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Torrefadoras de café norte-americanas comentam as tendências do mercado para 2021

Embora 2020 não tenha sido como muitos esperavam, as mudanças que a Covid-19 trouxe ao setor cafeeiro provavelmente terão um impacto duradouro. A torrefadora norte-americana Onyx Coffee Lab é uma das muitas empresas que teve que se adaptar para operar dentro da pandemia global. Jon Allen, fundador da marca, diz que a mudança para o take away foi a tendência mais proeminente do ano.

“A Covid-19 nos obrigou a realmente inovar na forma como as bebidas são apresentadas e saboreadas. Os copos, a apresentação e a forma física de beber uma bebida têm um grande impacto no perfil de sabor, expectativa e prazer geral. Por exemplo, atualmente todas as nossas bebidas são consumidas com tampa ou canudo. Isso afeta a maneira como podemos criar camadas de diferentes experiências táteis, temperaturas e guarnições”, contou Allen. “No geral, temos uma equipe incrível que inovou as bebidas Onyx clássicas e as novas bebidas sazonais que destacam a experiência take away”, completou.

O sistema de água FRIIA da Marco Beverage Systems permite fazer experiências com esses tipos de bebidas sazonais. Derramando água quente, fria ou com gás em uma única torneira, um barista pode alternar perfeitamente entre a personalização de diferentes bebidas.

A Marco Beverage Systems tem uma forte história na indústria do café, especialmente com sua cafeteira automática SB9. O CEO da empresa, Drewry Pearson, prevê muitos movimentos no horizonte para a indústria cafeeira. “Para entender as tendências do café, é melhor primeiro tentar identificar os motivadores dessas tendências”, disse. Ele identifica cinco fatores principais que impulsionarão as novas tendências do café em 2021:

Lockdown e o café

“É evidente que o fechamento de muitos setores da indústria hoteleira em todo o mundo gerou grandes mudanças imediatas na indústria do café”, comentou Pearson. Ele acrescenta que “toda ação cria uma reação igual e oposta”, portanto, o encerramento da hospitalidade interna levará a um papel maior de: jantar ao ar livre, café para viagem, café para entrega em domicílio e café vendido em feiras livres.

Ele também destaca que a localização de novos cafés nos subúrbios e o declínio de curto prazo no centro da cidade permitem facilitar a tendência de trabalhar em casa, que gerando uma explosão no consumo de café torrado para uso doméstico. “Os principais beneficiados serão as empresas de café em grão, especialmente a Nestlé e a JAB”, expressou Pearson.

Covid e gestão de custos

O CEO prevê muitos movimentos no horizonte para a indústria do café. “A COVID vai acelerar a tendência de otimizar fluxos de trabalho e reduzir custos no setor de varejo. Em organizações grandes e ricas, como postos de gasolina e lojas de conveniência, haverá a instalação de ‘robôs’ do tipo bean-to-cup para substituir os operativos”, comentou Pearson.

“Nos pontos de venda menos abastados, haverá uma tendência para cafés instantâneos e concentrados de maior qualidade para atingir o mesmo fim. Se o varejista estiver sofrendo, a economia de custos será direcionada para a origem do café, então o preço e a qualidade também deverão sofrer”, opinou.

Problemas ambientais

Para ele, as questões ambientais vão começar a ter impacto a partir da rejeição de plásticos descartáveis ​​e copos de papel. “Isto é apenas o começo. A rotulagem da pegada de carbono está a caminho como parte das mudanças dramáticas necessárias para cumprir a meta de um mundo neutro em carbono até 2050”, disse Pearson.

Desglobalização e tensões geopolíticas

“O surgimento da China e da Ásia como o centro do desenvolvimento econômico global e da riqueza levará à reversão da cooperação global em direção à divisão do Trump”, comentou Pearson. “Isso, por sua vez, vai acelerar o surgimento da identidade cultural regional em oposição à aceitação de marcas globais e do ‘velho mundo’”.

Ele também prevê que isso levará ao surgimento de muitos estilos diferentes de café, como copos indianos, vietnamitas, indonésios e gelados/nitro/bolha. É nessas áreas que um sistema versátil como o FRIIA pode ser útil.

Mudança de geração

O sistema de água FRIIA pode despejar água quente, fria ou com gás de uma única torneira. “A Geração Z está cada vez mais substituindo a Geração Y para influenciar as tendências de consumo. A geração do milênio tem tudo a ver com a perfeição do café, terroir, torrefação, extração, até o design e ambiente da loja”, explicou Pearson. “A geração Z é sobre experimentação e experiência virtual. Vale tudo, misture tudo e veja o que sai do outro lado”.

A Marco Beverage Systems está atendendo a essas novas tendências com a solução POUR’D para café quente e frio, que será lançada em breve. O sistema permite que uma cafeteria sirva bebidas quentes e frias de café concentrado diluído mantido sob a bancada.

Olhando para o futuro, Allen, do Onyx Coffee Lab, espera que o ressurgimento da comunidade seja uma tendência motriz em 2021. “Eu pessoalmente percebo o quanto eu considerava natural em nossa indústria. Lamento o aspecto social e comunitário do café que agora nos escapa. Trabalhar em um café e torrefação que está vazio, exceto pela nossa equipe, cria uma perda real e tangível que experimentamos durante todo o nosso dia de trabalho. As conversas de fundo, as crianças correndo, vendo rostos conhecidos e vendo novos empreendimentos e negócios surgirem. Tudo isso acabou e tudo o que resta é torrar café e fazer bebidas”, comentou.

“Isso pode parecer óbvio, mas a diferença entre nossa bela indústria e muitos outros empregos de manufatura/hospitalidade são pessoas, cultura e comunidade. Espero que retorne em qualquer forma que for possível no futuro”, desejou Allen.

TEXTO As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin • FOTO Café Editora

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