Barista

Daniel Vaz defende o Brasil no Campeonato Mundial de Barista: “O café me levou pro outro lado do mundo”

Foto: Agência Ophelia

“O café me levou para o outro lado do mundo”, escreveu o carioca Daniel Vaz em sua rede social, enquanto se prepara para defender o Brasil no Campeonato Mundial de Barista, entre 1º e 4 de maio. A competição, que acontece durante o evento World of Coffee, em Busan, na Coreia do Sul, é a mais aguardada do ano entre os profissionais da área. “Vamos buscar o título, deixá-lo em casa”, afirma o barista, proprietário da Five Roasters (RJ), referindo-se à vitória do brasileiro Boram Um na última edição do mundial.

Agora, Vaz tem nas mãos a mesma missão de Um, depois de ganhar o Campeonato Brasileiro de Barista, em novembro do ano passado. Em entrevista à Espresso, ele conta brevemente a nova experiência e os desafios que vem enfrentando para melhorar a cada dia. 

Espresso: Como tem sido sua trajetória profissional até agora? 

Daniel: Eu trabalho com café há cinco anos e há quatro anos tenho a Five Roasters, meu primeiro filho no café e uma paixão. Acho que esse foi o maior desafio, abrir uma torrefação e consolidá-la. 

E: Para você, o que significa ser o campeão brasileiro de barista?

D: É uma responsabilidade muito grande, e tenho refletido muito sobre campeonatos neste último ano. Acho que a gente não pode pensar em participar de um campeonato para ganhar o brasileiro. Temos que pensar o que vamos fazer no campeonato mundial.

E: Como se tornar campeão brasileiro impactou sua vida profissional?

D: Acho que ter um título de campeão brasileiro é mais uma chancela, um reconhecimento de um profissional que se destacou naquilo que  se propôs a fazer. 

Pódio do Campeonato Brasileiro de Barista, da esquerda para a direita: Marcondes Trindade (2º colocado), Daniel Vaz (campeão) e Juliana Morgado (3ª colocada) – Foto: NITRO

E: Como você está se preparando para o Mundial?

D: O maior desafio de se preparar para um campeonato mundial é saber que vai competir com os melhores do mundo. É um nível altíssimo. Desde o início,  minha primeira decisão foi usar um café brasileiro, mas a época do campeonato dificultou muito isso, porque a gente estava entre safras. Mas consegui achar um café que me deixou muito feliz para competir, que é um grão do produtor Vavá [Waldemar Ferreira de Paula Neto], da Fazenda Vista do Brigadeiro, nas Matas de Minas. É o café de maior altitude no Brasil [a fazenda situa-se em uma altitude média de 1530 m]. E a gente conseguiu fazer o processo juntos. Para mim, isso foi muito importante e um dos maiores desafios para a preparação para o campeonato. 

E: Quais são suas expectativas em relação ao Mundial?

D: São altíssimas. Muito treino, muita dedicação. E competir com um café brasileiro em que eu acredito, principalmente. E vamos buscar o título, deixá-lo em casa.

E: Quais são seus planos para o futuro? Pretende competir novamente?

D: Sim, com certeza pretendo continuar competindo. Estou só há um ano competindo, é tudo muito recente. Temos coisas a conquistar ainda! 

TEXTO Gabriela Kaneto

Deixe seu comentário