BaristaCafé & Preparos

Matheus Filagrana é o grande campeão de Aeropress 2021

Nossa diretora de conteúdo Mariana Proença e a editora-assistente Natália Camoleze pegaram a estrada, na última sexta-feira (24/09), rumo a Santo Antônio do Amparo. O motivo? Acompanhar a final do Campeonato Brasileiro de Aeropress.

Devidamente testados em relação a covid-19, a organização do campeonato, participantes e nossa equipe, se reuniram na Fazenda Cachoeira, que foi sede para as apresentações finais. Os 9 competidores classificados para essa fase, em Belo Horizonte, foram divididos em 3 chaves. Saiba como foi a primeira etapa aqui.

Depois de uma manhã de treinos e ajustes, os competidores se apresentaram, durante 8 minutos, em um cenário montado na Fazenda Cachoeira ao ar livre. Os juízes desta etapa foram Eystein Veflingstad – 3ª Onda Consultoria em Cafés; Miriam Aguiar – da Fazenda Cachoeira e Tiago Damasceno – Cofundador do Oop Café.

A final foi recheada de emoções. Com a aproximação da chuva os competidores tiveram que preparar o café e aguardar ansiosos pela prova dos juízes, que segundo eles os cafés estavam ótimos e bem difícil de decidir. O grande campeão foi Matheus Filagrana, da Blum’s Kaffee, de Blumenau (SC). O segundo lugar ficou com Amanda Lobo, da Subverso Coffee, de Goiânia (GO) e em terceiro Pamela França, também da Blum’s Kaffee. leia mais…

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Mariana Proença/ Natália Camoleze/ Café Editora

Mercado

Joias inspiradas nas lavouras de café

Assim como nós, você também é apaixonado por café? Esse amor de muitos brasileiros atravessa mares e continentes e chega ao Japão pelas mãos da empresária Laura Mine, brasileira que reside no país oriental. Ela é a fundadora da Laurina, marca de semijoias que tem o fruto como inspiração.

Além do nome, que faz referência a uma variedade rara de café arábica, a empresa traz grãos e até mesmo a flor de café em modelos de brincos, pulseiras e pingentes, feitos em prata 925 e folheados a ouro 18K. Além dos japoneses, os consumidores brasileiros podem comprar as semijoias no site ou na loja física, que fica na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, terra natal de Laura.

Mais informações: laurina.com.br

TEXTO Redação • FOTO Positiva Design

Barista

BSCA lança plataforma de cursos sobre o universo dos cafés especiais

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) acaba de lançar sua nova plataforma com cursos on-line para o setor cafeeiro. Vanusia Nogueira, diretora executiva da entidade, explica que a expertise adquirida por meio de parcerias internacionais permitiu que a BSCA realizasse a formação, de acordo com as normas globais, de diversos profissionais no país.

“Já qualificamos diversas pessoas em várias áreas, passando da produção até a análise sensorial da bebida. Agora, preparamos algo interativo, dinâmico e com a cara do Brasil. Através da flexibilidade dos cursos on-line, os interessados poderão se capacitar, no seu ritmo, por meio dos protocolos de cafés especiais da BSCA, que consideramos os mais adequados para nosso país”, comenta.

Os primeiros três cursos da BSCA School já estão disponíveis. O “Introdução aos cafés especiais”, ministrado por Vanusia e Douglas Martins, Q-Grader certificado pelo Coffee Quality Institute (CQI) e juiz BSCA, é voltado para quem deseja melhorar a qualidade ou iniciar a produção de cafés especiais. O objetivo é fazer a imersão dos alunos no mundo dos grãos de excelência, transmitindo os pontos que compõem a cadeia produtiva, desde a fazenda, passando pelos concursos de qualidade até a comercialização.

