Mercado

Pesquisa revela aumento do consumo de café nos EUA

A Associação Nacional de Café dos Estados Unidos (National Coffee Association – NCA) publicou uma pesquisa sobre o aumento no consumo de café no país. Segundo eles, 66% dos norte-americanos agora bebem café todos os dias, o maior aumento desde que a NCA começou a rastrear esses dados.

Para os pesquisadores, o consumo de café em casa segue acima dos níveis pré-pandemia, com uma alta de duas décadas à medida que os americanos elaboram novas rotinas por conta de pandemia. Os Estados Unidos são os maiores importadores e consumidores de café do planeta.

A maioria dos membros da NCA, que responde por mais de 90% do comércio de café dos EUA, compreende pequenas e médias empresas e inclui produtores, torrefadores, varejistas, importadores/exportadores, atacadistas/fornecedores e empresas da indústria afins.

Com a expansão do consumo em um país que já lidera a demanda mundial, abre-se uma possível janela de oportunidade para a diminuição da volatilidade dos preços dos cafés adquiridos pelos importadores. No setor, o livre mercado é uma realidade. O Brasil como maior produtor mundial, com sua oferta de grão de qualidade, tem grande potencial de suprir tal demanda e ser um player com boas condições de negociação, ampliando assim, seu market share. Além disso, a oferta brasileira de cafés de qualidade, arábica e canéfora, é outro diferencial diante de países que produzem uma só espécie. 

Segundo o Conselho Nacional do Café (CNC) o fato marcante nessa relação comercial é a eficiência na produção brasileira que viu sua produtividade saltar de 17,75 sacas por hectare em 2004, para 30,6 sacas por hectare em 2022, mesmo sofrendo com adversidades climáticas. Isso só foi possível por causa do investimento em pesquisas para melhoria do manejo em uma cafeicultura tão heterogênea, que foi possibilitado pela gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), sendo o Conselho Nacional do Café (CNC) seu maior guardião.

Para o CNC o cenário de 2022 se apresenta com muitos desafios, já que ainda existem incertezas quanto ao volume de produção, os custos se encontram em patamares elevados, o câmbio se mostra volátil e os embargos em razão do conflito Rússia x Ucrânia pesam nos contratos atuais das commodities. A maior preocupação do Conselho é que o produtor tenha uma remuneração digna, de forma que o cafeicultor esteja motivado a continuar as suas atividades no campo.

O conteúdo da pesquisa da NCA está disponível aqui.

 

TEXTO As informações são do CNC e NCA • FOTO Agência Ophelia

Deixe seu comentário