Cafezal

Coffee of the Year divulga lista das 65 amostras finalistas de 2025

O Coffee of the Year divulgou a lista das 65 amostras finalistas da edição de 2025 — destas, 50 são de arábica e 15 de canéfora. Este ano, o concurso avaliou 601 amostras, vindas de diferentes regiões do Brasil. A votação às cegas pelo público dos 10 melhores cafés arábica e dos 5 melhores de canéfora segue neste segundo dia de Semana Internacional do Café, nas tradicionais garrafas térmicas.

Amanhã (7), no Grande Auditório da SIC, acontece a cerimônia de premiação, onde serão anunciados de quem são os cafés que ficaram nas garrafas nos dois primeiros dias de evento, a ordem de classificação final entre eles e os grandes campeões de arábica e canéfora do COY 2025.

Após a premiação, a partir das 16h30, ocorre o Cupping dos Campeões nas Salas de Cupping do evento.

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafeteria & Afins

Kyso Café – Munique (Alemanha)

Pessoas com roupa esportiva, prontas para pedalar, e outras vestidas casualmente se reúnem diante da fachada do Kyso Café, em Munique, no sul da Alemanha. Ao lado das bicicletas estacionadas, tomam um café, acompanhado ou não de um lanche. Para quem passa por ali, a cena pode sugerir que se trata de uma cafeteria voltada exclusivamente a ciclistas. Mas basta um olhar mais atento para perceber que o Kyso é, na verdade, um café de bairro acolhedor, aberto a todos que cruzam seu caminho.

Aberta em 2023 pelo barista Maksim Dubilej, que já passou por estabelecimentos especializados como a Man versus Machine, o Kyso está bem localizado no multicultural distrito de Giesing, a uma quadra da estação de metrô Silberhornstraße e em frente a uma movimentada ciclovia. Além de reabastecer a cafeína e o estômago, clientes podem também encher os pneus da bike com uma bombinha que fica logo na entrada do café. Tudo isto se encaixa bem numa cidade com mais de 1.200 km de ciclovias e que tem as duas rodas como elemento central de sua cultura e dia a dia.

O Kyso Café marca presença numa região que já hospeda diferentes opções de cafeterias de especialidade. Com uma fachada discreta entre gravuras de arte urbana e grafites, é um estabelecimento contemporâneo com referências familiares num ambiente aconchegante – numa boa representação da forte identidade cultural do estado da Baviera, que tipicamente mistura modernidade e tradição. E esta é uma cafeteria orgulhosa de sua origem, como a bandeira do tradicional time 1860 München pendurada no teto não deixa mentir.

A cafeteria tem um salão amplo, com três espaços que acomodam mais de 20 clientes em cadeiras ou banquetas que permitem apreciar o movimento da vida lá fora ou ler calmamente uma das revistas ou livros disponíveis no espaço. A trilha sonora ambiente no dia da visita era levemente animada e, num bom volume, não sequestrava a atenção.

A área interna da Kyso recebe bastante luz natural pelos largos painéis de vidro virados para a rua ou pela pequena claraboia bem acima do balcão. Há também um banco de madeira na parede externa; sentar para tomar um café e ver a vida passar parece ser um lema por aqui. Ao lado de um bom set-up de serviço – com uma La Marzocco Classic S e o compactador automático PuqPress, por exemplo – o ambiente possui várias plantas, decoração com ar retrô, móveis de madeira maçica e um balcão de azulejos brancos que parecem ter saído de uma cozinha da família.

A casa trabalha com cafés torrados pela Johannes Bayer, em Sulzemoos, perto de Munique. Dá pra levar pacotinhos não só dos grãos utilizados no balcão, como também de outras origens, além de acessórios para preparo de café em casa. Na operação, o Kyso Café trabalha com um espresso titular que é sempre do Brasil (presença constante nas cafeterias de especialidade alemãs) e há um segundo grão cuja origem muda periodicamente – no dia da visita era da Tanzânia.