A educadora e consultora em cafés, Adriana Valinhas, barista e brewer profissional formada pela SCA´s Education, conduzirá o “Curso Básico – Métodos de Preparo”, que apresentará os fatores influenciadores da qualidade e do sabor da bebida através da experimentação de diferentes métodos de preparo do café. Os alunos conhecerão a influência da qualidade da água, nível de torra, frescor, tipo de moagem, armazenamento, tempo de extração, entre outros na elaboração de uma boa bebida e também terão acesso aos métodos de preparo na hario v60, prensa francesa e cafeteira italiana (Moka).

Já o “Curso Básico de Barista” será ministrado por Simoni Yamaguty, instrutora, educadora e barista licenciada pela SCA em Sensory Skills Professional. Os alunos serão apresentados aos principais fundamentos do preparo de café espresso e cappuccino, recebendo conhecimentos sobre os componentes de uma máquina, como operá-la e realizar a limpeza, entender as ferramentas e para que servem no dia a dia desse profissional, além de entenderem quais as variáveis que podem influenciar no preparo da bebida.

Todos os cursos são on-line. Ao final das avaliações, os formandos que alcançarem a nota mínima nas provas receberão um certificado digital.

Serviço
Curso “Introdução aos cafés especiais”
Inscrição: https://bit.ly/3luxIO3
Duração: 2h40 – 39 aulas

Curso: “Básico – Métodos de Preparo”
Inscrição: https://bit.ly/3nB9dRS
Duração: 1h20 – 22 aulas

Curso: “Básico de Barista”
Inscrição: https://bit.ly/39a8qyH
Duração: 1h30 – 28 aulas

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Mercado

Rede de supermercado Verdemar lança cafés campeões do Concurso de Qualidade de MG

Na última segunda-feira (13), a rede de supermercado Verdemar lançou a linha Cafés Campeões, com grãos premiados no Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais, safra 2020, promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). No total são 14 cafés oriundos das quatro regiões produtoras mineiras. Os produtos já estão disponíveis nas gôndolas das unidades.

Participaram da cerimônia de lançamento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a Secretária de Estado  de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Maria Soares Valentini, o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, os sócios do Verdemar, Hallison Moreira e Alexandre Poni, autoridades e lideranças da cafeicultura, além de produtores

“É o terceiro ano que temos essa parceria com a Emater para valorizar a cafeicultura mineira. E já estamos caminhando para o quarto ano, iniciamos os preparativos para o próximo concurso. Para nós do Verdemar, é uma honra apoiar o cafeicultor mineiro e levar esse produto de excelentíssima qualidade para nossos clientes”, destaca Alexandre Poni. Em novembro, o Verdemar irá sediar a final da edição de 2021 do Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais.

O campeão estadual foi o cafeicultor Ademir Abreu de Lacerda, do município de Espera Feliz, região das Matas de Minas. Para ele, o apoio do Verdemar ao concurso engrandeceu ainda mais o setor. “O Verdemar impulsionou o concurso e deu um ânimo a mais aos cafeicultores, afinal, nós produtores dos cafés vencedores temos a chance de ver nosso produto exposto e sendo comercializado, e sendo valorizado por uma das maiores redes de supermercado do Brasil”, enfatiza.

Durante seu discurso, o governador de Minas Gerais parabenizou os mais de 1,7 mil participantes. “Parabenizo o Ademir e também todas as milhares de pessoas que trabalham na cafeicultura, que, com muito leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Conor Brown

Cafezal

Como funciona uma cooperativa? Assista ao 17º episódio da websérie da BSCA

Na quarta-feira (15) acontece o lançamento do 17º episódio da websérie “A História do Café Especial – O olhar da BSCA em 30 anos”, realizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Café Editora.

O vídeo traz detalhes sobre o papel das cooperativas na vida dos produtores brasileiros e como elas funcionam. A produção conta com a participação de José Marcos Magalhães, presidente da Minasul, para abordar o tema.

