Mercado

Exportações brasileiras tem queda de 10,4% em fevereiro, diz Cecafé

Receita, porém, subiu 55,5%; cafés diferenciados representaram 25% das exportações e dobraram o faturamento; exportação de solúvel cresce 16,5%
 

Da Redação

Em fevereiro, o país exportou 3,274 milhões de sacas de café – uma queda de 10,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, diz relatório de fevereiro do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgado nesta quinta (13). A receita, porém, é 55,5% maior, um recorde: US$ 1,190 bilhão, reflexo das cotações elevadas no mercado global (para acessar o relatório completo, clique aqui).

As exportações somam 33,452 milhões de sacas nos oito primeiros meses da safra 2024/25, o que gerou divisas de 9,723 bilhões de reais – uma alta recorde de 59,8% em receita cambial se comparada ao mesmo intervalo anterior (julho de 2023 a fevereiro de 2024).

Para Marcio Ferreira, presidente da Cecafé, “embora as bolsas internacionais tenham recuado, os preços atuais e cotações médias dos últimos meses são significativamente maiores do que aqueles praticados no mesmo período do ano anterior”. 

Preços ao consumidor podem subir 

Ferreira lembra, porém, que os canéforas do Brasil na bolsa de Londres não estão com preços competitivos como os do Vietnã, por exemplo, porque estamos na entressafra. Também os arábicas nacionais estão mais caros na bolsa de Nova York.

Sobre a diminuição do comércio de café, Ferreira cita como causas a redução de linha de crédito e um eventual recuo pontual no consumo da bebida. “Novas altas nos preços ao consumidor não devem ser descartadas. Esses potenciais aumentos gerarão uma redução no consumo”, declara. 

Safra 2026/27 pode se recuperar

Segundo Ferreira, se o inverno for sem intempéries e as chuvas retornarem em volume suficiente, a safra 2026/27 poderá ter boa florada e se recuperar. “No momento, a certeza para a safra 2025/26 é de um volume bem menor para o arábica e maior ao conilon”, prevê o presidente do Cecafé. Nesse cenário, diz ele, não será possível bater recordes de exportação, mas o Brasil ainda terá “uma participação representativa”. 

Os Estados Unidos foram o principal destino dos cafés brasileiros neste primeiro bimestre, importando 1,206 milhão de sacas (16,6% do total). Em seguida vem a Alemanha (878.350 sacas, 12,1% do total), a Itália (531.260 sacas), o Japão (478.844 sacas) e a Turquia (354.904 sacas).

Problemas logísticos

Apesar de Vietnã e Indonésia estarem mais competitivos no primeiro bimestre, ambos — respectivamente, segundo e quarto maiores produtores globais — continuam ampliando a compra de café verde brasileiro. Nos dois primeiros meses do ano, os vietnamitas importaram 72.836 sacas (aumento de 297,3%), enquanto os indonésios adquiriram 47.471 sacas (um crescimento de 29,2%).

Ferreira acredita que muitas dessas exportações correspondem a contratos fechados em 2024, quando os canéforas brasileiros estavam mais competitivos. No entanto, parte desse volume ainda não foi embarcada devido a problemas logísticos –  atrasos de navios, mudanças de escala e rolagens de carga, reflexo da infraestrutura portuária defasada do país.

Solúvel cresce 16,5%

O café arábica manteve a liderança nas exportações brasileiras no primeiro bimestre, com 6,07 milhões de sacas embarcadas ( 83,4% do total). Apesar do volume expressivo, houve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2024.

Na segunda posição, solúvel registrou um crescimento de 16,5%, com 640.996 sacas exportadas (8,8% do total). Já os canéforas tiveram recuo de 45,5%, somando 559.928 sacas (7,7%), enquanto o café torrado e torrado e moído apresentou o maior crescimento percentual – alta de 63,9%, mas com um volume modesto de 7.993 sacas (0,1% do total).

Os cafés de qualidade superior ou com certificados como sustentáveis representaram 24,8% das exportações, com 1,8 milhão de sacas embarcadas — um crescimento de 14,7% em relação ao mesmo período de 2024.

Com preço médio de US$ 398,47 por saca, os cafés diferenciados geraram uma receita de US$ 717,7 milhões – 28,5% do total obtido com as exportações de café no período. Em relação ao ano anterior, a valorização foi expressiva, com um aumento de 101,1% no faturamento.

Os Estados Unidos lideraram as compras desse tipo de café, adquirindo 351.205 sacas (19,5% do total exportado). Na sequência, aparecem Alemanha (228.840 sacas, 12,7%), Bélgica (179.510 sacas, 10%), Japão (125.646 sacas, 7%) e Holanda (118.806 sacas, 6,6%).

