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Oceania e Ásia despontam como mercados importadores de café brasileiro
Entre 2012 e 2016, os dois continentes aumentaram, juntos, em 4,4% o volume de consumo de café: média mundial de crescimento é de 1,6%
Os importadores de café brasileiro estão bastante atentos aos mercados da Ásia e da Oceania: ambos os continentes apresentaram um crescimento de consumo de 4,4% entre 2012 e 2016. O continente asiático comprou 5,5 milhões de sacas de 60 kg em 2017, e os países da Oceania importaram 372 mil sacas de café brasileiro no mesmo período.
Outro continente interessante é a África, que aumentou em 6% a importação em relação a 2016. Os dados são do relatório mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgado em coletiva de imprensa na manhã desta terça.
Dos 10 principais destinos do café do Brasil, apenas dois exportaram mais sacas em 2017 do que em 2016: Rússia e Turquia. O primeiro teve uma variação de 1,27%, enquanto os turcos compraram 7,53% mais sacas neste ano. O principal porto russo, de São Petersburgo, ficou entre os 10 maiores receptores da mercadoria brasileira, tendo exportado 619.361 sacas. No Brasil, são 20 portos escoando a produção cafeeira. O principal, com 84,9% da participação total, segue sendo o de Santos, histórico nessa função.
O Brasil lucra muito mais com exportação do produto do que com o consumo interno. Em 2017, o café rendeu R$ 26,6 bilhões, sendo R$ 16,64 bilhões advindos de exportações. Atualmente, o país exporta o grão para 127 países. “O café brasileiro é confiável, tem qualidade e assiduidade. É extremamente sustentável, não só pelo bom senso dos produtores, mas também por força de lei”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Outro dado importante destacado na coletiva foi o crescimento do consumo mundial de café. A previsão é de que, em 2017, foram consumidas 158 milhões de sacas. O relatório do Cecafé aponta a projeção para 2030 em três cenários de crescimento em que o mundo consumiria entre 192 e 220 milhões de sacas. Para isso precisaria haver, em 13 anos, um aumento na produção mundial de mais de 60 milhões de sacas, equivalente a toda a produção anual brasileira, por exemplo.
Hoje o mundo já consome mais do que se produz em uma safra e, para suprir esta demanda, são usados os estoques dos anos anteriores. O Brasil deve chegar em 2018 ao menor estoque da sua história, com menos de 8 milhões de sacas.
Você pode ver o estudo na íntegra aqui.
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