Movimento da xícara ao grão

Com novos episódios lançados todas as quartas-feiras no YouTube da BSCA e no Instagram da Revista Espresso, o projeto busca levar informações relevantes sobre a cadeia do café especial ao consumidor final e a todas as pessoas que não possuem conhecimento deste universo, rebobinando o trajeto da bebida da xícara ao produtor e sua lavoura.

Com o intuito de aproximar as pontas do setor, a websérie conta com linguagem acessível e tradução em inglês. Deste modo, mais pessoas ao redor do mundo também podem conhecer de perto a história do café especial no Brasil e ficar por dentro de toda a qualidade da produção nacional!

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Mercado

Edgard Bressani deixa a diretoria da Capricornio Coffees

Executivo agora se dedica a um novo projeto, ainda em desenvolvimento, que contará com a sua assinatura

O Q-Grader e cafeólogo Edgard Bressani, sócio-proprietário da Capricornio Coffees, anuncia que está deixando a diretoria da empresa. Agora, o executivo irá se dedicar a um novo projeto – ainda em desenvolvimento – com a sua assinatura.

Edgard possui mais de 20 anos de carreira no setor dos cafés especiais e passou por empresas como O’Coffee, do Grupo Quércia, onde foi diretor executivo por cinco anos; e recentemente a Capricornio Coffees, da qual foi diretor e sócio-proprietário também por cinco anos – e onde segue até concluir a venda de sua participação.

Atuação no mercado cafeeiro

Iniciou sua trajetória no setor a convite de José Francisco Pereira, superintendente da Agropecuária Monte Alegre. Posteriormente, atuou como consultor na P&A Marketing Internacional.

Edgard coordenou o Programa Cafés do Brasil, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Também participou ativamente do Conselho de Relações Internacionais da Specialty Coffee Association of America (SCAA) e foi convidado para ser o coordenador do Brazilian Chapter da Speciality Coffee Association of Europe (SCAE).

Em 2008, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Café e Barista (ACBB). Em 2011, foi eleito vice-presidente da Associação Brasileira das Origens Produtoras de Café e, em 2012, assumiu a presidência. Desde 2016 é conselheiro da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC) e foi conselheiro por quatro anos da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Coordenou o Campeonato Brasileiro de Barista durante três anos e é o primeiro juiz brasileiro certificado internacionalmente pelo World Barista Championship. É autor do livro “Guia do Barista – Da Origem do Café ao Espresso Perfeito”, que já está em sua 5ª edição.

TEXTO Redação • FOTO Divulgação

Cafezal

Inscreva-se para o Coffee of The Year Brasil 2021 até 1º de outubro!

Já separou a sua melhor amostra? Até 1º de outubro estão abertas as inscrições para o Coffee of The Year 2021, concurso que tem como objetivo reunir os melhores cafés do Brasil e eleger os grandes destaques do ano!

Assim como no ano passado, os produtores interessados em participar podem se inscrever em quatro categorias: arábica, canéfora, fermentação induzida arábica e fermentação induzida canéfora, sendo as duas últimas menções honrosas.

Neste ano, com a Semana Internacional do Café acontecendo de maneira híbrida entre os dias 10 e 12 de novembro – na plataforma on-line e no presencial em Belo Horizonte (MG) – os visitantes da feira poderão degustar e votar em sua amostra favorita entre as finalistas, que serão 10 arábicas, 10 canéforas, 3 fermentação arábica e 3 fermentação canéfora. Além disso, o anúncio dos campeões do concurso também ocorrerá presencialmente no último dia de SIC.

“Em 2021 temos um novo desafio que é retomar a etapa do público provando os cafés no Expominas, em Belo Horizonte. Acreditamos que essa troca entre os visitantes da SIC e também essa referência de sabores da safra é extremamente importante como aprendizado para os produtores”, comenta Mariana Proença, diretora de conteúdo da Café Editora, uma das realizadoras do evento.

