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Preços internacionais do café atingem a maior média desde 2017
Em fevereiro de 2021, o indicador composto da Organização Internacional do Café (OIC) continuou sua tendência de alta, aumentando 3,1% para uma média de 119,35 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, à medida que os preços de todos os indicadores dos grupos subiam. Esta é a maior média mensal desde outubro de 2017, quando o indicador composto da OIC alcançou 120,01 centavos de dólar dos EUA por libra-peso.
O indicador composto diário permaneceu estável na primeira metade do mês, atingindo um mínimo de 115,07 centavos de dólar dos EUA por libra-peso em 15 de fevereiro. No entanto, na última semana do mês, os preços subiram acentuadamente e atingiram uma alta de 128,34 centavos de dólar por libra-peso no dia 25 de fevereiro.
A OIC disse que os preços em fevereiro foram sustentados pelo aperto na oferta, bem como pelas expectativas de um déficit na próxima temporada devido às altas temperaturas e às baixas chuvas no Brasil. As commodities, em geral, têm se recuperado à medida que os mercados continuam levando em consideração o otimismo relacionado às vacinas e a recente escassez de contêineres.
No ano cafeeiro de 2020/21, estima-se que a produção global aumentará 1,9%, para 171,9 milhões de sacas, com a produção do café arábica crescendo 5,2%, para 101,88 milhões de sacas. O consumo mundial do grão deve aumentar 1,3%, para 166,63 milhões de sacas em 2020/21, à medida que as ações de distanciamento social permanecem em vigor, limitando o consumo fora de casa, e a economia global se recupera lentamente.
O ano cafeeiro de 2020/21 deve terminar com um superávit de 5,27 milhões de sacas, conforme o crescimento da oferta supera a demanda.
As exportações globais em janeiro de 2021 totalizaram 10,21 milhões de sacas, queda em comparação com as 10,59 milhões de sacas em janeiro de 2020, e os embarques nos primeiros quatro meses do ano cafeeiro de 2020/21 tiveram aumento de 3,7%, para 41,88 milhões de sacas.
As exportações da maior região produtora de café do mundo, a América do Sul, aumentaram 15,5%, para 23,26 milhões de sacas, enquanto que os embarques do Brasil aumentaram 24,3%, para 16,77 milhões de sacas. No entanto, as exportações das outras três regiões diminuíram de outubro de 2020 a janeiro de 2021.
Os embarques da Ásia e da Oceania diminuíram 3,9%, para 12,19 milhões de sacas. Já as exportações da África diminuíram 13%, para 3,81 milhões de sacas, à medida que os embarques de três dos cinco maiores produtores da região diminuíram.
Os embarques da América Central e do México caíram 17,5, para 2,62 milhões de sacas, porque partes da região foram severamente afetadas pelos furacões Iota e Eta.
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