O espresso do dia foi um bourbon amarelo de processamento cereja descascado da Fazenda Samambaia, em Minas Gerais, disponível também para levar no pacotinho em grãos ou moído na hora num Mahlkönig Guatemala. A bebida veio numa clássica xícara de porcelana branca, bem tirada, doce e fácil de beber, com corpo equilibrado e crema consistente. O sensorial entregava notas de chocolate, castanhas e passas, com acidez suculenta e elegante lembrando nibs de cacau.

O cardápio inclui bebidas com leite ou bebida de aveia, mas não há oferta de coados feitos na hora, apenas batch brew. No dia, o grão vinha do Quênia e trouxe um contraste interessante em relação ao espresso. A bebida estava saborosa, porém bem mais delicada e de corpo leve. Servido em xícara de vidro, o café veio um pouco mais frio que o esperado e estava doce, com acidez presente e brilhante, suculento, aroma floral e com notas de umami perceptíveis. O conjunto, apesar de muito agradável, sumia diante das comidas de sabor mais forte – aqui quem se saiu melhor com os lanches foi o espresso Brasil.

Queijo quente à esquerda e franzbrötchen e croissant, acompanhados de espresso e coado, à direita

O cardápio, escrito à mão e fixado na parede, é conciso e as opções de comidinhas são dispostas na vitrine ou em cartazes no balcão. Dentre os itens estão salgados e doces como pastéis de nata, croissant, gugelhupf (bolo austríaco) vegano de banana com chocolate e alguns sanduíches, além de quitutes tradicionais da região como o franzbrötchen, um rolinho de canela alemão. As comidinhas são entregues em louças de porcelana pintada em cores leves, lembrando aqueles pratos que avós usam para servir o lanche da tarde.

O croissant não estava tão alveolado e veio pouco crocante, mas tinha massa leve, sabor amanteigado e dulçor desejado de caramelização. Outro folheado, o franzbrötchen, veio com ótimo recheio de canela e açúcar e doce na medida. O queijo quente, grande sucesso da casa, demorou um pouco para sair da chapa, mas a espera valeu a pena: ele chegou fumegante e amanteigado à mesa, com recheio generoso e saboroso, e tomou conta do paladar. A receita do Kyso leva queijos muçarela e cheddar com orégano num delicado pão de forma e vem acompanhada de maionese vegana apimentada. Há também a opção de pedir adicional de kimchi orgânico no queijo quente, a versão mais vendida da casa. Mas prepare o paladar: se a maionese apimentada é intensa, segundo a equipe, o kimchi é ainda mais.

Com cardápio enxuto, serviço ágil e amigável e um ambiente aconchegante, o Kyso Café entrega cafés especiais de qualidade e boas comidinhas na região de Munique. Vale a pena estacionar a bike por lá.

Nossa conta: € 20,82 (R$ 137,37*) + taxa de serviço
Espresso – € 2,20 (R$ 14,51)
Batch brew – € 2,80 (R$ 18,47)
Croissant – € 2,20 (R$ 14,51)
Franzbrötchen – € 2,90 (R$ 19,13)
Queijo quente – € 8 (R$ 52,78)

*O valor foi convertido levando em consideração a data da visita (€ = 6,59)

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Tegernseer Landstraße, 90
Bairro 81539
Cidade Munique
País Alemanha
Website http://www.instagram.com/kyso.cafe
TEXTO Redação

CafezalMercado

Cafés do Brasil lança reposicionamento da marca na SIC 2025, com novo foco em tecnologia

Reposicionamento da marca coletiva reforça imagem do país como produtor sustentável e inovador e incorpora tecnologia como motor da cafeicultura brasileira

Entidades do setor cafeeiro lançam na próxima quinta-feira (5) o novo posicionamento da marca Cafés do Brasil, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG). A apresentação acontece às 12h20, no painel “Rebranding e ressignificação da marca Cafés do Brasil”, no primeiro dia do evento, que segue até o dia 7 de novembro, no Expominas.

O projeto de rebranding, desenvolvido ao longo de 2025 em parceria com a agência Design Bridge and Partners, envolveu diagnóstico, pesquisa e entrevistas com representantes de toda a cadeia. O objetivo é atualizar a identidade da marca e reposicionar o café brasileiro como referência global em sustentabilidade, qualidade e inovação.