Os cafés inscritos

Serão aceitos cafés que no pós-colheita são levados aos processos:

– via seca (fruto seco com todas as suas partes constituintes, resultando nos cafés em coco/café natural);
– via úmida (cafés secos após a retirada da casca do fruto, podendo ainda, haver ou não, a retirada da mucilagem por fermentação natural ou com uso de desmuciladores mecânicos);
 fermentações induzidas ou controladas, onde leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Café Editora

Café & Preparos

Projeto envolve rota de cafés em Belo Horizonte (MG)

Com o intuito de apresentar as cafeterias de Belo Horizonte (MG) aos moradores e turistas, a Primotur lançou, na última sexta-feira (10), a Rota Turística Cafeeira de Belo Horizonte – do grão à xícara, com o apoio da Belotur e da Prefeitura de Belo Horizonte.

O evento ocorreu de forma on-line e pode ser conferido aqui. Contou com a apresentação de Daniel Coli, do Achega/Oficina do Espresso e com profissionais do setor cafeeiro que explicaram sobre métodos de preparo, torra e como são preparados os cafés e comidinhas de acompanhamento nas cafeterias participantes!

“Recebemos uma família do Recife que veio conhecer Minas Gerais e nesse dia eles iriam para Ouro Preto e Mariana. Eles nos questionaram onde poderiam tomar um café especial, já que Minas é o maior produtor do país, e também queriam comer um bom pão de queijo”, conta a gerente comercial da Primotur, Flávia Braga.

Flávia relata que após esse momento entrou em contato com o barista e Q-Grader, Osnei Cesarino, para que a ajudasse a montar um roteiro que apresentasse, aos interessados, as cafeterias de Belo Horizonte que trabalham com café especial, e na sequência o projeto foi contemplado no edital da Belotur, realizando, assim, o evento on-line.

O projeto ainda está em fase de roteirização e precificação. As pessoas podem reservar e comprar o passeio diretamente na plataforma da Primotur Receptivo. A saída será com mínimo de duas pessoas, entre o período das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Inicialmente as cafeterias envolvidas são: Mierim Empório e Café; Yes, nós temos café; Elisa Café e Torrefação; Café da Rua (dentro da Livraria da Rua); Intuição Bolo & Café e estão abertos a outras cafeterias.

“Atualmente já estamos operando um passeio, que mescla o Circuito Liberdade (em que ocorre um tour externo pelos atrativos no entorno da Praça da Liberdade), Walking Tour Rua da Bahia, com finalização na Praça da Estação – no Café 104 BH, ali a pessoa terá uma aula sobre o processo de torra e cuidados do cultivo a xícara com Osnei Cesarino e acompanhado com um bom café especial (Annez Coffee) e um pão de queijo com doce de leite”, destaca Flávia.

Mais detalhes do roteiro, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Jesse Ribeiro/Primotur

Personagens

Camila Arcanjo: “As pessoas precisam saber quão diferente e especial são esses cafés”

Não gostava de café, mas trabalhava em um laboratório de análise sensorial, no ITAL, e recebíamos produtos variados, desde chocolates a molho de tomate, além de produtos de cuidado pessoal para serem analisados sensorialmente, com técnicas diversas, seja por especialistas, assessores treinados ou consumidores, e o café era um deles.

Minha professora Emilia Mori (sim, trabalhei no mesmo local em que me formei como técnica em alimentos), estava precisando que mais avaliadores de café fossem treinados. A partir daí, um elo muito especial foi se formando.

Alguns anos depois, sediamos um dos principais concursos de qualidade de café, o Cup of Excellence, e, por sorte, teve um workshop ministrado pelo George Howell e o grande professor Silvio Leite, com cafés de várias partes do mundo. Foi aí, provando algumas dessas amostras, que o elo se formou por completo. Pensei: “As pessoas precisam saber quão diferente e especial são esses cafés”. Levei várias amostras que sobraram para casa e chamei muitos amigos e a minha família para tomá-las. 

