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Porteira para fora: 6 invenções brasileiras no café

Santo de casa faz milagre, sim! Ciência, tecnologia e muita criatividade mudaram os rumos do café no Brasil e no mundo. A Espresso traz  o destaque para diversas criações que contribuem até hoje para que o País seja referência no setor.

Z, de coador

Foto: Divulgação

Feito de cerâmica e com design funcional, o Coador Z é o resultado da busca intensa por melhores cafés pelo barista taiwanês, que vive no Brasil desde os 15 anos, Tony Chen. Depois de muito tempo de imersão e estudo dos métodos de preparo atuais, nascia um coador com linhas retas e de material que ajuda a manter a temperatura.

Por ser um projeto independente e artesanal, ele só foi possível graças ao financiamento coletivo de diversos amantes do café em todo o País. Ou seja, para o produto ser desenvolvido e comercializado, seu idealizador precisava de R$ 60 mil. Assim, ele lançou uma campanha digital para levantar esse investimento. Resultado: o amor pelo café venceu e o produto já está no mercado.

Eu assovio, tu assovias

Foto: Bruno Lavorato

Na verdade, não se sabe quando e onde o assovio durante degustações e cuppings começou. O que se sabe é que a prática é comum no momento de sorver o café para misturar com oxigênio e maximizar a percepção de sabores. Ao puxar o ar juntamente com a bebida com a ajuda de uma colher, diversos tipos de assovios podem ser ouvidos.

Tímidos, estridentes, baixinhos e escandalosos – há todo tipo de som para cada degustador. Alguns sons chegam a ser tão altos que curiosos já mediram sua intensidade em decibéis.

Não tem como ignorar essa prática tão peculiar, tanto que ela ganhou um concurso bem-humorado aqui no Brasil para eleger o melhor assovio, o Campeonato Mundial Sabiá de Cupping. Nele, o melhor ganha uma premiação simbólica. Para a criatividade e o bom humor do brasileiro, não há limites!

No pano

Foto: Daniel Ozana/Studio Oz

Café na meia, café da roça, café da vovó, café da fazenda. O coador de pano é outro ícone da cafeicultura e pertence às memórias afetivas de todos os brasileiros, inclusive daqueles que não são fãs da bebida.

Esses coadores eram unanimidade nas cozinhas brasileiras num passado recente, mas a popularidade dos filtros de papel ganhou força pelo fato de eles serem práticos e baratos. Atualmente, alguns amantes do café os mantêm em seu portfólio de métodos de preparo e muitas cafeterias estão apostando em pequenos filtros de pano individuais para aconchegar os amantes de café mais nostálgicos. Sem contar o charme que dá na hora de servir o café, não é mesmo?

Em se prensando tudo dá

Foto: Divulgação

Nem aeropress, nem prensa francesa. O método de preparo 100% tupiniquim foi lançado em 2016 na busca por praticidade e mobilidade na hora do seu café. É feito com material atóxico, livre de BPA (Bisfenol A), substância tóxica encontrada em policarbonatos para dar maleabilidade aos plásticos quando em contato com o calor (no caso, a água quente do café).

Com tecnologia e produção brasileira, a Pressca conta com um sistema de isolamento térmico eficiente que mantém o café quente por até quarenta minutos. Disponível em sete cores, essa cafeteira dispensa o uso de filtro de papel e pode preparar até 350 ml de café conforme a dosagem de pó e intensidade da bebida. Por ter o formato de um copo, ali mesmo você faz, ali mesmo você bebe. Ela foi idealizada para ser a menor, mais leve e versátil do mercado.

De madeira mesmo

Foto: Bucair Filho

Nem vinho nem uísque. Com o WoodSkull, um leve aroma amadeirado pode ser sentido no seu café sem que ele tenha repousado em barris de madeira. Feito em Itaúba, madeira resistente e de secagem rápida, seus idealizadores, Hugo Rocco, da Moka Clube, e Daniel Ferrarezi, da WoodSkull, prometem um perfume de madeira na bebida na medida exata.

Seu design exclusivo se apresenta em tamanhos e formatos para servir doses individuais e até quatro xícaras pequenas. As peças são feitas, uma a uma, artesanalmente, a partir de um bloco maciço de madeira, que é torneado até chegar à forma desejada.

Sem eletricidade e com sucesso

Foto: Divulgação

O gadget que une design e versatilidade entra para a lista de desejos dos amantes de café espresso. De madeira e aço, a cafeteira conta com a rotação de uma manivela para alcançar a pressão necessária na extração do café. Prático, fácil e rápido. Basta ter água quente e seu grão moído favorito.

O novo método de preparo, idealizado em Curitiba (PR), pelo designer Maycon Aram (fundador do Aram Soulcraft) e pelo barista Juca Esmanhoto, foi possível graças a uma campanha de arrecadação de recursos na internet. O projeto que precisava de R$ 35 mil completou um montante de R$ 253 mil até o encerramento da ação.

Você sabia que o Brasil também é o responsável por várias invenções “porteira para dentro”? Clique aqui para conhecer sete criações brasileiras muito usadas nas lavouras de café!

TEXTO Kelly Stein

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