O novo conceito ESG+T — que acrescenta o “T” de tecnologia à tradicional sigla ESG (ambiental, social e governança) — busca traduzir a força motriz da cafeicultura nacional. “A tecnologia é nossa força para cultivar a inovação e colher o desenvolvimento”, afirma Fabrício Andrade, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA e porta-voz das entidades (confira a lista abaixo). Segundo ele, a proposta evidencia que “a tradição da cafeicultura brasileira se renova por meio da tecnologia, impulsionando inclusão social, trabalho justo e proteção ambiental”.

“A escolha da SIC como plataforma de lançamento da marca reforça o quanto o evento se tornou estratégico para o setor. Por outro lado, a SIC também cumpre o papel de levar diretamente aos profissionais da cadeia essa nova mensagem, de valorização e fortalecimento da imagem do café brasileiro no mundo”, diz Caio Alonso Fontes, CEO da Espresso&CO e correalizador do evento.

O trabalho também resultou em um novo logotipo, descrito por Andrade como “mais moderno e representativo”, que celebra “a pluralidade de culturas, pessoas e sabores” do país. 

Participam da iniciativa:

ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café)
Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel)
BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais)
CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)
Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil)
CNC (Conselho Nacional do Café)
MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária)

Semana Internacional do Café 2025
Quando: de 5 a 7 de novembro de 2025
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Quanto: R$ 75 (para o dia 7) e R$ 150 (com direito aos 3 dias)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br

TEXTO Redação

Café: uma oportunidade na rota da COP30

Por Caio Alonso Fontes

A realização da COP30 no Brasil, em pleno coração da Amazônia, é mais do que um marco geopolítico. É uma oportunidade para o país demonstrar, na prática, que é possível aliar desenvolvimento econômico à preservação ambiental. E, entre tantas cadeias produtivas nacionais, o café desponta como uma das mais preparadas para representar essa virada de chave. 

Presente em todos os biomas, com geração de renda para mais de 300 mil famílias, o café reúne argumentos sólidos para ocupar o centro do palco climático. E alguns exemplos emblemáticos reforçam essa posição — especialmente os oriundos de regiões historicamente menos valorizadas na cafeicultura. 

Um dos casos mais representativos dessa nova agenda é o robusta amazônico. Produzido majoritariamente em Rondônia, esse café evoluiu de uma base convencional para uma identidade única, construída com base em qualidade sensorial, governança cooperativa e compromisso ambiental. A conquista do selo de indicação geográfica (IG) em 2021 e o lançamento, este ano, da nova roda de sabores do canéfora — com notas de cacau e frutas, entre 103 descritores  — mostraram ao mundo que o café especial também nasce na floresta. 

Mas não é só uma questão de sabor: é sustentabilidade comprovada. Uma pesquisa feita pela Embrapa revela que os cafezais das Matas de Rondônia sequestram 2,3 vezes mais carbono do que emitem, com um saldo médio de 3.883 kg de CO2 eq/ha ao ano. Esses números refletem a importância do investimento em sistemas agroflorestais, do menor uso de insumos químicos, do sombreamento natural e de técnicas que regeneram o solo para o cultivo do café. Para apoiar ainda mais os produtores, desenvolveu-se ainda uma planilha que permite calcular o balanço de carbono da lavoura, promovendo decisões mais conscientes. 

No Espírito Santo, estado-líder na produção de conilon, o avanço sustentável também é nítido. Um trabalho coordenado pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) vem promovendo práticas de baixo impacto ambiental, como irrigação eficiente, uso de energia solar e logística otimizada. A rastreabilidade — essencial para atender mercados exigentes — tem impulsionado melhorias do campo à xícara. O conilon capixaba, anteriormente associado apenas à boa produtividade, agora também entrega responsabilidade ambiental e consistência sensorial. Ao mesmo tempo, os arábicas capixabas se destacam, com microlotes de alta qualidade cultivados por famílias que investem em manejo consciente em regiões de montanha, práticas regenerativas e inovação no pós-colheita.