A partir daí, minha dedicação foi praticamente com pesquisas na área de análise sensorial. Graduei em Química e meu mestrado é em Análise Sensorial, ambas na Unicamp. Passei por várias áreas dentro da cafeicultura. Hoje coordeno o laboratório de avaliação de cafés e produtos com café e o Campus Training SCA do Sindicafesp. Ainda divido meu tempo como pesquisadora no Instituto de Física da USP (Embrapii). 

Temos um período curto de aprendizado, nunca saberemos muitas coisas de um único assunto, mas o importante é começar e jamais estancar o aprendizado. 

Camila Arcanjo, pesquisa e avaliação de cafés no Sindicafé – Campinas (SP) @camila_archanjo 

Personagens

KJ Yeung: “Aprendi a respeitar a diversidade da cadeia de valor do café brasileiro”

Sempre fui um curioso sensorial. Isso me levou a procurar o curso profissionalizante de cozinheiro por indicação de uma amiga, em 2012. Durante o curso, tive meu primeiro contato com o “café profissional”. Ao descobrir que a instituição na qual estava estudando oferecia o Curso de Formação de Barista, não hesitei, e fiz uma campanha na minha turma, conseguindo convencer mais 5 colegas a fecharem uma turma comigo. O curso em si, mesmo longo, ofereceu um conhecimento básico, longe da “nova onda” que me acertaria em cheio meses depois.

Ainda durante o curso, fui convidado no Facebook, em Janeiro, a participar de um evento, a Semana Internacional do Café (SIC), que falaria só sobre café em setembro. Achei muito longe e só confirmei presença para ter registrado no meu calendário, pois tinha certeza que iria esquecer. E foi o que aconteceu.

Uma semana antes do evento, o Facebook teve que me informar sobre um “upcoming event”. Eu não sabia na época, mas o fatídico 13 de setembro de 2013 foi o dia que tudo mudou na minha vida. Ao atravessar os portais do Expominas para a SIC, eu mergulhei em um desconhecido e apaixonante mundo sem passagem de retorno. Nos próximos 3 dias, tive uma overdose de cafeína – no sentido literal e figurado. E desde então, o café ainda continua a causar falta de ar e palpitações no coração – no sentido literal e figurado.

De lá para cá, “provei” muitos cafés. Provei até virar Q-Arabica Grader. Estudei até virar Técnico em Cafeicultura, queimei as mãos e cafés até virar um mestre de torras. Mas a minha atividade favorita ainda é a contemplação da jornada do grão, com um mug de um café natural na mão, e, quando possível, com uma câmera na outra, para dividir com os outros um pouco do meu fascínio.

Larguei tudo por paixão, e acabou transformando-se em amor (ufa!). Nesta caminhada, conheci pessoas maravilhosas, e outras nem tanto. Mas todos vieram no seu tempo certo, com o propósito de me ensinar algo. Tive muita sorte na minha caminhada, pois não apenas conheci, como me tornei amigo de muitas pessoas que são consideradas “famosas” no meio, cada uma, autoridade em seu campo de atuação. E, com isso, aprendi com os melhores – na produção, na torra, na prova, no preparo. Mas o mais importante, aprendi que aprender é um exercício diário, e no café (assim como na vida), todo dia há algo novo para sorver.

Aprendi não apenas a provar cafés como um profissional, mas também aprendi a respeitar a extensão e a diversidade da cadeia de valor do café brasileiro. Temos produtores de todos os tamanhos e de todas as qualidades. Temos produtos para todos os gostos. Temos filtros de todos os tipos. Temos vários países produtores dentro de um só, cada um com a sua característica, cada um com um sabor e aroma, com um terroir. E tudo bem gostar de todos eles. Pois todos temos um amor em comum.

Kwong Jork Yeung, avaliação sensorial e projetos visuais – São Paulo (SP) @_kj.yeung

FOTO Cafeinação