Mercado

Organização Internacional do Café realiza live para anunciar Reino Unido como novo membro

Nesta quinta-feira (28), a Organização Internacional do Café (OIC) realizará um evento virtual para dar as boas-vindas ao Reino Unido como novo membro, além de comemorar o lançamento do Relatório de Desenvolvimento do Café 2020 (CDR2020). O evento será organizado em conjunto com o Governo do Reino Unido, marcando o 49º Membro a ingressar na OIC, e contará com a presença de Victoria Prentis, Membro do Parlamento e Subsecretária de Estado Parlamentar para Agricultura, Pesca e Alimentos.

“Aqui no Reino Unido bebemos aproximadamente 95 milhões de xícaras de café por dia e a indústria do café criou uma infinidade de empregos aqui. Tenho o prazer de assinalar o ingresso oficial do Reino Unido na OIC como um Membro importante. Este evento emocionante significa que poderemos continuar a trabalhar em conjunto com outros membros, para defender o setor cafeeiro global e garantir sua sustentabilidade”, relata Victoria.

A segunda edição do relatório principal da OIC será lançada neste evento virtual e compartilhada com os Membros da Organização e com a comunidade global do leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Tim Umphreys

Cafezal

Etiópia e Quênia: Diário das origens

A mestre de torra Daniela Capuano embarcou numa jornada inusitada para conhecer a produção de cafés nestes países

Era 3 de janeiro de 2020 quando eu e o fotógrafo Jean – trabalhamos juntos na mesma torrefação – embarcarmos para a Etiópia e aterrissamos no dia 24 Tahsas 2012, quatro dias antes do Natal, no calendário etíope. Eu estava desesperada porque, um dia antes da viagem, resolvera pintar o cabelo com a minha irmã, afinal, viajaria com um fotógrafo. O detalhe principal foi que erramos a cor, e meu cabelo ficou laranja! Sem chance de fazer nada nele, coloquei todos os bonés na mala e fui.

A viagem foi rápida, seis horas de avião de Paris a Addis Ababa. Fomos recebidos pelos parceiros da importadora. Eles já estavam nos esperando no estacionamento. Na Etiópia você só pode entrar no aeroporto se tiver passaporte e um bilhete para viajar. Entramos no jipe e fomos tomar café da manhã em uma coffee shop completamente europeia, no escritório/armazém de um exportador. Dali pegamos a estrada em direção à cidade de Awassa. Nosso programa para a semana incluía também Yirgacheffe, Kochere, Gedeb, Hambela e Guji, sendo duas fazendas e quatro estações de tratamento. Um dos meus objetivos era não criar expectativas e manter um olhar curioso e observador.

Saímos de Addis e pegamos a estrada. Awassa é longe? – perguntei. Uns 280 quilômetros (perto até) mas, quantas horas até chegar? “Umas cinco ou seis, depende”. A estrada era reta, uma linha infinita no meio de um deserto, uma imensa planície que se estendia ao infinito à direita e à esquerda.

Uma vez ou outra apareciam pequenos vilarejos ao longo da estrada. Mas todo o tempo havia pessoas andando na estrada, junto com os carros, caminhões, muitas carroças sendo puxadas por burrinhos, pastores com suas cabras e vacas e, de repente, um pastor com seus vinte dromedários; crianças correndo, atravessando de um lado para o outro, as cabras também, um pai ensinando o filho a andar de bicicleta, tantas cenas acontecendo e, ao mesmo tempo, a paisagem era monótona, continuávamos no mesmo deserto.

Eu estava angustiada de ver aquilo, mas nosso motorista e o guia estavam bem tranquilos, como os paulistanos com as motos na cidade. Seis ou sete horas mais tarde chegamos a Awassa, já era quase noite. No dia seguinte sairíamos em direção a Dilla. leia mais…

TEXTO Daniela Capuano • FOTO Nis&For/Cafés Rec

Alguma coisa acontece no meu coração

Alguma coisa acontece no meu coração… Certamente você já ouviu essa homenagem à São Paulo.

A música Sampa* fala de paulistanos. De muitos que aqui nasceram, como nós da Revista Espresso, mas muitos que aqui chegaram por diferentes razões e em busca de sonhos.