Fora do eixo amazônico e capixaba, outros estados também têm ampliado sua responsabilidade climática. Em 2024, em Minas Gerais, principal produtor de arábica do país, 20 propriedades do Cerrado Mineiro ligadas à cooperativa Expocacer tornaram-se as primeiras do mundo a receber o selo internacional Carbon on Track, concedido pelo Imaflora, com emissões de apenas 0,85 t de CO₂ eq/ha ao ano — um marco para a cafeicultura de baixo carbono. Já em São Paulo, produtores vêm adotando sistemas agroflorestais, compostos orgânicos e estratégias de conservação da biodiversidade, ampliando o compromisso ambiental das regiões tradicionais. 

Em 2024, o Brasil exportou mais de 50 milhões de sacas de café, um recorde histórico, alcançando cerca de 120 países — e, cada vez mais, os compradores buscam não só qualidade, mas compromisso com critérios ESG. Isso amplia o protagonismo do setor nas pautas climáticas e posiciona o país não apenas como fornecedor, mas como formulador de soluções sustentáveis para a agricultura tropical.

Seja com o robusta da floresta em Rondônia, o conilon do Espírito Santo, ou os arábicas de Minas Gerais, São Paulo e outras regiões que vêm incorporando práticas regenerativas, o Brasil tem a chance de apresentar ao mundo uma nova narrativa: a de que é possível, ao mesmo tempo, produzir com excelência, gerar renda e regenerar o planeta. A COP30 será o palco. O café pode — e deve — ser a mensagem.

TEXTO Caio Alonso Fontes • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Mercado

Lula diz estar “convencido” de que tarifas ao Brasil terão solução nos próximos dias

Em coletiva na Malásia após encontro com o presidente dos EUA, Lula demonstrou otimismo quanto à redução das tarifas; entidades do setor, como BSCA e Cecafé, comemoram retomada do diálogo e veem chance de avanço para o café brasileiro

Em coletiva nesta segunda (27), no horário da Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou estar “convencido de que haverá uma solução para as tarifas impostas ao Brasil por Trump nos próximos dias”. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

As declarações foram feitas um dia após o encontro entre Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia, à margem da Cúpula da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), evento para o qual ambos foram convidados, para tratar das tarifas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros.

O encontro realizado no domingo (26), que durou 45 minutos, foi o primeiro passo para a retomada formal das negociações sobre o elevado nível de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos produtos do Brasil. Até o momento, não houve anúncio público de que as tarifas serão efetivamente reduzidas ou anuladas.

Mesmo assim, entidades brasileiras do setor, como a BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) e o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), mostraram-se otimistas com a reunião entre os dois líderes.

Para a BSCA, o encontro “representa uma perspectiva concreta de solução para as tarifas aplicadas ao setor cafeeiro”. Já o Cecafé celebrou a retomada do diálogo entre Brasil e Estados Unidos em Kuala Lumpur. Enquanto aguarda “resultados concretos” a partir do encontro, a entidade destacou que uma solução para as isenções atualmente aplicadas ao setor do café “contribuirá para o recuo da atual pressão inflacionária ao produto no mercado dos EUA e para o fortalecimento da sustentabilidade de toda a cadeia produtiva brasileira”.

A aproximação entre os dois países ocorre em um momento de forte volatilidade nos preços internacionais de café e incertezas no comércio global do produto.

TEXTO Redação

Cafezal

Coffee of the Year divulga lista das 180 amostras classificadas de 2025

Belo Horizonte_MG, 09 de novembro de 2018 CAFE EDITORA_SEMANA INTERNACIONAL DO CAFE Fotos dos visitantes e expositores durante a semana internacional do cafe, que acontece no expominas. A feira e um encontro de cafeicultores, torrefadores, compradores, fornecedores, empresarios, baristas e apreciadores da bebida. Foto: Marcus Desimoni / NITRO

Foi divulgada nesta sexta (24) a lista dos classificados do Coffee of the Year 2025. O concurso, que este ano bateu recorde e avaliou 601 amostras, selecionou os 180 cafés mais bem pontuados (150 arábicas e 30 canéforas) na fase de avaliação dos Q-Graders e R-Graders. Clique aqui e confira os nomes.