TEXTO Redação

Cafezal

Exportações de café verde em janeiro caem 14,2% no mundo todo, diz OIC

Relatório aponta terceiro mês seguido de queda nas exportações globais; Vietnã lidera recuo, enquanto África cresce; já as exportações de arábica do Brasil recuam 1%

Da Redação

As exportações globais de café verde em janeiro somaram 9,72 milhões de sacas – queda de 14,2% em relação às 11,32 milhões de sacas exportadas no mesmo mês de 2024, diz o relatório mensal da OIC (Organização Internacional do Café), que analisa os eventos recentes na indústria global do café. Foi o terceiro mês seguido de retração, após 12 meses de crescimento (entre novembro de 2023 e outubro de 2024).

A queda recente se explica, diz a OIC, pelo crescimento, no ano cafeeiro 2023/24, de 12,3% das exportações (que atingiram 124,39 milhões de sacas) – o maior volume já registrado pela OIC e o maior aumento absoluto da história, com um acréscimo de 13,63 milhões de sacas.

Já as exportações totais de café (verde, torrado e solúvel) somaram 10,83 milhões de sacas no mesmo mês – uma redução de 13,3% em relação aos 12,49 milhões de sacas exportadas em janeiro de 2024, diz o relatório mensal de fevereiro da OIC (Organização Internacional do Café).

Este é o terceiro mês consecutivo de queda nas exportações globais desses cafés, depois de 13 meses seguidos de crescimento. O resultado disso, segundo o boletim, foi o decréscimo de 4,9% nas exportações acumuladas no ano cafeeiro 2024/25 (42,79 milhões de sacas contra 45,01 milhões no mesmo período do ano anterior), sendo a Ásia e Pacífico os principais responsáveis (27,1% nos 12 meses até janeiro de 2025).

A queda acentuada dos robustas

No mundo, a maior queda das exportações de janeiro foi entre os robustas, que recuaram 27,5% (de 5,1 milhões de sacas em janeiro de 2024 para 3,7 milhões de sacas em janeiro de 2025). Segundo a OIC, essa queda acentuada foi impulsionada pelo Vietnã – responsável por recuar 43,8%. Isso reflete um dado atípico de janeiro do ano passado, quando o Vietnã registrou seu maior volume mensal de exportação de grãos verdes já registrado.

Ajudando a compensar parte dessa queda dos robustas, Indonésia e Uganda tiveram um aumento de 230% (250 mil sacas) e 20,4% (80 mil sacas), respectivamente.

Já as exportações de arábica do Brasil caíram 1% (passando de 3,59 milhões para 3,55 milhões).

Também os estoques certificados de café robusta em Londres diminuíram 4,9% entre janeiro e fevereiro de 2025, fechando fevereiro em 720 mil sacas. Já os de arábica tiveram uma queda mais acentuada – 7,5% (ou 840 mil sacas).

Para saber mais:

Em termos continentais, enquanto as exportações da América do Sul em janeiro caíram 4,2% (de 5,41 para 5,18 milhões de sacas, queda esta impulsionada pelo Peru, que recuou 58,9%), a África cresceu 7,1% (de 1,03 milhão para 1,1 milhão de sacas) e o México e a América Central, 10,9% (atingindo 1,1 milhão de sacas).

O crescimento do volume das exportações na África – o maior desde 1997, quando somaram 1,12 milhão de sacas – foi impulsionado pela Costa do Marfim e por Uganda (os dois maiores exportadores africanos de robusta), cujas exportações combinadas cresceram 28,1%.

Torrado cresce 1,4%

As exportações totais de café solúvel também caíram: o recuo foi de 5,2% em janeiro (1,05 milhão de sacas, em comparação com 1,1 milhão de sacas no mesmo mês em 2024). O mesmo não aconteceu com os cafés torrados, cujo aumento foi de 1,4%, atingindo 60.532 sacas. 

O recorde do I-CIP

O I-CIP atingiu novos recordes em fevereiro –  354.32 centavos de dólar por libra-peso (preços nominais), um aumento de 14,3% em relação a janeiro –, com a maior média mensal já registrada e superando o recorde de março de 1977 (305,13). O I-CIP (Índice Composto de Preços da OIC) representa uma média ponderada dos preços diários dos cafés comercializados no planeta e serve como um indicador de referência para o mercado internacional.

A OIC deu duas possíveis razões para essa retração dos preços iniciada em meados de fevereiro: a primeira delas é que, em 10 de fevereiro, a ICE aumentou os requisitos de margem em até US$ 3.046 para contratos de arábica com vencimento em março de 2027. Isso pode ter levado alguns traders a liquidarem suas posições por conta do aumento dos custos operacionais. A segunda razão é que a divulgação de resultados negativos em pesquisas de negócios e confiança do consumidor feitas em fevereiro nos EUA e na União Europeia impactou negativamente a confiança dos consumidores.