O parque e o trânsito, a dor e o amor, o calor e a garoa, os prédios embrenhados entre as casas, a árvore torta que luta no concreto, a padaria que não fecha, a cafeteria para quem quer conversa.

Em meio a muitas desigualdades, centenas de origens, vivemos correndo, aguardando o farol abrir, o busão passar, a chuva parar. Ao pisar na rua temos a certeza de que estamos vivos!

Às vezes até dá tempo de tomar um pingado, se tiver apressado, pede um espresso, se tiver com fome, manda um pão na chapa. Meu, que delícia!

Ah, São Paulo, como este janeiro está sendo um difícil começo, de quem vem de outros sonhos felizes dessa mesma cidade. Que aprendemos depressa de chamar de nossa realidade. Feliz 467 anos, São Paulo!

Ahhh, já ia me esquecendo, tome café na sua cafeteria paulistana preferida e conta pra gente o que é pra você a sua Ipiranga com a São João que aquece o seu coração!

*Música de Caetano Veloso, composta em 1978.

TEXTO Mariana Proença • FOTO Giulianna Iannaco

Mercado

Nescafé espera que 100% de seu café tenha origem responsável até 2025

Foto: Conor Brown

Há dez anos, a Nestlé lançou o Nescafé Plan, que busca contribuir para a melhoria da vida dos agricultores, aumentando sua renda, reduzindo o impacto ambiental das fazendas e fábricas de café e melhorando o bem-estar das comunidades rurais em muitos países, como Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Quênia, México, Filipinas ou Vietnã. Desde seu lançamento, a Nestlé investiu 350 milhões de francos suíços no projeto.

Com base no progresso significativo da última década, a Nestlé se compromete, hoje, a aumentar os seus esforços de sustentabilidade. “Juntamente com nossos parceiros e 230 agrônomos, aperfeiçoamos a eficiência e as práticas agrícolas nas fazendas, permitindo que os produtores obtivessem um preço premium pelo café cultivado de forma sustentável. Diversificamos as fontes de renda dos cafeicultores para reduzir sua dependência das monoculturas e torná-los mais resilientes. Não vamos parar por aqui. Nossos programas evoluirão para aprimorar as condições sociais dentro e ao redor das fazendas de café. Redobraremos nossos esforços com relação a direitos trabalhistas, proteção infantil, empoderamento de jovens e mulheres”, comenta Philipp Navratil, Vice-Presidente Sênior e Head da Unidade de Negócios Estratégicos de Bebidas.

Em 2025, a Nescafé espera que 100% de seu café tenha origem responsável, podendo ser rastreado até um grupo de produtores identificados. O café é verificado ou certificado por organizações independentes.

A empresa reduzirá e removerá as emissões de carbono nos locais onde adquire café e em todas as suas operações, também pretendendo usar embalagens ecológicas. Essas leia mais…

TEXTO Redação

Receitas

Maionese caseira

Ingredientes
– 2 gemas de ovo
– 2/3 xícara (chá) de óleo de girassol
– 1/3 xícara (chá) de azeite de oliva*
– 1 colher (sopa) de vinagre de arroz*
– 1 colher (sopa) de mostarda Dijon (uma variedade de mostarda forte muito usada na culinária francesa)
– Sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo

Bata em um liquidificador as gemas, a mostarda, o vinagre ou caldo de limão, o sal e a pimenta, até obter uma mistura homogênea. Abra a tampinha central do liquidificador e, sem parar de bater, acrescente o azeite em fio. Quando a mistura começar a engrossar, vá adicionando o óleo, bem devagar. Se você colocar os dois ingredientes de forma rápida, o creme pode talhar. Maionese pronta! O ideal é consumi-la no mesmo dia. Caso a armazene, transfira-a para um pote de vidro com fechamento hermético e deixe refrigerar por 1 dia a 6 oC ou 2 dias, a 4 oC.

*A maionese tradicional é feita com óleo, mas também há a variação da mistura com azeite. Não substitua tudo pelo azeite, porém,  porque o creme fica amargo. O vinagre também pode ser o de sua preferência, ou use caldo de limão.