Essas amostras ficarão disponíveis nas Salas de Cupping durante a Semana Internacional do Café, de 5 a 7 de novembro, em Belo Horizonte (MG), para serem provadas por compradores nacionais e internacionais. A ordem das rodadas será divulgada na próxima quarta (29), no site oficial da SIC.

Ainda durante o evento, os 15 cafés mais bem pontuados (dez arábicas e cinco canéforas) entre os 180 selecionados estarão disponíveis nas tradicionais garrafas térmicas (pelo método filtrado) para voto do público – que definirá a classificação final e os grandes campeões.

A cerimônia de premiação acontece no último dia de SIC, às 15h, no Grande Auditório. 

Semana Internacional do Café 2025
Quando: de 5 a 7 de novembro de 2025
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Quanto: R$ 75 (para o dia 7) e R$ 150 (com direito aos 3 dias)
Mais informações: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação • FOTO NITRO/Semana Internacional do Café

Cafeteria & Afins

Casa Castanho – Salvador (BA)

A Casa Castanho Barra, como ficou conhecida, abriu as portas em 2024 como um espaço aconchegante, com varanda e quintal. A decoração privilegia plantas, paredes de tijolos e chão de brita. As cores terrosas, por todo o lugar, criam harmonia com os tons verdes. No interior da casa há, também, uma lojinha, que vende pacotes de café e garrafas de espumante.

Apesar de dispor de três ambientes com mesas, as filas de espera são frequentes nos horários de pico. Nossa equipe chegou por volta das 9h da manhã e esperou cerca de 20 minutos para poder sentar e fazer o pedido. O atendimento é um dos pontos altos do lugar. O cardápio é extenso e variado, com diversidade de cafés, bebidas geladas e opções alcoólicas para acompanhar o brunch.

Escolhemos um coado (150 ml) feito com grãos catuaí cultivados pela família Viana de Andrade nas fazendas São Bernardo e Santa Rita, na região baiana do Planalto da Conquista. No cardápio não estava especificado qual seria o método de extração e, ao ser questionado, o atendente explicou que seria feito em uma máquina automática, sem mais detalhes. A xícara apresentou acidez equilibrada, corpo aveludado e aroma leve de chocolate. Um café fácil de beber.

Para acompanhar, um tostado de parma e um sanduíche de lombo defumado. O tostado, de pão macio de fermentação natural, burrata e molho pesto, foi bem executado e apresentado, e combinou muito bem com o coado. Em contrapartida, o sanduíche de lombo deixou a desejar na apresentação. No sabor, a mostarda de Dijon acabou por ofuscar os demais ingredientes.

Como sobremesa, nossa pedida foi um espresso longo harmonizado com a rabanada com sorvete e caramelo. O espresso veio sem crema e subextraído, enquanto o pão da rabanada estava seco e sem textura, com uma quantidade exagerada de canela e açúcar por cima.

Entre altos e baixos, saímos da Casa Castanho com a sensação de que há pontos a serem ajustados. A disponibilidade de cafés especiais, por exemplo, é um ponto alto. Se eles forem mais bem extraídos, podem elevar a experiência.

Nossa conta: R$ 146,30 + taxa de serviço
Coado – R$ 9
Tostado de parma – R$ 39
Sanduíche de lombo suíno defumado – R$ 38
Café espresso longo – R$ 9
Rabanada com sorvete e caramelo – R$ 39

A equipe da Espresso visitou a casa anonimamente e pagou a conta.

