Mercado

Dia Mundial do Leite Vegetal: Dicas de como a sua cafeteria pode impulsionar o consumo da bebida à base de plantas

Você sabia que em 22 de agosto é comemorado o Dia Mundial do Leite Vegetal? Queridinho de muita gente, o produto vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de bebidas, tanto em cafeterias, quanto em preparos diversos em casa. 

Prova disso é o relatório “Plant-Based Foods Poised for Explosive Growth”, da Bloomberg, que aponta que o setor cresceu praticamente a duplo dígito no varejo nos últimos anos. O documento mostra que o segmento de lácteos alternativos deve atingir quase US$ 67 bilhões globalmente até 2031. 

Para Henrique Pin, barista da NotCo no Brasil, esses estabelecimentos cada vez mais precisam adaptar os seus cardápios à nova demanda, de forma que os cafés não percam sua essência, tanto na qualidade como no sabor. “O consumidor que opta por tomar leite vegetal em casa, seja por intolerância ou estilo de vida, também quer poder ter essa opção de escolha fora dela. Portanto, a oferta desse produto se torna um verdadeiro diferencial para o cliente, que passa a priorizar aquela cafeteria na sua rotina”, diz.

O especialista em café também reforça que há alguns desafios nessa transição, o que pede por alternativas que não prejudiquem o gosto, a aparência e a textura da bebida, como o próprio NotMilk, linha de leites vegetais da foodtech. “É um exemplo que atende tanto os clientes que possuem uma restrição alimentar, quanto aqueles que querem seguir uma dieta flexitariana ou plant-based por escolha. O principal motivo disso é a sua semelhança com o leite de origem animal em sabor, performance e atributos nutricionais. Isso ajuda no seu armazenamento e na sua utilização em si, seja para os clássicos, ou para novidades do menu”, ressalta.

Levando esses fatores em consideração, Henrique separou 5 dicas para as cafeterias impulsionarem o consumo do leite à base de plantas e atualizarem seus cardápios de acordo com essa forte tendência:

Tenha bons fornecedores

Uma cafeteria não precisa ficar presa a um único fornecedor de leite vegetal, mas sim escolher aqueles que fazem sentido para o negócio. Atualmente, é comum ver estabelecimentos que oferecem mais de uma opção de leite vegetal, seja para preparo de bebidas à base de café, ou até mesmo na cozinha e confeitaria. 

Para o barista, essa diversificação é importante para oferecer opções ao cliente e, até mesmo, para  trazer uma transição gradual à alimentação plant-based. “Gosto de pensar que ainda é tudo muito novo e, por termos novas gerações que já nascem nessa popularização dos leites à base de plantas, isso significa que os estabelecimentos precisam se adaptar às suas maneiras, independente de grandes decisões. Olhar para o mercado com amplitude e de forma criteriosa é uma escolha que acelera essa adequação própria sem muitos empecilhos”, destaca.

Harmonize sabores da forma certa

A harmonização de sabores é fundamental para combinar o leite vegetal com o cardápio da cafeteria, sempre dentro de uma proposta que faça sentido para o dono. Uma entrada mais natural e facilitada do produto pode ajudar os funcionários em bebidas onde o café é protagonista, como um cappuccino ou um latte. 

Além disso, no momento de testar a alternativa plant-based em possíveis combinações mais inusitadas, não se corre o risco de mascarar o sabor do grão caso ele também seja o elemento principal, algo que acontece com opções que possuem um sabor muito predominante da base ou aromatizantes fortes de baunilha.

Controle a temperatura 

Com certeza uma das primeiras barreiras no preparo de bebidas com café e leites vegetais é a vaporização na máquina de espresso. Os leites de vaca já têm suas peculiaridades, mas quando falamos dos substitutos à base de plantas, as diferenças são ainda mais notáveis, podendo exigir uma temperatura ou uma introdução de ar diferente, e muitas vezes os dois. 

“Nesse sentido, exemplos como o NotMilk são ótimos por promoverem uma vaporização tranquila e crescimento rápido. E, controlando a temperatura para ele não ferver – cuidado comum para qualquer processo desse tipo -, essa parte da produção não terá problemas”, explica.

Preste atenção nos outros ingredientes

O leite vegetal precisa entrar no cardápio de qualquer cafeteria com a mesma importância que outros insumos. O produto não é só um simples substituto de leite animal, mas uma porta de entrada para tornar o menu mais conciso, agradável e saboroso aos clientes que o consomem. Dessa forma, se ele não estiver em sintonia e combinar com outros ingredientes de qualidade, a pessoa pode culpar a sua performance de uma maneira injusta e simplista.

Faça bebidas diferenciadas 

Adotar o leite vegetal no cardápio é uma oportunidade para testar proporções e bebidas novas que combinam com aquele produto, como matchá, chai, frapê, bubble tea. Para Henrique, há todo um universo de opções que podem ser exploradas, inclusive alcoólicas. “O café é um mundo à parte e podemos encontrar certas combinações inusitadas todos os dias. Atualmente, tenho explorado bastante cafés de torra média ou escura, com perfis de sabor puxando para um frutado ou caramelo e doçura alta, assim como aqueles que têm menos acidez para gerar melhores harmonizações. Dentro dessa lógica, o NotMilk também traz uma grande vantagem pelo seu sabor mais neutro e cor branca, fazendo com que a construção de bebidas autorais seja um processo menos complicado”, conclui.

TEXTO Redação • FOTO Chevanon Photography

Deixe seu comentário