Tudo isso pode ter desencadeado uma realização de lucros, levando a uma retração nos preços. Esse movimento, ainda, foi sustentado por fatores como fluxo de caixa (necessidade de liquidez e o aumento da demanda por créditos comerciais, que elevam os custos e riscos das operações), incertezas resultantes do anúncio de aumentos tarifários pelos EUA, estimativas preliminares aparentemente positivas da safra 2024/25 do Vietnã (que podem ter aliviado preocupações sobre um possível déficit de oferta) e clima favorável (espera-se que o fenômeno La Niña substitua o El Niño intenso de 2024).

Fonte: OIC (Organização Internacional do Café)

TEXTO Redação

Mercado

Ranking internacional de cafeterias cita apenas uma brasileira entre as 100 melhores

Por Cristiana Couto

A paulistana Cupping Café, na Vila Madalena, é a única cafeteria brasileira a integrar a primeira edição do ranking The World’s 100 Best Coffee Shops, organizada pela empresa espanhola NeoDrinks. O anúncio das cem melhores do mundo foi feito nesta segunda (17), em Madri, durante o evento Coffee Fest. A Cupping Café posicionou-se em 92o lugar.

O primeiro lugar ficou com Toby’s State Coffee Roasters, da Austrália, país que emplacou mais três estabelecimentos entre os dez melhores na lista, ao lado dos Estados Unidos, Áustria, Noruega, Singapura, França, Malásia e Colômbia – estes dois últimos, os únicos países produtores de cafés contemplados entre os dez mais bem posicionados. “A Austrália tem uma tradição e uma qualidade enorme de cafés, de serviço de baristas e de equipamentos”, diz Edgard Bressani, CEO da Latitudes Brazilian Estates e autor do Guia do barista – Da origem ao café perfeito. 

O ranking avaliou mais de quatro mil cafeterias, baseando-se nos critérios de qualidade do café, habilidade do barista, práticas sustentáveis, serviço, atmosfera, qualidade dos alimentos, inovação e consistência. Um júri internacional de especialistas e profissionais da indústria (com peso de 70%) e votação pública online (que compõe 30% do peso da nota) determinaram as melhores de uma lista preliminar de 200 cafeterias indicada pelo público ou pelos profissionais. 

Entre os coordenadores de cada região de votação estão nomes como Michalis Dimitrakopoulos, campeão mundial de baristas e chefe do júri para a Europa Oriental, Kat Melheim, fundadora do Coffee People Zine e chefe do júri para a Costa Leste dos EUA, a especialista e educadora Dara Santana, chefe do júri para a Europa Ocidental e Darveris Rivas, especialista em cafés venezuelano e chefe do júri para a América do Sul. O site oficial não revela o número total de jurados. “Há, porém, casas que ficaram de fora, como a Substance [Cafe], em Paris, a Sisu [Coffee Studio], no Panamá, a loja conceito da Espresso Lab, em Istambul”, lembra Bressani. 

“De fato, algumas cafeterias tradicionais do mundo e do Brasil não estão contempladas na lista. Assim como aconteceu com outras premiações de gastronomia, questionamentos sobre rankings parecem fazer parte do negócio”, reforça Caio Alonso Fontes, CEO da Espresso&CO. “Vale considerar que esta é a primeira edição do ranking, e que listas como estas geram visibilidade e impulsionam mercados”, conclui.

TEXTO Cristiana Couto • FOTO Divulgação

Mercado

O consumo de café no Brasil cresceu 1,11%

Dados coletados pela Abic até outubro do ano passado revelam também que o consumo per capita diminuiu 2,2% no país; quanto à falta de café no mercado, o país está preparado para o enfrentamento

O consumo de café no Brasil cresceu 1,11% em 2024, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) apresentados em coletiva de imprensa nesta quarta (5). Isso significa que os brasileiros consumiram 21,92 milhões de sacas em 2024, contra 21,67 milhões em 2023.

Já o consumo per capita de café torrado e moído entre 2023 e 2024 caiu 2,2% (de 5,12 kg por habitante por ano para 5,01), por conta do crescimento da população (a Abic utilizou a base populacional feita pelo IBGE, que cresceu). Os dados acima foram coletados entre novembro/outubro de 2023 e novembro/outubro de 2024.

Questionado pela Espresso se faltará café no mercado interno por conta da pequena oferta atual, Pavel Cardoso, presidente da Abic, nega que tenhamos problemas. “Sempre há estoques reguladores nos países produtores e exportadores. Por conta da EUDR, as importações europeias foram aceleradas para estoque”, diz ele.

