Personagens

Raquel Stapait: “Comecei a conhecer outras etapas da cadeia do café e me encantei pelo processo”

Minha avó trabalhava em uma fazenda. Minas Gerais, pobreza rolando solta, muitos irmãos. Minha bisavó a enviou para uma fazenda com 6 anos de idade para trabalhar para eles. Quando viva, ela descrevia as plantações de milho e café, porém, como toda pessoa preta, atuava em posição de servir os patrões, nunca de tomar um café tranquilamente apreciando cada momento.

Antes de ter uma cafeteria, eu era analista de sistemas e dava suporte ao sistema de Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que financia safras. Comecei a conhecer outras etapas da cadeia do café e me encantei pelo processo.

Decidi que eu, como mulher preta, me destacaria empreendendo, fazendo com que essa história de que preto só trabalha para os outros caísse por terra. Dessa forma nasceu uma empreendedora preta, gerando representatividade e fazendo a diferença com uma cafeteria temática de cafés especiais no centro de São Paulo (SP), a Café de Marte.

Raquel Stapait, empreendedora na Café de Marte – São Paulo (SP) @cafe_de_marte

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