Mercado •
Pesquisa aponta que estadunidenses devem consumir cada vez mais cafés em casa
A agência de inteligência de mercado Mintel realizou uma pesquisa e chegou à conclusão que o mercado doméstico de café dos Estados Unidos deve crescer 4,9% neste ano, chegando a US$ 15,6 bilhões, em comparação com um crescimento total de 3,9% registrado entre 2015 e 2019. A pesquisa também mostra que até dois em cada cinco (39%) americanos estão dispostos a pagar mais para ter um café especial em casa, focando claramente na qualidade da bebida.
Segundo a Mintel, os cafés mais vendidos são de marcas como Starbucks, Caribou e Peet’s. Desta forma, os estadunidenses tentam ter cafés que estavam acostumados a consumir nas cafeterias, só que agora em casa. “Com as pessoas trabalhando em casa e incapazes de visitar seus cafés favoritos por causa da pandemia, elas têm aprimorado suas habilidades de barista para conseguir sua bebida no lar. Elas também estão comprando café com as marcas das cafeterias para recriar aquela experiência autêntica dos lugares”, afirmou Caleb Bryant, diretor associado de alimentos e bebidas da Mintel.
“Apesar do fato de que muitas pessoas estão enfrentando incertezas econômicas, os cafés premium e de marcas de food service têm a oportunidade de se comercializar como artigos de luxo acessíveis. Pode ser necessário apertar, pagar um pouco mais caro, mas um café caseiro premium ainda é mais barato do que as bebidas em uma cafeteria”, finaliza Caleb.
Gen Z – A geração do café pronto para beber
Na liderança dessa mania doméstica está a Geração Z – que a Mintel define como nascida entre 1995 e 2007 – com 46% em busca das bebidas com café prontas para consumo. Apenas 45% dos consumidores da Geração Z bebem café moído, em comparação com 63% dos Millennials – nascidos entre 1977 e 1994.
Para a Mintel, a Geração Z ainda não adotou o café coado regular, nem desenvolveu suas marcas de café preferidas. Apenas 33% afirmam que costumam manter a mesma marca de café, em comparação com 44% da Geração X e 50% dos Baby Boomers.
Ele afirma que as marcas de café têm a oportunidade de construir uma lealdade duradoura entre os consumidores da Geração Z e podem usar variedades de café aromatizado para atrair os consumidores jovens, já que 42% deles estão interessados em sabores únicos de café.
“Os Gen Zs, em particular, devem adotar a tendência de desfrutar de cafés especiais em casa. Antes da Covid-19, muitos consumidores da Geração Z compravam seus cafés, se deliciando com as bebidas frias de sua rede preferida. Mas, com esses consumidores mais jovens experimentando o aumento mais acentuado no desemprego, e já com rendimentos mais baixos, eles são os mais sensíveis aos preços das bebidas de café. Provavelmente, veremos a Geração Z reduzir suas compras em cafeterias, possivelmente drasticamente dependendo da gravidade da recessão, dando às marcas de café de varejo uma oportunidade de ouro de se conectar com a próxima geração de amantes do café”, completa Caleb.
O diretor acredita que os consumidores estão descobrindo que é mais seguro e mais econômico ter seu próprio café em casa, e essa tendência provavelmente continuará mesmo quando o vírus estiver sob controle relativo. “Essa mudança abre uma oportunidade real para produtos, máquinas e dispositivos que ajudarão as pessoas a criar suas bebidas favoritas de cafeteria em casa”, finaliza ele.
Deixe seu comentário