Embora a safra brasileira de 2025 seja “ligeiramente menor”, nas palavras de Cardoso, para Fábio Sato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) e que também participou da coletiva, a safra brasileira poderá trazer alívio para essa baixa oferta. Segundo Edvaldo Frasson, presidente do Sindicafé-SP, “a indústria está preparada”.

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Café & Preparos

Ingressos para o SPCF começam a ser vendidos em 25/1

Seguindo a tradição, convites para a quarta edição do festival, de 27 a 29 de junho, ficam disponíveis a partir da data de aniversário de São Paulo

A quarta edição do São Paulo Coffee Festival, evento único que celebra a comunidade e a cultura do café na capital paulista, acontece no Pavilhão da Bienal do Parque Ibirapuera entre 27 e 29 de junho com a promessa de superar os números impressionantes do último ano. Os ingressos estão disponíveis a partir deste sábado, 25, com desconto, e o evento é uma oportunidade imperdível para quem aprecia a bebida. 

O SPCF é realizado na capital paulista pela Espresso&CO em parceria com a inglesa Allegra Event. Com um público vibrante em torno do grão, os coffee festivals acontecem anualmente em várias cidades do mundo, como Amsterdã, Londres, Milão, Cidade do Cabo e Nova York. 

Em 2025, a expectativa é receber 15 mil visitantes e 150 expositores para participar de uma programação interativa e inédita, vibrar com o campeonato Copa Barista e conhecer as novidades no setor que recheiam todos os espaços da Bienal.

Entre os destaques que ocupam todo o piso térreo e o primeiro andar da Bienal estão o Sensory Experience, um espaço em que o público pode explorar aspectos sensoriais e muito conhecimento sobre o café, o Laboratório, que traz palestras e debates com especialistas sobre as tendências e inovações do setor, e a Cozinha Show, que reúne chefs conhecidos e baristas para apresentarem receitas e harmonizações que tem o grão como protagonista. 

Sucesso nas edições anteriores, o Coffee & Art também incrementa as atividades nesses três dias de evento, ao estreitar a conexão entre o produto e manifestações artísticas para todos os gostos, assim como as performances dos baristas na Copa Barista, que elege o melhor profissional de café, e as demonstrações interativas no preparo preciso da bebida com leite no Latte Art ao Vivo. Tudo isso embalado por boa música, comida e drinques com café. 

Viva o incrível mundo do café. Participe da experiência e compre seu ingresso aqui.

São Paulo Coffee Festival
Quando: de 27 a 29 de junho
Onde: Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana, São Paulo – SP)
Quanto: ingresso (1 dia) – a partir de R$ 70 (primeiro lote) |passaporte (3 dias) – a partir de R$ 180 (primeiro lote) | VIP (1 dia) – a partir de R$ 180 (primeiro lote)

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia/SPCF

Mercado

Certificação de origem dos cafés do Cerrado Mineiro cresce 160% em 2024

Volume salta de 115 mil para mais de 300 mil sacas certificadas com Denominação de Origem

A Região do Cerrado Mineiro registrou um crescimento de 160% no número de sacas certificadas com o selo de Denominação de Origem (DO). O volume saltou de 115 mil sacas em 2023 para cerca de 300.500 sacas este ano, consolidando a região como referência na produção de cafés de qualidade e origem controlada.

Segundo Juliano Tarabal, diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, esse salto é resultado de estratégias inovadoras, como o fortalecimento da rastreabilidade, a simplificação do processo de certificação e ações de valorização da marca Cerrado Mineiro. Entre as iniciativas, destacam-se a certificação de cafés em bica corrida nas cooperativas, a adoção de normas que garantem o selo para cafés com pontuação acima de 80 pontos e a rastreabilidade de lotes armazenados fora da área demarcada. “A transparência foi ampliada com o envio automático dos certificados e laudos de qualidade aos compradores, atendendo às exigências dos mercados internacionais e fortalecendo a confiança no nosso produto”, explica Tarabal.

Infraestrutura para rastreabilidade
Atualmente, a cadeia produtiva do Cerrado Mineiro conta com seis cooperativas,seis exportadores e sete armazéns credenciados, garantindo o controle e a rastreabilidade da produção regional. Entre os exportadores que atuam na região estão nomes como Cafebras, Dreyfus, Sucafina, e Volcafe, enquanto cooperativas como Carmocer e Coopadap integram a estrutura de certificação.

Para o presidente da Federação, Gláucio de Castro, o início da nova política de Denominação de Origem em 2024 foi fundamental para o avanço. “Agora, todas as cooperativas e armazéns credenciados podem lacrar e identificar cafés da região, aumentando a visibilidade da qualidade produzida no Cerrado Mineiro e o trabalho do produtor”, afirma.

