O relatório Project Café USA 2021 aponta que cafeterias dos Estados Unidos diminuíram as vendas em US$ 11,5 bilhões nos últimos 12 meses, com o número total de pontos de venda caindo 0,6%, para 37.189. O relatório estima o mercado em US$ 26 bilhões, uma queda de 24% em 2019.

Apesar da severa turbulência do setor, o relatório afirma que os EUA continuam sendo uma fonte de inovação para a indústria global do café, com as operadoras se adaptando rapidamente às pressões comerciais por conta da pandemia de Covid-19, com drive-thru, integração digital e novos formatos comerciais.

Cafés dos EUA veem transformações em 2020

Embora o relatório afirme que as principais operadoras que pagam aluguel em cidades importantes e centros de transporte sofreram uma alta queda no comércio em 2020, algumas localidades suburbanas e rurais experimentaram aumentos significativos nas vendas durante a pandemia, pois os clientes ficaram em casa e compraram localmente.

Refletindo os enormes desafios que todas as empresas de café dos EUA enfrentam, apenas 38% dos líderes da indústria pesquisados ​​pelo relatório acreditam que o comércio atual é positivo – abaixo dos 65% em 2019. Essas operadoras que relataram perdas por conta da pandemia estimam o custo em aproximadamente US$ 32.500 por loja, por mês. No entanto, 81% dos líderes da indústria pesquisados ​​acreditam que ainda há muito potencial de crescimento para cafeterias de marca nos Estados Unidos.

Comércio drive-thru ganha ritmo

O drive-thru se tornou uma estratégia cada vez mais atraente para mitigar o impacto da Covid-19. A proporção de consumidores americanos pesquisados ​​que preferem o drive-thru ao invés de entrarem em uma cafeteria aumentou de 48% em 2019, para 63% em 2020. Com 6391 unidades, a Dunkin’ é de longe a maior operadora de drive-thru nos EUA, à frente das 3.900 unidades da Starbucks e da Panera Bread 840.

Covid-19 acelera a integração digital em cafés dos EUA

O fechamento de lojas obrigou muitas das principais cadeias de café dos Estados Unidos, incluindo Starbucks, Dunkin’ e Peet’s Coffee, Bluestone Lane e Intelligentsia, a acelerar drasticamente a implantação de ferramentas digitais, incluindo pedidos móveis, plataformas de coleta, entrega e comércio eletrônico para o café no varejo.

Indicando o potencial comercial de entrega durante a pandemia, 45% dos consumidores dos EUA pesquisados ​​pelo relatório indicam que pediriam bebidas regularmente para entrega. Entrega mais rápida, taxas mais baixas e embalagem que não derrube o produto são as três principais áreas citadas pelos consumidores para melhorias.

Grãos de origem

Embora a pandemia tenha forçado as operadoras a pausarem temporariamente algumas iniciativas de sustentabilidade, como o uso de xícaras reutilizáveis ​​nas lojas, os consumidores americanos continuam abraçando o café de origem ética. 57% dos entrevistados indicam que é importante para eles comprar bebidas de origem sempre que possível, contra 48% em 2019.

Operadores otimistas para rápida recuperação pós-pandemia

Com a perspectiva da vacina, o relatório prevê que o segmento de cafeterias de marca retornará aos níveis de vendas anteriores à pandemia em 2023 – 65% dos líderes da indústria dos EUA entrevistados acreditam que as condições do comércio de cafeterias vão melhorar nos próximos 12 meses.

O relatório prevê que o segmento de cafeterias de marca dos EUA excederá 40.900 pontos de venda até o final de 2025, exibindo um crescimento de cinco anos de 2% da taxa de crescimento anual composta (CAGR). O mercado total está projetado para se recuperar em vendas de US$ 40 bilhões no próximo ano e ultrapassar US$ 50 bilhões em 2025, a 7% CAGR.