Informações sobre a Cafeteria

Endereço Avenida Princesa Isabel, 48
Bairro Barra
Cidade Salvador
Estado Bahia
Website http://https://www.instagram.com/casa.castanho
TEXTO Equipe Espresso • FOTO Equipe Espresso

CafezalMercado

Poços de Caldas realiza 1ª Festa do Café com concursos de qualidade e terroir

Evento é palco das premiações do 18º Concurso de Qualidade dos Cafés de Poços de Caldas e do 5º Concurso do Terroir da Região Vulcânica

Nos dias 18 e 19 de outubro acontece a primeira edição da Festa do Café de Poços de Caldas, um evento que celebra a tradição e a força da cafeicultura local. Entre os destaques da programação estão as premiações do 18º Concurso de Qualidade dos Cafés de Poços de Caldas e do 5º Concurso do Terroir da Região Vulcânica, que reúnem produtores e especialistas para reconhecer os melhores cafés da safra 2025 na região.

“Esperamos que o evento consolide todo o trabalho dos produtores, das prefeituras e dos parceiros para que a gente possa valorizar a cafeicultura de Poços de Caldas e região”, destaca Ulisses Ferreira, diretor-executivo da Associação dos Produtores de Café da Região Vulcânica. “A região vem crescendo muito e tem se desenvolvido, tanto na produção quanto no desenvolvimento de marcas e atendimento em cafeterias. Vivemos um momento muito importante e essa festa vem para coroar e consolidar todo esse trabalho”, conclui.

Quanto aos concursos, Ferreira cita o salto de qualidade e quantidade dos cafés, pois as edições deste ano receberam quase o dobro de amostras em relação ao ano passado. “Ficamos muito satisfeitos com a qualidade dos cafés campeões que serão anunciados no sábado, tanto no Concurso de Poços de Caldas quanto no da Região Vulcânica. Batemos recorde em pontuações, com cafés atingindo mais de 90 pontos”, detalha.

A programação do evento inclui ainda exposição de marcas, produtos e maquinários, degustações, workshops, leilões dos melhores cafés, atrações gastronômicas e apresentações culturais.

1ª Festa do Café de Poços de Caldas
Quando: 18 e 19 de novembro
Onde: Alameda Poços (ao lado do teleférico)
Mais informações: www.instagram.com/festadocafe_pocos_de_caldas/
Quanto: grátis

TEXTO Redação

CafezalMercado

SIC 2025 traz debates sobre inovação e sustentabilidade nos espaços DNA Café e Fórum Sustentável

Um dos paineis do Fórum da Cafeicultura Sustentável na SIC 2024 – Foto: Nitro/SIC

No coração da Semana Internacional do Café, o Simpósio DNA Café e o Fórum da Cafeicultura Sustentável prometem ser o epicentro das ideias que estão moldando o futuro do setor. Com o tema “Café em transformação: inovação, sustentabilidade e oferta do mercado global”, o evento, que acontece de 5 a 7 de novembro em Belo Horizonte, inaugura nesta edição a Arena SIC — um espaço aberto e integrado aos expositores, criado para aproximar marcas, produtores e profissionais dos grandes debates da cafeicultura.

A programação do Simpósio DNA Café, no primeiro dia, começa às 13h com o painel “Brasil e COP 30: mudanças climáticas, sustentabilidade e protagonismo global”, discutido pelos especialistas Marcos Matos (Cecafé), Fabrício Andrade (CNA) e Natalia Carr (Cooxupé). Em seguida, às 14h, o palco recebe Pavel Cardoso (Abic), Aguinaldo Lima (Abics) e Flavia Barbosa (Exportadora Guaxupé) para comentarem o “Mercado global em transformação: dinâmicas e caminhos”. 

O dia segue com o painel “Capital verde & ESG: uma oportunidade para o mercado de café”, às 15h30, com Felipe Vignoli (Nature Investment Lab), Daniel Baeta (Luxor Agro) e Luisa Lembi (BDMG). Às 16h30, a Arena SIC traz o debate “Agricultura 5.0: integração inteligente de tecnologias, dados e sustentabilidade”. O dia na Arena termina às 18h, com “O DNA do café do futuro: como a genética molda a cafeicultura”, que conta com a participação de Fabiano Tristão (Incaper), Eveline Caixeta (Embrapa), Gladyston Carvalho (Epamig) e Sergio Parreira (IAC).

