Barista da Indonésia vence o campeonato mundial da categoria
Mikael Jasin, da Indonésia, venceu, no último sábado, o World Barista Championship (WBC), campeonato mundial de baristas que, este ano, aconteceu em Busan, na Coreia do Sul. É a primeira vez, desde o lançamento do campeonato (em 2000, na cidade italiana de Montecarlo), que um representante do país asiático sobe ao pódio.
Em 2019, Jasin (no centro da foto) havia ficado em 4o lugar na competição (o melhor posicionamento do país no campeonato) mas, em 2021, não alcançou as finais. Já o brasileiro Daniel Vaz foi eliminado na primeira rodada da competição – que aconteceu de 1 a 4 de maio, no primeiro World of Coffee na Ásia.
Além de Jasin, os outros baristas mais bem colocados foram: Jack Simpson, da Austrália (segundo lugar), Takayuki Ishitani, do Japão (terceiro lugar), Honoka Kawashima, da Nova Zelândia (quarto lugar), Junghwan Lim, da Coreia do Sul (quinto lugar), Ian Kissick, da Irlanda (sexto lugar) e Zjevaun Lemar Janga, da holanda (sétimo lugar).
Em meados de 2022, a Barista Magazine fez uma reportagem de capa com Jasin, e referiu-se ao barista como alguém que “tem a missão de melhorar os cafés do seu país natal”. Isso porque, há alguns anos, o barista fundou uma empresa dedicada a trabalhar com pequenos agricultores indonésios para melhorar as suas técnicas de cultivo, colheita e processamento, segundo a publicação.
Jasin morou em Melbourne, na Austrália, cidade mundialmente reconhecida por sua cultura de cafés especiais – fenômeno relativamente distante da Indonésia, que cultiva e exporta cafés desde o início do século XVIII mas que, com exceção de algumas regiões, não é reconhecido pela qualidade dos grãos. A Indonésia é o quarto maior produtor do mundo, majoritariamente de canéforas (var. robusta). Em 2023/24, produziu 9,7 milhões de sacas (60 kg) em 1,2 milhões de hectares, ocupados por pequenos produtores. Sumatra detém de 60 a 70% do total de cafés cultivados, das duas espécies.
O consumo no país, porém, vem crescendo. Dados da Coffee Geography Magazine informam que ele alcançou 4,79 milhões de sacas (2023/24), um aumento de 20 mil delas em relação à safra anterior. Um dos motivos é a aquisição do hábito de tomar café entre os jovens e a crescente classe média no país. Entre os fenômenos está a popularidade das kopitians, cafeterias tradicionalmente operadas por chineses não só no país, mas também na Malásia e no Sul da Tailândia. Esses locais, que servem cafés tradicional e principalmente feitos com robustas ao lado de várias comidas típicas, vem melhorando a qualidade da bebida.
Fontes: New Ground Magazine, Coffee Geography Magazine e Barista Magazine.
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