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Campeão brasileio de Aeropress conta como foi sua participação no Mundial
Assim como o nacional, o campeonato mundial de Aeropress foi diferente, por conta da pandemia de covid-19 e ocorreu de forma virtual, entre os dias 04 e 05 de março. Foram 48 competidores, espalhados pelo mundo, que enviaram suas receitas para a equipe de baristas, que as executaram no Bureaux Coffee, em Melbourne, na Austrália.
O primeiro lugar ficou com Tuomas Merikanto (Instagram @drinkswiththomas), da Finlândia.
O segundo lugar foi para Maru Malle (Instagram @marumalle), da Holanda.
Terceiro lugar ficou com Brandon Smith (Instagram @smithb_), da África do Sul.
Entramos em contato com Matheus Filagrana (Instagram @matheusfilagrana), o atual campeão brasileiro, que comentou sobre o processo para o mundial. Relembre como foi a participação, que o consagrou vencedor, durante etapa que ocorreu em Santo Antônio do Amparo (MG), aqui.
“No processo de treinamento do mundial obtive bastante apoio da Blum’s Kaffee (cafeteria na qual trabalha) e do Eystein Veflingstad, da Terceira Onda (organizador do campeonato no Brasil), fizemos vários testes para melhorar a receita usada no Nacional. Eystein me auxiliou de forma remota através de vídeos com as receitas e as compartilhava on-line, e então eu reproduzia na cafeteria, aqui pude trocar com a equipe da Blum’s sobre o sensorial da bebida”, explica Matheus.
O competidor explica que os testes foram bem intensos, pois seu café chegou quatro dias antes da entrega da receita final. A receita foi enviada por e-mail, houve um sorteio para as chaves de competição e os baristas: Dylan Johnson (Kickaboom & Frankly My Dear Coffee), Fran Lee (Veneziano & Bredda Coffee) e Kurtis Tupangaia (Menudo Coffee House), prepararam os cafés, seguindo o passo a passo de cada competidor. Os jurados: Julie Kerr (Café Imports), Danni Choy (Oatly) e Ben Presland (Sunny Coffee), provaram as cegas e votaram na xícara preferida. As eliminatórias foram divulgadas através do Instagram (Instagram @aero.press).
“Não tivemos contato com o barista que iria preparar a nossa bebida, como ocorreu na primeira fase no Brasil. Infelizmente por conta da pandemia, faltou o calor humano do público e da torcida, mas o processo de aprendizagem para o mundial foi gigante, tivemos que lapidar muito a receita, com vários detalhes, desde mudar apenas 1°C da temperatura da água e comparar as bebidas, a mudar a mineralização da água, ou apenas alguns segundos de infusão, e cada mudança (isolada) na receita, dava uma grande diferença na bebida final. Isso também nos trouxe muita sensibilidade para provar os cafés, já que muitas vezes a mudança era tão mínima na receita e um detalhe mudava tudo. Foi enriquecedor”, completa Matheus.
A semifinal e final podem ser acompanhadas no canal do Youtube do evento!
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