No dia 6, a Arena SIC recebe a programação do tradicional Fórum da Cafeicultura Sustentável, criado em 2014, e que abre o dia com discussão sobre “Transição para uma cafeicultura regenerativa: custos para o produtor, viabilidade e balanço de carbono”, às 11h, com Eduardo Sampaio (GCP), Bruno Ribeiro (JDE), Victor Monseff (Ribersolo), Gabriel Dedini (Solidaridad) e Vinícius Figueiredo (GCP). Depois, às 12h, Thiago Machado (Ocemg), José Fidelis (Ocemg), Valdean Teófilo (Coocafé), Mariana Velloso (Expocacer) e Jacques Fagundes (Cocatrel) debatem o tema “Da terra à transformação: o valor ESG das cooperativas do café”.

Às 14h30, Luc Villain (Cirad), Daniel Frobel (Fazenda Mata do Lobo) e Jorge Pereira Souza (do Sítio Raízes da Floresta, no Acre) conversam sobre “Café e bioeconomia: novos caminhos para gerar valor com sustentabilidade”. Já o papo em torno do tema “Café carbono neutro: práticas, métricas e mercado” acontece às 15h45, seguido do tema “Gestão no campo: decisão com dados, ação com propósito”, marcado para às 17h. O painel “Gestão hídrica e energias renováveis na fazenda” encerra o dia, trazendo a experiência de Fabiane Carvalho (Consórcio Cerrado das Águas) e de Lucas Venturim (Fazenda Venturim). 

A Semana Internacional do Café 2025 é realizada por Espresso&CO, Sistema Faemg/Senar, Governo do Estado de Minas Gerais e Sebrae, e conta com apoio institucional do Sistema Ocemg, patrocínio oficial de Codemge e Governo do Estado de Minas Gerais, patrocínio diamante de 3corações Rituais, patrocínio ouro de Anysort e Sicoob e patrocínio bronze de Yara. Apoiam o evento Abic, Abrasel, IWCA Brasil, BSCA, Cecafé, Governo Federal, Sindicafé-MG e Banco do Brasil. O CaféPoint é a mídia oficial da SIC.

Semana Internacional do Café 2025
Quando: 5 a 7 de novembro
Onde: Expominas – Belo Horizonte (MG)
Mais informações e credenciamento: www.semanainternacionaldocafe.com.br 

TEXTO Redação

Cafezal

São Paulo ganha nova indicação geográfica de café

A IP Café Arábica da Nova Alta Paulista abrange 23 municípios e consolida o estado como polo de origens reconhecidas no país

O estado de São Paulo acaba de conquistar mais uma certificação de origem para o café – a Indicação de Procedência Café Arábica da Nova Alta Paulista, concedida nesta terça (7). 

A região da Nova Alta Paulista, localizada no extremo norte do estado, é formada por 30 municípios, dos quais 23 fazem parte da delimitação oficial da IG e agregam cerca de 1,2 mil produtores, segundo dados do Sebrae.

Com essa nova concessão, a Nova Alta Paulista torna-se a 19ª indicação geográfica de cafés brasileiros. A nova IP representa o último capítulo da expansão cafeeira que moldou o território e a economia do estado. Colonizada a partir do avanço das frentes agrícolas rumo ao interior, a região nasceu e prosperou com o café. Em sua tese Nova Alta Paulista, 1930–2006: entre memórias e sonhos, Izabel Castanha Gil afirma que a Nova Alta Paulista destacou-se como uma das principais regiões cafeeiras do estado nas décadas de 1950 e 1960. “O cultivo do café foi responsável por impulsionar o desenvolvimento econômico e populacional, estruturando a base agrícola e urbana de diversos municípios que se formaram a partir dessa atividade”, escreve a geógrafa.

Conheça os municípios da IP Nova Alta Paulista

Adamantina, Arco-Íris, Dracena, Flórida Paulista, Herculândia, Iacri, Inúbia Paulista, Irapuru, Junqueirópolis, Lucélia, Mariápolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Pacaembu, Parapuã, Rinópolis, Sagres, Salmourão, São João do Pau d’Alho, Tupã e Tupi Paulista.

TEXTO Redação