Campanha e mercado internacional
A campanha “A verdade é rastreável” também ajudou, ao conscientizar produtores e consumidores sobre a importância do selo de origem e combater o uso indevido da marca “Cerrado Mineiro”.

Entre janeiro e dezembro de 2024, os cafés certificados pela RCM conquistaram mercados na Europa – com destaque para Polônia, Grécia, Alemanha e Itália –, além de forte presença nos Estados Unidos e na Coreia do Sul.

Outro destaque foi a parceria com a torrefação italiana illycaffè, que, desde outubro de 2023, comercializa uma linha especial de cafés torrados com o nome e a marca Cerrado Mineiro e o selo de agricultura regenerativa.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Café & Preparos

Prepare sua agenda!

Confira eventos de café que acontecem no primeiro semestre do ano

O universo do café já está aquecido para 2025. No primeiro semestre, os principais festivais globais prometem reunir profissionais, entusiastas e amantes do café para celebrar a cultura e explorar as inovações e desafios do setor. Prepare a sua agenda para alguns dos principais eventos do seis primeiros meses do ano – como o São Paulo Coffee Festival, na capital paulista, e a Specialty Coffee Expo, em Houston, no Texas (EUA) – que movimentam o mercado de cafés especiais e conectam pessoas apaixonadas pelos grãos.

Feira do Cerrado
Quando: 5 e 6 de fevereiro
Onde: Núcleo da Cooxupé, Monte Carmelo (MG)
O que é: com o tema “Agricultura e mudanças climáticas: resiliência e oportunidades”, a feira, promovida pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) e em sua 10a edição, é voltada especialmente para os pequenos e médios produtores do Cerrado Mineiro. O evento conta com expositores de máquinas e insumos agrícolas, e traz as últimas inovações no setor. Em 2024, recebeu mais de 4,5 mil visitantes e reuniu 60 marcas.

Fenicafé 2025
Quando: 7 a 10 de abril
Onde: Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, Araguari (MG)
O que é: organizada desde 1995 pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura é uma oportunidade de troca de experiências entre técnicos, especialistas, empresas e produtores de café. O evento do triângulo mineiro é uma combinação de feira – com exibição de máquinas, serviços e tecnologias voltadas à irrigação na cafeicultura – e palestras técnico-científicas. Em 2024, acomodou cerca de 80 expositores e organizou 20 palestras. 

Alta Café
Quando: 8 a 10 de abril
Onde: Clube de Campo de Franca, Franca (SP)
O que é: feira da região da Alta Mogiana que reúne produtores locais, fornecedores e especialistas para discutir inovações e tendências na cafeicultura. Com foco na cadeia produtiva do café, o evento busca trazer soluções e tecnologias que permitam aos produtores ter maior produtividade e qualidade nos grãos. 

30º Encontro Nacional do Café (Encafé)
Quando: 23 a 25 de abril
Onde: Royal Palm Hall, Campinas (SP)
O que é: evento anual organizado pela Abic, reúne profissionais e empresas do setor cafeeiro para discutir tendências, inovações e desafios da indústria. A novidade deste ano é a compra do ingresso por dia escolhido e a divisão das atividades ao longo do dia – palestras pela manhã e feira de negócios durante a tarde e início da noite. Em 2025, o evento vai sediar a 3ª edição do Campeonato Brasileiro de Blends de Café e a 2ª edição da Olimpíada do Café, que buscam destacar, respectivamente, a excelência e a inovação na criação de blends e habilidades profissionais no setor. 

Re:Co Symposium 2025
Quando: 23 e 24 de abril
Onde: Houston, Texas (EUA)
O que é: tradicionalmente, a feira da SCA é precedida pelo Re:Co, simpósio de dois dias que traz discussões e seminários voltados para o futuro do café especial, conduzidos por alguns dos maiores especialistas da indústria. O simpósio deste ano tem nova abordagem – o spotlight – que busca estimular discussões mais colaborativas. A ideia é reunir um grupo pequeno de pessoas (produtores, especialistas e outros profissionais da área) para resolver questões “difíceis” sobre o café, definir “melhor” termos e conceitos utilizados pela indústria e planejar o futuro do grão, criando soluções práticas e inovadoras.

