Sheila Cardoso Rosa: “Na época da colheita, a família se reunia para acompanhar”
Meu pai, Oly Rosa de Oliveira, em 1996 começou a produzir café depois de tentar maracujá e morango. Ao longo dos anos, foi se dedicando e se apaixonando por essa produção. Na época da colheita, a família se reunia para acompanhar. Primeiro os filhos e por último os netos.
Ano passado, por causa da pandemia, ele e minha mãe ficaram isolados na chácara. Diante da saudade e do medo em perdê-los, liguei e disse que queria fazer um café especial. Pedi que me separasse uma saca de 60 kg. Selecionei, peneirei e pedi para um Q-Grader avaliar. Ao descobrir que se tratava de um café especial, disse para meu pai que iria lançar esse café torrado e moído com o nome de café O.R.O, paixão pelo sabor.
Com as iniciais do nome do meu pai, eu homenageio toda dedicação dele ao longo dos 25 anos de produção completados esse ano. Em seu aniversário de 77 anos, com todos os seus irmãos on-line, fizemos o lançamento oficial. Nunca vi meu pai tão satisfeito e realizado. Fruto colhido maduro e doce após tantos anos de dedicação à lavoura. Esse ano ele está ainda mais animado, cheio de planos para o pós-colheita!
Continuamos afastados pela pandemia, mas todas as manhãs, ao tomar meu café O.R.O, sinto a presença calorosa dele em minha vida. Obrigada, Revista Espresso, por me permitir contar essa história. Fiquei emocionada aqui. Grande abraço. Parabéns pelos 18 anos!
Sheila Cardoso Rosa, produtora de café – Araxá (MG)
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