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Amigos e café: curitibanos se unem em projeto de microtorrefação

Jovens, amigos, apaixonados pelo café, por campeonatos, drinques com café e torra. Da união de tudo isso surgiu a Royalty Quality Coffee, uma microtorrefação em Curitiba (PR).

A iniciativa da empresa aconteceu em 2019 em uma conversa entre os atuais sócios Daniel Acosta Busch, José Luiz Dominico, Daniel Munari e Luis Fernando Machado, que sempre tiveram a intenção de ter uma empresa própria e empreender. “Foi uma evolução profissional de todos, a ideia é trazer algo novo e a nossa visão do café especial”, explica Munari.

Os quatro definem quais cafés querem em relação ao sensorial, assim Daniel Busch é quem vai em busca dos grãos. Os cafés são separados em quatro categorias diferentes: de 84 a 86 pontos são os básicos; 86 a 88 intermediários; 88 a 90 superiores, a linha ouro; e os acima de 90 se encaixam na linha diamante. “Pensamos em buscar grãos com notas sensoriais diferenciadas para sempre diversificarmos. Outra análise que fazemos é se determinado café poderia ser usado em campeonatos, algo que faz parte da nossa história e não poderíamos deixar de vincular de alguma forma”, conta Munari.

Os baristas e sócios José Luiz Dominico, Daniel Acosta Busch e Daniel Munari com seus troféus obtidos em competições de barismo

Ficou confuso sobre essas pontuações?

De acordo com a metodologia de avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA), o café especial é aquele que atinge pontuação acima de 80, em uma escala de pontos até 100. Essa pontuação ocorre após a prova dos grãos e análise dos especialistas, de acordo com uma planilha, que consta itens como: aroma, sabor, finalização, acidez, corpo, equilíbrio, doçura, ausência de defeitos e uniformidade.

Divulgação

Recentemente a marca participou de uma compra coletiva encabeçada por Maycon Alves, do Diário de um Coffee Lover, que ao reconhecer o trabalho dos meninos se interessou e, assim, 97 pessoas puderam comprar os cafés da Royalty. “Entramos em contato com transportadoras para fazer o melhor envio possível. Uma compra, por exemplo, de Fortaleza, chegou em 3 dias, o que pelo correio demoraria em torno de 20. Foi uma ótima ação, muita gente conhecendo nosso trabalho e nos ajudou com pagamentos importantes da empresa. A iniciativa deles foi fundamental”, relata Munari.

Maycon conta que a página Diário de um Coffee Lover surgiu com o intuito de postar diariamente receitas, dicas de preparo, visita a cafeterias e há dois anos optaram por criar um grupo no WhatsApp para conversar sobre o tema e ensinar, cada vez mais, o coffee lover sobre o café especial. “O grupo cresceu super rápido. Como falávamos muito sobre receitas para preparos e o resultado do café na xícara, pensamos que seria interessante o grupo provar o mesmo café. Assim veio a ideia da compra coletiva, em que uma vez por mês todos do grupo compram o mesmo café e podem conhecer, provar e debater sobre o grão”, explica Maycon.

Ele ressalta que a ideia é ajudar os pequenos produtores e torrefadores. Nestes dois anos, já passaram de uma tonelada e meia de café nas compras coletivas.  “A gente garimpa, vai atrás do fornecedor. Já tenho uma lista fechada das compras agendadas até maio do ano que vem. O grupo ajuda também na divulgação dessas marcas com posts no Instagram”, comenta.

Em relação a pandemia de Covid-19, Munari explica que alguns planos foram afetados, como o de abrir um espaço que englobe, além da torra, servir o café, aulas, uma parte para o café e o bar, já que todos amam coquetelaria. “Que bom que não abrimos no começo do ano, porque vimos muitos fecharem durante a pandemia. Atualmente a nossa pequena torrefação está em um lugar que eu morava antigamente, o que para mim tem um valor familiar enorme. O momento é para difundir ao máximo o nosso trabalho e quando as coisas se normalizarem, podermos ter este espaço para o público”, finaliza Munari.

Para saber mais sobre a marca e adquirir os cafés acesse o site ou o Instagram.

TEXTO Natália Camoleze • FOTO Divulgação

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