No café tem louco pra tudo…
Dizem que a altura elevada de plantio e as baixas temperaturas podem influenciar positivamente nos grãos, ressaltando características na bebida final. Mas não é apenas na etapa das lavouras que estes fatores vêm sendo testados.
No preparo da bebida, por exemplo, já tem gente utilizando destes métodos. O proprietário de uma cafeteria nos Estados Unidos decidiu levar os grãos – literalmente – as alturas. Ockhyeon Byeon colocou frutos colombianos em um balão meteorológico e o lançou ao espaço. Segundo ele, a carga subiu cerca de 48 km, alcançando a mesosfera.
Com a ajuda de um GPS, Byeon conseguiu recuperar o pacote, que passou cinco horas “voando”. Dentro, os grãos estavam ligeiramente congelados e cobertos de água por conta da pressão do ar. Quem bebeu diz que o café ficou levemente mais suave do que o feito com grãos “terrestres”. Em campeonatos, a altura e a temperatura também já foram um diferencial. O barista norte-americano Kyle Ramage realizou uma mistura de experimentação e ciência com o auxílio do químico Christopher Hendon, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Ele congelou o café a seco a temperatura de -79ºC e colocou depois diretamente no moedor.
Segundo Kyle, o café torna-se mais frágil quando resfriado, especialmente abaixo de 50ºC negativos. Desta forma ao entrar em contato com o moedor, ele reage melhor no resultado da consistência das partículas, que ficam mais uniformes e geram um café mais complexo em sabores, segundo ele. “Eu uso e amplifico esta fragilidade para o lado positivo”, explica o barista. Quem vai tentar?
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