Specialty Coffee Expo
Quando: 25 a 27 de abril
Onde: George R. Brown Convention Center, Houston, Texas (EUA)
O que é: conhecida na área como “feira da SCA”, é o maior evento de cafés especiais dos Estados Unidos. Organizado anualmente pela Specialty Coffee Association (SCA), reúne produtores, torrefadores, baristas, pesquisadores, fornecedores de equipamentos e entusiastas do café. Inclui feira de negócios, palestras, degustações, workshops e seminários, além de sediar competições mundiais – em 2025, o World Coffee Roasting Championship (campeonato mundial de torra). Também premia produtos inovadores e branding em embalagens. Com 20 workshops e 60 palestras organizadas, focará em temas como regulamentos de sustentabilidade emergentes (por exemplo, a EUDR) e tendências e dinâmicas de consumo.

São Paulo Coffee Festival
Quando: 27 a 29 de junho
Onde: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, São Paulo (SP)
O que é: um dos eventos mais importantes do calendário paulistano, o SPCF chega à sua quarta edição na expectativa de quebrar os números recordes de 2024: 15 mil visitantes e 130 marcas presentes. O evento, realizado pela inglesa Allegra Events e pela Espresso&CO, reúne coffee lovers, consumidores e profissionais do setor em três dias de feira, palestras, workshops e experiências sensoriais com café, embalados por boa música, gastronomia e cultura em torno do grão. O SPCF também organiza a Copa Barista, campeonato que consagra os melhores profissionais no preparo de espressos, filtrados e bebidas com leite e que, em 2025, alcança a 9a edição.

London Coffee Festival
Quando: 15 a 18 de maio
Onde: The Truman Brewery, Londres (Reino Unido)
O que é: o London Coffee Festival, um dos eventos europeus mais importantes da indústria do café, faz parte do movimento global de festivais de café organizados pela Allegra Events (foi o primeiro a ser lançado), que também realiza eventos em outras cidades como Amsterdã, Nova York e São Paulo. Reúne degustações, workshops, competições, arte e música, conectando produtores, torrefadores, baristas e consumidores. 

28ª Expocafé
Quando: 27 a 29 de maio
Onde: Aeroporto de Três Pontas, Três Pontas (MG)
O que é: realizada pela Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e com a prefeitura de Três Pontas, e organizada pela Espresso&CO, a Expocafé é reconhecida como a feira mais tradicional da cafeicultura brasileira. A programação da 28ª edição inclui palestras e exposição de máquinas, produtos e insumos. Em 2024, reuniu 140 marcas expositoras. 

World of Coffee Geneva
Quando: 26 a 28 de junho
Onde: Palexpo Exhibition and Convention Center, Genebra (Suíça)
O que é: a World of Coffee (WOC) é uma das feiras internacionais mais importantes para o setor de cafés especiais, organizada pela Specialty Coffee Association (SCA). Realizada anualmente em diferentes cidades da Europa, este ano acontece em Genebra, na Suíça. Reúne profissionais e entusiastas do café para explorar as últimas inovações, tendências e práticas no mercado. Inclui expositores de diferentes países, workshops, seminários e palestras, além de ser palco de competições globais. Em 2025, sedia os campeonatos mundiais de Latte Art, Coffee in Good Spirits, Cezve/Ibrik e Cup Tasters.

Café & Preparos

Native estreia no mercado de cafés especiais com a linha One

A Native, líder no setor de orgânicos, lançou em dezembro e apenas para vendas online a linha One, marcando sua entrada no mercado de cafés especiais (acima de 80 pontos, na escala até 100). 

A nova coleção traz cafés orgânicos de três regiões – Montanhas do Espírito Santo, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana –, tanto em grãos quanto moído e para drip coffee. Os cafés têm rastreabilidade e cultivo sustentável. 

As regiões foram escolhidas por produzirem cafés de qualidade e serem conhecidas pelos consumidores. As variedades selecionadas incluem bourbon amarelo (das Montanhas), topázio (do Cerrado Mineiro) e, da Alta Mogiana,  arara (para café em grãos) e obatã (para drip coffee e torrado e moído). 

Os cafés, em embalagens de 250 g e 100 g (drip coffee) estão disponíveis na loja virtual da Native.

TEXTO Redação • FOTO divulgação

Mercado

Último dia de Semana Internacional do Café só teve campeões

Saiba mais sobre as seis competições que fecharam o maior evento de cafés do país 

Paulo Roberto Alves, do Sítio Campo Azul, no Caparaó (ES), levou o troféu COY de melhor café arábica

O Coffee of the Year, que está em sua 13ª edição, foi o grande destaque do dia e a premiação mais aguardada. Este ano deu novamente o estado capixaba no pódio do Grande Auditório, com as regiões Caparaó e Sul do Espírito Santo (clique aqui para ver os campeões). 

