Barista

SIC 2021: Modelo híbrido de ensino nos cursos de barista veio para ficar

Belo Horizonte (MG) foi palco do maior encontro de café do Brasil nos últimos dias. A Semana Internacional do Café ocorreu entre 10 e 12 de novembro, no Expominas, e contou com uma grade completa de conteúdos com temas do campo à xícara e com a participação de grandes profissionais do setor.

No última dia de evento, a Cafeteria Modelo, espaço criado dentro da feira para a realização de workshops, recebeu o barista Gabriel Guimarães, da Unique Cafés, e a curadora de experiências Helga Andrade, do Achega, para um bate-papo sobre “Ensino à distância ou presencial: Quem é o público que quer aprender sobre café?”. O painel foi mediado por Carolina Brazil, editora-chefe e apresentadora do Rondônia Rural.

Os convidados contaram um pouco sobre suas experiências e vivências profissionais e como tiveram que adaptar os conteúdos que ensinam nos cursos presenciais para o modelo digital, por conta da pandemia de Covid-19 sentida nos últimos quase dois anos. 

“Temos sempre que nos reinventar e testar novos canais, buscar outras referências”, disse Helga. Segundo ela, o on-line é positivo para o instrutor pois o força a estudar e estar sempre aprendendo. Além disso, o formato, muitas vezes, traz mais praticidade que o presencial. “Eu aprendi que algumas coisas eu consigo resolver à distância com agilidade. Nós não vamos dar um passo para trás e abandonar o on-line”, comentou.

“A pandemia causou uma sede de conhecimento e a tecnologia é uma coisa que o barista atual precisa estar por dentro”, comentou Gabriel, que apresenta um dos principais canais sobre café no YouTube. Ele acredita que, apesar de termos que explorar toda a tecnologia a nosso favor, a retomada ao presencial será rápida. 

Ambos os convidados apostam que o modelo híbrido de ensino será frequentemente usado no meio, com conteúdos mais teóricos, como a história do café, sendo repassados de maneira digital, enquanto que o presencial deverá ser focado na interação e na experimentação. “Acho que os cursos vão evoluir daqui para frente. Os alunos chegarão mais prontos”, pontuou Helga.

A curadora de experiências destacou que cada vez mais o consumidor está mais exigente e que essa aproximação com o cliente causa transparência no mercado. “Para mim, a tendência é a democratização da informação”, disse. Já do balcão para dentro, Gabriel explica que, para causar essa aproximação, é importante que o barista não se acomode a apenas fazer café, mas também saiba vender o produto, explicando sobre os processos do grão e os métodos de preparo para os consumidores. 

Tudo acaba em xícara

Ao final do bate-papo, Helga e Gabriel prepararam um café Robusta Amazônico cultivado pela cafeicultora Ediana Capich, de Novo Horizonte D’Oeste, Matas de Rondônia, vencedora da categoria “fermentação induzida canéfora” do Coffee of The Year 2020. Clique aqui e confira o resultado do Coffee of The Year 2021.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Gabriela Kaneto

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