FOTO Carol Gherardi • RECEITA Larissa Januário

Mercado

Após completar 300 anos, cafeteria histórica pode encerrar suas atividades

Um dos principais pontos turísticos da cidade italiana de Veneza, o Café Florian, que completou 300 anos em dezembro de 2020, corre o risco de encerrar suas atividades em breve. O motivo é a pandemia de coronavírus, que acabou afetando drasticamente o movimento de turistas no local.

Localizado na Praça São Marcos, o espaço foi fundado em 1720, por Floriano Francesconi, e sua popularidade já fez com que recebesse celebridades como Charles Dickens, Marcel Proust, Andy Warhol, Friedrich Nietzsche, Charles Chaplin, Margaret Tatcher, entre outros.

Apesar de ter sobrevivido a outros momentos históricos, como as guerras mundiais e a gripe espanhola, outro fator que abalou o funcionamento da cafeteria foi a enchente de novembro de 2019, que custou mais de 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6,4 bilhões) de prejuízo para a cidade. O ano de 2020 serviria para recuperar o leia mais…

TEXTO As informações são da CNN • FOTO Divulgação

Cafezal

Produção de cafés brasileiros em 2020 foi de 63,07 milhões de sacas

A análise dos dados e números do 4° Levantamento da Safra de Café de 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e do Valor Bruto da Produção (VBP) – Dezembro 2020, elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), aponta que a produção total dos Cafés do Brasil em 2020, somando as espécies arábica e canéfora, foi de 63,07 milhões de sacas de 60 kg, superando em 2,3% a produção brasileira de 2018 e se tornando a safra com maior volume da história.

Foram 14,31 milhões de sacas, 23% do total, de canéfora (conilon), volume que representou uma queda de 4,7% se comparado com 2019. Esta baixa foi justificada pelas poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, o maior estado produtor da espécie no Brasil. Já o arábica foi responsável por 77% da safra brasileira ao produzir 48,77 milhões de sacas, com um aumento de 42,2% em relação ao ano passado, influenciado pela bienalidade positiva.

A análise da produção brasileira de café em 2020, por regiões, apresenta um grande protagonismo da região Sudeste, com uma produtividade média de 33,32 sacas por hectare e um total de 55,15 milhões de sacas produzidas, sendo responsável por 87,5% de toda produção nacional no ano.

Minas Gerais, o maior estado produtor brasileiro, foi responsável por 34,64 milhões de sacas, número que representou 55% da safra no ano. O Espírito Santo, segundo maior leia mais…

TEXTO Redação • FOTO Lucas Albin/Agência Ophelia

Cafezal

Você conhece as diferenças entre café velho e café envelhecido?

Foto: Gabriela Kaneto

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, conduz pesquisas com o objetivo de desenvolver cultivares de café com nuances de sabores e aromas, como floral, frutado, achocolatado, cítrico e especiarias, dentre outros, e elevada qualidade de bebida para atender ao exigente mercado de cafés especiais.

“A nossa proposta é disponibilizar uma carta de cafés especiais diferenciados, ou seja, opções variadas de cultivares de alta qualidade de bebida. Há também a possibilidade de reorientar as pesquisas científicas que possam resultar em recomendação de varietais específicos para atender às demandas apresentadas nas diferentes regiões geográficas onde se pretende cultivá-los”, diz o pesquisador do IAC, Gerson Silva Giomo.

Gerson aponta que esse direcionamento é necessário porque a qualidade do café é muito sensível às variações de ambiente, o que requer um estudo detalhado dos efeitos da interação genótipo x ambiente. As características dos grãos e da bebida se devem principalmente ao fator genético/varietal, mas podem variar em função de outros fatores secundários, como o local de produção, o processamento pós-colheita e a forma de secagem.

O IAC é responsável por 90% das cultivares de arábica plantadas no Brasil e já desenvolveu 65 cultivares da espécie. Atualmente conduz um Programa de Pesquisa em Cafés Especiais visando oferecer um atendimento diferenciado a esse importante segmento da cafeicultura brasileira.