O concurso promove e valoriza os melhores cafés produzidos no país, e reconhece a excelência dos produtores nas categorias arábica e canéfora. Foram 570 inscrições de 13 estados, cujas amostras são submetidas à análise sensorial de Q-Graders e R-Graders licenciados pelo Coffee Quality Institute (CQI). Nessa fase, são selecionadas as 180 melhores amostras (150 de arábica e 30 de canéfora) que são oferecidas em rodadas de cupping para geração de negócios e degustação de visitantes. Além disso, os 10 melhores cafés arábica e os 5 melhores canéfora ficaram disponíveis para voto popular, em degustações às cegas, de onde saíram os dois campeões. 

Antônio Cezar Demartini Landi, do Sítio do Pedrão, de Jerônimo Monteiro (ES), vencedor da categoria canéfora do COY 2024

Campeonato Brasileiro de Barista

Logo após a premiação do COY, saíram os resultados do Campeonato Brasileiro de Barista 2024. Desta vez, o título foi para Emerson Nascimento, do Coffee Five, do Rio de Janeiro, que levou a melhor após disputar a final com os baristas Daniel Vaz (2º colocado), Hugo Silva (3º colocado), Juliana Morgado, Giovanna Tonelli e Renan Dantas.

Agora, Emerson Nascimento se prepara para representar o Brasil no World Barista Championship, que será realizado de 17 a 21 de outubro de 2025, em Milão, Itália, onde enfrentará os melhores baristas do mundo.

Pódio do Campeonato Brasileiro de Barista, com Hugo Silva em terceiro (à esq.), Emerson Nascimento em primeiro (centro) e Daniel Vaz em segundo (à dir.)

Espresso Design

A 6ª edição do concurso Espresso Design, que avaliou as melhores embalagens de café de 2024, abriu a tarde de premiações. Após dois dias de exposição das 20 embalagens finalistas na entrada da SIC, onde os visitantes puderam votar em sua favorita, o prêmio foi para o Café da Vaca, com a edição Serra da Canastra. O Café Bazilli, com o Dino Coffee, ficou em segundo lugar, e a Unique Cafés Especiais, com seu Reserva Especial Unique, em terceiro.

Com mais de 80 embalagens inscritas neste ano, o concurso avaliou, na sua primeira fase, aspectos como identidade visual, eficiência, conceito, originalidade e criatividade, análise esta feita pela equipe da Espresso e por especialistas convidados – nesta edição, Camila Arcanjo, consultora para qualidade e certificações da ABIC, e a designer Luiza Kessler. 

Café da Vaca, eleita a melhor embalagem no concurso Espresso Design

Torrefação do Ano Brasil 2024

Na premiação Torrefação do Ano Brasil 2024, da Atilla Torradores, a campeã foi a baiana Café Gourmet CGP, torrefação da Fazenda Divino Espírito Santo, de Piatã. O segundo lugar ficou para o Café Bazilli, de Caconde (SP), e o terceiro para a torrefação Cafetto Company, de São José dos Campos (SP). O concurso, que destaca o trabalho das torrefações de qualidade de todo o país, teve 95 torrefações inscritas, de 18 estados. 

Campeonato Brasileiro de Blends de Café

Novidade na SIC, a final do 2º Campeonato Brasileiro de Blends de Café, realizado pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), premiou Pedro Mestrinier, da cooperativa Coocacer, de  Araguari (MG), e concedeu a segunda e a terceira colocação a Michele Loreto, da Global Way Importex, de Curitiba (PR), e Jovelino Maier, da Café Número Um, em Vitória (ES), respectivamente.

O campeonato promove o conhecimento na criação de blends de café, jogando luz sobre o trabalho de classificadores, degustadores e mestres de torra. É composto por quatro etapas (as três delas, estaduais), e promoveu a final no último dia da SIC. Os blends foram avaliados por um júri técnico a partir do Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados, desenvolvido pela associação. 

Concurso Florada Premiada

O Concurso Florada Premiada 2024, promovido pelo Grupo 3corações em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), reconheceu as melhores produtoras de cafés especiais do Brasil. Na cerimônia de premiação, que aconteceu pela manhã da sexta (22), a Denominação de Origem Matas de Rondônia destacou-se ao ocupar todo o pódio da categoria canéfora.

O primeiro lugar foi para Sueli Berdes, da Chácara Santo Antônio, seguida por Josiele Werneck, do Sítio Bella Vista, e Angélica Alexandrino, do Sítio São Sebastião. O concurso, que está em sua 7ª edição, valoriza o trabalho das mulheres na cafeicultura, promovendo a qualidade e a sustentabilidade na produção de cafés especiais. 

