Pesquisa revela que a pandemia alterou a forma como o brasileiro consome café
Este ano, o Instituto Axxus realizou uma pesquisa intitulada “Hábitos e preferências dos consumidores de café no Brasil, em 2021, comparados com 2019”. O estudo contou com a participação de 4.200 pessoas, sendo 52% dos entrevistados da Região Sudeste, 18% da Região Sul, 13% da Região Nordeste, 10% da Região Centro-Oeste e 7% da Região Norte. Do total, 4.074 afirmaram gostar de café.
Aumento no consumo de café
O consumo diário registrou crescimento em relação ao último ano da pesquisa: 30% dos entrevistados afirmaram tomar mais de 6 xícaras de café por dia (29% em 2019), 45% disseram tomar entre 3 e 5 xícaras por dia (44% em 2019), 10% tomam até 2 xícaras por dia (8% em 2019) e 12% bebem até 1 xícara diária (11% em 2019).
Do total de entrevistados que tomam café (4.074), quando questionados em relação ao horário de consumo, 98% afirmaram tomar a bebida ao acordar, 89% durante a manhã, 79% durante o almoço, 64% durante a tarde e 38% à noite. Em relação a 2019, houve um aumento no consumo em todos os horários.
De acordo com a pesquisa, na pandemia o café deixou de ser uma oportunidade de interação com as pessoas e passou a ser uma pausa na rotina. 57% dos entrevistados que gostam de café afirmaram que a bebida melhora o humor e a disposição, 39% que o hábito é um ritual de prazer e bem estar, 37% disseram ser um momento de pausa e reflexão, 3% degustam e saboreiam a bebida, e 3% relatam ser uma oportunidade de interação com pessoas.
Mudança no local de consumo
Outro dado importante é em relação ao local de consumo, que, quando comparado com 2019, deixou de ser no trabalho e passou a ser em casa: a maioria toma café no lar, seguido de na casa de parentes e amigos, no trabalho e, por último, nas cafeterias, bares e restaurantes. Mesmo com a mudança na rotina, 49% relataram ter aumentado o consumo de café em 2021, enquanto que 46% mantiveram e 5% reduziram.
Com o hábito de tomar café migrando para dentro de casa, mudou-se também a forma de preparar a bebida. Isso também foi sentido no estudo: 59% fazem o café no coador de pano, 42% na cafeteira elétrica com coador de papel, 35% no coador de papel, 13% na cafeteira italiana ou moka, 11% na máquina de sachê ou cápsula, 9% na espresso de máquina, 6% na prensa francesa, 6% faz café solúvel e 1% responderam que utilizam outros métodos.
Sobre a ida as cafeterias, em 2019, 48% dos entrevistados haviam dito que frequentavam cafeterias com frequência, enquanto que 52% disseram que não frequentavam. Já em 2021, por conta da pandemia, o cenário é outro: 9% disseram que frequentam com frequência e 91% relataram que não estão frequentando (desses, 28% disseram que não frequentarão as cafeterias com a mesma frequência de antes da pandemia).
Critérios de escolha na hora da compra
A pesquisa relatou que em 2021, os consumidores foram mais sensíveis quanto aos preços, promoções e ofertas. Na hora de escolher o café, 39% escolhem a marca de menor valor dentre as que preferem; 21% compram a marca mais barata; 15% priorizam qualquer uma dentre as marcas que preferem; 12% compram a marca favorita independente do preço; 11% escolhem o que está na promoção; 1% não têm critério de escolha; e 1% não souberam responder.
Os selos de qualidade presentes nas embalagens também foram instrumentos do estudo: 81% dos entrevistados disseram que acreditam que o produto com selo é melhor, enquanto que 5% acreditam que não há diferença, 8% desconhecem ou nunca repararam nos selos e 6% não souberam responder. 94% das pessoas relataram que diante de um produto com selo e outro sem selo, com preços iguais, preferem levar o com selo.
Visitas a fazendas de café
O turismo rural é um assunto que vem crescendo no setor, com grandes chances de virar uma tendência no pós-pandemia. Do total de entrevistados (4.200), 91% afirmaram que gostariam de visitar, conhecer, degustar e se hospedar em uma fazenda produtora. O número apresentou crescimento de 4% quando comparado com 2019 (87%).
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