Ronin Café – São Paulo (SP)
A Espresso visitou a Ronin Café, na Barra Funda, região central de São Paulo, que se autodeclara “uma cafeteria de cozinheiros”, já que foi criada pelos chefs Pedro Nóbrega e Vitor Ribas, que passaram por restaurantes como o premiado Notiê. A fachada simples anuncia um espaço moderno e minimalista, com detalhes inspirados na arte de rua – como o quadro decorativo com grafia de pixo e a própria fonte escolhida para compor a logo da cafeteria. Em sintonia com o espaço, o alto-falante do salão dá voz a raps nacionais.
Fomos bem recebidos pelo atendente Cauê assim que chegamos. Ele nos explicou todo o cardápio, contou quais itens eram os seus favoritos e se certificou para que a experiência fosse leve e informal – mas muito completa. Além das características sensoriais do coado do dia, o atendente nos explicou as dos outros três grãos disponíveis, torrados pela torrefação paulistana Corisco, que poderiam ser preparados na v60, único método da casa.
Escolhemos dois cafés do produtor Alessandro Hervaz, de São Gonçalo do Sapucaí, Mantiqueira de Minas. O primeiro, de variedade acaiá e processamento natural, foi produzido no Sítio AAA. Na xícara, entregou uma bebida encorpada, doce e com notas frutadas, boa opção para qualquer momento do dia. Já o segundo café, um catuaí vermelho também naturalmente processado e cultivado no Sítio Boa Vista, mostrou-se uma bebida doce, menos encorpada, mas com um agradável sensorial que remeteu à torta de maçã.
Nossa expectativa quanto ao também era alta. Pão na chapa, toast de vegetais, queijo quente, pão com tofu, mortadela sando e choripan são algumas das alternativas entre os pratos salgados. Nossa pedida foi o queijo quente, o pão com tofu mexido e o mortadela sando – um dos mais solicitados pelos clientes.
Feito com um mix de queijos e cebolinha, o queijo quente entregou o que se espera dele, mas com a surpresa de um toffee de alho como ingrediente. Já o pão com tofu, feito com uma fatia de pão de fermentação natural, tofu mexido com cebolinha, tem a adição de picles e chilli oil, o que deixa seu sabor agradável e a textura úmida na medida certa.
Ambas as opções estavam gostosas, mas a grande estrela da refeição foi o mortadela sando. Fazendo jus ao posto de “queridinho” da casa, ele vai além de um lanche de mortadela comum, ao combinar mortadela na chapa, queijo, picles e maionese kewpie em um pão francês de fermentação natural numa composição harmônica. Indicamos!
Perto do fim da manhã, encerramos a visita pedindo banana bread e tiramisú. Bem apresentado, o banana bread leva bolo de banana (com gostinho de caseiro) coberto por uma banana partida ao meio e chapiscada na chapa, canela polvilhada e calda caramelizada de coco, feita na cozinha da Ronin – e que pode ser substituída por doce de leite produzido pela confeitaria parceira, De Mãe Cozinha. A combinação harmonizou bem com o café frutado.
O tiramisú, montado em uma xícara de café, vem com um tuille de chocolate por cima, seguido de bolachas levemente molhadas em cold brew, mas ainda crocantes, e creme mascarpone batido com cacau (feito na hora). Diferente dos tradicionais, que são feitos com espresso, o tiramisú do Ronin destacou-se pela leveza e suavidade de sabor do café, além de vir na quantidade certa para te fazer pedir mais um.
Nossa conta: R$ 151,80 (com a taxa de serviço)
Coado acaiá – R$ 18
Coado catuaí vermelho – R$ 18
Meia porção do mortadela sando – R$ 15
Meia porção do queijo quente – R$ 15
Tofu mexido – R$ 25
Banana bread – R$ 22
Tiramisú – R$ 25
Informações sobre a Cafeteria
| Endereço | Rua Doutor Albuquerque Lins, 253 |
|---|---|
| Bairro | Barra Funda |
| Cidade | São Paulo |
| Estado | São Paulo |
| Website | http://www.instagram.com/ronincafesp |
| Horário de Atendimento | De quarta a domingo, das 10h às 18h |








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