Concurso Florada Premiada 2024, realizado pelo grupo 3corações

Concurso NossoCafé Yara

Além do Concurso Florada Premiada, a SIC também foi palco do 8º Concurso NossoCafé 2024, promovido pela Yara, que consagrou campeões, na quinta-feira (21), a empresa Bioma Café, de Campos Altos (MG), na categoria café natural, e o produtor João Newton Reis Teixeira, de Santo Antônio do Amparo (MG), na categoria cereja descascado. A premiação incentiva a produção nacional de cafés de qualidade cultivados a partir de práticas sustentáveis e nutrição equilibrada. A etapa semifinal, feita por regiões, havia selecionado oito candidatos.

Finalistas do concurso NossoCafé 2024, da Yara, na SIC

A SIC é uma realização de Sistema Faemg, Espresso & Co., Sebrae e Governo de Minas Gerais. Tem o apoio institucional do Sistema OCEMG e patrocínio da CODEMG, 3corações, Nescafé, Nespresso, SICOOB, Yara, Melitta e Senar. O evento também conta com o apoio de ABIC, Abrasel, IWCA, Banco do Brasil, BSCA, Cecafé, Fecomercio, Fiemg, Ministério da Agricultura e Pecuária e Sindicafé-MG.

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafezal

Caparaó (ES) e Sul do ES vencem o Coffee of the Year 2024

Um dos momentos mais esperados da Semana Internacional do Café, o Prêmio Coffee of the Year celebrou a sua 13ª edição, com 570 inscrições vindas de 13 regiões diferentes. Em mais um ano, o estado do Espírito Santo levou a melhor, alcançando a primeira posição nas categorias arábica e canéfora.

No arábica, o grande campeão da vez foi o produtor Paulo Roberto Alves, do Sítio Campo Azul, de Divino de São Lourenço (ES), Caparaó, com um café que pontuou, na primeira fase do concurso, 90.25 pontos. Na sequência ficou Gabriel Lamounier Vieira, da Fazenda Guariroba II, de Santo Antônio do Amparo (MG), Campo das Vertentes, em segundo lugar, e Douglas Dutra Vieira, do Sítio Cordilheiras, de Iúna (ES), Caparaó, em terceiro.

Paulo Roberto Alves, do Sítio Campo Azul, de Divino de São Lourenço (ES), Caparaó, vencedor da categoria arábica

Na categoria canéfora, o vencedor foi Antônio Cezar Demartini Landi, do Sítio do Pedrão, de Jerônimo Monteiro (ES), Sul do Espírito Santo, com um café que registrou 86,42 pontos na primeira fase de provas. O Sítio Grãos de Ouro, de Muqui (ES), Sul do Espírito Santo, levou o segundo e o terceiro lugares, com Neusa Maria da Silva de Souza e Talles da Silva de Souza, respectivamente.

Antônio Cezar Demartini Landi, do Sítio do Pedrão, de Jerônimo Monteiro (ES), Sul do Espírito Santo, vencedor da categoria canéfora

Confira o pódio completo das duas categorias:

Arábica

1 lugar Paulo Roberto Alves – Sítio Campo Azul – Divino de São Lourenço (ES) – Caparaó
2º lugar Gabriel Lamounier Vieira – Fazenda Guariroba II – Santo Antônio do Amparo (MG) – Campo das Vertentes
3º lugar Douglas Dutra Vieira – Sítio Cordilheiras – Iúna (ES) – Caparaó
4º lugar Afonso Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Dores do Rio Preto (ES) – Caparaó
5º lugar Sergio Meirelles Filho – Fazenda Alvorada – Aricanduva (MG) – Chapada de Minas
6º lugar Gisa Portilho – Sítio dos Portilhos – Luisburgo (MG) – Matas de Minas
7º lugar Deneval Miranda Vieira – Sítio Cordilheiras – Iúna (ES) – Caparaó
8º lugar Angelica de Fátima da Costa – Sítio Pedro Varinha – Manhuaçu (MG) – Matas de Minas
9º lugar João Vithor Medeiros Lacerda – Sítio Forquilha do Rio – Espera Feliz (MG) – Caparaó
10º lugar Carlos Alberto Monteiro – Fazenda Harmonia – Alto Jequitibá (MG) – Caparaó

Canéfora

1º lugar Antônio Cezar Demartini Landi – Sítio do Pedrão – Jeronimo Monteiro (ES) – Sul do Espírito Santo
2º lugar Neusa Maria da Silva de Souza – Sítio Grãos de Ouro – Muqui (ES) – Sul do Espírito Santo
3º lugar Talles da Silva de Souza – Sítio Grãos de Ouro – Muqui (ES) – Sul do Espírito Santo
4º lugar Nicole Nedel Duarte – Chácara Deodápolis – Nova Brasilândia do Oeste (RO) – Matas de Rondônia
5º lugar Luiz Claudio de Souza – Sítio Grãos de Ouro – Muqui (ES) – Sul do Espírito Santo

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café