Barista

Cafeteira brasileira que prepara espresso em qualquer lugar é sucesso entre apreciadores

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Da união de um designer e um barista surgiu a ideia de desenvolver uma cafeteira portátil, de fácil uso, que não necessitasse de eletricidade. Maycon Aram, fundador da Aram Soulcraft, produz peças de design em madeira. Tudo começou quando descobriu que seu maior prazer era fazer peças únicas, artesanais e com todo o cuidado necessário. Das suas mãos saem armações de óculos em madeira, com cores e estilos diversos. Ao conhecer Juca Esmanhoto, do Rause Café + Vinho, de Curitiba (PR), os dois passaram a trabalhar no projeto da cafeteira.

A extração de um espresso é uma das técnicas mais complexas e cheias de variáveis que existe na área do café. Por isso, desenvolver um equipamento que atendesse todas as exigências dessa bebida não foi tarefa fácil. Após mais de um ano de trabalho, muitas indas e vindas, testes, opiniões e refações, Maycon e Juca chegaram ao protótipo que foi apresentado na Semana Internacional do Café, no fim de setembro, em Belo Horizonte (MG).

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Batizado de Cafeteira Aram, o equipamento surpreendeu a todos durante os testes realizados no evento.

De acordo com Maycon o projeto retrata o artesanal e o bem feito: “A gente acredita que os objetos carregam muitas histórias, assim como cada um de nós. Nossas criações têm essa essência de resgatar a relação entre quem faz e quem usa. A cafeteira é a tradução de todo esse conceito aliada a uma paixão do brasileiro”.
Segundo Juca, a Cafeteira Aram “tem a grande vantagem de extrair várias formas de café só trabalhando com moagens diferentes. Fizemos alguns testes e atingimos 14 bar de pressão”.
Com uma base de aço ou uma versão portátil as opções podem servir para casa ou para levar para qualquer lugar. Feita de madeira e aço, a cafeteira trabalha com café moído, sem filtro, sem eletricidade e sem cápsula. Com a força da rotação da manivela é que se alcança a pressão necessária para a extração de um espresso, com crema bem densa e de forma muito rápida.

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Para tornar esse sonho realidade, Maycon e Juca abriram uma arrecadação na internet. A vaquinha virtual começou essa semana e já tem muitos apoios. A meta é R$ 35 mil até o dia 17 de novembro. Dentre as recompensas mais apoiadas até agora está exatamente a que presenteia com a própria cafeteira, pelo valor de R$ 879. O equipamento acompanha um tamper estilizado, também feito de madeira, e um café do Sítio Santa Rita.

Se a dupla ultrapassar a meta e chegar a R$100.000,00 de arrecadação, 2% do valor será revertido para o projeto social Fazedores Café, que forma jovens de baixa renda na cidade de São Paulo e região na profissão de barista.

Para mais detalhes sobre a Cafeteira Aram e para participar da arrecadação, acesse.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Divulgação/Aram

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Rause Café na Estrada lança campanha de financiamento coletivo

rause_cafe_na_estrada O projeto Rause Café na Estrada, que vai levar conhecimento e café especial para as regiões produtoras de café de Minas Gerais, lançou uma página no site de crowdfunding Benfeitoria (espaço para financiamento coletivo) para arrecadar fundos e colocar o trabalho na estrada a partir de agosto. Ao final da campanha, Juca. Abaixo, assista o vídeo sobre o projeto:  

TEXTO Da redação • FOTO Reprodução/YouTube

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Rause Café na Estrada vai percorrer fazendas de café em Minas Gerais

e46_Trentino Cafés Especiais. Drinks, cafés (93)

O barista e proprietário do Rause Café + Vinho, Juca Esmanhoto, está com um novo projeto paralelo. A cafeteria, famosa por seu espresso e vinhos, vai colocar nas estradas uma caminhonete que sairá da capital paranaense, Curitiba, para o Estado de Minas Gerais (MG), visitando fazendas produtoras de café, com o objetivo de valorizar os grãos da região e mostrar aos moradores locais a qualidade dos cafés ali produzidos.

Amostras de aproximadamente 100 propriedades estão sendo coletadas previamente e analisadas pela classificadora Verônica Belchior. Estas, receberão um relatório com base em suas características sensoriais. As 12 melhores fazendas terão a oportunidade de serem visitadas e enviar uma saca para ser torrada em Curitiba pela 4Beans Coffee Co, além de ter uma parte vendida através de crowdfunding, prática de financiamento coletivo de projetos, geralmente realizada em sites que promovem uma espécie de “vaquinha” virtual para contribuir com a iniciativa.

A outra parte do café será distribuída gratuitamente em 10 cidades percorridas ao longo dos 30 dias de atividade. “A ideia é levar o café especial e a extração de espresso para pessoas que não têm acesso a este tipo de preparação. A intenção é gerar um choque de cultura”, diz Juca.

Os grãos vendidos servirão para cobrir os gastos do projeto, tornando a viagem e a distribuição do café possíveis nas comunidades visitadas. Além disso, em um site de financiamento coletivo, terá a opção de “Café Pendente”, onde a cada R$ 2 pagos, um café será servido nas ruas.

Resultado do projeto
A jornada, que será fotografada e filmada, também dará origem a um livro de fotografias e documentário, que têm por finalidade manter a aproximação com o ambiente rural e mostrar a beleza dos cafezais. Segundo o proprietário, o trabalho permitirá aprofundar o conhecimento e abranger questões sensoriais, além de aprender sobre as regiões, clima e geografia.

O projeto, que busca envolver grande parte do Estado de Minas Gerais, já conta com cerca de 10 apoiadores. Entre os que já confirmaram estão 4Beans Coffee Co, La Marzocco, Mahlkönig, Revista Espresso, CaféPoint, Moka Clube, Calix, História Hoje, Móveis Coloniais de Acaju e Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

O roteiro da jornada vai depender das 12 sacas escolhidas, levando em consideração a expectativa da população de cada município e dos patrocinadores.

Mais informações
www.facebook.com/rausecafenaestrada

TEXTO Stephanie Schmiegelow • FOTO Divulgação