busca diversificar a experiência dos consumidores, com diferentes cafés e métodos de preparo. Os grãos seguem sendo torrados pela própria marca, são rotativos e cultivados por parceiros de diversas regiões brasileiras, entre elas Sul de Minas, Caparaó, Mantiqueira de Minas, Chapada Diamantina e Montanhas do Espírito Santo. Os baristas preparam o café nos métodos hario v60, french press, aeropress, chemex, clever, coador de pano e espresso, tirado de uma Wega Pegaso, além de bebidas com leite, cold brew e drinques alcoólicos.

Pão de queijo, folhado de queijo e palmito, croissant de chocolate, brownies, bolos e cookies são algumas das opções de comidinhas preparadas por parceiros locais. A indicação da equipe para acompanhar o café é o pão de queijo. 

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Rua Nelson Dimas de Oliveira, 11
Bairro Nossa Senhora de Lourdes
Cidade Caxias do Sul
Estado Rio Grande do Sul
País Brasil
Website http://www.instagram.com/dudecoffeecompany
Horário de Atendimento De terça a domingo, das 14h às 19h
TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Leonardo Martins

Café & Preparos

Museu do Café organiza exposição temporária sobre presença feminina na história da bebida

O Museu do Café, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugura neste mês a exposição “O Feminino no Café, 1870-1930”. O lançamento será feito no dia 22 de julho, às 17h, através de live no Instagram. Presencialmente, a exposição poderá ser visitada a partir do dia 23 de julho.

Para desenvolver o debate, o Museu do Café formou um grupo de estudos reunindo mulheres de vários setores da instituição (coordenação técnica, educativo e acervos museológico, arquivístico e bibliográfico). A equipe se dedicou a explorar diversas obras de história do Brasil, do café, das artes, da moda, de gênero e outras áreas que pudessem agregar ao tema. Essa foi a semente que resultou na consolidação da mostra.

A partir desse trabalho, percebeu-se, por exemplo, que a presença feminina ficava oculta sob a imagem dos “barões”, comissários, ou até mesmo de homens trabalhadores. Geralmente, eram atribuídos papéis coadjuvantes, aparecendo superficialmente nesse universo masculino, muitas vezes imbuídas de idealizações e estereótipos. Mas, nas últimas décadas, pesquisas resgataram e problematizaram a participação feminina na cadeia produtiva do grão, e de mulheres que, com o dinheiro do café, atuaram nos campos da cultura e da política.

A exposição trará objetos, documentos, imagens e reprodução de vestimentas, organizados nos perfis: escravizadas, colonas, fazendeiras, artistas e patronesses, sem esquecer que, dentro desses núcleos, existe uma diversidade de condições econômicas e sociais, motivações e atuações.

Serviço
Museu do Café
Onde: Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos (SP)
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: terça a domingo, das 11h às 17h (bilheteria encerra às 16h)
Grátis aos sábados
Mais informações: museudocafe.org.br

TEXTO Redação • FOTO Café Editora