Café & Preparos

Latte art com leite vegetal, dá certo?

Enquanto os leites vegetais, feitos de soja ou castanha, crescem como alternativas saudáveis para receitas e também para as pessoas com intolerância à lactose, ou que não consomem produtos de origem animal, o latte art, técnicas de desenho que usam o café espresso como base, avança nas cafeterias e no gosto do público. Mas é possível unir as duas coisas considerando questões visuais, de textura, sabor e aroma?

Danilo de Assis Pinheiro, barista e mestre de torra, afirma que sim. A convite da 3corações, ele apresentou um workshop sobre leites vegetais, latte art e receitas na Cafeteria Modelo, espaço montado dentro da Semana Internacional do Café, evento que acontece de 10 a 12 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), e na plataforma digital.

De acordo com o profissional, é possível trabalhar o latte art com leites vegetais de forma muito semelhante ao que é feito com leites de origem animal. Nos dois casos, entretanto, a técnica marca o sucesso dos resultados. Para isso, ele passou dicas importantes para quem pretende ingressar na área.

O primeiro ponto é entender como utilizar os equipamentos de forma adequada. Existe uma jarra de leite com formato específico para latte art chamada Pitcher. O utensílio é uma ferramenta que impede que o líquido saia com os movimentos de rotação. Outra questão é que a temperatura do leite deve ser refrigerada e não congelada. Isso porque quanto mais fria a bebida, melhor pode ser trabalhada.

Cappuccino e Mocha

O workshop também trouxe informações interessantes sobre uma das bebidas mais conhecidas nas cafeterias: o cappuccino. O especialista explicou que a receita original italiana não leva chocolate, só café, leite e a crema (espuma). Outro esclarecimento foi sobre o tamanho da xícara. Não existe cappuccino pequeno, pois é preciso que os ingredientes tenham proporções iguais (um terço para cada), o que não é possível fazer em recipientes menores. Por fim, a bebida precisa sempre atingir a borda da xícara.

“Por um bom tempo as pessoas ficaram em casa e não puderam visitar suas cafeterias preferidas e isso levou a um maior interesse em aprender sobre café e preparar receitas diferentes. A latte art tem crescido bastante e hoje vejo que existe uma preocupação que vai além do lado artístico, mas com a qualidade das bebidas que são utilizadas, o que é muito positivo. A SIC é um excelente espaço para um contato direto com os interessados neste mercado”, explica o barista e mestre de torra.

TEXTO Redação • FOTO Tim Umphreys

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