O preço do café varia de acordo com a qualidade dos grãos, da bebida e da oferta de produto no mercado, com algumas oscilações entre as regiões produtoras. Em média, a saca do café comum, tipo 6, bebida dura, gira em torno de R$ 600. Já um café especial, bebida mole, pode passar de R$ 1.000 a saca, dependendo da nota da avaliação sensorial e da oferta e procura do produto no mercado. De modo geral, pode-se dizer que quanto maior for a qualidade sensorial do café, maior será o seu valor no mercado. Atualmente, o mercado de cafés especiais no Brasil corresponde a cerca de 15% da produção nacional.

Café velho e café envelhecido: qual a diferença?

Recentemente foi apresentado aos consumidores brasileiros um produto diferenciado elaborado com grãos envelhecidos de café. O pesquisador do IAC esclarece as principais diferenças entre o café velho e o envelhecido.

“De modo geral, considera-se que o café velho é aquele proveniente de qualquer grão que não seja de safra atual, ou seja, elaborado a partir de grãos que envelheceram naturalmente durante um leia mais…

TEXTO Redação

Mercado

Exportação de café solúvel no Brasil apresenta recorde em 2020

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) divulgou um relatório em que aponta um novo volume histórico nas exportações do café solúvel no ano de 2020. Foram exportados o equivalente a 4,1 milhões de sacas de 60 kg, o que representou avanço de 2,4% na comparação com 2019. Desse total, 74% foram na forma de spray dried, 18,9% em freeze dried e 7,1% em extratos e outros. Clique aqui para entender as diferenças entre os tipos de café solúvel.

Destinos

Mesmo com o recorde em volume, fato que consolida o Brasil diante da concorrência internacional, as receitas cambiais resultaram em US$ 556 milhões para o setor e ao País, valor 7,1% inferior quando comparado com 2019, isso por conta dos valores praticados no mercado mundial, que fizeram o preço do solúvel, em dólar, o menor nos últimos 13 anos, assim como a saca do canéfora (conilon) exportada, que chegou a menor cotação dos últimos 15 anos.

O café solúvel brasileiro foi exportado para 102 países no ano passado, com o ranking sendo encabeçado pelos Estados Unidos. Na sequência vieram Rússia, Argentina, Indonésia e Japão, respectivamente.

Consumo interno

O Brasil consumiu, em 2020, 21.762 toneladas de café solúvel, o equivalente a 943.020 sacas de 60 kg, quantidade que implica no crescimento de 4,2% em relação a 2019. A Abics modernizou seu sistema estatístico em 2015 e, segundo os dados, o ano passado é considerado o de melhor desempenho no consumo interno.

Esse desempenho ocorre por conta dos investimentos que as principais e conhecidas marcas efetuaram, como lançamentos de novos sabores e embalagens, além de outros produtos que levam solúvel em suas fórmulas, podendo ser cappuccinos, misturas de café com leite, entre outros.

Para conferir o relatório completo, clique aqui.

TEXTO Redação • FOTO Felipe Gombossy

Mercado

10 principais tendências globais de consumo 2021

A empresa de pesquisa de mercado global Euromonitor International apresentou a nova edição do relatório 10 Principais Tendências Globais de Consumo 2021, em que revela as tendências que definirão o comportamento do consumidor e poderão influenciar nas estratégias empresariais, e se pandemia da Covid-19 criou, influenciou ou acelerou cada tendência.

Em 2021, os consumidores irão:

– Esperar iniciativas orientadas por propósitos que apoiem o tripé da sustentabilidade – pessoas, planeta e lucros (Reconstruir Melhor). Quase 70% dos profissionais esperam que os consumidores se preocupem mais com a sustentabilidade do que antes da Covid-19;

– Desejar a comodidade de locomoção, ocasiões impulsivas e espontâneas e simplicidades da vida pré-pandêmica (Desejo por Conveniência);

– Reconectar-se com a natureza e buscar locais ao ar livre para o lazer e para socialização segura (Oásis ao Ar Livre);

– Usar ferramentas digitais para ficarem conectados em casa e para facilitar procedimentos mais seguros nos estabelecimentos tradicionais (Realidade Digital);

– Ganhar nova flexibilidade, programando atividades em leia mais…

TEXTO As informações são da Euromonitor International.
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