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Confirmado na SIC: Brasil torna-se o maior consumidor de café mundial!

Foto: Felipe Gombossy

Na última semana, de 20 a 22 de novembro, Belo Horizonte, recebeu um dos eventos mais importantes do mercado mundial, a Semana Internacional do Café. A feira contou com palestras, workshops, bate-papos e campeonatos, além dos diversos estandes com maquinários voltados para a lavoura, métodos de preparo, grãos de diferentes regiões e novidades do setor.

Um dos painéis apresentados no DNA CAFÉ, no Grande Auditório do Expominas, abordou o tema “Será que o Brasil já é o maior consumidor do mundo? Oportunidades para o Consumo de Qualidade”. Para responder a essa pergunta, Angelica Salado, gerente de pesquisa da Euromonitor International e uma das participantes do debate, apresentou dados sobre o consumo brasileiro nos últimos anos.

De acordo com ela, sim, o Brasil é o maior mercado mundial em volume total de café como bebida quente, sendo responsável pelo consumo total de 1,2 milhão de toneladas de café em 2019, 15% do volume total consumido no mundo. O ranking é seguido por Estados Unidos, Indonésia, Alemanha, França e Japão. Se formos adicionar as bebidas à base de café, os Estados Unidos ainda são o primeiro colocado.

Foto: Felipe Gombossy

Na ocasião, ela também apontou que a média anual de consumo de café no Brasil é de 890 xícaras por pessoa, com um gasto médio de R$ 124 por ano com café no varejo. Nos Estados Unidos o número de xícaras consumidas chega em torno da metade do Brasil. O alto consumo brasileiro também pôde ser visto em uma pesquisa que nós da Espresso realizamos este ano: 55% dos que responderam declararam tomar 4 ou mais xícaras de café por dia.

Este aumento expressivo no consumo da bebida pode ser explicado pelo salto que o brasileiro deu no consumo de café fora de casa, que vem crescendo gradativamente desde 2016 e está relacionado diretamente com o aumento de cafeterias no País. Em nossa pesquisa, por exemplo, 71% dos participantes disseram que costumam frequentar as casas de café.

Atrelado a isso vêm os novos valores dos consumidores desta geração: o consumo consciente. A sustentabilidade, por exemplo, é um fator importante, mas que não representa mais algo inédito. Segundo a apresentação de Angelica, é o mínimo que os consumidores esperam de suas marcas preferidas. Já a rastreabilidade, que traz transparência e autenticidade aos produtos, é algo em relevância atualmente, uma vez que os consumidores estão – antes mesmo de comprar – buscando por informações como origem, matéria-prima e transporte.

Foto: Alexia Santi/Agência Ophelia

Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), 85% da produção total brasileira de cafés especiais vêm de pequenos produtores, que estão localizados nas nossas 31 regiões produtoras. Cada vez mais os consumidores querem saber de onde vieram os grãos que eles estão consumindo, quais são as características presentes na bebida e se é uma produção de qualidade.

Inclusive, muitas marcas já colocam essas informações de forma clara nos pacotes de café. De acordo com a nossa pesquisa, 57% busca saber em qual região o café foi cultivado, 19% quem torrou os grãos, 33% qual é a variedade, 47% qual tipo de torra, 24% ligam para o preço e 32% a data em que foi torrado.

Essas informações mostram como o consumo de cafés especiais está crescendo não só no Brasil, como também no mundo, com as pessoas cada vez mais se importando com a história por trás da bebida final. Em nossa pesquisa, 36% afirmaram que não se importam com o valor pago pela xícara de café, mas sim com a qualidade daquilo que estão consumindo.

TEXTO Gabriela Kaneto

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